O Ministério da Saúde prevê o recebimento de mais de 226,7 milhões de doses de vacinas contra covid-19 entre outubro e dezembro deste ano.

Até quarta-feira da semana passada, a pasta já havia enviado às unidades da federação 265,8 milhões de doses. As entregas esperadas para o quarto trimestre envolvem os seguintes quantitativos:

  • Pfizer: 100 milhões de doses • Fiocruz (AstraZeneca): 50 milhões de doses • Janssen: 36,2 milhões de doses • Covax Facility (em confirmação): 27,4 milhões de doses • Instituto Serum da Índia (AstraZeneca): 8 milhões de doses • Covax Facility (AstraZeneca): 5,11 milhões de doses

O Instituto Butantan já concluiu todas as remessas dos contratos de 100 milhões de doses da CoronaVac que tinha com o Ministério da Saúde.

O ministro Marcelo Queiroga tem dito que a vacina só voltará ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) se obtiver o registro definitivo junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Desde janeiro, a CoronaVac é aplicada sob autorização de uso emergencial.

Recentemente, Queiroga chegou a falar que havia vacinas de sobra no Brasil, o que foi rebatido por alguns prefeitos de cidades onde faltava AstraZeneca para segunda dose.

Questionado, o ministro ressaltou que o desabastecimento só ocorre em municípios que não seguem o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19.

"Isso não é aposta de corrida de Fórmula 1. É uma campanha de imunização", disse na semana passada.

R7

O boletim Covid publicado pela Saúde do dia 20, da cidade de Nazaré do Piauí, repassou as informações de que sete (07) novos casos deram positivos para o coronavírus foram confirmados, sendo desses, quatro mulheres que estão entre as novas vítimas e mais três homens.

Dos casos citados, cinco correspondem a pacientes residentes na zona urbana. O número de recuperados também sofre alterações, são acrescentadas 6 altas. 

A pasta da Saúde tem como secretário o Ronielton Oliveira que está sempre monitorando os casos do novo coronavirus.  De acordo com o secretário, o prefeito tem pedido empenhos do pessoal da Saúde local em relação a combater a COVID com as ações na prática e, com as orientações necessárias ás pessoas.

covvide

 

Da redação

O governador do Piauí, Wellington Dias participou na manhã desta quarta-feira (22), de solenidade para oficialização da compra direta de doses da Coronavac entre cinco estados brasileiros e o Instituto Butantan. Na ocasião foi anunciado que o Piauí deve receber 500 mil doses da vacina, com entrega imediata de 200 mil.

O governador Wellington Dias está em SP com o secretário Florentino Neto, onde assinou o termo de cooperação com o governador João Dória. Também serão entregues 2,5 milhões de doses para os estados do Pará, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso e Piauí. A compra não envolveu o Ministério da Saúde.

“Foi um passo que sonhamos e trabalhamos há muito tempo que é garantir um aumento dessa remessa, que é abaixo da proporção, para ampliarmos a vacinação. Independente de partidos e das disputas políticas, buscamos nos integrar num único objetivo que é de salvar vidas, o pacto pela vida. Escolhemos corajosamente seguir a ciência”, disse o governador Wellington Dias.

Ainda segundo o chefe do executivo, outros estados também darão esse passo. “O Plano Nacional de Imunização tem uma defasagem com vários estados, nós ainda temos muita gente que precisa tomar a primeira dose, outros que precisam tomar a segunda ou reforço. Fizemos várias tentativas de suprir essa falha e encontramos várias barreiras, por isso hoje é um dia histórico”, explicou.

O contrato de 100 milhões de doses do Butantan ao Governo Federal foi finalizado no dia 15 de setembro. A partir de agora os estados podem efetuar a compra de vacinas diretamente com o Instituto Butantan.

“A razão que traz governadores de diferentes regiões do Brasil a São Paulo, é a mais nobre: é celebrar a compra da vacina Coronavac produzida pelo Instituto Butantan para salvar vidas e proteger a saúde das suas populações”, destacou o governador de São Paulo, João Dória.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) quer destinar parte da Coronavac para incrementar a vacinação dos adultos e idosos e usar o imunizante Pfizer para os adolescentes de 12 a 17 anos. Segundo o secretário Florentino Neto, a vinda desse lote de vacinas vai trazer mais tranquilidade para imunizar a população piauiense. “A chegada dessas doses vai permitir uma maior celeridade à nossa campanha de vacinação”, diz o gestor.

Também participam da solenidade em São Paulo, os governadores Camilo Santana (Ceará), Helder Barbalho (Pará) e Renato Casagrande (Espírito Santo). Durante coletiva, o governador Wellington Dias destacou que o objetivo de todos os estados é alcançar um percentual acima de 80% da população vacinada.

Em sua fala, o governador do Ceará, Camilo Santana agradeceu a todos que fazem o Instituto Butantan. “Hoje estamos aqui consolidando esse processo de compra direta e vamos receber 300 mil doses que irão fortalecer o programa de imunização no estado do Ceará”, disse.

Sesapi

naovacinadosUma pessoa não vacinada contra a covid-19 não coloca em risco apenas a própria saúde, mas também a de todos, já que se torna foco para o surgimento de variantes. A mutação do coronavírus ocorre em infectados e a vacina reduz o risco de infecção, conforme explica o infectologista Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

“A vacina faz com que o corpo tenha defesas contra o vírus. Uma pessoa vacinada até pode apresentar sintomas, porque o vírus é rápido, mas as defesas que já possui serão ativadas e dificilmente possibilitará que o vírus evolua de forma grave. Assim, uma pessoa vacinada, na maioria das vezes, não terá grande replicação viral, dificultando o surgimento de variantes, diferentemente de quem não recebeu o imunizante e não possui proteção contra o vírus”, afirma.

Grinbaum ressalta que o surgimento de novas variantes se dá durante o período de infecção pelo vírus, mas que a pessoa que serviu de desenvolvimeno para essa mutação provavelmente não experimentará suas consequências, apenas as que se infectarem na sequência.

“Se uma pessoa infectada desenvolver uma cepa mutante, provavelmente não sofrerá as consequências desta variante, mas poderá transmiti-la para outras pessoas”, aponta.

A infectologista Andyane Tetila, presidente da SIMS (Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul), explica que as mutações de um vírus são um evento natural e esperado dentro do seu processo evolutivo. A maioria não provoca grande impacto na doença, mas podem surgir cepas mais transmissíveis e letais.

“Quando um vírus está circulando amplamente entre a população, a probabilidade de sofrer mutação aumenta. Quanto mais oportunidades um vírus tem de se espalhar, mais ele se replica", afirma.

"A maioria das mutações virais têm pouco ou nenhum impacto na capacidade do vírus de causar infecções e doenças. Mas, dependendo de onde as alterações estão localizadas no vírus, podem afetar as suas propriedades, como a transmissão ou gravidade", acrescenta.

R7

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil