friturasAlimentos fritos, assados, empanados, grelhados: são várias opções de preparo, com sabores, nutrientes e calorias diferentes.

 

No Bem Estar desta sexta-feira, 15, as nutricionistas Ana Maria Lottenberg e Simone Caivano explicaram como essas preparações do dia a dia podem interferir na saúde. As frituras, por exemplo, são as que mais oferecem riscos por causa do excesso de óleo usado no preparo, que aumenta muito o valor calórico dos alimentos - por isso, elas devem ser evitadas.

 

Segundo a nutricionista Ana Maria Lottenberg, vale ressaltar que a fritura pode fazer mal porque tem excesso de óleo - em quantidades ideais, porém, o óleo tem gorduras essenciais para o organismo.

 

A especialista explicou que uma alimentação com muita gordura, especialmente a trans, aumenta o risco de formação de placas nas artérias, que pode levar até mesmo a um infarto e, por isso, é importante tomar cuidado.

 

Segundo a nutricionista Simone Caivano, a recomendação é ingerir, no máximo, 2 colheres de óleo ou azeite por dia. Para evitar excessos de gordura no preparo dos alimentos, uma das opções são os grelhados, que usam muito pouco ou até nada de óleo.

 

No caso do bife, um dos alimentos mais comuns na mesa dos brasileiros, a forma como é feito traz grandes diferenças no resultado.

 

Se colocado em uma panela elétrica, por exemplo, não precisa de nada de óleo e o resultado é um prato com muito menos calorias, apesar do sabor um pouco diferente, como mostrou a nutricionista Cynthia Antonaccio na reportagem da Natália Ariede (veja no vídeo ao lado).

 

Segundo a especialista, além da panela elétrica, o forno é também uma opção interessante para não ter que recorrer à fritura. No caso das batatas, as fritas também são muito mais calóricas – elas têm 260 calorias, enquanto as feitas na panela elétrica têm apenas 140, quase a metade.

 

Porém, já existe a possibilidade de fritar sem óleo, com panelas que usam o ar, como mostrou a reportagem da Natália Ariede.

 

Segundo a gerente de marketing Lídia Luz, essas panelas atingem até 200 graus e podem garantir o mesmo efeito da fritura – quando o ar circula em uma velocidade muito rápida e se choca com o alimento, ele causa a mesma oxidação que o óleo.

 

Mas em casos de alimentos que não tem nada de gordura, pode ser que seja preciso acrescentar uma colher de óleo, mas mesmo assim, o resultado é um prato muito menos gorduroso e mais seco, apesar do sabor um pouco diferente.

 

Para reduzir os riscos do óleo à saúde, as nutricionistas deram algumas dicas na hora de fritar. Caso o preparo faça fumaça, por exemplo, é um sinal de que o óleo está se degradando e que substâncias ruins para a saúde estão se formando. É importante ainda tampar a panela se ela tiver que ficar ligada, para evitar a oxidação do óleo.

 

As nutricionistas alertam ainda que não é recomendável misturar um óleo novo a um óleo velho e, se o óleo velho for reutilizado, é bom filtrá-lo e não misturá-lo ao produto novo. Na hora de guardar, a dica é colocá-lo protegido da luz na geladeira, mas caso ele esteja escuro e com espuma, significa que já não está bom e é preciso descartá-lo no lixo orgânico ou encaminhá-lo à reciclagem.

 

Caso o preparo escolhido seja empanar, a nutricionista Simone Caivano também deu dicas para diminuir as calorias.

 

 

No caso dos vegetais, por exemplo, usar o ovo junto com a farinha na hora de empanar forma uma proteção e faz menos óleo ser absorvido pelo alimento – uma couve-flor empanada com ovo e farinha, por exemplo, tem 252 calorias enquanto o mesmo alimento empanado só com farinha tem quase o dobro, 467 calorias, como mostrou a reportagem da Natália Ariede. Já as carnes não precisam da adição do ovo porque elas têm menos água que os vegetais e já formam uma barreira contra o óleo.

