A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) entregou, nesta quarta-feira (20), mais 2,1 milhões de doses da vacina anti-Covid da AstraZeneca ao PNI (Programa Nacional de Imunizações). A liberação acontece diretamente para o almoxarifado designado pelo Ministério da Saúde, para distribuição aos estados.
Com a nova remessa, a fundação chega à marca de 113,8 milhões de doses da vacina disponibilizadas por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), no Rio de Janeiro, ao PNI. O imunizante da AstraZeneca corresponde a mais de 41% das vacinas aplicadas no Brasil, sendo o mais administrado até o momento, segundo os dados do Localiza SUS.
O Vacinômetro do R7 mostra que mais de 152 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no país, o que corresponde a 71,9% da população, sendo que mais de 107 milhões já receberam a segunda dose ou uma vacina de dose única e estão completamente imunizados.
Pessoas vacinadas contra a Covid-19 têm pouca probabilidade de morrer da doença, a menos que sejam muito idosas e já estejam seriamente doentes antes de pegá-la, mostrou um estudo da Itália.
O estudo do ISS (Instituto Nacional de Saúde), presente em um relatório de rotina do ISS sobre mortes por Covid-19, aponta que a idade média das pessoas que morreram apesar de vacinadas é 85 anos e que elas tinham em média cinco doenças preexistentes.
A idade média de pessoas que morreram sem estar vacinadas foi de 78 anos com quatro doenças preexistentes. Descobriu-se que casos de problemas cardíacos, demência e câncer foram encontrados com maior incidência na amostragem de mortes entre vacinados.
A análise, realizada entre 1º de fevereiro e 15 de outubro deste ano, estudou os registros médicos de 671 óbitos por Covid entre não-vacinados e 171 entre pessoas totalmente vacinadas.
Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) se reuniram com representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na terça-feira (19) para apresentar uma pesquisa em andamento para desenvolver uma vacina contra a Covid-19 utilizando o dispositivo da aplicação por spray.
O projeto encontra-se na chamada fase pré-clínica. Esse nome é dado à pesquisa que está na etapa de análises em laboratório e em testes com animais.
Depois disso, o produto poderá ser avaliado em exames clínicos com humanos. Mas, segundo a Anvisa, a equipe de pesquisadores da USP não informou aos representantes da agência quando esse avanço para as novas fases deverá ocorrer.
Os integrantes da Anvisa tiraram dúvidas e elencaram requisitos e parâmetros técnicos necessários para a submissão de solicitação de autorizações ou registros definitivos junto ao órgão regulador.
O governo britânico confirmou nesta terça-feira que "acompanha de perto" o surgimento de uma "descendente" da variante Delta do coronavírus, que pode ser entre 10% e 15% mais transmissível do que esta, que já é duas vezes mais contagiosa que o Sars-CoV-2 original.
Especialistas a chamaram de AY.4.2 e alertam que sua frequência aumentou no Reino Unido, onde agora pode ser responsável por quase 10% dos novos casos de Covid-19, explicaram dois especialistas ao jornal Financial Times. Sua prevalência, acrescentaram, está aumentando rapidamente, mas não tão rápido quanto a primeira Delta, depois de migrar da Índia para o Reino Unido no início deste ano.
Esta "nova linhagem de Sars-CoV-2" é "descendente" da variante Delta (B.1.167.2) e "tem duas mutações características" na proteína S, "Y145H" e "A222V", o que poderia oferecer vantagens para o vírus para sobreviver, disse no Science Media Center o pesquisador François Balloux, um dos dois especialistas citados pelo jornal.
Se os testes preliminares forem confirmados, a AY.4.2 pode se tornar a variante mais infecciosa do coronavírus desde o início da pandemia, disse Balloux, diretor do Instituto de Genética da University College London.
"Mas devemos ser cautelosos no momento. O Reino Unido é o único país em que decolou dessa forma, e eu não descartaria que seu crescimento se deva a um evento demográfico fortuito."
No entanto, é "provável" que a OMS (Organização Mundial da Saúde) a classifique como uma "variante sob investigação", e então atribuiria a ela uma letra do alfabeto grego, disse Balloux.
Ainda assim, ele pediu que as pessoas não "entrem em pânico", porque embora possa ser "um pouco mais transmissível", não será "algo tão desastroso como o que vivemos anteriormente".
Enquanto isso, um porta-voz oficial do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, destacou hoje que as autoridades estão "monitorando de perto" sua evolução e garantiu que "não hesitaremos em tomar as medidas necessárias".