A Pfizer anunciou nesta sexta-feira (10) a chegada de 1.521.000 doses da vacina contra a covid-19. O voo com os imunizantes pousou por vota das 4h no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Trata-se do 67º lote que será entregue ao Ministério da Saúde.
A fabricante informa que o voo previsto para aterrissar no sábado (11) no mesmo local, com 1.392.300 doses, foi remanejado para às 3h manhã de domingo (12). Com isso, serão quatro voos programados para chegar ao aeroporto de Viracopos no domingo com vacinas da Pfizer. No total, serão entregues 5.181.930 doses do imunizante.
A Pfizer vem entregando ao menos 1 milhão de doses quase diariamente (terça, quarta, sexta e domingo) ao governo federal desde o início de agosto. Além de indicada como primeira opção de aplicação como terceira dose pelo Ministério da Saúde, a vacina é a única autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação em adolescentes, entre 12 e 17 anos, que já está sendo realizada.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) está investigando o caso de um homem suspeito de infecção pela variante Delta. O paciente de 72 anos está internado na UTI do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, desde o dia quatro de setembro.
De acordo com a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, as informações repassadas pelo hospital é que o homem viajou para São Paulo no dia 12 de agosto e retornou a Picos no dia 24 do mesmo mês. “No dia 26 de agosto ele apresentou os primeiros sintomas da doença, porém só procurou o hospital no dia três de setembro, onde se encontra internado na UTI. Sabendo que ele era oriundo de uma cidade que há circulação alta da variante Delta, solicitamos a unidade de saúde amostras para realização do sequenciamento genético”, explica à coordenadora.
A amostra para sequenciamento genético do paciente será enviada para a FioCruz, no Rio de Janeiro, para a detecção de qual cepa o homem foi infectado. “Como ele apresentou uma carga viral abaixo de 25, fizemos a solicitação de sequenciamento para a FioCruz e estamos preparando o material para envio”, disse a coordenadora de Epidemiologia.
O homem de 72 anos realizou a viagem de São Paulo para Picos por meio de um ônibus clandestino, o que está dificultando o rastreio dos demais passageiros, pelas Vigilâncias de Picos e da Sesapi. “Pedimos às pessoas que estavam neste ônibus, que procurem as secretarias de seus municípios, para que possamos fazer o monitoramento de todos os contatos. Nós estamos trabalhando em conjunto com a secretaria de Saúde de Picos, para encontrar a empresa de transporte e tentar localizar o maior número de passageiros possível”, lembra Amélia Costa.
Outra situação que levou ao agravo do quadro de saúde do paciente é o fato dele, mesmo com 72 anos, não ter tomando nenhuma dose das vacinas contra a Covid-19. Ele também é portador de uma doença cardíaca crônica. “Nós já estamos com a vacinação avançada para faixas mais jovens em nosso estado, porém este paciente não tomou a vacina o que agravou seu quadro clínico, além da comorbidade que possuí. Por isso alertamos para a necessidade da vacinação e da continuidade dos demais cuidados, como o uso de máscara, não aglomeração, que estão sendo negligenciados por muitas pessoas”, ressalta Amélia Costa.
As pessoas com 24 anos de idade estão sendo vacindas, em Floriano-PI, contra o novo coronavírus. As informações são do James Rodrigues, secretário da Saúde, que afirma que mais de 37 mil pessoas já foram imunizadas na cidade, pelos menos com uma dose da vacina contra a COVID.
O município florianense já perdeu inúmeros pessoas – homens e mulheres - para a doença. A entrevista do secretário foi feita pelo Ivan Nunes, do PN.
Inevitável na maioria das metrópoles mundiais, a exposição a ruídos provocados pelo trânsito de carros ou do transporte sobre trilhos está associada ao aumento do risco de desenvolver demência no futuro. É o que concluiu um estudo dinamarquês cujos resultados foram publicados no periódico científico BMJ na semana passada.
Os pesquisadores identificaram que 14,3% de todos os casos de demência registrados na Dinamarca em 2017 podem ser atribuídos a exposições a ruídos de tráfego. O ruído urbano tem sido motivo de preocupação de autoridades sanitárias em todo o mundo.
A poluição sonora das grandes cidade é relacionada a uma piora geral da qualidade de vida, interferindo no sono, na queda da performance nos estudos ou trabalho, além de maior risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e psiquiátricas.
Na Europa, um em cada cinco residentes está regularmente exposto a níveis de som (acima de 55 decibéis) durante a noite que podem prejudicar significativamente a saúde, segundo a representação da OMS (Organização Mundial da Saúde) no continente.
O estudo dinamarquês investigou a associação entre a exposição residencial a ruídos de tráfego rodoviário e ferroviário e o risco de demência em 2 milhões de adultos com mais de 60 anos entre 2004 e 2017.
Eles estabeleceram parâmetros comparativos em endereços cujas fachadas eram mais ou menos expostas aos ruídos de tráfego.
Após filtrar outros fatores de risco inerentes a cada grupo e bairro, os pesquisadores descobriram que uma exposição média de 10 anos a esse tipo de ruído é suficiente para o desenvolvimento de demência.
A exposição ao barulho gerado por automóveis, por exemplo, aumentou em 27% o risco de desenvolver doença de Alzheimer.
Os autores do artigo sugerem como possíveis explicações para a demência em indivíduos submetidos a uma exposição prolongada a ruídos urbanos a liberação de hormônios do estresse e distúrbios do sono, que podem causar um tipo de doença arterial coronariana, alterações no sistema imunológico e inflamações, condições vistas como eventos desencadeadores de fases iniciais de demência e doença de Alzheimer.
Por ser um estudo observacional, os pesquisadores salientam que não foi possível estabelecer a causa da demência nos indivíduos, uma vez que não foram levados em conta hábitos de vida e fatores como isolamento acústico das residências.
"Se esses achados forem confirmados em estudos futuros, eles podem ter um grande efeito na estimativa da carga de doenças e custos de saúde atribuídos ao ruído de transporte. Expandir nosso conhecimento sobre os efeitos nocivos do ruído na saúde é essencial para definir prioridades e implementar políticas e estratégias de saúde pública eficazes com foco na prevenção e controle de doenças, incluindo a demência", sublinham os pesquisadores.
Por fim, o grupo endossa um alerta da OMS, ao dizer que "a poluição sonora não é apenas um incômodo ambiental, mas também uma ameaça à saúde pública".