Enfim começou a vacinação contra a Covid-19! Discussões, erros e filas furadas à parte, vamos comentar o que julgamos importante: existem diferenças entre as vacinas? Causariam efeitos colaterais graves? O fato de ser aplicada no atleta pode atrapalhar a performance? Quando fará efeito? Ah, e qual a melhor? Essa pergunta tem uma resposta geral: neste momento, vamos tomar a que estiver disponível pelas autoridades locais. Temos apenas duas vacinas e que são preparadas com o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), princípio ativo das vacinas produzido na China, feito com pedaços de vírus atenuado ou morto exatamente como é a vacina contra a gripe Influenza (conhecida como gripe espanhola); e, pelo que se conhece, precisará ser repetida sua aplicação de tempos em tempos.


A CoronaVac do Butantã necessita do reforço da segunda dose após mais ou menos 21 dias da primeira dose, e em seguida devemos esperar 14 dias para termos a proteção imunológica completa, que evitará internações em quase 80% dos que se contaminarem como também evitará mortes em 100% dos casos. Esse é o papel atual dessa vacina.

A outra vacina disponível no Brasil no momento é a da Fiocruz – Oxford chamada ChAdOx1, que é muito parecida com a primeira e cuja eficácia contra situações graves já na primeira dose foi ao redor de 70%, cerca de 21 dias depois da primeira dose. Após a segunda dose aplicada com 90 dias de intervalo, esse número pode chegar a 100%.

A programação brasileira com ambas as vacinas é aplicar primeiro nos profissionais da saúde, que estão no dia a dia atendendo os pacientes, e depois nos indivíduos vulneráveis, idosos internados em asilos e assim por diante. Em relação ao futuro não sabemos quais outras vacinas teremos. Mas TODOS devemos tomar a vacina oferecida e lembrar que as medidas preventivas devem ser mantidas, como uso das máscaras, higiene das mãos, afastamento seguro evitando aglomerações.

Esportistas e atletas devem aguardar uns dois a três dias sem atividades físicas depois de tomar a vacina. Esse é o período quando poderão aparecer alguns leves efeitos colaterais, como dores no local da aplicação, dor de cabeça, discreta febre e dores musculares sem importância. Pode e deve tomar a vacina mesmo o praticante de atividade física que tem comorbidades clínicas ou antecedentes de infarto do miocárdio, cirurgia cardíaca, angioplastia das coronárias e outros vasos sanguíneos, acidente vascular cerebral, marca passo e outras próteses. Os não praticantes de exercícios também podem e devem, é claro. Após passado esse período de três dias, o retorno ao esporte é garantido e não haverá nenhum prejuízo à performance ou desempenho esportivo.

Casos raros de alergias à vacina podem acontecer, como ocorrem nas vacinações contra a gripe influenza. Se você for um desses alérgicos, converse com seu médico. Mas tenha em mente, de forma clara, que não há relatos ou desconfianças em relação a algum risco de perda de performance para atletas. Esse risco não existe. A segurança e a eficácia das vacinas estão bem destacadas nas pesquisas feitas. As vacinas são, portanto, seguras para o público em geral. Incluindo atletas. Tanto que nós, médicos, estamos sendo vacinados com total eficiência e confiança nos objetivos de nos proteger da terrível Covid-19.

 

GE/Euatleta

atividafisicaEstudos recentes sugerem que a prática regular de exercícios físicos pode estar associada à redução de hospitalização por covid-19. No entanto, para indivíduos que desenvolvem a forma grave da doença, a proteção conferida pelo exercício físico deixa de funcionar, não resultando em diferenças no tempo de internação, na necessidade de ventilação mecânica ou de tratamento intensivo.

Foi o que mostrou uma pesquisa com 209 pacientes com covid-19 grave internados no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e no Hospital de Campanha do Ibirapuera, na capital paulista. Os resultados indicam que o fato de os pacientes terem o hábito de se exercitar regularmente antes da internação não foi determinante para o melhor enfrentamento da doença.


“Esse estudo serve como um sinal amarelo para a população que se exercita com regularidade e, por isso, acredita estar totalmente protegida. Não encontramos diferença de prognóstico e desfecho da doença entre os pacientes graves mais ou menos ativos. Isso mostra que os benefícios da atividade física existem, mas aparentemente vão só até um ponto da gravidade da doença”, afirma Bruno Gualano , professor da FM-USP e autor do estudo.

Os dados completos da pesquisa, que contou com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), foram divulgados em artigo publicado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares. A investigação foi conduzida em parceria com o Laboratório de Metabolismo Ósseo, coordenado por Rosa Maria Rodrigues Pereira , também da FM-USP.

