O Instituto Butantan vai receber hoje (3) insumos vindos da China para a fabricação de 8,6 milhões de doses da vacina CoronaVac, contra a convid-19. O avião, que é operado pela Latam Cargo, com previsão de chegada no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 23h30, transporta 5,4 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), produto necessário para a fabricação da vacina.

Este é o primeiro lote de insumos que o Butantan recebe neste ano. De acordo com o diretor do instituto, Dimas Covas, as vacinas produzidas com o lote de matéria-prima que chegarão hoje começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde no próximo dia 25.

Segundo o governo do estado de São Paulo, outra carga com 5,6 mil litros de IFA deverá chegar ao Brasil até o próximo dia 10 de fevereiro, o que possibilitará a produção de mais 8,7 milhões de doses em São Paulo.

Somadas, as cargas permitirão a fabricação de 17,3 milhões de doses da vacina, que começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde a partir do final deste mês. A previsão do instituto é que a produção de vacinas contra a covid-19 alcance até 600 mil doses diárias com as duas novas remessas de matéria-prima.

Em janeiro, o Butantan entregou 8,7 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde. Foram 6 milhões de doses no dia 17, outras 900 mil no dia 22 e mais 1,8 milhão no dia 29, em cumprimento ao contrato que incluiu o imunizante no Plano Nacional de Imunizações.

 

Agência Brasil

oxfordA vacina de Oxford, desenvolvida pelo laboratório sueco-britânico AstraZeneca, tem a capacidade de diminuir em 67% a transmissão do novo coronavírus entre seres humanos, de acordo com um estudo preliminar divulgado nesta quarta-feira (3).

A pesquisa foi feita por cientistas da própria Universidade de Oxford. Ainda não foi submetida à revisão por pares, mas é a primeira a comprovar que o imunizante contra a covid-19 é capaz de reduzir a transmissão do vírus.


Portanto, além de proteger contra os graves sintomas e demais consequências da doença, a aplicação da vacina de Oxford também evita que mais pessoas sejam contaminadas pelo vírus e, assim, colabora para frear o ritmo da pandemia pelo mundo. O anúncio reforça a necessidade da vacinação em massa, aponta o jornal The New York Times, que publicou o estudo nesta quarta (3).

A capacidade de transmissão, após a vacinação, foi avaliada por meio da coleta semanal de amostras retiradas do nariz e da garganta dos participantes por meio de swabs (haste semelhante a cotonete) a fim de detectar sinais do coronavírus.


O mesmo levantamento, que ainda depende de revisão por pares, indicou, na última terça-feira (2), que o indivídio que recebe a primeira dose da vacina de Oxford contrai uma proteção média de 76% até receber a segunda aplicação, 90 dias depois.

Na terça-feira (2), a A Universidade de Oxford informou que a vacina tem eficácia de 76% com a primeira dose e 82,4% com as duas doses completas. O intervalo entre as doses foi de três meses.

Embora ainda precisem ser revisados por pesquisadores independentes, os resultados são animadores, pois sustentam um esquema de vacinação com a segunda dose em um intervalo mais longo do que outras vacinas, permitindo assim imunizar um número maior de pessoas em um primeiro momento.

A vacina Oxford deve ser uma das mais usadas pelo Brasil no programa de imunização contra a covid-19 e será produzida em território nacional pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos (Fiocruz). O Ministério da Saúde adotou o esquema de 3 meses.

Dois milhões de doses importadas do Instituto Serum, na Índica, já foram distribuídas aos estados e municípios a partir do dia 23 de janeiro. Outros carregamentos devem chegar ao país a partir de 15 de fevereiro.

A Pfizer também já divulgou que sua vacina é capaz de evitar a transmissão do novo coronavírus.

 

R7

Foto: Banco de Imagem

Logo no início da pandemia, o plasma convalescente surgiu como uma opção de tratamento e os estudos para validar sua eficácia continuam. Os mais recentes mostraram uma associação entre a quantidade de anticorpos no plasma transfundido e o riso de mortalidade; e a relação entre o início do tratamento e o agravamento do quadro. Ambos os estudos foram publicados na New Englan Journal of Medicine. No primeiro deles, pesquisadores da Mayo Clinic em Rochester, nos Estados Unidos, descobriram que quanto maior o nível de anticorpos no plasma, menor o risco de mortalidade de pacientes hospitalizados.

