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As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Essas enfermidades podem afetar o coração e os vasos sanguíneos, como a doença arterial coronariana e o infarto agudo do miocárdio, sendo esta a maior causa de morbimortalidade no mundo.

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De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), entre 2008 e 2022 os dados referentes às internações por infarto aumentaram no Brasil: 158% para os homens e, entre as mulheres, o aumento foi de 157%. Em 2023, conforme dados do Ministério da Saúde, de janeiro a agosto foram diagnosticados 240 mil casos, com registro de uma morte a cada 7 casos.

O que tem aumentado as doenças do coração Para o Dr. Eduardo Lanaro, médico cardiologista clínico e intervencionista e responsável pelo Setor de Hemodinâmica do Hospital Amhemed, o aumento de infartos pode ser atribuído às alterações de hábitos populacionais.

Ele cita, por exemplo, o sedentarismo, obesidade e maus hábitos alimentares, entre eles o excesso de industrializados ricos em açúcares e gorduras. Além disso, atividades estressantes diárias e falta de lazer também podem contribuir para o agravamento do problema.

No entanto, os fatores de risco mais importantes são a hipertensão arterial sistêmica, diabetes e dislipidemias, principalmente com a baixa adesão ao tratamento. “Lembrando que não basta simplesmente tomar remédio. É preciso realizar avaliações periódicas e atingir metas de controle de doenças para, assim atingirmos, o objetivo de prevenção”, diz o médico.

Veja como prevenir problemas cardíacos De acordo com o cardiologista, para prevenir problemas cardíacos precisamos ter controle de nossas vidas. Isso significa evitar excessos.

“Excesso de comida, excesso de bebidas alcoólicas, excesso de tabagismo, excesso de trabalho, excesso de estresse mental e até mesmo excesso de atividade física podem ser determinantes para doenças cardíacas”, destaca o médico.

Por outro lado, bons hábitos alimentares com frutas, verduras, ingestão de água, controle de carnes vermelhas, evitar óleos e excessos de açúcares podem ajudar a preservar a saúde do coração.

“Para termos saúde não podemos ser radicais, e sim manter harmonia em nosso prato, nossa mesa, nossa casa e nosso trabalho”, salienta o especialista.

Cuidando do coração na prática Esta harmonia que o Dr. Eduardo menciona envolve a homeostase do indivíduo. Ele lembra que hábitos alimentares saudáveis incluem todas as classes de alimentos. “É aquela pirâmide alimentar, temos desde frutas e verduras até doces, o que devemos evitar são os excessos”, reforça.

Além disso, o especialista recomenda a prática esportiva regular, preferencialmente aeróbica, com uma caminhada de no mínimo 30 minutos de 3 a 5 vezes na semana. Segundo ele, esses hábitos já proporcionam benefícios imensos ao nosso coração, cérebro e músculos.

“No trabalho não é diferente: trabalhe em equipe, compartilhe confiança e resultados e junte prêmios. Ganhe vida! Assim terá mais tempo para a família, amigos, pais e sociedade.

São medidas simples, aparentemente, mas difíceis de conciliar. Paz de espírito, fé, amor e compaixão completam a receita para um coração bom e saudável”, finaliza o médico.

Saúde em Dia

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) discute nesta sexta-feira (19) se mantém ou não a impossibilidade de comercializar, importar e fazer propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil. A revisão das regras é uma demanda da indústria tabagista, que sustenta que os dispositivos podem auxiliar fumantes a deixar o vício. A avaliação da equipe técnica da agência é oposta e, por isso, a tendência do colegiado é pela continuidade da resolução que, em 2009, trouxe a proibição.

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A decisão sobre manter ou não a proibição é feita pelos diretores e pode ser tomada já nesta sexta. No entanto, há a possibilidade de pedido de vista, ou seja, mais tempo para analisar. Servidores da Anvisa com quem a reportagem conversou dão como certa a continuidade da proibição.