 

 

G1

explorandoocorpoA Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Campus Dra. Josefina Demes em Floriano realizará nos dias 02 a 07 de Dezembro a II Mostra do Projeto Explorando o Corpo Humano “A saúde em debate: dilemas e práticas na perspectiva da atividade física”, evento de extensão que está sob a responsabilidade da professora Leydiane Gleici Oliveira Medeiros e dos alunos do VI bloco do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física.

 

 

“Ressalta-se que a referida Mostra busca proporcionar aos profissionais e acadêmicos das áreas da saúde e educação conhecimentos teórico-práticos atualizados, bem como desenvolver nos mesmos, capacidade didático-metodológica para relacionar tais conhecimentos a sua prática profissional, consolidando assim o papel da Instituição junto à sociedade”, pontua a comissão organizadora. A programação contará ainda com minicursos, oficinas e noites culturais. As inscrições estão abertas.

 

 

Uespi

cigarroÉ possível que, dentro de algum tempo, os fumantes tenham um novo aliado caso queiram abandonar o cigarro: um tratamento com pulsos magnéticos que estimulam determinadas regiões do cérebro. Em um novo estudo, treze sessões da técnica realizadas ao longo de apenas três semanas foram capazes de manter alguns fumantes longe do cigarro por pelo menos seis meses.

 

A técnica, conhecida como estimulação magnética transcraniana (EMT), é um procedimento não invasivo que usa pulsos magnéticos para estimular e alterar a atividade de áreas específicas do cérebro. Em 2012, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou o uso clínico desse tratamento para casos de depressões uni e bipolar, alucinações auditivas em esquizofrenia e em planejamento de neurocirurgias.

 

"Se você estimula regiões do cérebro que são associadas ao desejo por drogas, você pode mudar o circuito do órgão envolvido nessa dependência e, eventualmente, reduzir o tabagismo", diz Abraham Zangen, professor da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, onde o estudo foi realizado.

 

Participaram da pesquisa 115 pessoas que fumavam um maço de cigarros ou mais por dia e que já haviam tentado parar de fumar ao menos duas vezes sem sucesso. Elas foram divididas em três grupos: o primeiro passou por sessões de estimulação magnética cerebral de alta frequência; o segundo recebeu o tratamento de baixa frequência; e o terceiro foi submetido a um tratamento falso que não impactava a atividade cerebral.

 

Metade dos integrantes de cada grupo viu a imagem de um cigarro aceso antes do procedimento, assim, os cientistas poderiam saber a região cerebral exata que é ativada quando surge a vontade de fumar. O restante das pessoas de cada grupo não foi exposto a nenhuma imagem.

 

Efeitos: Depois de 13 sessões dos tratamentos, realizadas ao longo de três semanas, os melhores resultados foram observados naquelas pessoas que receberam estimulação de alta frequência e que olharam para a imagem de um cigarro antes do procedimento. Entre esses participantes, 44% haviam deixado de fumar após as três semanas de terapia e 36% continuavam longe do cigarro após seis meses.

 

Entre os participantes que receberam a estimulação com baixa frequência, e que não olharam para a imagem do cigarro, 28% abandonaram o vício quando o tratamento terminou. As conclusões do estudo foram apresentadas nesta terça-feira durante o encontro anual da Sociedade para Neurociência, em San Diego, nos Estados Unidos.

 

Os autores lembram que, embora o uso de estimulação magnética cerebral seja aprovado em países como Estados Unidos e Brasil, ele ainda não é autorizado para ajudar as pessoas a parar de fumar.

 

Fonte: veja.abril

Pouco conhecida, a diabulimia é um transtorno que acomete, em sua maioria, mulheres jovens que têm diabetes tipo 1 e boicotam o tratamento com insulina para não engordar. Assim, elas agem de forma similar às que sofrem de bulimia -- e tentam compensar a ingestão alimentar com algo que leve à perda de peso, como a indução de vômitos, o uso de laxantes, ou a prática excessiva de atividade física.

 

Segundo a endocrinologista Claudia Pieper, consultora da ADJ Diabetes Brasil (Associação de Diabetes Juvenil), as jovens sabem que a hiperglicemia constante provoca perda de glicose na urina e emagrecimento.

