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O Brasil está entre os países mais avançados do mundo no combate a morte e doenças causadas pelo tabaco. De acordo com a plataforma Progress Hub, que monitora a implementação das propostas da Convenção-Quadro da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o Controle do Tabaco, o Brasil ocupa o primeiro lugar na região das Américas em propostas como redução da interferência da indústria, regulamentação do conteúdo dos produtos de tabaco e coordenação da vigilância e da investigação dos produtos ligados ao tabagismo. O Dia Nacional de Combate ao Fumo foi celebrado nesta semana.

Adotada em 2003, a convenção é um dos tratados de maior adesão na história das Nações Unidas, ao oferecer uma estrutura de saúde pública para reduzir o número de mortes e de doenças causadas pelo tabaco, incluindo medidas de preços e impostos para reduzir a demanda, políticas antifumo para oferecer proteção contra a exposição à fumaça, proibições à publicidade, patrocínio e promoção do tabaco, restrições ao comércio ilícito, vendas para jovens e mais. Além de sua posição regional, o Brasil ocupa a 18ª posição entre 180 países em termos de implementação geral do tratado, o que indica um grande progresso no combate à epidemia do tabaco.

Com base em dados do Progress Hub, 12,6% da população adulta do Brasil fuma, 7 pontos percentuais menos que a média global. O tabagismo é mais prevalente entre os homens brasileiros (15,9%), em comparação com as mulheres brasileiras (9,6%). Com 5,4%, a prevalência de tabagismo entre adolescentes de 13 a 17 anos no Brasil é 5 pontos percentuais menor que a média global, com prevalência ligeiramente maior entre adolescentes do sexo feminino (5,6%) do que entre adolescentes do sexo masculino (5,3%).

Preços convidativos Pesquisa recente do Inca (Instituto Nacional de Câncer) reforça um fato observado por pesquisadores há alguns anos: o preço do cigarro fabricado no Brasil, bem como do cigarro contrabandeado, é baixo.

“Desde 2017, não há reajuste nem do imposto que incide sobre os produtos derivados do tabaco nem sobre o preço mínimo estabelecido por lei. O preço está congelado desde o fim de 2016”, afirma o pesquisador da Divisão de Pesquisa Populacional – Conprev (Coordenação de Prevenção e Vigilância) do Inca, André Szklo, autor do estudo "O Mercado de Cigarros no Brasil: Novas Evidências sobre Práticas Ilícitas a Partir da Pesquisa Nacional de Saúde 2019".

Szklo afirma que, com isso, a cada ano, o preço vai perdendo o seu valor real e fica mais acessível para a população. Internamente, a indústria não realiza aumento nominal no preço do produto. “É uma estratégia que acaba casando: não tem o reajuste da política fiscal sobre os produtos derivados do tabaco, e a indústria pressiona para o preço ficar baixo, para inibir o contrabando. E o que a gente já está observando é um reflexo natural na proporção de fumantes entre jovens e adolescentes, especialmente meninas”, avaliou o pesquisador do Inca.

De acordo com a coordenadora sênior do Programa de Pesquisa e Líder Regional para a América Latina do IGTC (Instituto para o Controle Global do Tabaco) Graziele Grilo, o Brasil teve avanços importantes em termos de controle do tabaco, mas ainda é necessário manter uma postura vigilante em relação à saúde pública, pois a indústria do tabaco está sempre inovando. Essa visão trata, especialmente, dos dispositivos eletrônicos para fumar, como cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido.

“A venda, propaganda, distribuição, fabricação e importação de cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido são proibidas no Brasil. No entanto, um corpo crescente de evidências mostra que a publicidade ou marketing desses produtos persiste inclusive nas mídias sociais, o que pode contribuir para a popularização do produto, apelo e iniciação do uso entre os jovens”, esclareceu Graziele.

Segundo o IGTC, o Brasil pode reafirmar sua posição de liderança na luta contra mortes e doenças causadas pelo tabaco com ações adicionais que levam a um progresso contínuo, incluindo o monitoramento da publicidade e do comércio eletrônico, inspeções regulares nos pontos de venda de produtos de tabaco e o estabelecimento de parcerias com agências de controle de fronteira para prevenir o contrabando de dispositivos eletrônicos para fumar. “Ao redobrar seu compromisso como líder na região e no mundo, o Brasil também pode obter uma vitória global no fim da epidemia do tabaco.”