A covid-19 é uma doença viral infecciosa que pode progredir para casos inflamatórios mais graves. Como ainda não existe um medicamento específico para combater o vírus SARS-CoV-2, o tratamento hospitalar consiste em lidar com os vários sintomas da infecção e dar suporte respiratório aos pacientes, se necessário.

Como explica Gualano, a prática de atividade física é reconhecida por seu efeito protetor contra doenças crônicas. Ela também fortalece o sistema imune, prevenindo, parcialmente, algumas doenças infecciosas respiratórias.

“O exercício físico tem um efeito sistêmico. Melhora a resposta imune e as condições metabólica e cardiovasculares do indivíduo. Esses fatores podem trazer proteção contra diversos tipos de doenças crônicas e algumas infecciosas também. Mas, quando o quadro se agrava, outros preditores podem ser mais decisivos para o desfecho clínico”, explica o pesquisador à Agência FAPESP.

Os resultados da pesquisa indicam que para os casos graves de covid-19 a presença de fatores de risco como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e idade avançada foi mais determinante no prognóstico do que a prática pregressa de exercícios.

Os mais de 200 voluntários tiveram seu histórico de atividade física no trabalho, no esporte e no lazer avaliado assim que foram hospitalizados. A informação foi obtida por meio de um questionário validado. Também tiveram o diagnóstico de covid-19 confirmado por exame de RT-PCR, que identifica o material genético do SARS-CoV-2 em secreções do nariz ou da garganta.

Foram incluídos pacientes que apresentavam dificuldade para respirar (mais de 24 respirações por minuto) e índice de saturação de oxigênio no organismo menor do que 93%. Além disso, tinham fatores de risco para covid-19, como idade avançada, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, neoplasias, imunossupressão, tuberculose pulmonar e obesidade.

Os dados referentes à atividade física não foram associados com nenhum dos desfechos clínicos observados, como hospitalização, necessidade de ventilação mecânica ou internamento em UTI e mortalidade.

Estudos
Gualano explica que o resultado obtido na pesquisa com pacientes hospitalizados é complementar a estudos anteriores – realizados com infectados de perfil variado (incluindo casos leves e moderados).

Divulgada recentemente, uma pesquisa on-line com 938 brasileiros que contraíram COVID-19 apontou que a prevalência de hospitalização pela doença foi 34,3% menor entre os voluntários considerados ativos – que realizavam pelo menos 150 minutos por semana de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de alta intensidade.

“O nosso trabalho complementa os resultados obtidos com os casos mais leves da doença. Os estudos existentes avaliaram, principalmente, pessoas em estágios anteriores ao do nosso trabalho [em termos de progressão da doença], em que apenas a minoria dos pacientes necessitou de hospitalização”, diz.

De acordo com o pesquisador, além de complementares, os dois estudos contribuem para o maior entendimento da doença e do efeito protetor da atividade física. “É tudo muito novo e ainda são poucos os estudos que relacionam covid-19, atividade física e sistema imune. No entanto, ao analisar o que temos publicado sobre o assunto, notamos que a atividade física poderia eventualmente ser considerada um bom preditor até certo estágio de gravidade da doença, prevenindo complicações. Mas isso não se revela verdadeiro nos casos mais críticos. É um recado importante para não se fiar tanto no histórico de atividade física como um fator absoluto de proteção contra a covid-19”, ressalta Gualano.

O risco dos atletas profissionais
O grupo de pesquisadores da FM-USP iniciou outro estudo que pretende investigar a resposta imune e o prognóstico de covid-19 em atletas profissionais. A coalizão Esporte-Covid-19, formada por pesquisadores do Hospital das Clínicas, Hospital Israelita Albert Einstein, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e Núcleo de Alto Rendimento Esportivo, tem o apoio da Federação Paulista de Futebol e vai acompanhar as possíveis consequências da doença em jogadores de futebol.

“Queremos entender as eventuais sequelas da covid-19 em atletas profissionais. Estudo realizado com 26 atletas universitários nos Estados Unidos mostrou que eles podem apresentar dano cardíaco ou indícios de inflamação no coração. Esses são dados novos e ainda não sabemos seu real significado para um competidor de alto rendimento”, diz.

No Brasil, campeonatos de futebol foram disputados em meio à pandemia. Muitos jogadores se infectaram, ficaram de 10 a 15 dias em quarentena, voltando a jogar logo depois do período de isolamento. A maioria dos infectados permaneceu assintomática ou apresentou casos leves da doença.

“Pela condição fisiológica desses atletas de alto rendimento, é certo que eles agravam menos. No entanto, queremos entender se todos eles passam ilesos, sem sequelas, pela covid-19”, diz.

No estudo, os pesquisadores vão acompanhar 75 jogadores entre os que apresentaram sintomas, os assintomáticos e os que não foram infectados. “Eles vão passar por uma rigorosa bateria de exames cardiovasculares, que incluem ecocardiograma, teste de esforço, avaliação da função endotelial e ressonância magnética cardíaca, para investigarmos a possibilidade de danos persistentes", explica.

