Um usuário do Twitter teve grande repercussão em uma postagem após afirmar que dormir sete horas por noite (em detrimento de oito horas), durante dez dias, teria um efeito tão disfuncional no cérebro quanto o de alguém que passa 24 horas sem dormir. Segundo o autor, o efeito se daria pelo acúmulo da privação de uma hora de sono.

dormir

Para tal, o homem se baseou em citações do livro Por Que Nós Dormimos, de Matthew Walker.

O buraco é ainda mais fundo: mesmo dormindo horas a mais no final de semana, o seu cérebro não volta para o desempenho normal de quem dorme 8h por dia Fonte: livro “Por Que Nós Dormimos”, do Matthew Walker. Estou curtindo!

Afinal, dormir sete horas por noite teria, então, o efeito prejudicial ao cérebro? A resposta é: depende.

De acordo com Monica Andersen, biomédica e diretora de ensino e pesquisa do Instituto do Sono, cada pessoa tem uma quantidade ideal de horas de sono, e a maior parte da população dorme de sete a oito horas. No entanto, a biomédica explica que existem tipos de "dormidores", sendo eles:

  • pequenos dormidores: aqueles que dormem menos de seis horas por noite;
  • dormidores intermediários: aqueles que dormem de sete a oito horas por noite;
  • grandes dormidores: aqueles que dormem mais de nove horas por noite.

Danilo Sguillar, médico otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que pessoas que têm a necessidade de oito horas de sono já podem ser prejudicadas caso durmam uma hora a menos.

"Basta uma hora de sono a menos do que a pessoa necessita para que possa ser considerada uma privação de sono", explica o médico da BP.

Assim, a recomendação de oito horas de sono não é uma verdade, podendo variar de acordo com cada metabolismo.

Sguillar alega que os prejuízos da privação podem vir a curto prazo e a pessoa mostra alterações de memória, de humor e maior irritabilidade. A médio prazo, ela pode apresentar dificuldade na tomada de decisões e de concentração.

Já a longo prazo, os indivíduos que sofrem da privação de sono podem vir a apresentar alterações cardiovasculares e no sistema nervoso simpático, que é o "sistema de alerta" do corpo, e surgirem arritmias; alterações metabólicas, com mudanças no peso; e maiores riscos de acidente automobilístico.

Monica afirma que a privação de sono aumenta também os riscos de desenvolver diabetes, apresentar maior sensibilidade à dor, disfunções sexuais e elevação dos níveis de ansiedade.

"A privação de sono crônica agrava ainda mais os riscos de o indivíduo não ter condições de saúde plena", ressalta a especialista do Instituto do Sono.

Os médicos dizem que não existe uma adaptação das pessoas às necessidades de sono, mas que a população leva sua rotina em situação de débito, estando suscetível a todas as possibilidades de risco associadas à privação.

Sguillar argumenta que as necessidades de sono são definidas geneticamente.

"Quando estamos despreocupados, sem questões na cabeça, quando não temos atividades, nas férias ou no fim de semana, e estamos descansados, fazemos as nossas horas de sono. É dessa maneira que descobrimos de quantas horas de sono necessitamos para nos satisfazer e estarmos descansados."

O otorrinolaringologista completa dizendo que, além da necessidade de horas de sono, existe o cronotipo, que é a determinação genética do horário em que se costuma dormir.

"Existem pessoas que tendem a dormir mais cedo, chamadas de matutinas, e consequentemente acordam mais cedo; e pessoas que tendem a ir para a cama mais tarde, chamadas de vespertinas, com tendência a acordar mais tarde também. O padrão intermediário engloba pessoas que costumam dormir por volta das 23h e levantar às 7h. O ideal é sempre respeitar o tempo de sono necessário e o padrão de horário para se deitar", finaliza Sguillar.

