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A 10º Coordenação Regional de Saúde recebeu nesta semana, na terça-feira, 26, a 44ª remessa dos imunizantes contra o novo coronavírus.

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Os malotes com as doses foram recebidos pelo Francisco Alves, que está na função de coordenador da Regional.

Como ocorre na maioria das vezes, as remessas chegaram na parte da manhã a essa última chegou às 11:40h

Os Imunizantes são: ASTRAZENECA e PFIZER e chegaram 21.147 doses, sendo que deste número, 7.616 ficam em Floriano, as demais são direcionadas as cidades que compõe a regional.

Da redação

Pesquisa realizada no Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP mostrou que a aplicação sistêmica de três injeções com vírus zika em camundongos com tumores no cérebro é capaz de destruir o câncer sem provocar lesões neurológicas ou em outros órgãos, aumentando a sobrevida dos animais.

Os cientistas também injetaram o zika em um órgão semelhante ao cérebro humano criado in vitro (em células no laboratório) com células-tronco, chamado organoide cerebral, e detectaram que o vírus impediu a progressão do tumor, chegando a reduzi-lo.

Nos dois modelos – em animais e in vitro –, após o tratamento, as citocinas (proteínas que regulam a resposta imunológica) suprimiram a progressão do tumor e houve aumento da migração de células de defesa para o cérebro afetado pelo câncer, acordando o sistema imunológico para a existência do tumor.

Esses resultados, publicados em edição especial da revista científica Viruses, confirmaram a eficácia e a segurança do tratamento com zika nos modelos, abrindo perspectivas para o uso da viroterapia em tumores do sistema nervoso central. No Brasil, foram registrados no ano passado cerca de 11 mil novos casos da doença, sendo aproximadamente 5.200 em mulheres, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

“Um dos pontos importantes, e que confirma pesquisas anteriores, foi o recrutamento do sistema imune, dando uma boa resposta à terapia. As duas vias de ação do vírus são muito importantes, pois podem permitir que ele atue em um número maior de tumores do que achávamos inicialmente”, afirma Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências (IB) da USP e coordenadora do CEGH-CEL – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ela foi orientadora do artigo, juntamente com a pesquisadora Carolini Kaid, bolsista da Fapesp, e do professor Oswaldo Keith Okamoto, do IB-USP.

Cientistas do centro já haviam demonstrado a capacidade do zika de infectar e destruir células de tumores do sistema nervoso central em estudo feito com camundongos, divulgado em 2018, e com cachorros, publicado em 2020. O grupo também foi o primeiro a descobrir que o zika brasileiro pode ser um agente eficiente para tratar formas agressivas de tumores embrionários do sistema nervoso central, incluindo meduloblastoma. As terapias disponíveis atualmente para esses tumores pediátricos são de baixa eficiência e causam efeitos adversos graves, afetando a qualidade de vida dos pacientes.

Agora, os pesquisadores apontaram a segurança e a eficácia da técnica. “Para qualquer tentativa de tratamento, é preciso saber a dosagem e a via de administração. Mostramos nesse trabalho que três doses de injeções sistêmicas intraperitoneais do zika, com intervalo de sete dias, apresentaram resultados promissores nos modelos”, disse Raiane Ferreira, bolsista de doutorado da Fapesp e primeira autora do artigo.

Entre o final de 2015 e 2016, o Brasil passou por uma epidemia de zika, ficando, à época, entre os países com o maior número de casos da doença. Em parte, a explicação está ligada à presença do vetor de transmissão do vírus, o mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue.

Apesar de a infecção por zika geralmente ser assintomática, pesquisas mostraram a ligação entre a doença e o desenvolvimento de síndromes neurológicas em adultos, como a de Guillain-Barré, e malformações congênitas em recém-nascidos, como a microcefalia.

O País registrou um número significativo de mulheres infectadas por zika que tiveram bebês com síndrome congênita, principalmente em Estados do Nordeste. Entre 2015 e 2020, nasceram 3.423 crianças com síndrome congênita associada ao vírus, segundo dados do Ministério da Saúde.