Agência Brasil

Um novo estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, descobriu que antioxidantes como as vitaminas C e E podem estimular a formação de vasos sanguíneos em tumores de câncer de pulmão. Os achados, publicados no Journal of Clinical Investigation nesta quinta-feira (31), podem ter implicações importantes para o tratamento do câncer.

suplemento

Os pesquisadores revelaram que os antioxidantes ativam uma proteína chamada BACH1, que é necessária para a angiogênese (processo de formação de vasos sanguíneos).

A ativação da BACH1 permite que os tumores de câncer de pulmão cresçam e se espalhem. O estudo também mostrou que os tumores de câncer de pulmão com altos níveis de BACH1 são mais sensíveis à terapia antiangiogênese, que bloqueia o crescimento de novos vasos sanguíneos.

Isso sugere que os pacientes com câncer de pulmão com altos níveis de BACH1 podem se beneficiar mais desse tipo de tratamento.

“Nossos resultados mostram que os antioxidantes não são tão inofensivos quanto se pensava”, disse o líder do estudo, Martin Bergö, professor do Departamento de Biociências e Nutrição do Instituto Karolinska.

Segundo o pesquisador, os antioxidantes "podem, na verdade, acelerar o crescimento e a disseminação do câncer de pulmão". Implicações para o tratamento do câncer Os resultados sugerem que os pacientes com câncer de pulmão devem evitar suplementos dietéticos ricos em antioxidantes, justamente pelo risco de aumento do tumor.

Os pesquisadores ainda estão estudando os mecanismos pelos quais os antioxidantes ativam a BACH1.

Eles também estão investigando se as descobertas do estudo podem ser aplicadas a outros tipos de câncer.

R7

Freepik

Idosos obesos que dormem mal apresentam menor força e massa muscular nos braços e nas pernas, além de maior percentual de gordura corporal e mais sintomas de ansiedade e depressão do que aqueles com sono de boa qualidade. Os dados são de um estudo feito na USP (Universidade de São Paulo) e publicado na revista Scientific Reports.

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O número de idosos obesos aumentou nas últimas décadas em todo o mundo. No Brasil, entre 2006 e 2019, a prevalência de sobrepeso em pessoas com 60 anos ou mais saltou de 53,7% para 60,4% (1,16% ao ano) e, a de obesidade, de 16,1% para 20,8% (2,34% ao ano), de acordo com um estudo que analisou dados do Sistema de Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.

O aumento dos dois fatores foi maior entre homens e entre pessoas com idade maior ou igual a 80 anos, para excesso de peso, e entre 70 e 79 anos, para obesidade.

“Temos a tempestade perfeita: envelhecimento da população e aumento da obesidade entre esse público, que tradicionalmente já apresenta distúrbios do sono com maior frequência, além de diminuição da força muscular, da massa magra e da saúde mental”, comenta o nutricionista e fisiologista clínico do exercício Hamilton Roschel, que coordenou o trabalho com apoio da Fapesp. “Também é importante lembrar que, mesmo na população em geral, a qualidade do sono é considerada um determinante crítico de saúde.”

O estudo envolveu integrantes do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE-USP) e da Faculdade de Medicina (FM-USP). Também participaram cientistas da Disciplina de Geriatria da FM-USP.

Para investigar a associação entre qualidade do sono e parâmetros quantitativos e qualitativos de saúde mental e física em idosos obesos, os pesquisadores formataram o estudo da seguinte maneira: aplicaram questionários validados para diferentes aspectos de saúde em dois grupos de 95 idosos obesos (homens e mulheres), divididos em bons (46) e maus (49) dormidores. Também foram avaliadas a composição corporal e funcionalidade dos participantes.

“Descobrimos que os participantes que dormiam mal apresentavam pior saúde física e mental, com menor vitalidade, mais dor muscular e funções física e mental comprometidas”, conta Roschel. “Essas pessoas tinham, ainda, maior percentual de gordura corporal e menos massa magra e força muscular relativa, além de apresentarem piores escores de depressão, ansiedade e qualidade de vida.”

Redução de impacto Na avaliação dos autores, os resultados do trabalho servem como alerta para a importância de cuidar da saúde do sono desses idosos, a fim de reverter ou minimizar os impactos que a obesidade e o envelhecimento causam sobre diversos aspectos de sua fisiologia (como resposta anabólica e metabolismo de glicose) e qualidade de vida.

“A constatação de que a população de idosos obesos está em maior risco para desfechos piores pode nos ajudar a identificar e encaminhar adequadamente pacientes que utilizam um serviço público tão amplo e abrangente quanto o SUS [Sistema Único de Saúde], evitando maior deterioração de sua saúde geral”, acredita Roschel.

