A 10º Coordenação Regional de Saúde, com sede em Floriano, recebeu a 29ª remessa dos imunizantes contra a COVID-19.
As doses chegaram nessa sexta-feira, 16, por volta das 11:20h.
De acordo com o Chico Alves, coordenador da 10ª Regional foram 3.370 doses que chegaram e deste total 985 doses ficam em Floriano, as demais serão distribuídas nas cidades que compõem a regional. As doses são da AstraZeneca.
As mortes causadas pela pandemia de covid-19 caíram 14% na Semana Epidemiológica 27, de 4 a 10 de julho, em comparação com a semana anterior. As informações estão no mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde sobre a covid-19.
Na Semana Epidemiológica 27 (SE 27), autoridades de saúde registraram 9.306 pessoas que não resistiram à covid-19, enquanto o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde na semana anterior trouxe 10.852 óbitos.
O resultado representa maior reversão no movimento de retomada do crescimento da curva de óbitos, após uma estabilização em semanas anteriores. Mas o patamar do início de julho ainda está acima do registrado no fim de fevereiro deste ano. A média móvel de mortes na SE 27 ficou em 1.329. Os novos casos de covid-19 tiveram queda de 8% na semana do levantamento. Nesse período, foram registrados 326.978 novos diagnósticos confirmados, contra 355.131 na semana anterior. A média móvel de casos (total no período divido por sete dias) ficou em 46.711.
O resultado da SE 27 marca a continuidade da trajetória de queda da curva de casos. A redução dos novos diagnósticos positivos de covid-19 foi iniciada em março, com um revés na SE 13. Estados Na semana de 27 de junho a 3 de julho, sete estados tiveram incremento de casos, dez ficaram estáveis e nove mais o DF experimentaram redução. Os crescimentos mais fortes ocorreram no Acre (19%) e em Goiás (16%). As quedas mais efetivas se deram no Rio Grande do Norte (-43%) e Pará e Paraíba (-29%).
No caso dos novos óbitos, o número de estados com aumento desse índice foi de quatro, enquanto outros quatro ficaram estáveis e dezoito mais o DF tiveram menos mortes em relação ao balanço da semana anterior. Os maiores incrementos aconteceram no Acre (100%) e Rondônia (56%). As reduções mais efetivas foram registradas no Piauí (-61%) e Amazonas (-41%)
Mundo O Brasil continua como o país com maior número de novas mortes confirmadas por semana. Em seguida vêm Índia (6.035), Indonésia (5.430), Rússia (4.909) e Colômbia (3.417). Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na 2ª posição, atrás dos Estados Unidos (607.132). Quando consideradas as mortes por 1 milhão de habitantes, o Brasil fica na 7ª colocação.
O Brasil também foi a nação com mais novos casos nesta semana, seguido por Índia (291.789), Indonésia (234.155), Reino Unido (211.508) e Rússia (169.291). Na comparação em números absolutos, desde o início da pandemia, o Brasil fica na 3ª posição, atrás dos EUA (33,8 milhões) e Índia (30,8 milhões). Na comparação proporcional, por 1 milhão de habitantes, o Brasil ocupa a 14ª posição.
Os responsáveis por um ensaio clínico da vacina anticovid CoronaVac, que está sendo feito na população do Chile e se apresenta no estágio final, recomendaram uma terceira dose do imunizante como reforço para proteger contra a variante Delta, mais contagiosa.
Os pesquisadores afirmaram, ainda, que um estudo in vitro para determinar a eficácia da CoronaVac contra a variante identificada originalmente na Índia, apontou que ela tem uma eficácia na neutralização contra a nova cepa quatro vezes menor.
Antes, um estudo conduzido por cientistas da China havia indicado que o efeito do imunizante era reduzido em um terço contra Delta.
Alexis Kalergis, diretor do Instituto do Milênio de Imunologia e Imunoterapia do Chile, que também realizou um ensaio clínico com 2.000 participantes, disse que menos 3% dos voluntários pegaram covid-19 seis meses após receber uma segunda dose da vacina.