Zatz conta que esteve na região Nordeste, onde colheu material genético logo no início dos trabalhos do grupo. “Na formação do cérebro há células neuroprogenitoras. Coletamos amostras de gêmeos discordantes, em que um teve microcefalia e o outro não. No laboratório, fizemos linhagens dessas células neuroprogenitoras e infectamos com zika para entender como o vírus atuava. Daí surgiu a ideia de testar em tumores cerebrais, ricos nesse tipo de células.”

O estudo

Os pesquisadores trabalharam com camundongos imunodeficientes, uma linhagem conhecida como “nude”, ou seja, eles têm um sistema imunológico inibido por apresentar um número reduzido de linfócitos T. A carga viral utilizada foi de 2 mil partículas de zika para cada dose.

Para avaliar a segurança do tratamento, primeiro foi testada a aplicação do vírus diretamente no cérebro dos animais já com tumor. O efeito foi positivo, mas depois de 21 dias o câncer voltou a crescer.

Também foram feitas injeções intracerebrais ventriculares (ICV) em animais infectados com a mesma carga viral, mas estas se mostraram muito agressivas e virulentas. Houve perda de peso significativa e sobrevida de até quatro semanas após a administração do zika, enquanto o grupo-controle permaneceu vivo e sem alterações clínicas.

Os cientistas realizaram então aplicações sistêmicas via intraperitoneal, com as três doses e o mesmo intervalo de tempo, obtendo efeitos positivos – os animais continuaram comendo, não perderam peso e mantiveram boas condições clínicas.

Em um experimento feito para analisar o tropismo do zika – se ele se direcionaria diretamente para o cérebro ou para o tumor –, os cientistas injetaram o tumor na região da coxa (flanco) dos camundongos e observaram que o vírus não atuou nele. Nenhuma remissão tumoral foi observada em ambos os grupos, sugerindo que o tropismo do zika é de fato direcionado ao sistema nervoso central.

“Depois que conseguimos detectar a segurança e que o tropismo era para o cérebro, começamos as três injeções intraperitoneais do zika a cada sete dias e acompanhamos”, explica Ferreira.

Quando o tumor foi localizado no cérebro dos camundongos, injeções sistêmicas em série apresentaram destruição tumoral eficiente, sem lesão neurológica ou de outro órgão e aumentaram a sobrevida dos animais.

No caso dos organoides cerebrais, eles foram desenvolvidos em estágio inicial (26 dias) e infectados também com 2 mil partículas de zika sete dias após a adição de células de tumor. As células tumorais rapidamente se ligaram e começaram a se espalhar nos organoides após uma semana.

O resultado foi que a infecção provocada pelo vírus nas células tumorais prejudicou a progressão da doença, indicando efeito oncolítico intensivo de zika. Pela primeira vez, o grupo trabalhou com tumores embrionários do sistema nervoso central in vitro, com resultados semelhantes. O artigo, no entanto, destaca a necessidade de mais investigação para confirmar a seletividade do vírus nesses casos.

Segundo Zatz, agora começa uma nova fase do estudo, com o recrutamento de cães acometidos por tumores cerebrais. A proposta é trabalhar com animais de raças e tamanhos diferentes.

“Os cães são modelos extremamente importantes antes de pensarmos em testar em pacientes, pois têm tumores muito semelhantes aos seres humanos e sistema imunológico preservado. Será possível analisar tumores diferentes”, completa a professora.

Fapesp

atidepressivoO antidepressivo fluvoxamina pode diminuir em até 32% as internações prolongadas de pacientes ambulatoriais com comorbidades e com a Covid-19 diagnosticada precocemente. Essa foi a conclusão de um estudo feito com voluntários brasileiros e canadenses que foi publicado na conceituada revista científica The Lancet na quarta-feira (27).

