O Piauí será representado por cinco alunos e seus professores na semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que reunirá em Natal (RN), de 5 a 7 de novembro. Os classificados de todos os estados brasileiros no gênero crônica. Nesta etapa, professores e alunos participarão de ações de formação, como: oficinas de leitura e escrita, e atividades culturais, como visitas a pontos turísticos.
Todos receberão medalhas de bronze e poderão escolher livros em uma livraria montada especialmente para eles. Além disso, na noite de quarta-feira, dia 7, participarão da cerimônia de premiação regional, quando vão ser anunciados os 38 finalistas, que seguirão para a etapa nacional, em Brasília, na qual serão conhecidos os 20 vencedores da Olimpíada.
Sobre a Olimpíada - O programa é uma iniciativa do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, sob coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). O objetivo é contribuir para a formação de professores tendo em vista a melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
Eles não fazem parte do manual do candidato. Mas os estudantes já sabem que, para conseguir a aprovação nos vestibulares mais concorridos do país, incluindo o Enem, é preciso dedicar-se aos temas da atualidade. A leitura de sites, revistas e jornais, portanto, é prática obrigatória. "Os exames de seleção exigem que o aluno seja capaz de transcender a informação: ele deve saber interpretar os fatos, além de relacionar as novidades com o conteúdo aprendido em sala de aula. Em geral, não é preciso decorar nomes, datas e acontecimentos", diz Alberto Nascimento, coordenador do Anglo Vestibulares.
Não existem provas específicas de atualidades no Enem e nos vestibulares. O que há, de fato, são disciplinas como história e geografia fazendo uso de fatos recentes para abordar o que foi aprendido ao longo da vida escolar. A constante atualização auxilia no desenvolvimento de outra competência exigida pelos vestibulares, e também pelo Enem: a fluência na leitura. "O Enem traz enunciados longos e cheios de informação. Quem tem a leitura como hábito, atravessa com mais facilidade esse terreno arenoso, além de dispor de uma concentração mais apurada", afirma Elias Feitosa, coordenador de história e geografia do Cursinho da Poli.
Outra razão importante para que os candidatos mantenham o olho no noticiário é o fato de que as informações jornalísticas podem enriquecer a argumentação, tão valorizada na prova da segunda fase dos vestibulares e na redação. "Ou o candidato tem um bom repertório ou a dissertação não para de pé", diz Samuel Loureiro, professor de atualidades do Cursinho do XII.
Pata manter-se bem informado e preparado para a maratona de vestibulares, os professores dão algumas orientações. A primeira delas é filtrar os assuntos mais importantes do noticiário. O importante é identificar tópicos de relevância e aprofundar-se neles. "O problema de muitos alunos é que eles leem, mas não absorvem. Preocupados em decorar, se esquecem de interpretar a notícia", diz Célio Tasinafo, do cursinho Oficina do Estudante. Outra orientação é fazer da leitura um hábito. "Se não é possível acessar um portal ou ler um jornal todos os dias, ter em mãos uma publicação semanal é indispensável", diz Alex José Perrone, professor de atualidades do cursinho CPV.
Temas atuais que podem cair no Enem e vestibulares
Energia é assunto cuja presença é garantida nas provas. Os professores aconselham um estudo aprofundado sobre vantagens e desvantagens das diferentes matrizes energéticas do Brasil e dos principais atores globais. O acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, após o terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa nordeste do país, reacendeu a discussão sobre o assunto. Na Europa, a Alemanha fechou metade de suas usinas e pretende aposentar mais nove reatores até 2022. No Brasil, o Plano Nacional de Energia prevê a construção de quatro novas usinas até 2030, além de Angra 1 e 2, que já operam, e Angra 3, que deve ser inaugurada em 2015. Também no capítulo energia, vale lembrar as controversias causadas pela construção da usina de Belo Monte, no Pará. Planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte vem provocando reações de grupos de preservação, que questionam os impactos ambiental e humano.
