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ufpiFoi divulgado na tarde desta sexta-feira, 03 em boletim assinado pelo médico Rafael Correia Lima, que o professor de Física da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Cleanio da Luz Lima, que está internado no Hospital Unimed, em Teresina, testou positivo para a Covid-19.

O boletim diz que o professor está estável, com melhora clínica, mas ainda intubado e em ventilação mecânica. Ele encontra-se sedado e com boa hemodinâmica.

"Informamos que o teste para Covid veio positivo, confirmando o diagnóstico de pneumonia viral por coronavírus", afirma o boletim.

Cleanio é professor, doutor em Física, pesquisador do CNPQ e esteve no Rio de Janeiro no último dia 13 participando de uma banca de pós-graduação. Ele retornou a Teresina no dia 14.

A Secretária de Saúde do Estado informou que o caso do professor vai entrar no boletim que será divulgado na tarde de hoje pelo órgão. Até ontem, o Piauí havia registrado 19 casos confirmados da covid-19.

A prefeita universitária, Gabriela Celso, informou ao Cidadeverde.com que, assim que a Ufpi tomou conhecimento da suspeita, iniciou as medidas orientadas pelas autoridades em saúde.

"Foram mapeadas as áreas percorridas e acessadas pelo professor, assim como identificadas as pessoas que tiveram contato com ele. A área foi isolada. Reforçamos com a vigilância a importância de acesso restrito na Ufpi. As áreas externas  e corredores de fluxo comum foram desinfetados. A limpeza das áreas internas, atualmente fechadas e isoladas, está sendo programada", informou a prefeita.

boletim20

cidadeverde

Foto: arquivo cv

gravidaA pandemia de coronavírus mostrou certas peculiaridades que ainda estão sendo investigadas. Uma pergunta que surgiu no início do surto foi se as mulheres grávidas podem transmitir o coronavírus para os bebês.

Experiências anteriores com epidemias e pandemias alertaram a comunidade científica desde o início. Muitas doenças virais que causam sintomas respiratórios têm maior incidência de gravidade entre a população de mulheres grávida e seus fetos.

Os dois surtos anteriores de coronavírus, que ocorreram em 2002-2003 e 2012-2013, não tiveram transmissão da mãe para o feto, mas causaram complicações à gravidez. Durante essas epidemias, as mulheres grávidas infectadas tiveram um risco maior de aborto do que o restante das gestantes.

Da mesma forma, quando a pandemia de influenza H1N1 ocorreu em 2009, as mulheres grávidas eram um grupo de alto risco. A quarentena para elas e as medidas especiais para atender seus partos foram imediatamente indicadas, optando pela cesárea em vez de um parto natural.


Com base nos antecedentes que citamos, os centros de estudos científicos chineses investigaram se as mulheres grávidas podem transmitir o coronavírus para os bebês. Os primeiros resultados, embora limitados em tamanho, indicam que não há transmissão vertical.

O que é a transmissão vertical?
Para entender se as mulheres grávidas podem transmitir o coronavírus para seus bebês, precisamos entender como mãe e filho se comunicam durante a gravidez. É essa comunicação íntima que pode transferir o vírus de um corpo para o outro.

O feto está conectado à mãe através do cordão umbilical e da placenta. Essa unidade anatômica e fisiológica transporta nutrientes do sangue da mãe para o filho em desenvolvimento. Também circulam patógenos e substâncias.

Fala-se de transmissão vertical quando um patógeno passa da mãe para o feto através dessa unidade placentária durante o desenvolvimento da gravidez. O exemplo mais atual e difundido que temos no mundo é o do vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Mas a transmissão vertical não é a única forma de contágio mãe-bebê que existe. Durante o parto natural, o feto pode pegar infecções da mãe entrando em contato com a mucosa do sistema reprodutivo. Isso é conhecido como transmissão perinatal.

Uma vez fora do corpo da mãe, o leite materno é outra via de infecção, embora não se aplique a todas as patologias. Nos casos em que uma infecção é confirmada, a mãe é instruída a não amamentar e a suplementar a alimentação do bebê com fórmulas à base de leite de vaca.


O estudo inicial para descobrir se as mulheres grávidas podem transmitir o coronavírus
Em Wuhan, a cidade onde a pandemia de coronavírus começou, foram realizadas as primeiras pesquisas sobre o tema. Em mulheres grávidas infectadas e internadas no Hospital da União, os pesquisadores testaram a presença do SARS-CoV-2 nelas e em seus filhos.


Primeiro, os recém-nascidos dessas mães não apresentaram sintomas associados ao coronavírus. Nenhum deles estava com febre ou acessos de tosse.

De qualquer forma, por protocolo, os bebês foram isolados desde o nascimento para observar a evolução. Todos foram submetidos ao teste COVID-19, obtendo resultados negativos em 100% dos bebês.