Os pesquisadores trabalharam com um grupo de 1.497 brasileiros não vacinados, com teste PCR positivo para a doença e com ao menos um fator de risco para Covid grave, de 20 de janeiro a 5 de agosto deste ano. A idade média dos participantes foi de 50 anos, sendo que 58% eram do sexo feminino. O ensaio foi feito em 11 cidades de Minas Gerais. Um grupo de 756 voluntários recebeu tratamento com placebo (remédio sem efeito) e outro com 741 pessoas fez uso de 100 ml do antidepressivo duas vezes ao dia.

Entre os participantes que receberam o remédio no atendimento de emergência, 79 precisaram ser internados e ficaram mais de seis horas em um ambiente de emergência. Já os que receberam placebo, 119 pessoas necessitaram de mais de seis horas de internação. Os medicamentos foram dados por 10 dias aos voluntários.

Os resultados demonstraram uma redução no risco de hospitalização prolongada ou atendimento de emergência de 5% e uma redução do risco relativo de 32%. Sobre a mortalidade, apenas uma pessoa do grupo que recebeu pelo menos 80% do medicamento morreu e foram 12 óbitos entre os que receberam placebo. Em artigo publicado no periódico, o pesquisador Otavio Berwanger, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, ressaltou a importância do estudo, mas destacou que mais ensaios devem ser feitos antes do uso consistente no tratamento da Covid-19.

"A resposta definitiva sobre os efeitos da fluvoxamina em desfechos individuais, como mortalidade e hospitalizações, ainda precisa ser abordada. Além disso, ainda não foi estabelecido se a fluvoxamina tem um efeito aditivo a outras terapias e qual é o esquema terapêutico ideal da fluvoxamina. Ainda não está claro se os resultados a outras populações de pacientes ambulatoriais com Covid-19, incluindo aqueles sem fatores de risco para progressão da doença, aqueles que estão totalmente vacinados e aqueles infectados com a variante delta ou outras variantes", escreveu o especialista.

A fluvoxamina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina, um neurotransmissor que atua na comunicação entre as células nervosas. O medicamento é indicado para o tratamento da depressão, transtornos obsessivos-compulsivos e outras problemas da saúde mental. Os medicamentos só são vendidos com receita médica e o uso contra a Covid-19 só deve ser feito com orientação médica.

R7

Foto: Pixabay

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi), através do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS-PI), segue monitorando a situação de pandemia no estado. Toda semana são feito relatórios sobre a evolução dos casos e óbitos em decorrência da Covid-19.

De acordo com os dados da última semana epidemiológica, do dia 25 de outubro, entre os 20 primeiros municípios do estado com maior incidência da doença, a cidade Curralinhos, que tem pouco mais de 4 mil habitantes, está em primeiro lugar na incidência de novos casos da doença, com 1.340.

Outra cidade com o número acima de mil em incidência de casos é Caldeirão Grande do Piauí com 1.175. “Nestes dois municípios registramos uma incidência acima de mil para novos casos a cada 100 mil habitantes. O fato da população ser pequena colabora para que o índice fique ainda mais elevado”, explica a coordenadora do Cievs, Amélia Costa. De acordo com a epidemiologista, a classificação de cada município leva em conta a quantidade de habitantes e os novos casos.

Para tentar barrar a elevação desses casos a secretaria está prestando orientações a estes municípios. “Estamos entrando sempre em contato com essas cidades com aumento de casos, pedindo que os mesmo colham amostras desses infectados para termos um controle das variantes que estão circulando no estado”, lembra Amélia Costa.

A coordenadora lembra que a população não deve baixar a guarda, mesmo em um momento mais brando da pandemia como agora, uma vez que o vírus ainda está circulando. “Mesmo estando com mais de 70% da população vacinada com a primeira dose e quase 50% com o esquema completo, lembramos a todos que ainda é necessário manter os cuidados como uso de máscara e distanciamento, pois infelizmente a pandemia ainda é uma realidade”, reforça.

Sesapi