Nos próximos meses, o grupo da USP deve publicar um estudo longitudinal complementar envolvendo terapias de estilo de vida centradas em tratar desfechos negativos em relação a composição corporal (por exemplo, perda de massa muscular e diminuição da adiposidade) e distúrbios metabólicos (controle de glicemia e perfil lipídico, entre outros).

O artigo Sleep quality is a predictor of muscle mass, strength, quality of life, anxiety and depression in older adults with obesity, também assinado por Rafael Genário, Saulo Gil, Gersiel Oliveira Júnior, Alice Erwig Leitão, Tathiane Franco, Ruan Célio dos Santos Sales, Eduardo Ferriolli, Alexandre Leopold Busse, Wilson Jacob Filho e Bruno Gualano, pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-023-37921-4.

Agência Fapesp

Foto: Freepik

A adoção de hábitos saudáveis pode aumentar a expectativa de vida em até 24 anos, mostra um novo estudo conduzido por cientistas de Harvard e do Carle Illinois College of Medicine, da Universidade de Illinois, entre outras instituições. Os resultados foram divulgados no Nutrition 2023, o congresso da Sociedade Americana de Nutrição, que ocorreu em Boston, nos Estados Unidos, no fim de julho.

Os pesquisadores avaliaram o impacto de oito hábitos de vida na mortalidade e na longevidade: praticar atividade física, manter uma dieta saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso, controlar o estresse, adotar uma boa higiene do sono, cultivar relacionamentos saudáveis e evitar o vício em opioides — medicamentos que estão associados a muitos casos de dependência nos EUA. Para isso, eles analisaram informações de mais de 700 mil pacientes entre 2011 e 2019, que faziam parte do Million Veteran Program, um amplo estudo americano que abrange adultos com idade entre 40 e 99 anos.

Os dados mostraram que homens que incorporavam os oito hábitos em suas rotinas por volta dos 40 anos tinham uma expectativa de vida até 24 anos maior em comparação àqueles que não adotavam nenhum desses costumes. No caso das mulheres, o ganho foi de 21 anos. De forma geral, a adoção desse estilo de vida saudável resultou em uma redução de 13% na mortalidade por qualquer causa.

Os impactos negativos mais significativos estavam associados ao sedentarismo, uso de opioides e tabagismo, fatores que aumentavam o risco de morte entre 30% e 45%. Estresse exagerado, consumo excessivo de álcool, dieta inadequada e maus hábitos de sono elevavam a taxa de mortalidade em 20%.

É bem estabelecido que as doenças crônicas representam cerca de 80% dos custos em saúde e constituem a principal causa de morbimortalidade nos Estados Unidos. "Nas últimas décadas, temos observado um aumento na expectativa de vida em todo o mundo, mas isso nem sempre vem acompanhado de qualidade de vida. Por isso, é tão importante estudar quais são os fatores protetores e como eles contribuem para garantir uma melhor qualidade de vida", afirma a nutricionista Simone Fiebrantz Pinto, da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

“Os dados do estudo mostram que as pessoas devem fazer uma autoavaliação para saber o que devem continuar fazendo e o que podem modificar, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo, reais e possíveis, até que isso se torne um hábito”, completa a especialista.

Quanto mais hábitos saudáveis uma pessoa adotar e quanto mais cedo ela começar, melhores serão os resultados. "Mas nunca é tarde", enfatiza Fiebrantz Pinto. De fato, o estudo demonstra que mesmo a incorporação de um único hábito saudável é capaz de aumentar a expectativa de vida em cinco anos. Esse benefício, embora menor, também é observado em indivíduos mais idosos.

Para garantir a saúde, a atividade física deve incluir exercícios de força, além dos aeróbicos. A musculação ajuda a manter a força e o tônus, que vai se perdendo com a idade. “Em relação à dieta, vale lembrar a importância de consumir a quantidade adequada de proteínas, que vai ajudar a manter os músculos”, lembra a nutricionista.

No entanto, o estresse é um parâmetro mais subjetivo. É importante aprender a identificar se a pessoa está se sentindo mais cansada, desanimada ou irritada, se o estresse é algo momentâneo ou se está se prolongando com o passar do tempo. Sabe-se que o excesso do problema impacta todos os aspectos da vida.

“A pessoa acaba comendo mal, dormindo mal e deixando de se exercitar", avalia a especialista. Além disso, a qualidade do sono deficiente está associada a uma série de problemas de saúde, que vão desde a obesidade até a demência. “Cada um deve encontrar uma estratégia para lidar com a tensão, como, por exemplo, usar técnicas de respiração, meditação, atividade física, higiene do sono. E, também, cultivar bons relacionamentos sempre”, orienta Fiebrantz Pinto.

Agência Einstein