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No último fim de semana, o fisiculturista alemão Jo Lindner, 30 anos, morreu em decorrência de um aneurisma. De acordo com uma publicação feita por sua namorada, Nicha, Lindner passou a sentir dores no pescoço, a única reclamação feita pelo atleta.

Em sua última postagem na rede social, Lindner disse ter feito reposição hormonal por TRT (terapia de reposição de testosterona) para recuperar os ganhos de massa, depois de ter parado as atividades durante um ano. Iuri Neville, neurocirurgião da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a prática de fisiculturismo não teria ligações diretas com a formação de aneurismas cerebrais — pelo contrário. A prática de atividades físicas, associada a hábitos saudáveis, estaria relacionada à redução de risco de uma pessoa desenvolver o problema.

No entanto, alguns medicamentos podem aumentar o risco de aneurisma, como a utilização crônica de corticoides e o uso de inibidores da fosfodiesterase 5 (sildenafil, tadalafila e vardenafila) para disfunção erétil.

Feres Chaddad, professor e chefe da disciplina de neurocirurgia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), afirma que o apenas existem evidências do aumento de risco de formação e de ruptura de aneurismas quanto ao uso de terapias hormonais após a menopausa.

"Isto porque, durante a menopausa, há uma queda nos níveis de estrogênio, e este hormônio tem um fator protetor sobre a parede das artérias, mantendo sua integridade e elasticidade. Assim, a queda dos níveis de estrogênio pode levar à fraqueza da parede da artérias, o que aumenta tais riscos. Entretanto, atualmente, não há evidência científica robusta que relacione terapia de reposição hormonal ao desenvolvimento de aneurismas", comenta Chaddad sobre o caso do fisiculturista. Quanto às dores no pescoço, o professor da Unifesp argumenta que elas podem se relacionar às artérias que passam na região, sendo direcionadas ao cérebro, que pode sofrer danos, gerando pseudoaneurismas (cavidades cheias de sangue que se formam fora da parede do vaso sanguíneo). Outra ocasião que provocaria dor no pescoço seria quando os aneurismas se rompem, levando a hemorragias dentro do crânio e irritando as membranas que envolvem o cérebro.

O que explicaria um aneurisma em pessoas jovens

Neville esclarece que o aneurisma cerebral pode se desenvolver em qualquer pessoa, de qualquer idade e gênero, tendo a incidência aumentada com o passar dos anos.

Porém, José Maria de Campos Filho, neurocirurgião da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alega que a ruptura de aneurismas em pessoas jovens não é comum e, muitas vezes, está associada a histórico familiar, hipertensão arterial descontrolada ou doenças genéticas que podem trazer fraqueza à formação dos vasos sanguíneos, como a doença dos rins policísticos.

Fatores de risco, como o tabagismo e o sedentarismo, também podem aumentar a predisposição ao quadro. O que são aneurismas

De acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, os aneurismas cerebrais são dilatações anormais das artérias causadas pelo enfraquecimento da parede dos vasos sanguíneos.

Os aneurismas não costumam apresentar sintomas e, quando se rompem, causam hemorragias cerebrais. A partir do seu rompimento, o paciente pode sentir dor de cabeça forte e intensa que aparece de repente e pode estar relacionada a vômito, sonolência e, em casos mais severos, ao coma.

Chaddad ressalta que nem todos os aneurismas se rompem, podendo, também, permanecer estáveis. Em outros casos, os aneurismas grandes podem comprimir partes do cérebro, causando dores de cabeça e afetando funções neurológicas das áreas comprometidas. Além disso, podem ter em seu interior trombos que, se se desprenderem, são capazes de levar à obstrução de artérias.

O tratamento de aneurismas exige o auxílio de um neurocirurgião e pode ser realizado por meio de cirurgias abertas ou cirurgias endovenosas minimamente invasivas. O método pode variar de acordo com as condições do paciente e das características do aneurisma. A prevenção do aneurisma é feita com o controle de fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial, glicemia e colesterol altos, entre outros. Pessoas com histórico familiar ou que apresentem fatores de risco para o desenvolvimento da condição devem fazer acompanhamento médico para investigar se não têm aneurismas.

R7

Nos últimos dias, uma sequência de imagens viralizou na internet ao mostrar uma pessoa que "fechou" uma ferida no dedo com uma cola do tipo Super Bonder. O caso chamou atenção e dividiu opiniões sobre a utilização do material — se era devida ou se apresentava riscos.

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A dermatologista e pesquisadora Maria Victoria Suárez, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que existem colas de uso médico que têm a mesma base de supercolas, como a Super Bonder (cianoacrilato). Nos últimos dias, uma sequência de imagens viralizou na internet ao mostrar uma pessoa que "fechou" uma ferida no dedo com uma cola do tipo Super Bonder. O caso chamou atenção e dividiu opiniões sobre a utilização do material — se era devida ou se apresentava riscos.

