pifzerA Pfizer afirmou nesta segunda-feira (9) que sua vacina experimental contra a covid-19 mostrou ser 90% eficaz na prevenção da doença com base em dados iniciais de um estudo amplo, numa grande vitória na luta contra uma pandemia que matou mais de 1 milhão de pessoas, abalou a economia global e impactou o cotidiano das pessoas.

A Pfizer e sua parceira alemã BioNTech são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o coronavírus. As empresas disseram que até o momento não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos neste mês.


Se obtiver a autorização, o número de doses da vacina será limitado inicialmente. Uma das questões pendentes é por quanto tempo a vacina fornecerá proteção. No entanto, a notícia divulgada dá esperanças de que outras vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus também possam se mostrar eficazes.


"Hoje é um grande dia para a ciência e para a humanidade", disse Albert Bourla, presidente-executivo e chairman da Pfizer, em comunicado. "Estamos atingindo este marco crucial em nosso programa de desenvolvimento de vacina em um momento em que o mundo mais precisa, com as taxas de infecção atingindo novos recordes, hospitais ficando superlotados e economias sofrendo para reabrir."

 

Reuters

Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters

A farmacêutica sul-coreana Celltrion disse nesta sexta-feira (6) que pacientes tratados com seu remédio experimental de anticorpos contra a covid-19 em um teste de estágio inicial pequeno mostraram uma melhora de ao menos 44% no tempo de recuperação.

O resultado é auspicioso para a Celltrion, que planeja pedir uma aprovação condicional para o tratamento de anticorpos monoclonais batizado de CT-P59 para uso emergencial até o final do ano na Coreia do Sul.


Em seu teste de estágio inicial global, que recrutou 18 pacientes com sintomas brandos de covid-19, 15 participantes que receberam o tratamento tiveram um tempo de recuperação médio cerca de 44% mais rápido do que o de três pessoas de um grupo de placebo.

Até agora, nenhum paciente do estudo tratado com CT-P59 precisou ser hospitalizado ou receber outra terapia antiviral por causa da covid-19, e o tratamento foi bem tolerado, sem problemas de segurança clinicamente significativos, disse a empresa.

A Celltrion, que planeja testes de estágio intermediário e avançado do remédio, disse no mês passado que recebeu aprovação regulatória para testes clínicos de estágio avançado na Coreia do Sul.

Estes testes serão realizados em cerca de mil pacientes de coronavírus assintomáticos e naqueles que tiveram contato próximo com pacientes de Covid-19 no país.

O tratamento, que é o medicamento de anticorpos mais avançado em termos de pesquisa na Coreia do Sul, se dirige à superfície do coronavírus e foi concebido para impedi-lo de se atrelar às células humanas.

Nenhum tratamento de anticorpos monoclonais foi aprovado contra a covid-19 até o momento.

 

Reuters

Pesquisadores descobriram que a covid-19 pode agravar um problema com o qual convivem 280 milhões de pessoas em todo o mundo: o zumbido no ouvido.

Um artigo conduzido pela Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, com apoio das Associações Britânica e Americana de Zumbido, analisou 3.103 pacientes em 48 países.

A conclusão foi publicada na revista científica Frontiers in Public Health, nesta quinta-feira (5). Os pesquisadores constataram que 40% das pessoas que tiveram covid-19 experimentaram, simultaneamente, uma piora do zumbido.

O estudo teve como foco pessoas com zumbido pré-existente, mas um pequeno número de participantes relatou que o ruído foi desencadeado durante os sintomas da covid-19.

Leia também: A vida com acufeno, síndrome do zumbido constante no ouvido: ‘Estou há 5 anos sem saber o que é silêncio’

O zumbido pode ser provocado por diversos fatores, mas está associado à redução do bem-estar emocional, depressão e ansiedade.

A pesquisa também descobriu que as medidas de isolamento social impostas para conter o avanço da pandemia piorou quadros de zumbido, principalmente por mudanças significativas na rotina.

