Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) se reuniram com representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na terça-feira (19) para apresentar uma pesquisa em andamento para desenvolver uma vacina contra a Covid-19 utilizando o dispositivo da aplicação por spray.
O projeto encontra-se na chamada fase pré-clínica. Esse nome é dado à pesquisa que está na etapa de análises em laboratório e em testes com animais.
Depois disso, o produto poderá ser avaliado em exames clínicos com humanos. Mas, segundo a Anvisa, a equipe de pesquisadores da USP não informou aos representantes da agência quando esse avanço para as novas fases deverá ocorrer.
Os integrantes da Anvisa tiraram dúvidas e elencaram requisitos e parâmetros técnicos necessários para a submissão de solicitação de autorizações ou registros definitivos junto ao órgão regulador.
O governo britânico confirmou nesta terça-feira que "acompanha de perto" o surgimento de uma "descendente" da variante Delta do coronavírus, que pode ser entre 10% e 15% mais transmissível do que esta, que já é duas vezes mais contagiosa que o Sars-CoV-2 original.
Especialistas a chamaram de AY.4.2 e alertam que sua frequência aumentou no Reino Unido, onde agora pode ser responsável por quase 10% dos novos casos de Covid-19, explicaram dois especialistas ao jornal Financial Times. Sua prevalência, acrescentaram, está aumentando rapidamente, mas não tão rápido quanto a primeira Delta, depois de migrar da Índia para o Reino Unido no início deste ano.
Esta "nova linhagem de Sars-CoV-2" é "descendente" da variante Delta (B.1.167.2) e "tem duas mutações características" na proteína S, "Y145H" e "A222V", o que poderia oferecer vantagens para o vírus para sobreviver, disse no Science Media Center o pesquisador François Balloux, um dos dois especialistas citados pelo jornal.
Se os testes preliminares forem confirmados, a AY.4.2 pode se tornar a variante mais infecciosa do coronavírus desde o início da pandemia, disse Balloux, diretor do Instituto de Genética da University College London.
"Mas devemos ser cautelosos no momento. O Reino Unido é o único país em que decolou dessa forma, e eu não descartaria que seu crescimento se deva a um evento demográfico fortuito."
No entanto, é "provável" que a OMS (Organização Mundial da Saúde) a classifique como uma "variante sob investigação", e então atribuiria a ela uma letra do alfabeto grego, disse Balloux.
Ainda assim, ele pediu que as pessoas não "entrem em pânico", porque embora possa ser "um pouco mais transmissível", não será "algo tão desastroso como o que vivemos anteriormente".
Enquanto isso, um porta-voz oficial do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, destacou hoje que as autoridades estão "monitorando de perto" sua evolução e garantiu que "não hesitaremos em tomar as medidas necessárias".
Levantamento da Coordenação de Imunização contra a Covid-19, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), aponta os municípios do Piauí que menos registram doses de vacinas no Sistema de Informação do Plano Nacional de Imunização (SI-PNI).
As dez primeiras cidades com a menor taxa de registro são: Juazeiro Do Piauí, Barreiras do Piauí, Milton Brandão, Sebastião Barros, Campinas do Piauí, Lagoinha do Piauí, Nazária, Várzea Grande, São Gonçalo do Gurguéia e Santana do Piauí.
Quando comparado com o tamanho da população a capital Teresina é a que consta com o maior número de vacinas a serem cadastradas no sistema. A cidade recebeu 1.305.545 de doses, e até o momento, cadastrou 1.086.195, restando 219.350 doses em aberto. Logo em seguida estão entre os municípios com o maior número de doses a contabilizar, por possuírem um maior número de habitantes, as cidades de: Parnaíba, União, Piripiri, Campo Maior, Barras, Picos, Altos, José de Freitas, Pedro II, Esperantina, Batalha, São Raimundo Nonato, Cocal, Bom Jesus, Luis Correia, Oeiras, Canto do Buriti, Floriano e Miguel Alves. Somadas todas as 20 cidades ficam faltando o registro 532.939 doses de imunizantes contra a Covid-19.