É bom preparar-se para questões sobre meio ambiente. O tema é recorrente no Enem e nos vestibulares. No Brasil, ainda tramita no Congresso Nacional o novo Código Florestal, que divide ambientalistas e ruralistas. Para os professores, é uma oportunidade para questionamentos sobre sustentabilidade, utilização de recursos naturais e até mesmo agronegócio. Dois derramamentos de petróleo no litoral brasileiro – o primeiro ocorrido em novembro de 2011 e o segundo anunciado em março de 2012 – também apontam para a discussão de questões ambientais. É importante não perder de vista o Rio+20, conferência que acontece em junho na capital fluminense vinte anos após a Eco92, histórica reunião que colocou o ativismo ambiental definitivamente no debate mundial.
Do terremoto no Japão às enchentes que assolam cidades em diversas regiões do Brasil periodicamente, os desastres naturais devem ser olhados com atenção. Segundo os professores, é preciso diferenciar os acidentes causados pela ação humana – como o episódio da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro – daqueles operados pela força da natureza, como o terremoto que devastou parte do Japão. Em relação o primeiro exemplo, conceitos como urbanização, ocupação territorial desordenada e déficit habitacional devem ser estudados pelos candidatos. No segundo, movimentos de placas tectônicas e formação de tempestades tropicais precisam estar na ponta da língua.
Em 2011, "Viver em rede no século XXI" foi o tema da redação do Enem. A internet, ao que tudo indica, é um assunto que veio para ficar na avaliação federal e é possível que se estenda a outros exames de seleção. A utilização da ferramenta como catalisador de mobilizações sociais, como a Primavera Árabe, pode motivar questões objetivas. Para os professores, no caso do Enem, é importante ter uma visão crítica sobre tecnologia, já que o exame costuma cobrar um posicionamento claro dos candidatos.
A importância do Brasil enquanto ator global tem crescido nos últimos anos e os desafios que o país enfrenta enquanto potência emergente podem motivar questões nas provas. Desde o governo do ex-presidente Lula, o Brasil busca uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e os professores sugerem que os candidatos se debrucem sobre o funcionamento dessa importante organização internacional. Em 2012, a economia brasileira se consolidou como sexta maior do mundo e, por isso, é bom estar atento às principais atividades econômicas do país também. A tentativa frustrada de mediação de conflitos internacionais por parte do governo brasileiro também deve ser alvo de atenção.
A indisciplina fiscal e o descontrole das contas públicas em países da zona do euro, em particular na Grécia, arrastaram o bloco para uma crise financeira sem precedentes. Os gregos amargam altos índices de desemprego – mais da metade dos jovens não encontra trabalho. Em seguida, a Itália anunciou oficialmente a recessão de sua economia. Enquanto isso, a dívida pública bate recorde na Espanha. De acordo com os professores, é importante entender os caminhos que levaram o Velho Continente à crise e as consequências do cenário devastador, inclusive para o Brasil. Questões sobre blocos econômicos e a formação e solidificação da União Europeia também podem aparecer em exames deste ano.
As Ilhas Malvinas – Falkland para os britânicos – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1883. Isso já trouxe tensão entre os dois países, que entraram em guerra em 1982. Derrotada em dois meses de conflito, a Argentina se rendeu e os britânicos seguiram como donos do território, onde hoje vivem hoje cerca de 3.000 pessoas. Recentemente, a presidente argentina, Cristina Kirchner, decidiu reclamar novamente a soberania sobre a ilha, o que reacendeu a tensão internacional. O assunto pode suscitar questões sobre a ditadura argentina ou as antigas colônias britânicas, como a Índia. O governo da premiê Margareth Tatcher, que liderou a vitória da Grã-Bretanha na guerra, também pode aparecer no Enem.
A onda de protestos que varreu do poder o tunisiano Zine El Abidine Ben Ali e o egípcio Hosni Mubarak alcançou o norte da África e diversos países do Oriente Médio. A agitação em nações como Síria e Líbia pode motivar questões conceituais sobre a região e seus conflitos, assim como a utilização da internet como ferramenta de organização social. Perguntas envolvendo a Guerra Fria e disputas pelo domínio do petróleo também podem aparecer. Para os professores, um aspecto importante das revoltas no mundo islâmico é a participação das mulheres, que lutam para ganhar espaço na região.