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Foto: Freepik

Comemorado no dia 19 de maio, o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, foi criado pela Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE) para conscientizar a população sobre os diferentes tipos de dores de cabeça. E entre os tipos mais comuns do problema está a Migrânea, conhecida popularmente como Enxaqueca, que afeta cerca de 15% da população brasileira, principalmente aqueles entre os 20 aos 45 anos, e é caracterizada por uma dor intensa e pulsátil em um ou nos dois lados da cabeça que pode durar até 72 horas, aparecer mais de 15 dias por mês e ser acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz ou ao som. Felizmente, a enxaqueca, por ser um problema tão recorrente na população, é alvo de constantes pesquisas para descobrir novas maneiras de prevenir e tratar a condição de forma a devolver bem-estar e qualidade de vida para os pacientes afetados. Cirurgias e injeções de gordura, por exemplo, são algumas das estratégias mais recentes que vêm ganhando destaque no controle e combate dessa condição. Abaixo, entenda melhor como esses mecanismos inovadores agem no tratamento do problema:

Exame de genotipagem – Como ainda não há uma medicação específica para a doença e o tratamento é feito com medicamentos anti-hipertensivos, antidepressivos e antipsicóticos, além da toxina botulínica, o exame genético é uma excelente maneira de descobrir e, assim, prevenir alguns gatilhos da enxaqueca. Existem alimentos e bebidas, ou ingredientes contidos nesses produtos, que podem desencadear as crises de enxaqueca. Mas existem também alguns alimentos que desempenham uma função protetora, ajudando a prevenir essas crises dependendo da sensibilidade genética. Os recentes avanços biotecnológicos melhoraram a identificação de alguns biomarcadores genéticos responsáveis pela sensibilidade individual à dor de cabeça e enxaqueca. Então, é possível estimar o risco, adotar medidas preventivas e, quando for o caso, atenuar os sintomas e otimizar o tratamento. De acordo com a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), alguns dos fortes sintomas da enxaqueca também podem ser amenizados com uma alimentação equilibrada, principalmente com a inclusão de castanha-do-pará, atum, canela, vegetais verde escuros e grão de bico. “Alimentos ricos em selênio e magnésio são importantes para diminuir o estresse, enquanto anti-histamínicos (presentes na canela e gengibre) inibem a produção de prostaglandina, responsável pela sensação de dor”, afirma a médica. “Evitar fast-foods, frituras e alimentos gordurosos, que têm perfil mais inflamatório e liberam prostaglandina, também é fundamental, assim como diminuir o consumo de cafeinados, substâncias que alteram a circulação sanguínea e de bebidas alcoólicas, ligadas à vasodilatação”, explica a médica.

Cirurgia da enxaqueca – Um estudo da edição de agosto de 2020 do Journal of the American Society of Plastic Surgeons, maior revista científica de Cirurgia Plástica do mundo, afirma que as crises de enxaqueca podem ter um fim de forma segura por meio da cirurgia. O artigo “A Comprehensive Review of Surgical Treatment of Migraine Surgery Safety and Efficacy”, feito em conjunto com o Comitê de Segurança do Paciente da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica, avaliou o procedimento como seguro e eficaz. “Além disso, o artigo reforça a importância do tratamento a ser incorporado pelos cirurgiões plásticos e pelas sociedades de neurologia, como um tratamento padrão para a enxaqueca”, diz o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca. O médico é um dos poucos no Brasil a realizar o procedimento. “A Cirurgia de Enxaqueca é hoje realizada por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo e em mais de uma dezena das principais universidades americanas, como Harvard. Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma o médico.