O estudo se baseou na análise de 3.082 pacientes que faziam parte do Programa Nacional de Acesso Expandido para Convalescença de Plasma. Os pacientes receberam o tratamento até três dias a internação e 65,3% não estavam sob ventilação antes da transfusão de plasma convalescente. A maior parte (69%) tinha menos de 70 anos de idade. No início do tratamento, os pesquisadores não sabiam a quantidade de anticorpos presente no plasma recebido por cada paciente. Por outro lado, não houve efeito na mortalidade entre os pacientes que estavam intubados. Vale ressaltar que este foi um estudo observacional e não uma pesquisa clínica. Isso significa que não houve grupo controle e os resultados precisam ser encarados com cautela.

Remédios contra Covid-19: o que funciona e o que é melhor deixar para lá Outro estudo, um pequeno, mas rigoroso ensaio clínico realizado na Argentina, mostrou que a administração precoce do plasma reduz o risco de agravamento da doença. Os pesquisadores do Grupo Fundación INFANT – COVID-19 chegaram a essa conclusão após analisarem dados de 160 pacientes. Os participantes foram divididos em dois grupos: 80 pessoas receberam uma infusão de plasma e a outra metade recebeu uma solução salina. Todos tinham pelo menos 65 anos de idade e cerca de metade dos participantes também apresentava problemas de saúde. Todo o plasma administrado continha altos níveis de anticorpos e a transfusão era realizada até três dias após o início dos sintomas.

Os resultados mostraram que aqueles que receberam o plasma apresentaram uma redução de 48% no risco de desenvolver Covid-19 grave. Esse é um dos primeiros ensaios clínicos bem elaborados a mostrar os benefícios da terapia. "Nossos resultados ressaltam a necessidade de retornar à abordagem clássica de tratamento precoce de infecções virais agudas e definem alvos de IgG que facilitam a seleção do doador. [...] Essa intervenção simples e barata pode reduzir as demandas do sistema de saúde e pode salvar vidas. Infusões precoces de plasma convalescente podem fornecer uma ponte para a recuperação de pacientes em risco até que as vacinas se tornem amplamente disponíveis", escrevem os pesquisadores.

O tratamento consiste em infundir plasma sanguíneo de pessoas naturalmente recuperadas da doença em pacientes que ainda estão doentes. O princípio do recurso médico é simples: os anticorpos, os fiéis escudeiros contra invasores, que nadam no plasma de uma pessoa já imune, ao serem transferidos para outro organismo, passam a trabalhar avidamente. Nos Estados Unidos, a terapia já está aprovada em caráter emergencial, para pacientes hospitalizados. No Brasil, apenas em protocolos de pesquisa clínica.

 

Veja.com

O câncer de mama tomou o lugar do câncer de pulmão e se tornou a forma mais comum da doença, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (2).

"Pela primeira vez, o câncer de mama constitui agora o câncer de ocorrência mais comum em todo o globo", disse Andre Ilbawi, especialista em câncer da OMS, em entrevista coletiva na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) antes do Dia Mundial do Câncer, na quinta-feira (4).

O câncer de pulmão foi o tipo mais comum nas últimas duas décadas, mas agora está em segundo lugar, à frente do câncer colorretal, o terceiro mais disseminado, explicou Ilbawi.

Ele observou que a obesidade feminina é um fator de risco comum no câncer de mama e que também está elevando os números gerais do câncer.

À medida que a população global cresce e a expectativa de vida aumenta, o câncer deve se tornar mais comum, avançando dos 19,3 milhões de casos novos por ano em 2020 para cerca de 30 milhões em 2040, segundo Ilbawi.

A pandemia de coronavírus está prejudicando o tratamento de câncer em cerca de metade dos países analisados, disse Ilbawi, ressaltando os atrasos de diagnósticos, o estresse extremo dos profissionais de saúde e o impacto nas pesquisas.

 

Reuters