acoolNão é raro vermos nas Redes Sociais pessoas esbanjando felicidade e sempre com a necessidade de ostentar um copo de bebida alcóolica em suas mãos. Para alguns, parece não haver prazer ou alegria sem a presença de álcool no pedaço.

Que tipo de felicidade buscamos amparados sempre no álcool? Somos suficientes em estado sóbrio? Para alguns, não há reunião social divertida sem o uso abusivo de álcool e isso me parece um contrassenso. Depois pagam mico e nem se lembram do que fizeram no dia seguinte. Atualmente, o consumo de álcool representa um grande desafio social e econômico além da saúde e afeta milhões ao redor do mundo.

O álcool é uma substância que atua diretamente no Sistema Nervoso Central e em todos os órgãos do nosso corpo sendo tóxico aos nossos tecidos, podendo ter efeitos imunossupressores (podendo levar a infecções oportunistas por virus), teratogênicos (o álcool na gravidez em qualquer dosagem pode levar a malformações do feto) e até carcinogênicos (fator de risco para câncer de laringe, boca e esôfago entre outros). Além do mais, o álcool pode causar a dependência e outras doenças mentais levando até ao suicídio. Portanto, não há nada glamoroso nessa exibição histérica dos copos, canecas e taças de fermentados e destilados. É um péssimo exemplo até dos pais para os filhos adolescentes.

Não há necessidade de ser dependente para alguém ter prejuízos decorrentes do uso do álcool. Muitas mulheres reclamam de dificuldades para perder peso e se esquecem que o álcool prejudica qualquer dieta. Outros se queixam de alterações de humor e sono e se esquecem também de que o consumo do álcool pode estar prejudicando. A verdade é que o álcool está associado a mais de 200 doenças e pode até interferir na economia de um país. Por fim, quisera eu que os malefícios do álcool só envolvessem a esfera do indivíduo que consome e que tem o livre arbitrio de fazer o que bem entende. Mas não, o álcool leva em muitas situações a disrupturas familiares com traumas psicológicos em filhos e cônjuges. A vítima pode ser alguém também do universo ao redor daquele que consome o produto rotineiramente. E as sequelas geradas geralmente são eternas.

R7

Foto: Pixabay

O Piauí começa agora em outubro a fazer sequenciamento genético e a vigilância molecular para detectar variantes do novo coronavírus (Sars-CoV-2), no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen). A equipe já foi treinada para usar o equipamento que só existia nos laboratórios da Fiocruz dos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco. O trabalho é uma parceira da Fiocruz, Sesapi, Lacen e Ciaten(Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados)

Segundo o Coordenador de Vigilância Molecular da Rede Genoma da Fiocruz e pesquisador da Fiocruz/PI, Vladimir Costa, a metodologia vai oferecer ampla cobertura de todo o genoma do vírus. “O equipamento é um sequenciador de última geração e vai permitir resultados mais rápidos por ser feito aqui no Piauí. Antes mandávamos os exames para os Estados do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco e os resultados demoravam muito. A celeridade vai permitir nortear as ações do poder público estadual e municipal”, explica.

De acordo com o Superintendente de Atenção Primária e Municípios, Herlon Guimarães, o mês de outubro começa com boas notícias para o Piauí com a chegada do equipamento de sequenciamento genético e vigilância molecular do Sars Cov 2. “É um sequenciador de nova geração que vai destacar o Piauí no cenário nacional, uma vez que só temos laboratórios capazes de fazer esses exames em três estados do país. Quando solicitávamos, os resultados demoravam muito para chegar por causa das demandas do restante do país”, diz.

Para o secretário de saúde, Florentino Neto, durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, surgiu a necessidade de estudar o genoma do SarsCoV-2, causador da Covid-19. “Mas o acompanhamento de suas mutações genéticas era limitado para o Piauí porque não tínhamos o equipamento para fazer o sequenciamento. A partir de agora, vamos dispor dessa ferramenta que pode nortear com mais rapidez nossas ações enquanto gestores no combate à pandemia”, explica Florentino.

