O ano não poderia encerrar sem mais uma notícia ruim para quem é servidor público em Campo Maior. Pra não ser diferente, de novo a polêmica é o pagamento dos vencimentos dos funcionários. De acordo com a tesoureira do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Maior (SINDSERM), professora Bernadete Silva, inúmeros servidores lhe procuraram para denunciar que receberam valores abaixo do ideal como 13º salário.
O 13º Salário é pago em duas parcelas, sendo 80% no dia do aniversário e 20 % no final do ano. Porém muitos funcionários que aniversariam em dezembro não receberam como deveriam, integralmente. “Uns receberam R$ 100,00 outros R$ 80,00 e teve gente que chegou a receber somente R$ 67,00. Isso está errado. Quero acreditar que tenha sido apenas um erro de calculo”, comentou a sindicalista.
Mas segundo ela, há servidores que receberam seus vencimentos corretamente. Essas pessoas, em sua maioria, são ligadas politicamente ao gestor. A professora chegou a citar vários nomes de funcionários que estão comemorando e fazendo chacota com os outros porque não tiveram problemas. “Há uma chateação muito grande por parte dos servidores”, frisou.
Ela está convocando as pessoas que desconfiam de erro no pagamento de seus vencimentos para ir até o Secretário de Educação pedir uma justificativa. “Estou recebendo telefonema de vários professores, se reclamando e pedindo apoio”, pontuou.
O professor Antônio Ibiapina declarou que não agüenta mais tanta humilhação. “Agora não vou mais ficar discutindo com o gestor, vou logo é buscar proteção na Justiça”, desabafou.
A polêmica do pagamento do 13º dos servidores de Campo Maior começou quando o prefeito Paulo Martins (PT) disse que não efetuaria o pagamento em virtude de um bloqueio judicial nas contas da Prefeitura ocasionado por uma ação judicial impetrada pela Caixa Econômica Federal (CEF) por falta de repasse do dinheiro dos consignados dos servidores públicos municipais.
Após a comprovação de que o dinheiro do FUNDEB não teria sido bloqueado e que somente no mês de dezembro a prefeitura recebeu R$ 4 milhões de reais o gestor voltou a trás e alegou que teria conseguido o desbloqueio. “A justiça efetuou o bloqueio alegando o atraso, mas estava tudo em dias”, falou o petista que jogou a responsabilidade do bloqueio para o ex-prefeito João Félix, pois este não teria feito o repasse durante os quatro meses que ficou no cargo de agosto a dezembro de 2012.
Joãozinho se defendeu dizendo que quando assumiu o petista teria deixado de repassar os meses de junho e julho e teve que efetuar esse pagamento, e como não poderia cobrar dos servidores duas vezes, ficou devendo o mês de dezembro, mas que o Paulo Martins usou o dinheiro do 13º de 2012 para colocar este débito em dias.
Weslley Paz
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