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canabidiolA Anvisa aprovou nesta sexta-feira (29) um novo produto medicinal à base do canabidiol, substância presente na Cannabis. Ele será produzido na Colômbia e importado para o Brasil, pois o plantio desta planta é proibido para pessoas físicas aqui. Apenas empresas, governos, organizações ou grupos criados com uma finalidade especifica podem plantar a Cannabis em território brasileiro.

Essa autorização permite que o produto seja importado já pronto para o uso e comercializado em farmácias e drogarias. Ele deverá ser retirado mediante a apresentação de uma receita do tipo B (cor azul), feita para medicamentos psicotrópicos (que atuam no sistema nervoso e alteram percepções, emoções e/ou comportamentos do paciente) e psicotrópicos anorexígenos (que causam redução ou perda de apetite).

Diante disso, a Anvisa declarou que "O produto à base de canabidiol aprovado pela Anvisa é prescrito quando estiverem esgotadas outras opções terapêuticas disponíveis no mercado brasileiro. A indicação e a forma de uso do produto são de responsabilidade do médico prescritor, sendo que os pacientes devem ser informados sobre o uso do canabidiol".

Produtos feitos com Cannabis no Brasil

Este é o quinto produto à base dessa substância a ser liberado para fins medicinais aqui no Brasil. Isso acontece após a aprovação feita em junho deste ano de um projeto que alterava a Lei Antidrogas, permitindo o "cultivo, processamento, pesquisa, armazenagem, transporte, produção, industrialização, manipulação, comercialização, importação e exportação de produtos à base de Cannabis" para uso medicinal, veterinário, científico e industrial da Cannabis.

De acordo com o projeto, as plantações para uso medicinal devem ter o perímetro protegido com tela, alambrado de aço ou muros de alvenaria para impedir o acesso de pessoas não autorizadas.

Bolsonaro declarou na época que vetaria o projeto.

R7

Foto: Reprodução/Freepik

camisinhaunissexO médico ginecologista malasiano John Tang criou a primeira camisinha unissex do mundo, que pode ser utilizada tanto na vagina como no pênis. Com alta no número de gravidez indesejadas, alto preço de métodos contraceptivos hormonais e doenças sexualmente transmissíveis, houve motivação para que o profissional criasse o método. Chamada de “Wondaleaf” (não há tradução para a Língua Portuguesa), o preservativo atua com um lado adesivo, e outro, normal. Ambos os lados podem ser invertidos. O material usado na fabricação da camisinha é o poliuretano, material à prova d’água e utilizado em curativos transparentes – finos e flexíveis.

À agência Reuters, John afirmou que: “[...] Com base no número de testes clínicos que realizamos, estou bastante otimista de que, com o tempo, será um acréscimo significativo aos muitos métodos anticoncepcionais usados na prevenção de gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis [...]. É um preservativo com uma cobertura adesiva que se fixa à vagina ou ao pênis, além de cobrir a área adjacente para proteção extra”. Tang também relatou que possui expectativas para que o preservativo ajude no controle da saúde sexual das pessoas.

“Após colocá-lo, muitas vezes você não percebe que ele está lá. Estou bastante otimista de que, com o tempo, será um acréscimo significativo aos muitos métodos anticoncepcionais usados no mundo na prevenção de gravidez e também de doenças”, acrescentou o ginecologista. A caixa com duas unidades custará 14,99 ringgit (R$ 20,28), e o preço médio da dúzia varia entre 20 e 40 ringgit (R$ 27 a R$ 54).

R7

Foto: reprodução Getty Images

O Instituto Butantan divulgou na quinta-feira resultados dos ensaios pré-clínicos da ButanVac, imunizante contra a Covid-19 produzido pelo laboratório e que está em fase de teste, e a vacina se mostrou eficaz também contra as variantes do SARS-CoV-2 Alfa, Beta e Gama. A Delta foi incluída no estudo mais tarde, já que ainda não estava em circulação no Brasil quando a pesquisa foi feita, e os resultados devem ser divulgados no próximo mês.

Nessa fase da pesquisa, a vacina é aplicada em camundongos e hamsters para ver a se o organismo apresenta resposta imune. Segundo o Instituto, a ButanVac apresentou uma produção potente de anticorpos neutralizantes contra a replicação do vírus causador da Covid, que permitiram a neutralização também das variantes.

