Um universitário, identificado apenas como Lucas, colidiu o veículo que conduzia, um Cruze na cor prata, em um poste de energia elétrica nas primeiras horas deste domingo, 10. Após o impacto, o carro pegou fogo.
O acidente foi registrado na avenida Maria Antonieta Burlamaqui, no bairro Piçarreira, zona Leste de Teresina, por volta das 6 horas. O motorista foi socorrido por populares e não sofreu maiores danos físicos.
“Ele foi encaminhado para o hospital. O que sabemos é que ele sofreu apenas uma pancada no estômago na hora do impacto. Mas também temos informações que o estado de saúde dele é estável e que ele passa bem”, conta o sargento Edilson Lima, do Ciptran.
A Companhia Independente de Trânsito trabalha com a hipótese de que o motorista tenha dormido ao volante. As informações serão confirmadas logo após o condutor tenha alta médica.
O local da colisão fica próximo a um posto de combustíveis.
Uma equipe de reportagem do site nacional UOL veio ao Estado e flagrou moradores do município de Assunção do Piauí caçando ratos para sobreviver à seca. Segundo a publicação, a medida é necessária para complementar a alimentação das famílias atingidas pela escassez de alimentos.
"Todos os dias no fim da tarde é comum ver moradores saindo para as áreas de grutas para colocarem armadilhas para pegar o 'rato rabudo'. A caça ao animal é artesanal e a armadilha é feita com pedra e gravetos", diz a reportagem.
Em depoimentos colhidos no povoado de Brejinho, os moradores explicaram com detalhes todo o processo de caça e consumo do bicho. "Quando o rabudo passa pela armadilha, a pedra cai em cima e ele morre sufocado. No dia seguinte, a gente vai logo cedo ao local buscar o animal para já ser consumido no almoço. Como não tenho dinheiro para comprar carne, aqui é caçando, tratando e comendo o rabudo. Ninguém fica com ele na geladeira por muito tempo porque passamos fome e vamos logo comendo", disse Genivaldo Bezerra, 35 anos.
Apesar de a maioria dos moradores de Brejinho ter acesso ao programa Bolsa Família, eles afirmaram aos repórteres que o dinheiro que recebem não dá para comprar a "mistura" para o almoço e acabam saindo à caça de ratos para servir de carne na alimentação.
A dona de casa Francisca Ramos da Silva, 41 anos, informou que a única carne consumida na casa dela é de rato. "A gente tem de se virar. Não plantamos nada neste ano por conta da chuva que não veio. Ninguém aguenta almoçar com a comida pura e, como o dinheiro que recebemos só dá para comprar arroz, feijão e macarrão, comemos o rabudo para complementar", disse Francisca.
Ainda de acordo com a reportagem do UOL, os moradores da região destacaram que a carne do rabudo "é saborosa" e é sempre uma festa quando conseguem caçar alguns ratos.
Perigo no consumo do "rato rabão"
A reportagem do UOL também buscou uma especialista para esclarecer os riscos que os piauienses correm ao consumir a carne do roedor. "A nutricionista Patrícia Lima disse que apesar de o "rato rabudo" viver em áreas inóspitas no sertão nordestino o consumo da carne é perigoso devido à transmissão de doenças por também estarem próximos a comunidades sem esgotamento sanitário", diz.
A nutricionista explicou que apesar de ser um rato que come somente frutas e vive em ambientes limpos na mata, o rato rabudo também vive perto de comunidades rurais, onde o saneamento é precário, por isso eles não diferem dos conhecidos ratos, ratazanas. Devem ser vetores de inúmeras doenças e os moradores, quando caçam, podem se infectar dentro de casa quando "limpam" e tratam o rato para comer.
O "rato rabão"
Segundo o "Guia dos Roedores do Brasil", o rato rabudo (Thrichomys apereoides) é chamado por esse nome porque tem a cauda longa e mais peluda que as demais pelagens do corpo. O animal é um mamífero roedor encontrado tipicamente nas regiões Nordeste e Norte do Brasil e habita áreas pedregosas e de vegetação aberta, como a caatinga e o cerrado, no Brasil, e o chaco, no Paraguai.