Não é a primeira vez que a Anvisa reavalia o tema. Em 2022, houve a manutenção da proibição. Foram analisados quase 900 estudos e realizadas consultas com o setor de saúde para embasar a avaliação de que os cigarros eletrônicos, além de não ajudarem a reduz o vício, podem causar dependência. Na ocasião, a Anvisa também recomendou a realização de campanhas contra o uso e a fiscalização para combater as vendas ilegais.

Apesar disso, o tema permaneceu em discussão. Foi aberta, entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, uma consulta pública questionando se o público é a favor da proposta de norma. Foram quase 14 mil contribuições, e a maioria (58%) discordou sobre o veto aos cigarros eletrônicos. Entre os profissionais de saúde, no entanto, 61% fizeram uma avaliação positiva quanto à proibição.

Após a divulgação dos resultados, a Anvisa esclareceu que a consulta “não se trata de uma votação ou instrumento opinativo”, mas traz a possibilidade de “aprimorar o texto proposto e, em alguns casos, permitir a coleta de dados e informações que possam contribuir no processo de elaboração de norma”. Por isso, os técnicos não precisam seguir a avaliação da maioria dos participantes.

O parecer será apresentado pelo presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, relator do processo. Em voto anterior, ele já se manifestou contra a liberação dos dispositivos.

O que são os cigarros eletrônicos? Os cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, são dispositivos utilizados para fumar, podendo ser descartáveis ou recarregáveis. A tecnologia funciona com o aquecimento de um líquido para criar um vapor, inalado pela pessoa. Apesar da proibição, os flagrantes de pessoas, principalmente, jovens, usando os cigarros eletrônicos não são incomuns.

Sociedades médicas também são contra A SBTP (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) emitiu um comunicado para alertar sobre os perigos dos vapes. “Os DEFs [dispositivos eletrônicos para fumar] são uma ameaça à saúde pública, porque representam uma combinação de riscos: os já conhecidos efeitos danosos à saúde e o aumento progressivo do seu uso no país”, diz a entidade.

Em 2023, a OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu para que governos locais tratem os cigarros eletrônicos da mesma forma que o tabaco e proíbam todos os sabores.

O Instituto Nacional de Câncer também emitiu um posicionamento. Na publicação “Não se deixe enganar pelas novidades. Dispositivos eletrônicos para fumar também matam”, a entidade afirma que nenhum dispositivo eletrônico para fumar é seguro.

R7

Foto: DIVULGAÇÃO MINISTÉRIO DA SAÚDE/ AGÊNCIA BRASIL

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou pelas redes sociais nesta quinta-feira (18) a ampliação da vacinação contra a dengue na rede pública diante da possibilidade de vencimento dos imunizantes em determinados municípios. Agora, crianças e jovens de 6 a 16 anos podem receber a primeira dose. Até então, a campanha era destinada a crianças de 10 a 14 anos.

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“Estamos ampliando, de forma temporária, a faixa etária para as vacinas da dengue que vencem no dia 30 de abril nos municípios que estejam com risco de perdê-las. Em um primeiro momento, orientamos que elas sejam estendidas às crianças e jovens de 6 a 16 anos”, escreveu Nísia.

A ministra deixou em aberto a possibilidade de ampliação da vacina para outras faixas etárias. “Em último caso, elas podem ser ampliadas para todas as pessoas para as quais a Anvisa aprovou a vacina: na faixa etária entre 4 e menos de 60 anos. A segunda dose estará garantida para todos que se vacinarem”, acrescentou.

A medida foi tomada pelo governo diante do risco de vencimento de imunizantes. No Distrito Federal 8 mil doses da vacina estão com a data de validade próxima do vencimento. “Nosso principal objetivo até o dia 30 de abril é garantir a aplicação de 8 mil doses de vacina que estão próximas ao vencimento”, afirmou a secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, ao R7.