Sesapi

astrazeneccaPara possibilitar a continuidade da imunização da população piauiense, a Secretaria de Estado da Saúde, recebeu, na tarde desta sexta-feira (01), 39.975 doses da vacina FioCruz/AstraZeneca. Está prevista ainda a chegada de 45.640 doses de Pfizer/BioNTech, na tarde de sábado (02). Ao todo, são 85.605 imunizantes, enviados pelo Plano Nacional de Imunização.

As doses do imunizante da FioCruz/AstraZeneca são para aplicação em segunda dose, já as da Pfizer/BioNTech serão para reforço da população acima de 60 anos e profissionais da saúde, que receberam a segunda dose do esquema há seis meses.

“Agora vamos iniciar também a vacinação de reforço dos nossos profissionais da saúde, que tanto têm se esforçado para salvar vidas nesta pandemia. É muito importante que, tão logo estejam com as vacinas, os municípios iniciem sua programação para esta complementação", destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.

As vacinas serão enviados para a Rede de Frios,onde a equipe da Coordenação de Imunização, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), fará a checagem e armazenamento e tão breve, todas cheguem aos estado, será feito o envio às Regionais de Saúde, para que os municípios possam fazer a retirada.

Sesapi

desmatamentoOs desmatamentos da Floresta Amazônica e as mudanças climáticas podem transformar algumas regiões do Brasil incompatíveis com a vida humana, devido ao calor extremo. Esse foi o resultado de um estudo feito pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o IEA/USP (Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo), divulgado nesta sexta-feira (1º).

Os pesquisadores projetam um aumento do risco de estresse térmico na Amazônia Brasileira, que levaria a um efeito extremo na saúde de 11 milhões de pessoas da Região Norte do Brasil. A previsão é que até 2100 a população atinja o limite da adaptação fisiológica do corpo humano devido ao desmatamento. O que significa que o homem não será capaz de manter a temperatura corporal sem adaptação. De acordo com o estudo, sob condições ambientais desfavoráveis que incluem alta exposição à temperatura e umidade, as capacidades de resfriamento do corpo são enfraquecidas, resultando em aumento da temperatura corporal.

O que pode levar à desidratação e exaustão e, nos casos mais graves, tensão e colapso das funções vitais, levando à morte. Além disso, o estresse causado pelo calor pode afetar o humor, os distúrbios mentais e reduzir o desempenho físico e psicológico das pessoas.

“As condições extremas de calor induzidas pelo desmatamento podem ter efeitos negativos e significativamente duradouros na saúde humana. Precisamos entender globalmente que se o desmatamento continuar nas proporções atuais, os efeitos serão dramáticos para a civilização. Essas descobertas têm sérias implicações econômicas que vão além dos danos às lavouras de soja”, afirma Paulo Nobre, pesquisador do Inpe e um dos autores do estudo. Os efeitos da falta de preservação da natureza já são sentidos no Brasil e dados observacionais mostra aquecimento mais extremos relatados em grandes áreas desmatadas de 2003 a 2018.

No modelos climáticos feitos pelos pesquisadores, a combinação de mudança no uso da terra e aquecimento global pode ampliar ainda mais os riscos ocupacionais. Além disso, o aumento do número de incêndios florestais, a expansão de áreas agrícolas e atividades de mineração, tendem a impulsionar o crescimento desordenado e um processo de urbanização não planejado, com falta de infraestrutura sanitária básica e trabalho informal mais frequente.

Esses fatores estão associados ao processo de desmatamento e ao aumento da desigualdade e da vulnerabilidade, que atuam em sinergia com os efeitos das mudanças climáticas, aumentando ainda mais a demanda por serviços de saúde e proteção social na região da Amazônia brasileira.

“Os efeitos locais das mudanças no uso da terra estão diretamente ligados às políticas e estratégias de sustentabilidade das florestas, e as mudanças nessas áreas estão ao alcance da sociedade. Nessas áreas, o setor de saúde poderia ser um importante motivador na formulação de políticas integrativas para mitigar o risco de estresse térmico e a redução da vulnerabilidade social”, explica Beatriz Oliveira, pesquisadora da Fiocruz Piauí.

O ensaio mostra que os efeitos serão em escala regional, com os maiores impactos diretos na região Norte do país. Do total de 5.565 municípios brasileiros, 16% deles (30 milhões de pessoas) sofrerão impactos por estresse térmico.

R7