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Em meio a uma nova onda de Covid-19 provocada pela variante Ômicron nos Estados Unidos, o principal assessor do presidente Joe Biden para a pandemia, Anthony Fauci, fez um alerta recente: nem todos os testes diagnósticos disponíveis são capazes de detectar a doença quando o paciente está infectado pela nova cepa.

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"Estamos obtendo informações preliminares de que nem todos os testes diagnósticos serão precisos com a Ômicron", afirmou o imunologista em um evento virtual na semana passada.

 Os testes aos quais Fauci se referia eram os de antígeno. Segundo ele, o RT-PCR continua sendo o "padrão ouro" para identificar a presença do vírus, inclusive da variante Ômicron.

A preocupação dos especialistas americanos é que um indivíduo que faz um teste de antígeno e obtém resultado negativo pode ficar confiante de que tem apenas um resfriado e não fazer o isolamento adequado, contribuindo para o aumento de casos.

Esta é possivelmente a variante mais contagiosa de todas as que já foram identificadas desde que o vírus surgiu, no fim de 2019, em Wuhan, na China.

 Na segunda-feira (20), o governo dos Estados Unidos anunciou que a Ômicron já se tornou dominante entre os infectados no país.

No mesmo dia, o país registrou a primeira morte pela variante. A vítima é um homem não vacinado na faixa dos 50 anos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que o mundo ja vive uma quarta onda provocada pela Ômicron, menos de um mês após a divulgação da descoberta da cepa.

Tipos de teste

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Cabe ressaltar que os órgãos reguladores dos Estados Unidos ainda não divulgaram quais marcas de testes não estão detectando a Ômicron.

Fauci se referiu a alguns testes de antígeno, que são os chamados testes rápidos, muitos deles realizados em farmácias aqui no Brasil — mas que nos EUA e em outros países podem até ser feitos em casa.

É utilizado um swab nasal, mas não existe a necessidade de envio do material coletado para um laboratório. O próprio kit tem a reação que vai mostrar se há ou não infecção pelo Sars-CoV-2.

Especialistas ouvidos pelo R7 em julho já ressaltavam a importância desse tipo de teste ser realizado em um ambiente controlado.

"Os exames feitos em condição precária muitas vezes têm possibilidade de erro na coleta. Então, perde-se por essa falta de treinamento, de supervisão, que os laboratórios têm", sublinhou o infectologista Hélio Bacha, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Esse tipo de exame já tem uma perda de sensibilidade justamente pela rapidez, complementou a coordenadora médica de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury, Maria Carolina Tostes Pintão.

"Quando [o teste] ganha velocidade, perde em alguma coisa. No caso, perde sensibilidade. Como no teste de antígeno não tem amplificação do material, ele tem menor sensibilidade se você tiver uma quantidade de vírus menor. Pode ter resultado negativo em uma pessoa que tem a infecção. E vai ser sempre assim para todos os exames."

Os exames de antígeno, por serem menos precisos, devem ser realizados até, no máximo, o quinto dia desde o início dos sintomas.

O teste considerado "padrão ouro" continua sendo o RT-PCR, que é feito também com coleta de secreção da nasofaringe e da orofaringe, mas com a amostra enviada para análise laboratorial, podendo levar mais tempo até sair o resultado.

O RT-PCR é oferecido nas redes pública e privada, inclusive com cobertura obrigatória dos planos de saúde.

 É importante saber que ao realizar um exame de Covid-19 o resultado indicará apenas se o paciente está ou não infectado pelo vírus Sars-CoV-2.

Nem mesmo o RT-PCR é capaz de identificar a variante. O exame adicional é feito por meio do sequenciamento genético e tem pouca ou nenhuma importância para quem está doente, afirmam especialistas.

A análise genômica das amostras deve ser feita por órgãos públicos ou entidades privadas para fins epidemiológicos.