Na última segunda-feira (15), o Brasil registrou 1.385 mortes confirmadas por dengue deste o começo do ano - terceiro fim de semana seguido com aumento no número de mortes. Outras quase 2 mil mortes estão em investigação. O país registrou 3.289.639 casos prováveis da doença em 2024. A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse que os casos da doença podem chegar a 4,2 milhões no “pior dos cenários”.

São Paulo é a unidade da federação com mais mortes em 2024, com 276 confirmações. Em seguida aparecem Distrito Federal (237), Minas Gerais (231), Paraná (153) e Goiás (110). As cinco UFs acumulam 72% do total de registros. Segundo o painel de dengue do Ministério da Saúde, o DF é a unidade com maior taxa de incidência de casos prováveis, com 7.795 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Goiás aparecem em seguida, somando 56% do número absoluto de casos.

No início deste mês, a ministra Nísia anunciou que o Brasil tem 12 estados estáveis, 8 com tendência de queda e 7 com tendência de aumento no número de casos de dengue. “A dengue é uma doença que nunca se manifesta igual em todo o Brasil. Nós começamos com número de casos exponenciais em janeiro, sobretudo na região Centro-Oeste, e hoje temos oito estados com tendências claras de queda: Amazonas, Acre, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Roraima”, disse Nísia.

Segundo ela, há “12 estados com estabilidade no número de casos: não está crescendo, mas ainda não começou a queda acentuada. São eles: Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins. E são 7 estados com tendência de aumento: Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.”

O Brasil teve 3,3 milhões de registros em 107 dias de 2024, mais que o dobro de casos prováveis de dengue do que todo o ano passado. Em 2023, foram 1.649.144 casos prováveis. Este ano, 1.457 mortes foram confirmadas por dengue e outras 1.929 estão em investigação, segundo o painel de monitoramento da dengue, atualizado na manhã desta quarta-feira (17) pelo Ministério da Saúde.

R7

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Um estudo de cientistas da Universidade de Tóquio concluiu que cochilos longos estão ligados a uma maior probabilidade de diabetes tipo 2.

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Os pesquisadores encontraram a ligação depois de analisar estudos observacionais envolvendo mais de 300 mil pessoas.

Eles afirmam que indivíduos com doenças crônicas e diabetes não diagnosticada frequentemente experimentam fadiga diurna.

O problema está nos cochilos longos Os resultados da pesquisa revelaram uma associação entre cochilos diurnos prolongados, com duração superior a 60 minutos, e um aumento de 45% no risco de desenvolver diabetes tipo 2.

No entanto, não houve correlação entre cochilos inferiores a 40 minutos e o risco de diabetes. Os cientistas apontaram que cochilos prolongados podem ser um reflexo de distúrbios do sono noturno, potencialmente relacionados à apneia do sono.

Esses distúrbios do sono, por sua vez, podem elevar o risco de problemas cardiovasculares, incluindo ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e, consequentemente, diabetes tipo 2.

Além disso, a privação de sono também pode resultar em aumento do apetite, contribuindo para o risco de diabetes tipo 2.

Entretanto, os pesquisadores ponderaram que pessoas menos saudáveis ou em estágios iniciais de diabetes podem ter uma tendência maior a tirar cochilos mais longos durante o dia.

De acordo com os autores do estudo, é provável que os fatores de risco que levam ao diabetes também causem cochilos.

Isto pode incluir níveis ligeiramente elevados de açúcar, o que significa que o cochilo pode ser um sinal de alerta precoce de diabetes.

Quais são os sintomas de diabetes? Aumento da sede e micção frequente (polidipsia e poliúria) Fome constante (polifagia) Perda de peso inexplicada Fadiga e fraqueza Visão embaçada ou turva Infecções frequentes, como urinárias e de pele Cicatrização lenta de feridas Formigamento ou dormência nas extremidades (neuropatia diabética). Mudanças de humor, como irritabilidade e ansiedade.

Catraca Livre

Foto: © Antonio_Diaz/istock