Foi publicado no Diário Oficial da União o Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado do Piauí, através da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), na elaboração e implantação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Piauí. As ações contemplam, entre outras, o apoio à estruturação do Sistema Estadual de Informações Ambientais e a realização de atividades de capacitação de gestores públicos e privados em um período de 25 meses.
A parceria não envolve transferência de recursos, como explica o coordenador da Gerência de Zoneamento Ecológico-Econômico do MMA, Bruno Abe Saber Miguel. “Estão previstas, por exemplo, oficinas de sensibilização e cursos de capacitação para gestores estaduais e locais que trabalham na elaboração e implantação do ZEE, além de materiais didáticos que irão qualificar a formulação e a espacialização das políticas públicas”.
O ZEE, que no Estado do Piauí é coordenado pela Semar, vai identificar, analisar e superar os principais problemas ambientais existentes no território piauiense, como o avanço do desmatamento e das áreas degradadas e o comprometimento da qualidade dos recursos hídricos. Representantes do MMA irão acompanhar e avaliar a elaboração de todas as etapas do zoneamento.
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) é um importante instrumento técnico e político de planejamento, previsto na Política Nacional do Meio Ambiente. Atua na organização e ordenamento territorial. Subsidia decisões de planejamento social, econômico e ambiental, no enfoque do uso racional dos recursos naturais e visa ao desenvolvimento integrado e sustentável.
O ZEE abrangerá os 224 municípios, com detalhamento em dez dos 55 municípios do Cerrado Piauiense (região estratégica devido à sua rica biodiversidade). As cidades são: Santa Filomena, Gilbués, Monte Alegre do Piauí, Bom Jesus, Uruçuí, Ribeiro Gonçalves, Currais, Palmeira do Piauí, Baixa Grande do Ribeiro e Sebastião Leal.
O objetivo é que, após o ZEE ser votado pela Assembleia Legislativa do Estado, sua versão final seja analisada pela Comissão Nacional do ZEE (CCZEE) e incorporada como instrumento de planejamento das ações do próprio Governo Federal.
Os pais da garota Débora Maria da Conceição, estuprada e morta pelo meio-irmão no Carnaval, perderam a guarda temporariamente das outras três filhas, com idades de um, dois e três anos. A polícia cumpriu o mandado de busca e apreensão expedido pela justiça na última quinta-feira, 09.
De acordo com o delegado titular do inquérito, Tales Gomes, o pedido foi feito pela promotora responsável pelo caso, Ana Isabel e expedido pela juíza Maria da Paz. "Durante a investigção foi verificado uma situação de abandono material no ambiente em que elas vivem, seja em questões como educação e até asseio adequado, elas foram tiradas temporariamente para evitar uma provável situação de risco", afirmou o delegado.
As denúncias foram comunicadas oficialmente à justiça que determinou o isolamento da família. Divânia Conceição de Sousa, mãe de Débora, e o pai, Antônio da Conceição, agora terão direito a ampla defesa para tentar resgatar a guarda das meninas, que foram trazidas para o Lar da Criança Maria João de Deus, em Teresina onde receberão tratamento adequado.
Não há previsão para a conclusão do processo de perda de guarda, mas até lá, as crianças permanecerão no abrigo. Caso seja decidida pela perda em definitivo, as meninas serão encaminhadas para o processo de adoção, por outras famílias.
A mãe da menina Débora, recebeu com frieza a notícia de que o enteado teria confessado o crime contra a garota. Na época ela chegou a afirmar que não acreditava na autoria do crime pelo jovem e chegou a evitar que a Polícia fizesse investigações dentro da casa.
Outros familiares, acreditam que Divânia estava sofrendo ameaças do marido e denunciaram que constantemente ela era agredida.
Na última quinta-feira, o jovem que confessou o crime foi ouvido pela primeira vez em audiência no Fórum de Demerval Lobão. Na ocasião, A.C.S, de 17 anos, confirmou a versão dada aos policiais e reforçou que estava sozinho quando cometeu o crime.