O estresse é apontado como um fator que pode desencadear ou agravar o zumbido. Em meio à pandemia, muitas pessoas não procuram atendimento médico para essa condição, o que as deixaria sujeitas a um ciclo vicioso de zumbido e estresse.

"Algumas das mudanças trazidas pela covid-19 parecem ter tido um impacto negativo na vida das pessoas com zumbido, e os participantes deste estudo relataram que os sintomas da covid-19 estão piorando ou, em alguns casos, até iniciando zumbido e perda auditiva. Isso é algo que precisa ser examinado de perto pelos serviços clínicos e de suporte", alerta a principal autora do estudo, Eldré Beukes.

Leia também: Estudo comprova que novo coronavírus afeta o cérebro

David Stockdale, executivo-chefe da Associação Britânica de Zumbido e coautor do estudo, acrescenta que o diagnóstico do que está por trás dessa condição pode ser demorado.

"O tratamento inadequado do zumbido nos estágios iniciais geralmente leva a casos muito piores, e o zumbido grave pode ter um grande impacto na saúde mental."

 

R7

O Fórum Nacional dos Governadores realizou, nessa quarta-feira (4), uma videoconferência com Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da oficina regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar sobre atualização, mutações e vacinas para a Covid-19.

De acordo com o representante da OMS, no mundo há 10 vacinas que estão sendo acompanhadas e todas estão na terceira fase de testes e a expectativa é que no primeiro trimestre de 2021 essas vacinas sejam validadas pelos órgãos competentes dos países.

O governador Wellington Dias destacou que a Opas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) são responsáveis pela compra dessas vacinas por meio de um consórcio de países, no qual o Brasil é signatário e estão lançando nos próximos dias um edital para comprar 2 bilhões de unidades de vacina como uma primeira etapa.

“O Brasil, a partir de compras como essa, já é beneficiário e é possível que tenhamos, no fim deste ano para o começo do próximo, novidades sobre as vacinas que estão sendo testadas no Brasil. A exemplo da AstraZeneca, que é de Oxford, no Reino Unido, que está bem avançada e a Sinovac, que é da China, que já anunciou que vai pedir para ter uma pré-qualificação pela OMS e que tem a vantagem de que qualquer um dos países podem aderir à compra. Normalmente esta compra é feita pelos países e não pelos estados”, disse o governador.

Wellington enfatizou que “há uma sistemática de compra que facilita por não precisar enfrentar toda a burocracia dos países e o Brasil já tem todo o regramento nessa direção para armazenagem de vacinas, equipamentos de proteção individual, assim como realizado os testes”, comentou Dias.

No Brasil, a Anvisa é a responsável pela validação da vacina. “Ela exige tanto a segurança como a eficácia. Precisa ter um relatório publicado, avaliação dos riscos e eles estão trabalhando de uma forma célere para acompanhar todas as fases. No primeiro trimestre de 2021 teremos vacina e o Brasil deve colocar o Plano Nacional de Vacinação à primeira que ficar pronta”, almeja Wellington.

De acordo com o governador piauiense, as informações prestadas pelo representante brasileiro da OMS foram positivas no qual o mesmo destaca estudos que apontam que a situação da América do Sul é diferente da Europa, onde apenas 15% da população havia sido infectada e que agora há uma nova onde de infecção pois, 85 % da população não foi infectada e que começam a ir às ruas por conta do verão.

“Tivemos uma estabilização em um patamar elevado com a redução de óbitos. No caso específico do Piauí,estamos dentro dessa mesma lógica”, comentou Dias.

Sobre a mutação do coronavírus, o gestor enfatizou a informação repassada por Jarbas Barbosa de que as mutações que estão acontecendo não alteram a forma de agir do novo coronavírus, por isso as orientações são a mesmas, sobre o uso de máscaras e distanciamento social e os protocolos já realizados.

“Está havendo mutações, porém não altera o perigo nem os cuidados que devemos ter. Em relação à reinfecção, são casos raros, e ainda não há evidência em um grau elevado de problema”, comentou Wellington.

 

Sesapi