Um dos recém-nascidos apresentou complicação respiratória e outros desenvolveram erupções cutâneas durante a internação. Como os resultados deram negativo para a infecção por coronavírus, os pesquisadores afirmam que não é possível vincular esses sintomas ao SARS-CoV-2. Ainda assim, são necessárias pesquisas mais extensas para confirmar ou descartar a doença.


As gestantes e as medidas contra o coronavírus
Embora os estudos sugiram que as mulheres grávidas não podem transmitir o coronavírus para seus bebês, as medidas preventivas são fundamentais. Elas devem respeitar a quarentena e o isolamento social, assim como todas as outras pessoas.

Em alguns países, as restrições para as mulheres grávidas foram aumentadas devido a um princípio de segurança e alerta, que sempre é adotado nesses casos em relação à gravidez. As licenças trabalhistas foram antecipadas e elas foram proibidas de frequentar lugares muito movimentados.

É importante que as mulheres grávidas tenham o contato de seus ginecologistas para fazer consultas remotas. Dessa forma, elas evitarão comparecer a consultórios e centros de saúde onde possam ser infectadas.

Apesar da ausência de transmissão vertical confirmada, uma mulher grávida pode contrair uma forma grave do coronavírus e complicar a sua gravidez. Por esse motivo, a prevenção é importante para a gestante, principalmente se for uma mulher com doenças respiratórias prévias, como a asma.

 

melhorcomsaude

O virologista alemão Hendrik Streeck, coordenador de um grupo de estudos sobre a covid-19 no país, afirmou nesta semana que a transmissão do novo coronavírus não ocorre ao se tocar objetos infectados.

"Até agora, nenhuma transmissão do vírus em supermercados, restaurantes ou cabeleireiros foi comprovada", explicou o virologista no programa de entrevistas Markus Lanz, do canal ZDF.

Segundo o especialista, diretor do Instituto de Virologia da Universidade de Bonn, os principais surtos foram resultado de encontros próximos com pessoas com o vírus, e por um longo período de tempo.

Streeck e uma equipe de alunos de Medicina montaram um estudo pioneiro na região de Heinsberg, considerado o epicentro do surto de corona na Alemanha, em uma tentativa de esclarecer como o coronavírus se espalha e como ele pode ser contido.

O estudo seguirá 1.000 pessoas infectadas. Elas serão entrevistadas para os cientistas descobrirem possíveis causas para a contaminação e para gerar recomendações de prevenção para toda a população alemã e européia.

Com 250.000 habitantes, Heinsberg contava, na quinta-feira (2), com 1.400 casos da covid-19 e 39 mortes.

Pesquisas e investigações iniciais em residências em Heinsberg já forneceram algumas indicações de como o vírus age.

Hendrik Streeck citou um experimento feito em uma residência alemã: "Estávamos em uma casa onde viviam muitas pessoas altamente infecciosas, e ainda assim não conseguimos detectar um vírus vivo em nenhuma superfície".

O virologista disse que o coronavírus foi detectado quando se passou cotonetes em controles remotos, lavatórios, telefones celulares, banheiros e maçanetas, mas os vírus estavam mortos e não representavam qualquer perigo.

Ainda não é possível dizer quanto tempo o vírus pode permanecer na maçaneta da porta, porque não foram realizados estudos suficientes, diz o especialista.

 

R7

 

testesrapdA Secretaria de Estado da Saúde, no início da noite desta quinta-feira, 02, confirmou que o Piauí segue com o número de 19 pacientes que testaram positivo para o Covid-19, quinze dias depois da confirmação dos primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus no Estado.

Em 24 horas, o Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen) descartou 49 casos suspeitos, patamar que vem se mantendo desde o início da semana. Porém, ainda existem 268 amostras que aguardam resultado - número que tem crescido gradualmente desde segunda-feira (30). 

O número de resultados deve aumentar no próximo fim de semana. O Governo do Piauí recebeu, nesta quinta-feira, 8.400 testes rápidos enviados pelo Ministério da Saúde para detecção do novo coronavírus, que serão distribuídos na rede hospitalar. Uma segunda remessa já é aguardada.

Dos 19 casos confirmados até o momento, 17 são de Teresina, onde foram registradas as mortes de dois idosos. Os casos de fora da capital resultaram no falecimento de um empresário de Parnaíba e do prefeito de São José do Divino, Antonio Felícia (PT). Todas as pessoas que morreram só tiveram diagnóstico de Covid-19 após o falecimento.

Dois pacientes que testaram positivo para o novo coronavírus já tiveram alta - o empresário João Claudino Júnior e o apresentador de TV Marcelo Magno. Outros seguem internados com problemas respiratórios e aguardam o resultado de exames para confirmar se estão infectados.

 

cidadeverde

Foto: Ccom/Governo do Piauí

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