 

"A diabulimia, na realidade, pode ocorrer devido a uma insatisfação com o peso adquirido quando se inicia uma insulinização mais intensiva. Com isso, elas simplesmente passam a omitir ou a diminuir a dose de insulina", explica a médica.

 

"Outras vezes, podem também forçar vômitos ou praticar atividade física em excesso", acrescenta.

 

O psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade), esclarece que a  diabulimia não é um transtorno alimentar reconhecido. Ela é classificada como Tasoe (Transtornos Alimentares Sem Outra Especificação).

 

"Trata-se de uma variação da bulimia nervosa, em pacientes com diabetes insulinodependente ou diabetes tipo 1, que deixam de usar adequadamente a insulina para evitar o eventual ganho de peso que o uso pode acarretar. O perfil geral parece bastante com o da bulimia nervosa, associada à presença da doença."

 

Por ser considerada uma variação, não se pode acertadamente falar em prevalência da diabulimia. Mas Segal diz que ela varia de 11% a 39% das pessoas com diabetes tipo 1.  "Suas consequências são ainda mais graves do que as de sua inspiradora: lesões associadas ao diabetes 1 são graves e algumas, irreversíveis".

Primeiro caso

 

O primeiro caso de diabulimia foi descrito em 1973, nos Estados Unidos. Porém, hoje, com a ajuda da web, o transtorno vem aumentando, graças à troca de informações pelas redes sociais.

 

Segal, no entanto, vê um aspecto positivo: "O lado bom é que não só as informações deletérias estão disponíveis; as pessoas podem ser instigadas a procurar por notícias úteis".

 

A consultora da ADJ explica que a correlação entre transtornos alimentares e diabetes está ligada à insatisfação com a imagem corporal e ao desejo de perder peso. Também são comuns pensamentos obsessivos sobre comida e a crença de que o diabetes impede um autocontrole.

 

"Para piorar, pessoas com diabetes têm uma possibilidade única de manipular por vontade própria (deliberadamente) a dose de insulina para perder peso", afirma a médica, que acaba de lançar o livro "Diabulimia: uma combinação perigosa" (Editora Editora AC Farmacêutica).

 

Complicações

 

Pieper explica que, quando o paciente com diabetes apresenta o transtorno, há o aparecimento de complicações agudas e crônicas decorrentes dos constantes níveis elevados de glicemia. "Com a falta de insulina necessária, os níveis de glicose aumentam no sangue e o excesso passa a ser eliminado pela urina. Como consequência, ocorre a utilização de outras reservas de energia do organismo, como gordura e músculos".

De forma mais imediata, pode ocorrer a cetoacidose diabética - descompensação aguda do diabetes -, que envolve hiperglicemia e desidratação. É alto o risco de hipoglicemias graves quando as pacientes deixam de se alimentar corretamente ou quando fazem exercícios em excesso, mesmo mantendo o esquema de insulina prescrito.

 

As hipoglicemias graves podem causar internações de repetição, puberdade atrasada e complicações crônicas precoces. Casos do transtorno em pessoas com diabetes tipo 2 são menos comuns, mas também existem. A endocrinologista diz que isso é mais comum em mulheres que entram na menopausa e costumam engordar. "Elas têm tendência a apresentar transtornos alimentares e fazem como as mais jovens, que manipulam a dose de insulina".

 

Tratamento

 

Segal explica que o tratamento deve se debruçar sobre a normalização dos hábitos alimentares, da atividade física e do uso da insulina, além de levar em conta outras doenças (como depressão, por exemplo) que podem estar associadas. "Endocrinologista, psiquiatra e nutricionista são a 'equipe mínima' adequada", aconselha.

 

Quanto à duração do tratamento, o psiquiatra diz que não há estudos específicos, mas, provavelmente, deverá ser crônico. "Se a pessoa com diabulimia se comportar como a que tem bulimia, o transtorno será recorrente e o estado de alerta permanente é a melhor pedida. Mas, novamente, não há pesquisas suficientes sobre o tema ainda".

 

 

 

 Uol