Já as cidades que mais inseriram suas informações sobre as doses aplicadas no SI-PNI são: Francisco Ayres, Fronteiras, Jacobina do Piauí, Socorro do Piauí, João Costa, São Lourenço do Piauí, Wall Ferraz, Antônio Almeida,Colônia do Gurguéia e Arraial.
Incentivo
Para estimular o cadastramento das doses de vacinas contra a Covid-19, no Sistema de Informação do Plano Nacional de Imunização, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), vai pagar mais uma vez o incentivo de R$ 1.50 por doses registradas, durante o período de um mês, a contar do dia 11 de outubro, quando a Resolução Nº309/2021, da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) foi publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí.
Os números contabilizados para o pagamento do incentivo serão referentes à primeira, segunda ou terceira dose dos imunizantes, e que foram registrados no período de vigor da resolução. “Este cadastro é de extrema significância, pois nos possibilita saber a real situação da vacinação em nosso estado, o que nos ajuda a estabelecer as ações de enfrentamento à pandemia e novas medidas. Por isso pedimos aos municípios que façam o seus registros de doses no tempo mais célere possível”, lembra o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
A primeira resolução foi estabelecida em junho deste ano, e vigorou por um mês. Por estes cadastros a Sesapi pagou R$ 914.110,50 dos R$ 951.903,00 previstos da compensação financeira pelo registro das vacinas. As vinte prefeituras que ainda não receberam o valor correspondente, algo em torno de R$ 37.793,50, estão com problemas nas contas e a transferência não pode ser efetivada. A secretaria aguarda a situação ser resolvida, para fazer repasse. Os valores estão devidamente empenhados.
Apenas 11% dos cães e gatos que habitam casas de pessoas que tiveram Covid-19 apresentam o vírus nas vias aéreas. Esses animais, entretanto, não desenvolvem a doença, segundo pesquisa realizada pela PUC do Paraná (Pontifícia Universidade Católica).
Isso significa que eles apresentam exames moleculares positivos para SARS-CoV-2, mas não têm sinais clínicos da doença. Segundo o médico veterinário Marconi Rodrigues de Farias, professor da Escola de Ciências da Vida da PUC-PR e um dos responsáveis pelo estudo, até o momento, foram avaliados 55 animais, sendo 45 cães e 10 gatos. Os animais foram divididos em dois grupos: aqueles que tiveram contato com pessoas com diagnóstico de Covid-19 e os que não tiveram.
A pesquisa visa analisar se os animais que coabitam com pessoas com Covid-19 têm sintomas respiratórios semelhantes aos dos tutores, se sentem dificuldade para respirar ou apresentam secreção nasal ou ocular. Foram feitos testes PCR, isto é, testes moleculares, baseados na pesquisa do material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por swab (cotonete longo e estéril) da nasofaringe dos animais e também coletas de sangue, com o objetivo de ver se os cães e gatos domésticos tinham o vírus. “Eles pegam o vírus, mas este não replica nos cães e gatos. Eles não conseguem transmitir”, explicou Farias. Segundo o pesquisador, a possibilidade de cães e gatos transmitirem a doença é muito pequena. O estudo conclui ainda que em torno de 90% dos animais, mesmo tendo contato com pessoas positivadas, não têm o vírus nas vias aéreas. Mutação
Segundo Farias, até o momento, pode-se afirmar que animais domésticos têm baixo potencial no ciclo epidemiológico da doença.
No entanto, é importante ter em mente que o vírus pode sofrer mutação. Por enquanto, o cão e o gato doméstico não desenvolvem a doença. A continuidade do trabalho dos pesquisadores da PUC-PR vai revelar se esse vírus, em contato com os animais, pode sofrer mutação e, a partir daí, no futuro, passar a infectar também cães e gatos domésticos.
“Isso pode acontecer. Aí, o cão e o gato passariam a replicar o vírus. Pode acontecer no futuro. A gente não sabe”.
Por isso, segundo o especialista, é importante controlar a doença e vacinar em massa a população, para evitar que o cão e o gato tenham acesso a uma alta carga viral, porque isso pode favorecer a mutação.
A nova etapa da pesquisa vai avaliar se o cão e o gato têm anticorpos contra o vírus. Os dados deverão ser concluídos entre novembro e dezembro deste ano.
O trabalho conta com recursos da própria PUC-PR e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).