Em um mundo cheio de incertezas e desafios, manter uma mentalidade positiva pode ser a chave para enfrentar as dificuldades com mais leveza e resiliência.

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A mentalidade positiva não se trata apenas de “pensar positivo” de forma superficial, mas de adotar uma perspectiva que favorece a saúde mental e física.

Estudos indicam que indivíduos com uma atitude positiva tendem a lidar melhor com o estresse, têm menos chances de desenvolver doenças crônicas e, em geral, vivem vidas mais longas e saudáveis.

Este artigo do SaúdeLAB vai te explicar como os pensamentos positivos podem influenciar sua saúde mental e física, oferecendo também dicas práticas para cultivar essa mentalidade no seu dia a dia.

O que é Mentalidade Positiva? A mentalidade positiva é a prática de focar nos aspectos construtivos e produtivos da vida, mesmo em meio às adversidades. Diferente do otimismo cego ou do “pensamento mágico”, a mentalidade positiva não ignora os desafios, mas escolhe enfrentá-los com uma atitude construtiva.

Enquanto o otimismo irracional pode levar à negação da realidade, a mentalidade positiva promove a aceitação e o enfrentamento dos problemas com esperança e determinação.

A ciência apoia a ideia de que manter pensamentos positivos pode ter efeitos profundos na saúde. Um estudo publicado na revista Journal of Personality and Social Psychology descobriu que pessoas com uma visão positiva da vida têm maior probabilidade de viver mais e com melhor qualidade de vida. Outro estudo da Universidade de Harvard revelou que uma mentalidade otimista está associada a uma redução significativa no risco de doenças cardiovasculares.

Na prática, a mentalidade positiva se manifesta em várias situações cotidianas. Por exemplo, diante de um desafio no trabalho, uma pessoa com mentalidade positiva enxerga a situação como uma oportunidade de crescimento e aprendizado, em vez de se concentrar apenas nos aspectos negativos.

Da mesma forma, ao lidar com críticas, essa pessoa tende a absorver o que é construtivo, sem se deixar abater ou desanimar.

Benefícios da Mentalidade Positiva para a saúde mental A adoção de uma mentalidade positiva pode desempenhar um papel crucial na saúde mental, especialmente em tempos de crise ou estresse.

Estudos indicam que pensamentos positivos têm o poder de reduzir sintomas de ansiedade e depressão.

Em um estudo publicado na American Journal of Psychiatry, pacientes que cultivaram uma mentalidade positiva como parte de sua terapia relataram uma redução significativa nos sintomas depressivos em comparação com aqueles que mantiveram uma visão negativa.

Além disso, a mentalidade positiva aumenta a resiliência emocional. Resiliência é a capacidade de se recuperar rapidamente das adversidades, e é fundamental para a saúde mental.

Indivíduos resilientes são mais capazes de manter o equilíbrio emocional durante momentos difíceis, e a mentalidade positiva fortalece essa habilidade. Isso ocorre porque, ao focar no lado positivo das situações, as pessoas são menos propensas a se sentirem sobrecarregadas pelos desafios.

Outra área onde a mentalidade positiva faz diferença é nas relações interpessoais. Manter uma atitude positiva pode melhorar a qualidade das interações sociais, promovendo um ambiente de empatia, compreensão e cooperação.

Pessoas que adotam uma mentalidade positiva tendem a ser mais abertas e receptivas, o que facilita a resolução de conflitos e fortalece os vínculos afetivos.

Esses benefícios para a saúde mental demonstram que a mentalidade positiva vai além de um simples estado de espírito. Ela é uma ferramenta poderosa para enfrentar os desafios emocionais da vida, promovendo o bem-estar e uma visão de mundo mais equilibrada.

Barreiras comuns para manter uma Mentalidade Positiva Embora os benefícios da mentalidade positiva sejam amplamente reconhecidos, mantê-la de forma consistente pode ser desafiador. Existem várias barreiras que podem impedir o cultivo dessa atitude, tanto internas quanto externas.

Negatividade interna e externa Internamente, a autocrítica severa é uma das principais fontes de negatividade. Pensamentos como “não sou bom o suficiente” ou “nunca vou conseguir” podem sabotar uma mentalidade positiva.

Esses padrões de pensamento, muitas vezes enraizados em experiências passadas, criam uma visão distorcida de si mesmo e das próprias capacidades.