Em outubro, os brasileiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores. De acordo com os professores, questões sobre o processo eleitoral brasileiro e comparações entre diferentes momentos da história do Brasil podem aparecer nas provas. É importante ter em mente a divisão política e administrativa do país e as atribuições de casa um dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Para tentar evitar problemas com os aplicadores das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o MEC (Ministério da Educação) investiu na contratação de pessoal de apoio e aumentou em 25% o tamanho da equipe. O MEC já conta com os faltosos e afirma que o planejamento de preparação dessa equipe começou em outubro. Apesar do esforço, há fiscais que não fizeram o treinamento e foram convocados há poucos dias.
O exame começa neste sábado em 1.615 cidades do País. São esperados 5,7 milhões de inscritos. O exame é usado como processo seletivo para praticamente todas as universidades federais do Brasil, além de critério para concessão de bolsas do ProUni (Programa Universidade Para Todos), financiamento estudantil e certificação do ensino médio.
Com o crescimento da importância do exame — que ganhou status de vestibular em 2009 —, estudantes passaram a reclamar ainda mais do despreparo dos fiscais na hora da aplicação. São eles os responsáveis por orientar o preenchimento do exame, fazer valer as regras da prova, tirar dúvidas e agir em caso de detecção de cola.
Segundo o MEC, vão participar da aplicação 539.919 pessoas, entre coordenadores, fiscais e pessoal de apoio. No ano passado, esse número girava em torno de 435 mil. O aumento reflete o salto de 7% no número de inscritos no exame, mas também a preocupação do MEC de evitar transtornos.
A pasta afirma que a capacitação começou em junho, com curso dado a distância para 35 mil pessoas. Entre setembro e outubro, teria ocorrido a capacitação nos locais que envolveriam também os fiscais de sala e grupo de apoio. A pasta não informou quanto foi investido na capacitação nem quantos profissionais foram capacitados.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que houve convocações nesta semana. Uma professora de educação básica na zona leste vai participar pela primeira vez da aplicação. A mulher, que pediu para não se identificar, foi convidada na segunda-feira.
— Preferia ter um cursinho antes, nunca vi uma prova do Enem. Mas acho que na hora a gente se vira.
Ela vai ganhar R$ 150 por dois dias de trabalho. O MEC afirma que ninguém mais está sendo convocado, mas pode haver casos excepcionais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Noventa e cinco instituições de ensino superior no país, incluindo 38 institutos federais, aceitam, atualmente, a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério para o ingresso de alunos no ensino superior. O dado se refere ao primeiro semestre de 2012 e, para as vagas a serem preenchidas no próximo ano, pode mudar.
Duas dessas instituições estão na mira do aluno do Colégio Militar de Brasília Pedro Henrique Beghelli. O estudante vai fazer a prova pela primeira vez e quer garantir, com os resultados do exame marcado para os dias 3 e 4 de novembro, uma vaga no curso de engenharia civil da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ou da Universidade Federal de Goiás (UFG). “Tenho a sensação de estar preparado, mas sei que preciso continuar buscando mais. Desde a 5ª série eu comecei a construir um caminho aos poucos e sinto que tenho a base para ser aprovado pelo exame”, disse.
Pedro Henrique confessa que não se dedicou exclusivamente ao Enem, optando por estratégias de estudo que também pudessem ser aproveitadas em vestibulares como o da Universidade de Brasília (UnB), que considera a nota no exame apenas para preencher vagas remanescentes. “Eu me preparei sem pensar em uma prova específica, mas sei que cada uma tem um estilo. Acho que a redação do Enem, por exemplo, tem uma estrutura mais simples. Tento fazer uma ou duas redações por semana. É treino”, explicou.
O Enem foi criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC) com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Em 2009, o exame passou a ter mais importância, quando passou a substituir o vestibular em algumas universidades, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Para 2013, as universidades e os institutos federais ainda vão divulgar o total de vagas ofertadas. Ainda existe a possibilidade de que outras instituições façam adesão ao Sisu e passem a usar a nota do Enem para selecionar estudantes.
No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o Sisu ofereceu mais de 108,5 mil vagas para 3.327 cursos de 95 instituições públicas de ensino superior. A nota do exame do ensino médio ainda pode para garantir bolsas de estudo parciais ou integrais por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni) e é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).