A dermatologista e pesquisadora Maria Victoria Suárez, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que existem colas de uso médico que têm a mesma base de supercolas, como a Super Bonder (cianoacrilato). No entanto, tais colas de uso medicinal possuem também outros componentes que permitem que a substância se torne mais maleável, não se quebre e permaneça na ferida pelo tempo necessário para que ela se feche.

Além disso, as colas de uso médico são estéreis, diferentemente das supercolas encontradas em mercados e utilizadas para consertar objetos. Assim, há o perigo da entrada de partículas contaminadas, que podem ocasionar problemas na ferida do paciente.

Maria Victoria ressalta que o uso de colas para tais ocasiões deve ser exclusivo de médicos. Isso porque os especialistas precisam avaliar a necessidade da utilização do recurso. Segundo um dos sistemas de instalações médicas dos Estados Unidos, o Mayo Clinic Health System, o uso de colas para fechar feridas apresenta entre seus benefícios o fato de não ser doloroso, a rapidez, a não utilização de agulhas e, consequentemente, a falta de necessidade de sedação — o que pode acontecer em procedimentos com crianças, dada a agitação e o medo de procedimentos para suturas.

A instituição recomenda o uso de cola para fechar feridas pequenas e em locais que não tenham muita circulação sanguínea.

R7

Reprodução Twitter/@pessoas1000qi; Montagem/R7

A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, incluindo bactérias, vírus, fungos ou outros microorganismos.

A doença meningocócica, por sua vez, é um tipo específico de meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis, também conhecida como meningococo. Ela é transmitida pelo contato próximo, principalmente por meio de secreções respiratórias.

Essa bactéria é altamente contagiosa e pode levar a casos graves de meningite, assim como a outras manifestações clínicas, como sepse meningocócica e meningococcemia.

Sintomas

Pacientes com doença meningocócica podem apresentar alguns sintomas como:

A doença meningocócica pode apresentar uma variedade de sintomas, que podem se manifestar rapidamente e progredir de forma rápida. Os principais sintomas incluem: • Febre alta;

  • dor de cabeça intensa;
  • rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar o pescoço para frente);
  • fotofobia (sensibilidade à luz);
  • náuseas e vômitos;
  • manchas vermelhas ou roxas na pele (petéquias ou equimoses);
  • confusão mental ou dificuldade de concentração;
  • sonolência excessiva ou dificuldade para acordar;
  • convulsões;
  • irritabilidade, especialmente em bebês e crianças pequenas.

É importante ressaltar que nem todos os sintomas estão presentes em todos os casos e que a doença meningocócica pode progredir rapidamente, levando a complicações graves. Diagnóstico

Na avaliação médica, a presença de sintomas característicos, como febre alta, rigidez de nuca e manchas na pele, pode levantar suspeita de doença meningocócica.

São solicitados exames laboratoriais e de imagem para verificar se há sinais de inflamação nas meninges ou no cérebro.

Também é coletado sangue e líquido cefalorraquidiano para investigar a presença da bactéria Neisseria meningitidis e realizar testes de sensibilidade aos antibióticos. Tratamento

O paciente diagnosticado com doença meningocócica deve ficar em isolamento hospitalar, o tratamento é feito com antibióticos para combater a infecção pela Neisseria meningitidis.

Outros cuidados ainda envolvem a administração de líquidos intravenosos para manter a hidratação e remédios para controlar dor, febre e reduzir a pressão intracraniana, se necessário.

Alguns pacientes que correm mais risco de sepse ou choque séptico podem ser levados à UTI para monitoramento dos níveis de oxigênio e funções de órgãos como os rins, por exemplo. Prevenção

Para os principais agentes infecciosos causadores da meningite, existem vacinas disponíveis no SUS e na rede privada.

As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:

  • Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
  • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
  • Meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.
  • Meningocócica ACWY (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A,C,W e Y.

R7

As vitaminas são fundamentais na constituição, elaboração e resposta das células que formam o organismo. No entanto, as necessidades variam conforme a faixa etária. Isso porque as deficiências nutricionais podem surgir com dietas muito restritivas, alimentação deficiente, alterações no processo digestivo, má absorção intestinal, entre outras questões, como o próprio local de moradia e a pobreza do solo onde os alimentos foram plantados. Algumas idades têm necessidades nutricionais peculiares, podendo ser imprescindível uma suplementação para garantir o aporte adequado de vitaminas e minerais. "Se uma pessoa apresenta deficiência de vitaminas ou minerais específicos, a suplementação pode ser necessária para corrigir o problema", afirma a endocrinologista Isis Toledo, da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Isis explica que, de acordo com recomendações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), recém-nascidos prematuros precisam de suplementação de vitamina D e de ferro, que pode variar conforme o peso. Prematuros com peso abaixo de 1 kg devem suplementar o ferro com 4 mg/kg diariamente durante um ano. Já prematuros de 1 kg a 1,5 kg precisam suplementar ferro com 3 mg/kg diários no primeiro ano e, no segundo ano, 1 mg/kg.