A cirurgia para enxaqueca, disponível recentemente no Brasil e embasada cientificamente por uma série de estudos, promete ser um divisor de águas para quem sofre com o problema. O artigo foi uma revisão abrangente da literatura relevante publicada sobre o tema. Segundo o estudo, a experiência clínica recente com cirurgia de enxaqueca demonstrou a segurança e a eficácia da descompressão operatória dos nervos periféricos na face, cabeça e pescoço para aliviar os sintomas da enxaqueca. A cirurgia é pouco invasiva e tem o objetivo de descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. “Os ramos periféricos destes nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias. Isto gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, diz o médico. Lipoenxertia – Vários benefícios dos tratamentos com enxerto de gordura já foram publicados, sendo que muitos deles estão relacionados com o controle da dor. Por exemplo, um estudo, de março de 2019 (Therapeutic Role of Fat Injection in the Treatment of Recalcitrant Migraine Headaches), publicado no Plastic and Reconstructive Surgery Journal, concluiu que os sintomas da enxaqueca foram reduzidos com sucesso na maioria dos casos com injeção de gordura. O tratamento foi realizado em pacientes que persistiam com alguma dor após a cirurgia de descompressão de nervos. “Diferentes moléculas secretadas por células-tronco do tecido adiposo expressam um efeito anti-inflamatório, melhorando a regeneração dos nervos e, consequentemente, levando ao sucesso do resultado clínico. A dor foi melhorada em 7 de 9 pacientes nos 3 meses seguintes, segundo estudos”, diz o Dr. Paolo Rubez. O cirurgião destaca que a lipoenxertia, que é minimamente invasiva, tem se mostrado um procedimento seguro, tolerável e eficaz na redução ou eliminação completa da neuropatia persistente. “Esta técnica demonstrou melhora significativa dos sintomas da enxaqueca, permitindo uma melhora importante da qualidade de vida dos pacientes com menos efeitos colaterais de medicamentos”, explica o médico.

Por fim, o Dr. Paolo Rubez enfatiza que as cirurgias são realizadas em ambiente hospitalar e sob anestesia geral ou, em alguns casos, anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas e o paciente tem alta no mesmo dia para casa”, finaliza.

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Nos dias de hoje, algumas pessoas deixam a desejar quando se trata de buscar um profissional especializado para planejar uma boa alimentação e também exercícios físicos. Sabendo disso aproximadamente 35% da popuação brasileira sofre com a chamada hipertensão arterial, popularmente conhecida como “pressão alta” que é uma doença silenciosa e nem todos sabem que estão com isso podendo ocasionar alguns riscos cardiovasculares como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, entre outros. Das pessoas que têm ciência da doença, cerca de 50% fazem uso de medicamentos e apenas 45% conseguem manter a pressão sob controle.

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A hipertensão arterial caracteriza-se como uma doença que tem como os níveis elevados a pressão no sangue nas artérias e é crônica e degenerativa. No quadro abaixo existe algumas recomendações de como a pessoa pode se cuidar. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a pessoa hipertensa tem sua pressão sistólica (contração do coração) maior que 140 milímetros de mercúrio(mmHG) e/ou diastólica (relaxamento entre os batimentos cardíacos) igual ou superior a 90 mmHg.

Enquanto os homens podem sofrer com a pressão alta até os 50 anos, quando ultrapassa essa idade a preocupação maior fica entre as mulheres, tendo em vista um número muito grande e é a doença que mais mata elas no mundo, um dos fatores que pode fazer accontecer é a menopausa causadora da queda do hormônio feminino ocasionando muitas percas de proteção nas artérias contra o envelhecimento, enrijecimento e obstrução das placas de gordura. Veja o vídeo abaixo da especialista Drª Juliana Gil falando principalmente no caso de hipertensão arterial causada nas mulheres.

É aconselhavel por especialistas durante a vida adulta fazer aferições da pressão arterial periodicamente tanto em casa quanto na farmácia. Caso sinta palpitações, dores de cabeça, inchaço nas pernas ou sensação estranha no peito, a melhor opção é ir ao hospital e contar com ajuda de um médico.

Antes de acontecer o pior, a pessoa tem que ter o costume na sua vida cotidiana colocar no seu cronograma maneiras saudáveis tais como alimentação, práticas de esportes, consumir bebidas alcoólicas moderadamente, não fumar e ter um peso compatível com seu ideal.

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