Externamente, ambientes tóxicos, como um local de trabalho competitivo ou relacionamentos abusivos, também dificultam a manutenção de uma atitude positiva.

A negatividade que permeia esses ambientes pode influenciar a maneira como vemos o mundo e a nós mesmos, tornando mais difícil enxergar o lado bom das coisas.

Estresse e pressões cotidianas O estresse diário, seja relacionado ao trabalho, finanças ou responsabilidades familiares, é outra barreira significativa. Quando estamos sobrecarregados, é natural que a mente se concentre mais nos problemas do que nas soluções, o que pode minar qualquer esforço para manter uma mentalidade positiva.

No entanto, aprender a gerenciar o estresse de maneira eficaz é crucial para não permitir que ele domine nossa perspectiva.

Perfeccionismo e medo de fracassar O perfeccionismo é um inimigo silencioso do pensamento positivo. A busca constante por um padrão inatingível pode levar à frustração e ao esgotamento. Quando o medo do fracasso se instala, ele pode paralisar a pessoa, impedindo-a de tentar coisas novas ou de ver valor em suas realizações.

Esse ciclo vicioso de exigências irreais e medo pode facilmente bloquear qualquer tentativa de adotar uma mentalidade positiva.

Dicas práticas para cultivar uma mentalidade positiva Superar as barreiras mencionadas requer estratégias práticas e cotidianas que ajudem a reforçar uma mentalidade positiva. A seguir, algumas dicas eficazes:

Prática da gratidão Começar ou terminar o dia com um diário de gratidão pode ser uma maneira poderosa de cultivar pensamentos positivos. Simplesmente anotar três coisas pelas quais você é grato todos os dias ajuda a redirecionar o foco para o que há de bom na sua vida, fortalecendo a mentalidade positiva.

Autocompaixão Ser gentil consigo mesmo é essencial para manter uma mentalidade positiva. Praticar a autocompaixão significa aceitar suas imperfeições e tratar-se com a mesma compreensão que você ofereceria a um amigo. Isso não só alivia a autocrítica, mas também cria um ambiente mental onde pensamentos positivos podem prosperar.

Mindfulness e meditação Praticar mindfulness e meditação são excelentes formas de manter o foco no presente, o que é fundamental para o pensamento positivo. Técnicas simples, como prestar atenção à respiração ou observar seus pensamentos sem julgamento, ajudam a reduzir o estresse e a criar espaço mental para pensamentos construtivos.

Reformulações cognitivas Aprender a reestruturar pensamentos negativos é uma habilidade crucial. Quando um pensamento negativo surgir, pergunte a si mesmo: “Há uma maneira diferente de ver isso?” Tente encontrar uma perspectiva mais positiva ou realista, e treine sua mente para adotar esse novo ponto de vista.

Ambiente e companhia O ambiente ao seu redor e as pessoas com quem você convive têm um grande impacto na sua mentalidade. Crie um ambiente positivo ao seu redor, decorando seu espaço com objetos que te inspirem e cercando-se de pessoas que incentivem uma atitude otimista.

A influência de um ambiente positivo pode reforçar significativamente seus esforços para manter uma mentalidade positiva.

Visualização e afirmações positivas Praticar a visualização do sucesso e usar afirmações positivas são técnicas poderosas para reforçar sua mentalidade. Visualize-se alcançando seus objetivos e repita afirmações que reflitam suas aspirações. Essas práticas ajudam a programar sua mente para acreditar no sucesso e a manter uma atitude positiva diante dos desafios.

Manter uma mentalidade positiva é uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde mental e física. Como vimos, essa atitude pode reduzir o estresse, aumentar a resiliência e até mesmo prolongar a vida.

Apesar das barreiras, como a negatividade interna e o estresse diário, é possível cultivar uma mentalidade positiva através de práticas como a gratidão, a autocompaixão e a reformulação de pensamentos.

Ao final, o que realmente importa é a disposição para mudar a forma como vemos o mundo e a nós mesmos. Cultivar uma mentalidade positiva não é apenas um caminho para uma vida mais feliz, mas também para uma vida mais saudável e realizada.

Como disse Henry Ford: “Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode – você está certo.” O poder de sua mentalidade é a chave para transformar sua vida.

Saude Lab

Foto: divulgação

Uma molécula identificada e sintetizada por pesquisadores da UCLA Health pode abrir um novo caminho para o tratamento de Alzheimer. O composto reativou a memória e a cognição em ratos, dando a esperança de poder um dia fazer o mesmo em humanos.

