A China autorizou, no final do mês passado, a utilização de vacinas candidatas à vacina contra a covid-19 em grupos de risco, profissionais da saúde e funcionários para "casos de emergência", conforme revelou o diretor do Departamento de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Comissão Nacional de Saúde, Zheng Zhongwei.

Durante entrevista à emissora estatal local "CCTV", Zheng, que também lidera um painel de especialistas que assessora o governo chinês sobre a pandemia, disse que vários grupos, incluindo profissionais de saúde e funcionários da fronteira, foram vacinados "de acordo com com a lei".


"Esses grupos foram escolhidos porque têm maior probabilidade de estar infectados com o coronavírus. A maioria dos casos que a China registra agora são importados, então as autoridades de fronteira são um grupo de alto risco", disse o diretor, embora não tenha especificado quantas pessoas receberam injeções ou quais vacinas foram administradas a partir daquelas que o país está desenvolvendo.

Ele acrescentou que, no futuro, o programa de vacinação será expandido para pessoas que trabalham nas indústrias de transporte e serviços ou em mercados subterrâneos, com o objetivo de "criar uma barreira de imunidade".

Além disso, Zheng indicou que "as vacinas chinesas serão acessíveis ao público" quando estiverem prontas, e que seu preço poderá ser "ainda mais baixo" do que o anunciado na semana passada pelo presidente da empresa estatal China National Biotec Group - parte do farmacêutica Sinopharm -, Liu Jingzhen.

Liu disse que a vacina daquele grupo estará pronta "provavelmente em dezembro" a um preço inferior a 1 mil yuans (cerca de R$ 811), e que começará a ser comercializada assim que for realizada a terceira fase de testes, nos Emirados Árabes Unidos.

Até o momento, aponta o jornal oficial China Daily, a China tem cinco possíveis vacinas que já passaram pelo menos na segunda fase de testes, das quais uma se baseia em um vetor viral para transportar partes do coronavírus e as outras quatro, em uma versão inativada do agente infeccioso que causa a pandemia da covid-19.

 

R7

Cerca de 172 países estão envolvidos no plano da Organização Mundial da Saúde (OMS), batizado de Covax, desenvolvido para garantir acesso igualitário a vacinas contra a Covid-19, disse a OMS nesta segunda-feira (24), mas mais financiamento é urgentemente necessário e os países devem fazer compromissos vinculantes.


"Inicialmente, onde haverá fornecimento limitado (de vacinas contra covid-19), é importante dar a vacina àqueles em maior risco ao redor do globo", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, em briefing à imprensa.

A (OMS) pediu nesta segunda-feira (24) para os países aderirem ao seu plano para garantir o acesso equitativo às vacinas contra covid-19 para que possam trabalhar juntos de forma coordenada.

Bruce Aylward, conselheiro sênior do diretor-geral da OMS, disse em uma coletiva de imprensa que "o importante é garantir que alguma vacina chegue a todos os países o mais cedo possível".

 

Reuters

 

 

Sálvio Dino que é ex-deputado estadual do Maranhão e pai do governador Flávio Dino(PC do B), morreu na manhã desta segunda-feira (24) aos 88 anos, após complicações decorrentes da Covid-19.

A informação foi confirmada pelo governador, através de uma publicação nas redes sociais. “Na quinta-feira, eu e meu pai recitamos juntos Gonçalves Dias. Hoje ele morreu, aos 88 anos, vítima de coronavírus”, escreveu Flávio Dino.

savio

O governador do Maranhão também ressaltou a trajetória política do pai, que teve o mandato de deputado estadual cassado durante o período da ditadura militar.

“Meu pai teve uma longa vida, com muitas lutas. Seu mandato de deputado estadual foi cassado e ele foi preso arbitrariamente pela ditadura militar em 1964, “acusado” de ser comunista. Nos últimos dias deu a derradeira lição: profundo amor pela vida. Lutou com humildade e coragem”, lembrou.

“Meu pai tinha muita fé em Deus . A primeira vez que o vi discursar foi em uma reunião no Seminário Santo Antônio, nos anos 70. Eu era bem criança. No nosso último encontro, falamos sobre política, futebol e poesia. Ele agora está no Reino”, completou Flávio Dino.

Trajetória

Nascido em 1932, Sálvio Dino era advogado, formado pela Faculdade de Direito de São Luís.  Em sua trajetória política ocupou o cargo de vereador da capital maranhense, deputado estadual e prefeito do município de João Lisboa.

Sálvio Dino também era escritor e membro da Academia Maranhense de Letras.

maranhão

O Ministério da Saúde anunciou em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, 20, que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve dar início à produção de vacina contra o novo coronavírus em abril do ano que vem.

A vacina em questão é a da Universidade de Oxford em parceria com o laboratório britânico AstraZeneca, que está na última fase de testes em 2 mil voluntários no país.

Os insumos para a fabricação interna deverão chegar ao Brasil em dezembro e, a partir de abril, a Fiocruz já terá capacidade de produzir as primeiras doses.

“Uma vez entregue, a partir de dezembro, ele comece a ser processado e chegue à população em janeiro. Tudo isso caso o registro seja obtido junto à Anvisa […] E esperamos que a partir de abril de 2021, a Fiocruz já tenha capacidade de produção interna da vacina”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério da Saúde, Helio Angotti Neto.


A fabricação nacional por parte da Fiocruz será possível em razão de um acordo feito pelo governo federal que liberou R$ 1,9 bilhão para a transferência de tecnologia.

A vacina de Oxford é considerada uma das mais promissoras em desenvolvimento. Em julho, foi publicado um estudo na revista científica The Lancet, com resultados dos testes preliminares que mostravam que o imunizante era seguro e capaz de induzir uma resposta imune contra o vírus.

Corrida global pela vacina
A OMS declara que 168 vacinas potenciais estão sendo desenvolvidas por países em todo o mundo, apenas 29 delas chegaram a um ponto onde podem ser testadas em humanos. E seis estão na última etapa antes da aprovação, sendo uma delas a de Oxford.

 

Catraca Livre