A prevenção e o tratamento da Covid-19 são os mesmos, independentemente de qual seja a variante.

R7

Foto: Michaela Rehle/Reuters

A variante Ômicron do coronavírus está se espalhando mais rápido que a variante Delta e causando infecções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da Covid-19, disse o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (20).

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"Agora há evidências consistentes de que a Ômicron está se espalhando significativamente mais rápido que a variante Delta", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa para jornalistas, realizada na nova sede, em Genebra. "E é mais provável que as pessoas vacinadas ou recuperadas da Covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas", disse Tedros.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que a variante está evitando com sucesso certas respostas imunológicas, o que significa que as campanhas de reforço que estão sendo lançadas em muitos países devem ser direcionadas a pessoas com sistema imunológico mais fraco.

A Ômicron parece ser melhor em evitar anticorpos gerados por algumas vacinas contra Covid-19, mas existem outras formas de imunidade que podem prevenir infecções e doenças, disseram autoridades da OMS.

"Não acreditamos que todas as vacinas se tornarão completamente ineficazes", disse Swaminathan.

Abdi Mahamud, especialista da OMS, acrescentou: "Embora estejamos vendo uma redução nos anticorpos de neutralização, quase todos os dados mostram que as células T permanecem intactas. É disso que realmente precisamos".

Embora a defesa por anticorpos de alguns esquemas vacinais tenha sido prejudicada, há esperança de que as células T, o segundo pilar de uma resposta imune, possam prevenir casos graves da doença, atacando células humanas infectadas.

Referindo-se a um tratamento para pessoas com a doença, Swaminathan disse: "Claro que há um desafio, muitos dos monoclonais não funcionam com a Ômicron". Ela não entrou em detalhes sobre a questão.

Reuters

Foto: DENIS BALIBOUSE/REUTERS

Na tarde de ontem, 20, centenas de pessoas compareceram ao Shopping Floriano, região do Conjunto Filadelfo Freire, em Floriano-PI, onde foram montadas algumas tendas para aplicação de doses da vacina contra o novo corona vírus.

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Vários profissionais em Saúde estiveram fazendo parte da ação que contou com as presenças do prefeito Joel Rodrigues e ainda do secretário James Rodrigues, da Saúde.

A reportagem é do Ivan Nunes. 

 

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (20), que doará ao menos dez milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para nações de baixa renda, por meio da aliança internacional Covax Facility, conduzida pela OMS (Organização Mundial de Saúde), bem como para países vizinhos.

A iniciativa foi detalhada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que está respondendo interinamente pelo Itamaraty. Segundo eles, o presidente da República, Jair Bolsonaro, já assinou uma Medida Provisória autorizando o Poder Executivo federal a doar os imunizantes em caráter de cooperação humanitária.

Segundo Queiroga, é possível que, além das 10 milhões de doses iniciais, mais 20 milhões de doses sejam doadas posteriormente, totalizando ao menos 30 milhões de unidades da vacina. A efetivação da doação dependerá da manifestação de interesse e anuência de recebimento do imunizante pelo país beneficiado.

“Guiados pelo princípio da solidariedade, favoreceremos operações juntos ao mecanismo Covax, de forma a permitir que as vacinas cheguem aqueles que mais necessitam”, disse Queiroga. Já o ministro-interino das Relações Exteriores detalhou que, "graças ao avanço e ao sucesso da campanha nacional de vacinação", o Brasil decidiu apoiar países da América Latina, Caribe e África, "com significativa doação de doses".

Queiroga garantiu que a iniciativa não comprometerá a estratégia de imunização da população brasileira. “Gostaria de indicar que as doações a serem efetivadas pelo governo brasileiro não comprometerão nossa bem-sucedida estratégia de imunização, incluindo a distribuição de doses de reforços para todos os públicos, para todas as faixas etárias que, eventualmente, forem incluídas em nosso Programa Nacional de Imunizações.”

Agência Brasil