É uma doença nova e não sabemos ainda se há sequelas e quais as repercussões em médio e longo prazo, como, por exemplo, risco elevado de mal súbito. Essa investigação pode ajudar a construir um protocolo de retorno à prática esportiva ‘pós-COVID’ pautado em evidências científicas”, acrescenta.

Outro aspecto importante do projeto está na possibilidade de ele também levantar indícios importantes sobre o funcionamento da doença para a população em geral. “São atletas jovens, saudáveis, com alimentação regrada e excelente condicionamento físico. Em qualquer tipo de pesquisa comparativa, essa população seria uma espécie de grupo controle ideal. Portanto, entender como esses indivíduos respondem à covid-19 pode também nos dar pistas fisiológicas importantes que podem servir na prevenção de casos mais graves. A pesquisa tem o potencial de responder até que ponto o estilo de vida interfere nos sintomas e nas sequelas da doença”, diz.

 

Agência Fapesp

Foto: Pixabay

 

Ainda nesta segunda-feira, 25, o Piauí deve receber mais 11 mil doses da vacina CoronaVac. O avião com o material deverá pousar no aeroporto de Teresina às 18 horas. Inicialmente, a previsão era para o voo chegar ao Piauí às 16h50. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) esclarece que essas doses complementam a primeira remessa das vacinas que chegaram ao estado na semana passada.  A primeira remessa da CoronaVac foi de 61.160 doses. O Piauí também recebeu 24 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Nesta segunda, a Sesapi divulgou o “vacinômetro”, que é uma plataforma para acompanhar a campanha de vacinação contra a Covid-19 no estado. Com a ferramenta, o estado busca transparência na evolução da vacinação no Piauí, por fases e ordem de prioridade. O superintendente da Sesapi, Herlon Guimarães, ressalta que o painel de transparência faz parte do plano nacional de imunização.

De acordo com a ferramenta, 13.113 pessoas já receberam a primeira dose da CoronaVac no estado. Desse total, 12.840 doses foram recebidas por profissionais de saúde, 264 por idosos residentes em instituições de longa permanência e nove pessoas com deficiência institucionalizadas, diz a Sesapi.

Guimarães esclarece que o Ministério da Saúde enviou doses a mais para o estado na primeira remessa da CoronaVac. "O Ministério da Saúde havia passado uma quantidade y de profissionais; só que ele mandou vacinas a mais para uma quantidade que depois ele definiu a mais de profissionais. Iremos receber na tarde de hoje o equivalente a 6% de vacinas para profissional de saúde. Amanhã nós iremos distribuir 10% para os profissionais de saúde. Então, nós vamos acrescer no que havia ficado do primeiro lote porque a vacina é a mesma”.  

"É de extrema importância essa transparência com a população até porque é um produto que o mundo inteiro está querendo. Nós precisamos trabalhar com segurança, com honestidade, com transparência, para que toda a nossa população piauiense possa sair disso o mais rapidamente”.

O superintendente também explica que a plataforma lançada nesta segunda não é oficial. A oficial é a plataforma do Ministério da Saúde, que contará com dados mais específicos, como CPF do vacinado, o CPF do profissional de saúde que aplicou a vacina e o local de vacinação. Por hora, os municípios vão atualizar os dados locais na plataforma da Sesapi para manter o controle da vacinação.

“Neste momento, nós começamos a fazer o monitoramento dessas doses aplicadas. É importante dizer que o estado do Piauí é o primeiro a sair na frente com esse painel. São servidores do estado que trabalharam na construção desse painel. É importante esclarecer que esse painel não é oficinal, nós criamos essa ferramenta para que os municípios possam colocar os seus dados para que, no momento em que a plataforma do Ministério da Saúde esteja estável, em condição de atualizar, o município possa atualizar nela”, diz o superintendente.

 

cidadeverde

hanseniaseManchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, sensação de dormência e não sentir calor ou frio são sintomas de uma doença que tem cura mas ainda é estigmatizada e negligenciada por muitos brasileiros: a hanseníase.

No Brasil, foram 312 mil novos casos registrados nos últimos dez anos, o que coloca nosso país na segunda posição no ranking mundial da doença, atrás da Índia. Aqui, a média é de 30 mil novos casos por ano. O número vem se mantendo com uma discreta queda, mas ela ainda não é considerada significativa para se dizer que a doença está em declínio, destacou o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Heitor Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

Atenção aos sintomas

O presidente da SBD, diz que, mesmo áreas sem manchas, em que a pessoa se queime e não perceba, ou que se machuque e não sinta dor, indicam falta de sensibilidade no local. Isso é provocado por lesões nos nervos causadas pela hanseníase. “Esses casos de mancha, dormência ou insensibilidade são suspeitos e necessitam formalmente de uma assistência para diagnóstico médico clínico”, observou.