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Embora esteja se tornando cada vez mais claro que as placas amiloide no cérebro são um sintoma e não necessariamente a causa do Alzheimer, a maioria dos tratamentos atuais para a doença funcionam destruindo essas placas. Os medicamentos aprovados pela FDA lecanemab e aducanumab funcionam dessa forma, mas, embora possam ser capazes de retardar o grau de declínio cognitivo, eles não podem reverter os efeitos cognitivos e de degradação da memória da doença.

Assim, o estudo buscou uma opção de tratamento alternativa. A equipe recorreu às oscilações gama – ondas cerebrais de alta frequência que têm sido associadas à memória e outros processos cognitivos.

Créditos: daisy-daisy/DepositPhotos Essas frequências são frequentemente degradadas em pessoas com Alzheimer e pesquisas anteriores mostraram que estimular pacientes com Alzheimer com sinais auditivos, visuais ou transcranianos que imitam as oscilações gama levou à redução de placas. Mais uma vez, porém, nenhuma melhora cognitiva foi vista.

Desta vez, os pesquisadores procuraram aumentar as oscilações gama de dentro, em vez de fora, do cérebro.

Composto molecular contra o Alzheimer Os cientistas do estudo criaram um composto molecular chamado DDL-920 que funcionou para inibir a ação do mensageiro químico conhecido como GABA, que serve para amortecer as oscilações gama em estruturas de disparo rápido conhecidas como neurônios de parvalbumina.

Com o GABA inibido, a equipe acreditou que as oscilações gama seriam aumentadas de volta aos níveis normais e a memória e a cognição melhorariam.

E os testes com camundongos confirmou essa expectativa. Quando camundongos que foram geneticamente modificados para ter Alzheimer receberam o composto, seu desempenho anteriormente ruim em um labirinto melhorou para se igualar ao de camundongos saudáveis.

Além disso, levou apenas duas semanas de dosagem oral duas vezes ao dia para que houvesse uma melhora.

Os pesquisadores também não notaram nenhum efeito colateral visível durante a fase de testes.

Apesar dos bons resultados, os pesquisadores dizem que são necessárias mais pesquisas para ver se o tratamento será seguro e eficaz em humanos. Se for, a descoberta oferece uma maneira totalmente nova de tratar a doença.

Quais os primeiros sinais de Alzheimer? Perda de memória; Problemas para completar tarefas que antes eram fáceis; Dificuldades para a resolução de problemas; Mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares; Problemas com a comunicação, tanto escrita como falada; Confusão sobre locais, pessoas e eventos; Alterações visuais, como problemas para entender imagens. Quais os fatores de rico para Alzheimer? O envelhecimento é um importante fator de risco para a doença de Alzheimer, pois causa alterações no cérebro. Após os 65 anos, o número de pessoas com doença de Alzheimer duplica a cada cinco anos, de acordo com a OMS.

As chances também aumentam se os seus pais ou irmãos a tiverem; no entanto, ter um histórico familiar da doença não garante que você também a terá.

Se várias pessoas da sua família tiveram Alzheimer, especialmente em idades mais jovens, você deve considerar aconselhamento genético para avaliar suas chances de desenvolvê-lo.

Fatores de risco de estilo de vida Consumo excessivo de álcool Níveis de educação mais baixos Maus hábitos de sono Fumar ou exposição ao fumo passivo Condições relacionadas à saúde que aumentam o risco de Alzheimer Diabetes Doença cardíaca Pressão alta Colesterol alto Obesidade

Catraca Livre

Foto: © daisy-daisy/DepositPhotos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia como baixo o risco imposto pelo vírus da gripe aviária à saúde humana de forma global. Em documento divulgado nesta quarta-feira (14), a entidade classifica ainda como “baixo a moderado” o risco de infecção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus, “dependendo das medidas de mitigação de risco em vigor”.

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De acordo com a entidade, a transmissão do vírus entre animais continua a acontecer e, até o momento, há apenas “um número limitado” de infecções em humanos relatadas. “Embora novas infecções humanas associadas à exposição a animais infectados ou ambientes contaminados provavelmente continuem a ocorrer, o impacto de tais infecções na saúde do público em geral a nível global é menor”.

Morte Em junho, a OMS confirmou a primeira morte pela variante H5N2 da gripe aviária. O paciente, de 59 anos, vivia no México. Este foi o primeiro caso de infecção em humano confirmado em laboratório em todo o mundo. A morte foi reportada por autoridades sanitárias mexicanas no dia 23 de maio.

