Segundo um novo relatório, mais da metade da população mundial estará acima do peso ou obesa até 2035 caso não ocorra uma significativa para conter o problema.

O atlas 2023 da Federação Mundial da Obesidade prevê que 51% do mundo, ou até mais de 4 bilhões de pessoas, serão obesas ou terão sobrepeso nos próximos 12 anos.

No relatório informa que as taxas de obesidade estão aumentando de forma particularmente rápida entre as crianças e em países de baixa renda.

Louise Baur, presidente da Federação Mundial da Obesidade, disse que os formuladores de políticas públicas precisam agir agora para evitar que a situação piore.

“É particularmente preocupante ver as taxas de obesidade crescendo mais rapidamente entre crianças e adolescentes”, afirmou ela em um comunicado.

Louise acrescenta que governos e formuladores de políticas públicas em todo o mundo precisam fazer tudo o que puderem para evitar repassar os custos de saúde, sociais e econômicos para a geração mais jovem.

No relatório também foi constatado que a obesidade infantil pode mais que dobrar em relação aos níveis de 2020, para 208 milhões de meninos e 175 milhões de meninas até 2035.

Esse custo para sociedade é significativo como resultado das condições de saúde que são ligadas ao excesso de peso.

A estimativa no Brasil é que 41% da população adulta tenha obesidade até 2035, porém entre as crianças, o crescimento será mais acelerado, de 4,4% a cada 12 meses, onde tem que chegar a cerca de 27% dos mais novos.

No relatório foi usado o índice de massa corporal (IMC) para as avaliações, um número calculado dividindo o peso de uma pessoa em quilogramas por sua altura em metros ao quadrado. Segundo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pontuação de IMC acima de 25 indica sobrepeso e acima de 30 a obesidade.

3 min de leitura R7

Dormir bem é algo que se torna cada vez mais difícil para uma grande parcela dos brasileiros. Nesta sexta-feira (17), Dia Mundial do Sono, especialistas chamam atenção para pontos importantes da insônia, inclusive como identificá-la.

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Um estudo conduzido por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), publicado no ano passado, mostrou que 65,5% da população brasileira relata problemas associados ao sono, principalmente as mulheres. Primeiramente, é fundamental diferenciar a insônia aguda da insônia crônica.

"Qualquer um de nós, quando exposto a uma situação adversa que represente um estresse, pode realmente ter uma noite maldormida, uma dificuldade para dormir uma noite ou outra. Isso pode ser um episódio agudo", explica a neurologista Dalva Poyares, professora da Unifesp e integrante do corpo clínico do Instituto do Sono.

O problema é que, se o estresse for constante, algo muda na forma como o nosso cérebro funciona, acrescenta o psiquiatra Marco Abud, fundador do canal Saúde da Mente, no YouTube. "Todo mundo nasceu sabendo dormir. O que acontece é que o nosso corpo é altamente adaptável. Como o ambiente está sugerindo algumas vezes que não se deve dormir, ele vai se adaptar. [...] Se a insônia durar mais de três meses, pelo menos três vezes por semana, isso faz com que o cérebro entre em um condicionamento. A gente aprende, por rotina, a não dormir. E aí existe uma série de fatores que regulam o sono, o corpo se adapta. Isso faz com que a pessoa comece a ficar preocupada com o sono, deita-se e não dorme."

A insônia pode ser a dificuldade para iniciar o sono, para mantê-lo ou despertar muito mais cedo do que deveria.

O recomendado é que adultos durmam entre seis e nove horas por noite. Um período menor do que seis horas acarreta alguns problemas de saúde, principalmente após esses três meses iniciais.

Os principais sintomas de insônia crônica, segundo Dalva, são:

  • Distúrbio de funcionamento durante o dia;
  • Cansaço;
  • Mal-estar;
  • Fadiga mental;
  • Sonolência (o que não significa conseguir dormir durante o dia);
  • Alterações de humor;
  • Alterações de memória, concentração e atenção;
  • Sintomas de depressão (em longo prazo).

A médica ainda afirma que observar como você se sente ao acordar é algo que ajuda a diagnosticar a insônia.

