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Um novo antibiótico vai ser disponibilizado no Brasil para o tratamento de infecções causadas por algumas bactérias resistentes. Com o nome comercial de Zerbaxa, o medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no começo do ano para o tratamento de infecções intra-abdominais e infecções do trato urinário mais complicadas. Ele estará disponível para uso ainda esta semana. De acordo com a agência, 25%  dos casos de infecção no país são causados por organismos multirresistentes.

Uma das indicações dessa medicação é para tratamento de doenças causadas pela bactéria Pseudomonas aeruginosa, considerada uma das três bactérias mais resistentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para tratar infecções bacterianas, os médicos normalmente optam por utilizar meropeném – classe de antibióticos considerada mais forte e de amplo espectro -, mas o uso indiscriminado pode elevar ainda mais os índices de resistência bacteriana. O objetivo agora é usar o novo tratamento como uma opção anterior aos meropeném para que ele seja utilizado apenas casos extremos.

Superbactérias

As bactérias super resistentes têm sido cada vez mais discutidas por organizações de saúde internacionais devido ao crescimento no número de casos reportados. Estima-se que 700.000 pessoas morram anualmente em todo o mundo por causa desse tipo micro-organismo Recentemente, dados revelam que até 2050 as infecções provocadas por superbactérias devem causar, anualmente, a morte de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, número superior às previsões de mortes por câncer.

De acordo com Lessandra Michelin, infectologista na Universidade de Caxias do Sul (UCS), a utilização indiscriminada de antibióticos na medicina e na veterinária, assim como na agricultura e na pecuária, têm resultado em pressão seletiva de bactérias, o que significa dizer que elas morrem ou desenvolvem genes de resistência que serão passados para as próximas geração.

remdioPor causa disso, antibióticos eficientes contra superbactérias são imprescindíveis já que, sem eles, muitos procedimentos médicos, como cirurgias e quimioterapia para pacientes com câncer, por exemplo, poderiam ser suspensos ou postergados. “Nós utilizamos antibióticos em complicações infecciosas de diversos procedimentos hospitalares, o que possibilitou inúmeros avanços em várias áreas da saúde, incluindo os transplantes, por exemplo. Se as bactérias se tornarem resistentes aos antibióticos que temos disponíveis hoje, poderemos voltar à era pré-antibióticos, onde um simples ferimento infectado poderá causar graves danos”, alerta Clóvis Arns, infectologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Funcionalidade do Zerbaxa

O ceftolozana-tazobactam, comercialmente conhecido como Zerbaxa, foi desenvolvido pela farmacêutica MSD e é de uso hospitalar para tratar pacientes com infecções intra-abdominais e infecções do trato urinário, ambas de maior complexidade. De acordo com estudos clínicos, o novo antibiótico demonstrou 87% de eficácia no tratamento de infecções intra-abdominais quando comparado ao tratamento padrão com meropeném (83%). Já para o tratamento de infecções do trato urinário causadas pelas P. aeruginosa, os números foram ainda mais expressivos, com aproveitamento de 75%, se comparados aos do levofloxacino (47%), que é um dos tratamentos contra esse tipo de infecção.

Pseudomonas aeruginosa

Cerca de 40% dos casos da P. aeruginosa detectados no país apresentam resistência aos carbapenêmicos, como o meropeném. O novo antibiótico será importante no tratamento de bactérias gram-negativas (bactérias de estrutura complexa), principalmente pseudomonas, que são resistentes a vários antibióticos.”O ceftolozana-tazobactam é uma arma importante que está chegando ao mercado para auxiliar os médicos nessa luta, pois ainda perdemos pacientes com infecções por bactérias multirresistentes”, explicou Lessandra.

 

veja

Foto: ThinkStock/VEJA/VEJA

alcoolA mais recente pesquisa sobre álcool e fumo saiu há uma semana e não deixa dúvidas: entre as drogas que viciam, os dois são as maiores ameaças à saúde e ao bem-estar das pessoas. O estudo foi divulgado pela “Addiction”, uma publicação da Society for the Study of Addiction que existe desde 1884. Os pesquisadores reuniram a informação global disponível sobre a utilização de substâncias lícitas e ilícitas e sua associação a mortes e doenças. Em 2015, o uso abusivo do álcool alcançava 18.3% dos adultos (pelo menos um episódio de bebedeira pesada nos últimos 30 dias). Um em cada sete adultos fumava diariamente. Para as demais drogas, os percentuais eram bem mais baixos: 3.8% para maconha; 0.77% para anfetaminas; 0.37% para opioides; 0.35% para cocaína. Os Estados Unidos e o Canadá apresentaram as maiores taxas de dependência de maconha, cocaína e opiáceos, ao passo que Austrália e Nova Zelândia tinham índices mais altos de consumo de anfetaminas.

