O Piauí está literalmente em chamas. Até a última quinta-feira, 27, um total de 11.148 focos de incêndios foram registrados no Estado, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O índice é 45% maior que o verificado no mesmo período do ano passado e equivale a um ponto de calor identificado a cada 40 minutos. Só neste mês de setembro os incêndios no território piauiense já acumulam 4.310 focos.
Dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar) apontam que um único foco de incêndio consume, no mínimo, 20 metros quadrados de área. Com isso, o total de focos de incêndio já registrados no Piauí, até ontem, dia 27 de setembro, equivale à destruição de pelo menos 23 campos de futebol, levando-se em consideração que isso é no mínimo, já que o consumo de um foco pode ser maior que os 20 metros quadrados de área.
“O foco de incêndio só é detectado pelo satélite quando a temperatura chega a mais 60 graus célsius. E para chegar nessa temperatura, ele já consumiu, no mínimo, 20 metros quadrados”, destacou Carlos Moura Fé, superintendente da Semar, explicando que é preciso haver uma ação conjunta entre os órgãos que atuam no combate aos incêndios. “Para isso, estamos propondo a criação de uma brigada de incêndio municipais, além das existentes pelo Ibama”, pontuou.
O superintendente da Semar acrescenta que os incêndios estão aumento por conta da forte estiagem e altas temperaturas que vem sendo registrados no Piauí, durante todo esse ano. A umidade relativa do ar chegou a índices menores que 20%, principalmente na região sul do Estado. Esse número de umidade relativa do ar é considerado crítico pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
E agora que começou o BR-O-Bró, período que compreende os meses do ano términos com em Bro e que se caracterizam por apresentarem as maiores temperaturas do ano. Foi o caso de ontem, quando os termómetros marcaram em Teresina 41 graus célsius, a maior temperatura já registrada esse ano. Além disso, em Floriano e Oeiras, a temperatura, também, chegou a casa dos 41 graus.
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