O período de incubação da hanseníase, desde o momento em que a pessoa entra em contato com a micróbio até a doença aparecer, vai de dois até dez anos pois a bactéria responsável pelos sintomas se multiplica muito lentamente. Por isso, a doença atinge muitas crianças e jovens. “Quanto mais jovem a pessoa, mais anos ela vai viver e mais chances tem de adoecer.”, afirma Gonçalves.

Do total dos 312 mil registros feitos de 2010 até 2019, 30% foram diagnosticados com algum grau de incapacidade física, ou seja, apresentavam perda de força ou da sensibilidade ou ainda deformidades visíveis nas mãos, pés ou olhos, o que compromete o trabalho ou a realização de atividades do dia a dia, alertou o especialista.

Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, a detecção e o tratamento precoces da doença são fundamentais para que o paciente possa se tratar e não apresente sequelas, além de diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com as quais convive.

Incidência e transmissão

Heitor Gonçalves explicou que o maior fator de risco para a hanseníase são condições socioeconômicas de aglomerações. Um exemplo são as deficiências de habitação que fazem com que mais pessoas morem juntas e acabem transmitindo a doença por meio da tosse. A aglomeração no transporte é outro fator. Contribuem ainda o baixo nível educacional e a dificuldade de acesso a sistemas de saúde. Eles dificultam diagnóstico precoce e facilitam a transmissão.

Gonçalves informou que a maior incidência da hanseníase no Brasil está nas regiões com menor índice de desenvolvimento humano (IDH). O maior número de casos novos identificados na última década está na Região Nordeste (43% do total, ou o equivalente a 132,7 mil pacientes). Em seguida, vêm o Centro-Oeste, com 20% dos casos; o Norte (19%); e o Sudeste (15%). Apenas 4% dos novos pacientes registrados nos últimos dez anos apareceram na Região Sul do país. O vice-presidente da SBD chamou a atenção, entretanto, que, no Rio Grande do Sul, se perdeu a cultura de buscar casos de hanseníase e de se divulgar a doença no estado. Com isso, pacientes chegam nos médicos para diagnóstico já com incapacidade física. “Essa é uma sequela da falsa eliminação”.

Preconceito

O presidente da SBD esclareceu que menos da metade dos pacientes com hanseníase transmite a doença, mesmo sem tratamento, porque mais de 50% têm imunidade razoável contra o micróbio.  A transmissão também não é tão fácil como muitos pensam. Segundo Gonçalves, “o bacilo não salta de dentro da pele do doente para fora”. Isso significa que tocar a mão de uma pessoa doente não transmite hanseníase. É preciso que o doente tenha um ferimento na pele, bem como a outra pessoa, e que esses ferimentos se encontrem para que o bacilo passe de um para o outro. Por isso, o dermatologista afirmou que é difícil a transmissão pela pele. O principal fator de transmissão é a tosse, reiterou.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase acomete mais os homens do que as mulheres. Nos dez anos compreendidos entre 2010 e 2019, foram detectados 172.659 casos novos entre pessoas do sexo masculino e 139.405 em mulheres. Essa diferença, contudo, está diminuindo, indicou o vice-presidente da SBD. O que ocorre, “provavelmente, é que o homem ainda se expõe mais que as mulheres”, avaliou. Os homens, além disso, não têm costume de ir ao médico, como as mulheres. Considerando as classes sociais mais desfavorecidas, os homens saem mais do que as mulheres. “Esse talvez seja o motivo”, estimou o dermatologista

Campanha

Gonçalves afirmou que a SBD tem como princípio e missão resgatar seu papel na abordagem das doenças negligenciadas que acometem a pele. A principal delas é a hanseníase. Há também a leishmaniose, sífilis, entre outras.

Em apoio à mobilização do Ministério da Saúde, os dermatologistas brasileiros farão circular entre médicos, pacientes e outros profissionais da saúde informações de utilidade pública preparadas por especialistas da SBD, descrevendo sinais e sintomas da hanseníase e orientando sobre onde buscar diagnóstico e iniciar o tratamento. A campanha do Janeiro Roxo, criada no Brasil em 2016, aborda também a necessidade de se combater o estigma e o preconceito contra as pessoas que têm a doença.

O tratamento para a hanseníase é gratuito no país e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde. A coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD, Sandra Durães, salientou que apesar de ser uma doença infecciosa que pode levar a incapacidades físicas, seu tratamento precoce promove a cura. Segundo enfatizou, a prevenção consiste no diagnóstico e tratamento precoces, porque isso ajuda a evitar a transmissão e o surgimento de novos casos.

 

Agência Brasil

Foto: SMS de Mesquita/RJ