À época, a organização destacou que o paciente, morador da Cidade do México, não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais. A variante H5N2 já havia sido identificada em aves do país. “O paciente tinha múltiplas condições médicas subjacentes. Os familiares relataram que ele já estava acamado há três semanas, por outros motivos, antes do início de sintomas agudos”.

Falhas na vigilância Em julho, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a capacidade do órgão de avaliar e gerir o risco apresentado pela gripe aviária para a saúde humana estava “comprometida” em razão de falhas na vigilância de casos em animais em todo o mundo.

“Na semana passada, os Estados Unidos reportaram o quarto caso do vírus H5N1 em humano após exposição a vacas leiteiras infectadas. O Camboja também reportou dois casos em crianças que tiveram contato com galinhas doentes ou mortas. Até o momento, nenhuma transmissão de humano para humano foi reportada e, por isso, a OMS continua a avaliar o risco para o público em geral como baixo”, explicou.

“Entretanto, nossa capacidade de avaliar e gerir esse risco está comprometida em razão da vigilância limitada de casos de influenza em animais em todo o mundo. Compreender como o vírus se espalha e se reproduz em animais é essencial para identificar qualquer mudança que possa aumentar o risco de surtos em humanos ou o potencial para uma pandemia”, acrescentou Tedros.

Em entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS apelou para que todos os países fortaleçam seus sistemas de vigilância e notificação de casos de gripe aviária em animais e em humanos. Tedros pediu ainda que os países compartilhem amostras e sequências do vírus H5N1 com centros colaboradores da OMS em todo o mundo, mantendo acesso público aos dados.

A OMS também cobrou que os países ofereçam proteção para trabalhadores de fazendas e estabelecimentos similares que possam ser expostos ao vírus; que ampliem pesquisas sobre a gripe aviária e que encorajem uma cooperação mais próxima entre os setores de saúde humana e animal.

Agência Brasil

Foto: Sou agro

O Ministério da Saúde investiga pelo menos oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche. Nesses casos, a infecção é passada da mãe para o bebê, durante a gestação ou mesmo no parto.

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Os casos em investigação foram registrados em Pernambuco, na Bahia e no Acre. Segundo a pasta, metade dos bebês nasceu com anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade morreu.

Ceará Nesta segunda-feira (12), a Secretaria de Saúde do Ceará informou que investiga um óbito fetal que pode estar associado à infecção por febre do Oropouche. A secretária de Saúde do estado, Tânia Coelho, disse que o óbito foi registrado no último fim de semana.

A gestante, segundo a secretária, tem 40 anos de idade, é residente de Baturité, mas foi atendida no município de Capistrano. Tânia Coelho explicou que 60% das doenças infecciosas registradas em humanos são causadas por animais, incluindo o mosquito, e destacou a importância de um plano de ação.

Acre Na quinta-feira (8), o ministério registrou, no Acre, um caso de bebê nascido com anomalias congênitas associadas à transmissão vertical de febre do Oropouche. Em nota, a pasta informou que o recém-nascido morreu na semana anterior, aos 47 dias de vida.

A mãe da criança, de 33 anos de idade, havia apresentado erupções cutâneas e febre no segundo mês de gravidez. Exames laboratoriais feitos no pós-parto acusaram resultado positivo para o vírus Oropouche.

“Exames realizados nos laboratórios do Instituto Evandro Chagas, em Belém, apontaram a existência de material genético do vírus em diferentes tecidos do bebê, que nasceu com microcefalia, malformação das articulações e outras anomalias congênitas. A análise também descartou outras hipóteses diagnósticas”, informou o ministério no comunicado.

A correlação direta da contaminação vertical por febre do Oropouche com as anomalias, segundo a pasta, ainda precisa de “investigação mais aprofundada”, que vem sendo acompanhada pelo governo federal e pela Secretaria de Saúde do Acre.

A doença A febre do Oropouche é uma doença transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por causa da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é que a população mantenha os quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

Números Dados do ministério indicam que, até 6 de agosto, foram registrados 7.497 casos de febre do Oropouche em 23 estados. A maior parte foi identificada no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, duas mortes foram confirmadas na Bahia e um óbito em Santa Catarina está em investigação.

Agência Brasil

Foto: Conselho Federal de Fármacia/Divulgação