O senador João Vicente Claudino (PTB) afirmou na tarde desta sexta-feira, 17, que em nível a aliança nacional do PTB, PT, PMDB, PP, PC do B, PDT, PSD, PTC está praticamente fechada em torno da reeleição da presidenta Dilma Rousseff. "No Piauí, o PTB já está casado com o PT e o PP, só falta o vice".
Ainda nas suas declarações o líder argumentou, "A proposta do PTB casa perfeitamente com a do PT. O então presidente Lula deu exemplo quando assumiu. Quem era o vice-presidente do Lula, um dos maiores empresários deste país (José Alencar). O próprio modelo implantado de combater a desigualdade com programas sociais, tornar o Brasil mais sensível a todas as camadas sociais e sem perder a visão de investimentos. Agora, é um país que ainda falta mudar muito na questão fiscal e tributária, reduzir a burocracia, que hoje sufoca. Facilitar a atividade privada para que esta flua mais rápido",
Perguntado porque no ano passado afirmava que sabia se seria candidato, João Vicente, disse isto era até agosto, depois disto surgiu o convite para compor com o PT. "Naquela época não poderia ser candidato sozinho". O senador avalia que a conjuntura mudou a partir do momento em que "Wellington percebeu que não teria vaga ao lado do governador Wilson e que se ele deixasse para tomar uma decisão só agora em fevereiro, teria ficado completamente isolado".
Visão empresarial
João Vicente defende que mais empresários façam política e que no Piauí a participação deste segmento sempre foi distante e separada desta atividade. "No Piauí empresários já tentaram entrar na poítica, acho que em 1986, o Aragão tentou. Mais na frente o Ari Magalhães. Depois em 1986, eu e o R. Sá, aliás entramos. No Piauí, o único governador que tinha alguma coisa de empresário foi o Pedro Freitas, que aliás fez facilmente seu sucessor".
Para isso, argumenta que o empresário precisa ter o desejo e a vocação e que a participação desste contribui para uma gestão mais gerencial da administração.
"O Estado não tem que ser tutor e sim indutor do processo de desenvolvimento. Portanto a visão empresárial é mais de gestão. Não é que você aplique tudo o que aprendeu da vida privada na vida pública. Você vai aplicar princípios, linhas, direcionamento de ação". Ele citou o exemplo do estado do Ceará que fez um pacto de desenvolvimento envolvendo o setor empresarial, a sociedade, movimentos sociais e a Igreja.
"Lá, as entidades empresarias entenderam que devem se reunir não apenas para resolver problemas dos empresários. Se nós não transpormos os muros destas entidades para fora, não adianta a industria ir bem se a sociedade vai mal, principalmente se o que está fora são as drogas, a violência, um fosso social imenso".
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