Hoje é o Dia Mundial da Hipertensão, que atinge um em cada cinco adultos, e o uso de álcool e tabaco é fator de alto risco para o desenvolvimento da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza uma métrica chamada Disability-adjusted Life Year (Daly) que pode ser explicada da seguinte forma: um Daly é o equivalente a um ano de vida saudável que foi perdido. A soma de todos os Dalys na população representa a distância entre o nível de saúde daquelas pessoas e uma situação ideal na qual elas viveriam até uma idade avançada, sem enfermidades ou incapacidades. De acordo com o estudo, álcool e fumo custaram à humanidade mais de 250 milhões de Dalys, enquanto as drogas ilícitas responderam por algumas dezenas de milhões. Em números absolutos, o problema é mais grave na Europa, mas as taxas de mortalidade são maiores em países de renda baixa ou média – onde nem sempre há dados confiáveis disponíveis.

Resumo da ópera: estamos falando de impacto no sistema de saúde, queda de produtividade e até nas consequências trágicas de dirigir embriagado. Quando se pensa no curso de toda uma vida, o excesso de bebida altera a pressão sanguínea, afeta o músculo cardíaco e aumenta o risco de desenvolver diabetes. Também enfraquece o sistema de defesa e, consequentemente, a capacidade de combater infecções, sem falar nos danos causados ao cérebro. Sobre o cigarro, basta dizer que se trata da principal causa de morte evitável no mundo – é responsável por uma em cada dez mortes ocorridas no planeta. O Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bi são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bi com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura. Em 2015, morreram no país 256.216 pessoas por causas relacionadas ao tabaco, 12,6% dos óbitos acima dos 35 anos.

 

G1

Foto: divulgação

 

O florianense e profissional em saúde Dr. Genival Barbosa de Carvalho, Oncologista e Cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital A. C. Camargo, São Paulo, esteve sendo entrevistado no programa da Globo, portal G1, pela apresentadora Cristiane Pelágio.

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O médico falou de problemas bucais e como especialista tirou várias dúvidas durante a entrevista.

A entrevista foi sobre câncer de boca que nesse ano, de acordo com pesquisa, cerca de 14 mil pessoas deverão ser infectadas. O médico é filho da ex-vereadora Ana Cleyde, de Floriano-PI, e ainda do empresário Tomé Barbosa.

 

Da redação

gripeCientistas do Reino Unido acreditam ter encontrado uma maneira de combater o resfriado. Segundo estudo publicado no periódico Natural Chemistry, ao contrário da vacina da gripe, que visa a atacar o vírus em si, o novo tratamento contra o resfriado tem como alvo o hospedeiro infectado. Isso porque a molécula pesquisada bloqueia a proteína presente no corpo que é usada pelo vírus para se autorreplicar e se espalhar pelo organismo. As descobertas foram feitas em células pulmonares humanas e os primeiros resultados apareceram em minutos, bloqueando uma enzima conhecida como NMT. Os testes em humanos devem acontecer nos próximos dois anos.

Descobertas

Apesar da importância da descoberta, os pesquisadores admitem que o principal desafio é desenvolver um medicamento capaz de interagir com as enzimas dentro das células. “Os vírus sequestram as células hospedeiras para fazer mais cópias de si mesmos. Esta enzima é uma das hospedeiras que o vírus sequestra”, explicou Roberto Solari, co-autor do estudo e professor do Imperial College London, na Inglaterra. De acordo com a pesquisa, essa abordagem torna mais difícil para o vírus se tornar resistente a medicamentos.

No momento, a equipe trabalha na criação de um remédio que possa ser inalado, o que reduziria a chance de efeitos colaterais. “A ideia é que possamos tratar alguém logo que a pessoa é infectada, impedindo que o vírus se replique e se espalhe. Mesmo que o resfriado já esteja em curso, o remédio pode ajudar a diminuir os sintomas. Isso poderia ser muito útil para pessoas com doenças crônicas, como asma e fibrose cística, por exemplo, que podem ficar realmente doentes quando pegam um resfriado”, explicou Ed Tate, professor de bioquímica do Imperial College.

Há uma diversidade de vírus que causam o resfriado e eles estão em constante mutação e evolução, além de desenvolverem resistência a remédios muito rapidamente. Por isso, para os cientistas, a terapia será mais eficiente se focar no usuário. No entanto, testes mais aprofundados são necessários para comprovar que o tratamento não é tóxico ao corpo.

Gripe x Resfriado

A gripe é causada pelos vírus Influenza A, B e C. Os principais sintomas da gripe são febre alta (cerca de três dias), dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca – mais evidente com o avanço da doença, podendo durar de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. A transmissão da doença acontece de forma direta, por meio do contato com secreções de uma pessoa contaminada eliminadas através do espirro, da tosse ou da fala, ou indireta, por meio do contato com superfícies contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado.

A melhor maneira de tratar a gripe é ingerir muitos líquidos, especialmente água, e descansar. Os medicamentos destinados para o tratamento dessa infecção também podem ajudar a reduzir os sintomas. Na maioria as vezes, as pessoas se recuperam dentro de uma semana.

Já o resfriado é causado por um vírus diferente, o rinovírus, mas exibe sintomas parecidos com os da gripe, como tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve, embora sejam mais brandos e durem menos tempo (de dois a quatro dias). A febre não é muito comum e quando acontece vem em temperaturas baixas. As formas de transmissão do resfriado são as mesmas da gripe, assim como os tratamentos recomendados. A maioria dos infectados melhora, em média, depois de uma semana, mas pessoas com outros problemas de saúde (asma, por exemplo) podem ficar doentes por mais tempo.

 

Veja