"A pessoa que tem insônia sente muita insatisfação com o padrão de sono. Ainda que ela tenha ido deitar no horário regular, isso não garante que ela vai ter um bom sono", diz. O que fazer?

Quando identificada na fase aguda, a insônia pode ser tratada até mesmo sem medicamento, por meio da TCC-I (terapia cognitivo-comportamental para insônia).

"Terapia é um treino; cognitivo tem a ver com concentração, pensamento; e comportamental tem a ver com hábitos. Basicamente, é treinar pensamentos que surgem e podem atrapalhar a dormir e, principalmente, hábitos que você tem que mudar, de uma forma repetitiva, à medida que consiga favorecer os mecanismos que o corpo já tem para dormir", explica Abud.

Essa abordagem pode ser feita por um psicólogo ou psiquiatra, mas Dalva diz que existem poucos especialistas habilitados hoje no Brasil.

Muita gente acaba recorrendo a medicamentos para dormir, algo que pode agravar quadros de insônia. Os fitoterápicos podem ser uma opção em um primeiro momento, mas o psiquiatra avisa que não são inofensivos.

"Por mais que a gente diga que são naturais, eles interagem com outros remédios também. Não é que é algo sem nenhum tipo de ação; eles podem ter uma interação que, às vezes, requer alguns cuidados. Se você já toma outras coisas, obrigatoriamente, tem que falar com seu médico."

Dalva chama atenção para outro ponto que também precisa ser considerado por pacientes e médicos. Muita gente tem queixa de que demora para pegar no sono, mas isso não representa necessariamente insônia.

"A gente tem que tomar muito cuidado com a queixa de iniciar o sono, porque pode ser distúrbio do ritmo circadiano. Existem pessoas que têm atraso de fase, são obrigadas a dormir mais cedo do que a sua hora biológica e acabam desenvolvendo uma insônia, e aí consomem remédio para dormir", completa a especialista.

R7

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Com presenças de vários participantes se deu a abertura da VIII Conferência Municipal de Saúde do Município de Floriano-Piauí. Com música ao vivo com uma artista local, a solenidade foi com presenças de autoridades.

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Todos os participantes tiveram que confirmar as suas presenças com as inscrições que foram feitas momento antes.  A UESPI é quem está sediando o evento. 

Da redação

Um estudo feito por pesquisadores do Institute of Cancer Research, no Reino Unido, mostrou que pacientes que tenham enfrentado o câncer de mama positivo para o receptor de estrogênio, têm maiores chances de apresentar metástase pulmonar anos após a remissão do diagnóstico primário. A novidade é que eles descobriram medicamentos capazes de retardar e desativar o crescimento desses tumores.

De acordo com a pesquisa, as células metásticas tumorais permanecem adormecidas no pulmão, mesmo anos após o fim do tratamento contra o câncer mamário.

As descobertas, publicadas na terça-feira (14), no periódico científico Nature Cancer, revelam que, dentro do pulmão, processos moleculares estimulam o crescimento dessas células, junto à proteína PDGF-C, responsável pelo crescimento dos tecidos corporais, que determinará se os tumores permanecerão ou não adormecidos.

À medida que os níveis da proteína aumentam no organismo, concomitantemente, as células tumorais crescem, também, desenvolvendo a metástase no pulmão. Dessa maneira, os pesquisadores investigaram se o bloqueio das atividades da proteína PDGF-C preveniria o "despertar" das células.

Assim, eles dividiram os experimentos em dois grupos com camundongos, que foram tratados com um bloqueador de crescimento do câncer chamado imatinibe, medicamento usado para tratar pacientes com leucemia mielóide crônica. A divisão dos grupos foi feita com tratamento pré e pós-desenvolvimento dos tumores.

Como resultado, ambos os grupos tiveram o crescimento das células tumorais diminuído, explicam os autores do estudo.

"Agora, planejamos desvendar melhor como os pacientes podem se beneficiar do medicamento existente Imatinib e, a longo prazo, pretendemos criar tratamentos mais específicos direcionados ao mecanismo de 'revigoramento'", finaliza e m comunicado Frances Turrell, autor do estudo.

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