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Um estudo conduzido por um grupo de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital, em Boston (EUA), revelou que pessoas acostumadas a tirar longos cochilos durante o dia têm mais risco de desenvolver obesidade e síndrome metabólica quando comparadas a outras que dormem menos tempo ou não dormem.

cochilo

Os autores do trabalho, que foi publicado na semana passada na revista científica Obesity, definiram a soneca longa como aquela que dura 30 minutos ou mais. Eles analisaram dados de 3.275 adultos na região espanhola da Murcia. A Espanha é tradicionalmente um país em que as pessoas têm o hábito da sesta — soneca após o almoço.

Os indivíduos tiveram informações de saúde e estilo de vida coletados, bem como foram divididos em grupos que não cochilavam durante o dia ou que cochilavam, que cochilavam menos de 30 minutos e mais de 30 minutos.

No final da pesquisa, observou-se que os que faziam longas sestas tinham um IMC (índice de massa corporal) mais alto e eram mais propensos a ter síndrome metabólica em comparação com os que não dormiam.

Já os que tinham por hábito os chamados "cochilos de energia", de menos de meia hora, também não tiveram risco aumentado de obesidade e síndrome metabólica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a síndrome metabólica "corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica".

Os sintomas incluem obesidade, hipertensão arterial, níveis elevados de glicemia, triglicerídeos e colesterol HDL.

Uma relação possível sugerida pelos pesquisadores foi a de que longas sonecas estavam associadas a horários de dormir e comer mais tarde, maior ingestão calórica no almoço e tabagismo.

Outro fator observado foi o local onde a sesta ocorria. Pessoas que dormiam na cama, em vez de no sofá, também ultrapassavam com mais facilidade os 30 minutos.

Os autores ressaltam que, por ser um estudo observacional, é possível que alguns fatores sejam consequência da própria obesidade dos participantes, e não necessariamente dos cochilos.

Todavia, outro estudo realizado com dados de moradores do Reino Unido já havia apontado uma relação causal entre sonecas durante o dia e obesidade, particularmente em relação à circunferência abdominal, um fator de risco para doenças cardiovasculares.

"Este estudo mostra a importância de considerar a duração da sesta e levanta a questão de saber se cochilos curtos podem oferecer benefícios exclusivos. Muitas instituições estão percebendo os benefícios de cochilos curtos, principalmente para a produtividade no trabalho, mas também cada vez mais para a saúde geral. Se estudos futuros comprovarem ainda mais as vantagens de sestas mais curtas, acho que isso poderia ser a força motriz por trás da descoberta de durações ideais de cochilo e uma mudança cultural no reconhecimento dos efeitos de longo prazo na saúde e aumentos de produtividade que podem resultar desse estilo de vida", afirma em comunicado o coautor do estudo, o neurocientista Frank Scheer.

R7

Foto: Freepik

Estudo conduzido no FoRC (Centro de Pesquisa em Alimentos) revela que o limoneno, substância abundante em frutas cítricas, é capaz de reduzir o ganho de peso. Os pesquisadores do FoRC – um Cepid (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) sediado na USP (Universidade de São Paulo) – também identificaram novas moléculas que atuam no organismo associadas ao composto. Os resultados foram divulgados na revista Metabolites.

O limoneno pertence à classe dos monoterpenos, compostos orgânicos bioativos com diversos efeitos benéficos já descritos pela ciência: antimicrobiano, antitumoral, cicatrizante, antioxidante, analgésico etc. Porém, ainda são necessários novos estudos para que seus mecanismos de ação sejam mais bem compreendidos.

O efeito no controle do peso foi observado em camundongos, em estudo coordenado por Jarlei Fiamoncini, professor do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da FCF-USP (Faculdade de Ciências Farmacêuticas).

Durante seis semanas, dois grupos de animais receberam diariamente uma ração com elevada quantidade de gordura, o suficiente para que se tornassem obesos. Na ração, os pesquisadores adicionaram diferentes doses de limoneno.

Um grupo recebeu doses baixas do composto, que correspondiam a 0,1% da ração diária; e outro, doses altas, equivalentes a 0,8% da ração diária. Para efeito de comparação, um terceiro grupo foi alimentado com a mesma ração gordurosa, mas sem o composto, enquanto um quarto recebeu dieta isocalórica, ou seja, moderada em gordura e carboidrato.

Resultados

Ao final desse período, os animais alimentados com dieta isocalórica não ganharam peso, enquanto aqueles que receberam apenas ração gordurosa ganharam cerca de 7 g.

Os camundongos que receberam ração gordurosa com doses elevadas de limoneno ganharam aproximadamente 25% menos peso (em comparação aos alimentados apenas com ração gordurosa), enquanto os que receberam baixas doses, 30% menos.

Constatou-se também que essa dosagem mais baixa promoveu um menor acúmulo de gordura em diferentes estruturas do tecido adiposo (reservatório de gorduras do corpo, localizado principalmente em camadas mais profundas da pele).

Segundo José Fernando Rinaldi Alvarenga, pesquisador colaborador do FoRC, bolsista da Fapesp e primeiro autor do estudo, uma das hipóteses que explicam esses resultados é a ação do limoneno sobre a microbiota intestinal dos animais.

“Quando consumido, o limoneno, além de ser absorvido pelo organismo, poderia estar agindo na modulação da microbiota. Entretanto, em altas concentrações, pode ter eliminado as bactérias benéficas da microbiota intestinal, diminuindo assim os benefícios relacionados à redução do ganho de peso”, afirma.