No entanto, o estudo mostrou uma queda nos níveis de anticorpos protetores após seis meses e Kalergis disse que recomendou a aplicação de uma terceira "dose de reforço" para fornecer melhor proteção contra as mutações do vírus.
"A diminuição natural dos anticorpos após a vacinação destaca a necessidade de fortalecer a imunidade com doses de reforço para compensar e aumentar a neutralização do vírus", disse ele.
Na última quarta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou uma nota em que afirma não existir estudos conclusivos que apontem a necessidade de uma terceira dose ou dose de reforço dos imunizantes autorizados no Brasil.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que produz a CoronaVac aqui, afirmou em 8 de julho, que os pesquisadores brasileiros estudam "a possibilidade de um reforço anual da vacina (que não deve ser confundido com uma terceira dose)" para ampliar a eficiência.
Por enquanto, a prioridade do PNI (Plano Nacional de Imunizações) é imunizar os brasileiros com 18 anos ou mais com o número de doses indicado nas bulas das vacinas. Duas doses da CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca; e um dose da Janssen.
A variante delta do coronavírus já foi detectada em pelo menos 111 países, segundo o mais recente boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim como as outras variantes de preocupação (alpha, beta e gamma), ela é mais transmissível. Entretanto, ainda não é possível afirmar se as variantes provocam casos mais graves ou se são mais letais.
“Por enquanto, o que sabemos é que a variante delta é mais transmissível, mas ainda não conseguimos definir exatamente quão mais grave é. Isso vem desde a alpha”, diz a imunologista Ester Sabino. Como a variante delta avança pelo mundo e quais as perspectivas para o Brasil O infectologista da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, também destaca que, até aqui, só está comprovada a alta transmissibilidade das variantes.
“Ainda não há comprovação que as variantes, inclusive a delta, tenham uma taxa de virulência maior entre os infectados. O que acontece é que, como elas são mais transmissíveis, há chances da população, caso infectada, desenvolva a doença, seja casos leves, moderados ou graves”, explica Kfouri. Potencial de contágio A pesquisadora Melissa Markoski, professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, explica que a variante Delta é mais contagiosa e uma das formas de visualizar esse dado é através do seu R0 (lê-se 'R' -zero), que mede a taxa de reprodução do agente.
Em outras palavras, o R0 é o número médio de pessoas que cada infectada com um vírus consegue contaminar, considerando que as pessoas não estão vacinadas e nem utilizaram métodos de se proteger do contágio. "Quando a R0 é menor que 1, significa que o agente está controlado, explica Markoski.
Entre as variantes da da Covid-19, a variante Delta (a que surgiu na Índia) é a mais contagiosa, apresentando R0 entre 5 a 8. Uma taxa maior de contágio, contudo, não significa maior taxa de mortalidade.
Markoski explica que embora sejam conceitos diferentes, muitas vezes maior taxa de contágio é relacionado à maior gravidade de uma determinada doença. Isso acontece porque, se uma doença for mais contagiosa, haverá mais casos na população, o que pode ocasionar em um aumento no número bruto de hospitalizações e mortes.
Mutação do vírus é comum Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Isso ocorre de maneira aleatória. “Variantes aparecem todos os dias, centenas ou milhares, eu diria. A cada vez que o vírus se copia, ele sofre mutações”, explica Kfouri.
Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais o vírus circula – é transmitido de uma pessoa para outra –, mais ele faz replicações, e maior é a probabilidade de modificações no seu material genético que vão dar origem a novas variantes.
“Existem milhares de variantes, todos os dias surgem novas. E no meio de milhares de novas variantes aparece uma com capacidade maior de transmissão, que toma conta da epidemia. Quanto mais damos chances, mais variantes piores aparecem”, diz Sabino.
Por isso, Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz e do Emilio Ribas, ressalta que é importante avançarmos na vacinação da população para evitar que o vírus continue tenso sucesso em suas mutações.
"Qual é o problema: temos combinações dessas mutações. Pessoas vacinadas apenas com uma dose ou não vacinadas fazem uma combinação ou uma mutação do vírus", afirma Muarrek.