O ensaio foi feito com as duas versões do imunizante. A primeira, que será produzida no Butantan, é feita com vírus inativados para administração intramuscular, nos mesmos moldes da vacina da gripe; a segunda versão utiliza vírus vivos e a aplicação é via intranasal, por spray.

Atualmente, a vacina está sendo testada em humanos em quatro países: Brasil, México, Vietnã e Tailândia.

A ButanVac usa um vetor viral que contém a proteína Spike do novo coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor é o da doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Ela produzida totalmente em solo brasileiro a partir da inoculação do vetor viral em ovos embrionados de galinhas – mesma tecnologia da vacina contra a gripe.

R7

avcO número de mortes de brasileiros entre 20 e 59 anos por AVC (acidente vascular cerebral), conhecido popularmente como derrame, vem aumentando proporcionalmente no país em relação ao total de óbitos por essa causa desde 2019.

Dados da CRC Nacional (Central Nacional de Informações do Registro Civil) consolidados pelo R7 mostram que essa faixa etária representava 17,2% dos óbitos por AVC em 2019, índice que subiu para 18,5% no ano passado e chega a 20% entre janeiro e outubro deste 2021. O total de óbitos por acidente vascular cerebral no Brasil foi de 101.965, em 2019; 102.812, em 2020; e 84.426, de janeiro a 27 de outubro de 2021. Os idosos continuam a ser o grupo com maior prevalência.

Esta sexta-feira (29), Dia Mundial do AVC, é uma data para conscientizar sobre os riscos de uma condição que afeta cerca de 15 milhões de pessoas mundialmente todos os anos — desse total, 5 milhões morrem e outros 5 milhões ficam permanentemente incapacitados, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Embora seja incomum em pessoas abaixo dos 40 anos, o AVC pode ter um efeito devastador na vida de um jovem, segundo a neurologista vascular Letícia Costa Rebello, membro da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

"O impacto do AVC é imensurável. Quando uma pessoa tem um AVC, ela não tem um AVC sozinha. Ela tem um AVC com a família, com os parentes mais próximos e, em um grau maior, com a sociedade. No momento em que a gente tem pessoas mais jovens, economicamente ativas, sendo acometidas por um AVC, elas podem não conseguir voltar ao trabalho, voltar com limitações, ou até provedores de famílias ficarem incapacitados."

Um artigo publicado no ano passado na revista Stroke, da Associação Americana do Coração, alerta para estudos prévios que mostram que fatores de risco para sofrer um AVC, que antes eram mais frequentes em idosos, estão se tornando comuns entre adultos jovens.

São eles: hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, obesidade, sedentarismo, arritmias cardíacas, abuso de álcool, drogas e/ou alguns medicamentos.

O derrame é a segunda principal causa de mortes no Brasil, apenas atrás do infarto. Essas duas condições compartilham os mesmos fatores de risco, salienta a médica.

"A população jovem vem desenvolvendo pressão alta e diabetes mais cedo, mudanças de estilo de vida que aumentam o peso, sedentarismo...", observa.

Ainda assim, a idade continua a ser um fator de risco determinante, acrescenta Letícia. "A partir da sexta década de vida, a incidência do AVC duplica a cada dez anos. É uma patologia que acomete muito mais o idoso." E O AVC ocorre quando um vaso sanguíneo do cérebro é bloqueado por um coágulo (AVC isquêmico) ou se rompe (AVC hemorrágico).

A área do cérebro o nde ocorreu aquele evento vai ficar sem receber oxigênio e nutrientes que seriam levados pelo sangue.

Em consequência, as células morrem, o que pode levar a danos temporários ou permanentes.

O AVC isquêmico é o mais frequente e corresponde a cerca de 85% de todos os casos.

O AVC hemorrágico costuma ser mais fatal e representa em torno de 15% do total.

A neurologista ressalta que os sintomas são os mesmos (veja abaixo quais são) e que qualquer tratamento só deve ser feito em ambiente hospitalar após exames de imagem. Como identificar

Os sinais de um AVC começam de uma hora para outra e podem ser sutis, mas exigem atenção. Segundo o Ministério da Saúde, o paciente pode apresentar:

  • fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; • confusão mental; • alteração da fala ou compreensão; • alteração na visão (em um ou ambos os olhos); • alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; • dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Cada minuto faz diferença no tratamento do derrame. É por isso que identificar os sintomas e levar a pessoa o mais rápido possível para o hospital é determinante, inclusive na extensão das sequelas.

R7

Foto: Freepik