Outra hipótese é a de que o limoneno, ao ser absorvido, foi biotransformado pelo organismo em outras moléculas. Nesse processo, foi observado que o composto ganhou novas estruturas em relação à molécula original.

“Pode ser que essas moléculas biotransformadas pelo organismo sejam bioativas e, assim, seriam as responsáveis pelos efeitos. Nem sempre o composto que ingerimos é o composto que produz os efeitos no organismo”, avalia Alvarenga. Novas moléculas

Por meio da análise da urina desses animais, feita por espectrometria de massas, foi possível identificar essas moléculas, sendo que algumas delas nunca haviam sido descritas na literatura científica.

“Encontramos alguns metabólitos já identificados e outras moléculas que ainda não conhecíamos. No futuro, poderemos estudar essas novas moléculas para avaliar os potenciais benefícios. Isso é importante porque, além de possivelmente identificarmos esses benefícios, pode ser que outros efeitos já conhecidos, como o controle da glicemia e a modulação da microbiota, sejam em parte propiciados também pelos monoterpenos”, comenta o pesquisador do FoRC.

Os autores ressaltam a importância de novos estudos, não só em relação ao limoneno. De acordo com um artigo de revisão publicado pelo grupo no ano passado, os índices de monoterpenos encontrados nos alimentos, em geral, variam muito de estudo para estudo.

O mesmo ocorre sobre os possíveis efeitos desses compostos. O que há de evidências mais robustas é que os monoterpenos, além de antimicrobianos, podem ter efeitos benéficos em síndromes metabólicas, como obesidade e diabetes, e na redução da inflamação de células.

Além disso, ainda não se sabe se a ingestão desses compostos, por meio de um suplemento, por exemplo, seria eficaz e seguro para o ser humano.

“Por ora, deve-se priorizar o consumo de ervas, temperos e frutas, alimentos nos quais os monoterpenos são encontrados. No caso do limoneno, frutas como limão e laranja”, destaca Alvarenga.

O artigo Identification of D-Limonene Metabolites by LC-HRMS: An Exploratory Metabolic Switching Approach in a Mouse Model of Diet-Induced Obesity pode ser lido em: www.mdpi.com/2218-1989/12/12/1246.

Agência Fapesp

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), descobriu como aumentar a longevidade de leveduras, tipo de células fúngicas, em até 82%. A partir desse resultado, os cientistas querem aplicar os mesmos efeitos em células humanas.

longevidade

A pesquisa, publicada no periódico científico Science, mostrou que as células não envelhecem da mesma maneira. Assim, os estudiosos resolveram alternar os mecanismos de deterioração celular e religá-los geneticamente. De acordo com os cientistas, as células passam por mudanças moleculares até sua degeneração e morte.

Entretanto, esse envelhecimento pode ocorrer de duas maneiras: metade das células passa por esse processo devido à deterioração do DNA, e a outra metade, devido à deterioração das mitocôndrias, responsáveis pela energia celular.

A partir daí, eles projetaram uma forma de interromper esse processo. Por meio de um circuito, chamado de oscilador de gene, os pesquisadores levaram as células da levedura Saccharomyces cerevisiae a alternar entre os dois estados de envelhecimento, de modo que não permanecessem em uma ligação prolongada em cada um, retardando assim o processo degenerativo.

Antes de realizarem o procedimento nas partículas, os cientistas fizeram testes por meio de programas de computador que simularam as intervenções. Como resultado, eles puderam aumentar drasticamente a expectativa de vida celular, o que estabeleceu um novo recorde de extensão de vida ocasionada por intervenções químicas e genéticas.

"Esta é a primeira vez que a biologia sintética guiada por computadores e os princípios de engenharia foram usados ​​para redesenhar circuitos de genes para reprogramar o processo de envelhecimento e promover efetivamente a longevidade", disse Nan Hao, autor principal do estudo.

Agora, os pesquisadores estão expandindo seus estudos para células humanas, como células-tronco e neurônios.

R7

Foto: Freepik/ rawpixel

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou hoje (27) o Boletim InfoGripe, que indica um aumento do número de casos de Srag (sSíndrome respiratória aguda grave) no país. Das 27 unidades federativas, 19 têm sinal de crescimento no longo prazo (últimas seis semanas até 15 de abril).

São elas: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Na análise por faixa etária, o aumento da quantidade de casos em crianças é influenciado principalmente pelo VSR (vírus sincicial respiratório). Entre os adultos, a predominância é de Covid-19, mas a Fiocruz destaca o peso de outras ocorrências causadas pelos vírus influenza A e B.

A instituição afirma que os dados do boletim reforçam a importância de a população aderir em maior número à vacinação contra a Covid-19 e a gripe. Capitais

O estudo também indica que 17 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento da Srag na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Plano Piloto e arredores de Brasília (DF), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).

Ao se analisarem as quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais tipos de vírus respiratórios identificados foram: Sars-CoV-2 (68,6%); influenza A (12,6%); vírus sincicial respiratório (10,9%); e influenza B (7,9%). Entre os óbitos, a presença dos vírus foi de 9,1% para influenza A, 9,1% para influenza B, 6,9% para VSR e 75% para Sars-CoV-2 (causador da Covid). Óbitos

A Fiocruz registrou 2.678 óbitos relacionados a casos de Srag em 2023. Destes, 1.572 (58,7%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 963 (36,0%), negativos, e 67 (2,5%) ainda aguardam confirmação. Dos resultados positivos, 85,6% são de Sars-CoV-2 (Covid-19), 4,5% são de VSR, 4,3% são de influenza A e 2,9% são de influenza B.

Agência Brasil