vitaminas

Já os bebês não prematuros mas com baixo peso (até 1,5 kg) precisam de suplementação de ferro diária de 2 mg/kg no primeiro ano e, no segundo ano, 1 mg/kg. Para aqueles que nasceram com peso adequado e não são prematuros, a SBP recomenda que a suplementação de ferro seja feita a partir do sexto mês de vida, quando ocorre a introdução alimentar, com 1 mg/kg diário até que a criança complete seu segundo aniversário

Quanto à vitamina D, a endocrinologista explica que as recomendações da SBP são de que a suplementação preventiva seja feita com 400 UI/dia a partir da primeira semana de vida até os 12 meses e com 600 UI/dia dos 12 aos 24 meses, inclusive para as crianças em aleitamento materno exclusivo

Entre os adolescentes, Isis afirma que, muitas vezes, é necessário suplementar o cálcio. Segundo os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares — Análise do Consumo Alimentar do IBGE, de 2013, 97% das crianças e adolescentes de 10 a 18 anos registraram ingestão de cálcio abaixo do valor mínimo recomendável (1.100 mg/dia). Assim, a endocrinologista explica que, se a ingestão de cálcio não for aumentada, é necessário fazer a suplementação do nutriente.

Para os adultos, são indicadas as suplementações com creatina e whey protein. A creatina é recomendada para aumentar a performance nos exercícios e a força, enquanto o whey protein é aconselhado para a formação muscular.

De acordo com a nutricionista Natalia Barros, a suplementação durante a gravidez busca garantir o bem-estar da mãe e do bebê, visto que há um aumento das necessidades nutricionais. Entre os nutrientes que precisam de suplementação nessa fase está o folato — forma natural da vitamina B9 —, que tem papel fundamental no início da formação do sistema nervoso do bebê. Embora a substância seja encontrada em alimentos como feijão, lentilha, espinafre, brócolis e laranja, muitas vezes é difícil obter as quantidades necessárias apenas por meio da alimentação. Por isso, é importante que a vitamina seja suplementada desde o início da gestação.

Natalia afirma que a suplementação de ferro durante a gestação também é importante, por causa do aumento do volume sanguíneo e pelas demandas do feto em crescimento. Ele é necessário para a produção de glóbulos vermelhos e para o transporte adequado de oxigênio pelo corpo. Além da suplementação, é importante que as futuras mamães se lembrem de ingerir alimentos ricos em ferro, como carne vermelha, aves, peixes, leguminosas, folhas verde-escuras. A vitamina C também ajuda na absorção de ferro, portanto é recomendado consumir alimentos ricos nessa vitamina, como frutas cítricas, morangos e pimentões

s vitaminas do complexo B devem ser suplementadas nessa fase também. Isso porque elas desempenham papel importante no metabolismo energético, na formação de glóbulos vermelhos, na manutenção do sistema nervoso. As fontes alimentares de vitaminas do complexo B incluem carnes, peixes, aves, laticínios, ovos, grãos integrais, leguminosas, folhas verde-escuras e nozes e, caso necessário, a suplementação deve ser feita apenas sob orientação médica

A nutricionista lembra a importância da suplementação de cálcio durante a gravidez. Além de suprir as necessidades do nutriente para a formação dos ossos do bebê, é importante que as gestantes se atentem às necessidades pessoais, visto que o cálcio ajuda a prevenir a perda óssea materna, que pode ocorrer devido às demandas do feto. Também pode auxiliar no controle da pressão arterial, prevenindo a pré-eclâmpsia, uma complicação grave da gravidez. Em conjunto, é importante que haja a suplementação de vitamina D, que auxilia na absorção do cálcio pelos ossos.

Outro nutriente importante para ser suplementado na gravidez é o DHA (ácido docosa-hexaenoico). O DHA é um ácido graxo ômega-3, sendo um componente estrutural essencial para o cérebro, os olhos e o sistema nervoso central no desenvolvimento do bebê. O DHA tem propriedades anti-inflamatórias e cardioprotetoras, protegendo a saúde cardiovascular materna, reduzindo o risco de pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e outras complicações relacionadas ao coração

Isis afirma que as necessidades vitamínicas são alteradas por causa de fatores como redução do apetite, digestão mais lenta, dificuldade de engolir e problemas dentários, o que impacta a ingestão de nutrientes por alimentos — podendo faltar proteínas, carboidratos, vitaminas, minerais e até calorias. Isso pode resultar na perda de peso e de massa muscular.

Além das faixas etárias, alguns grupos podem necessitar de suplementação vitamínica. Entre eles, estão os pacientes que realizaram cirurgia bariátrica nas técnicas bypass gástrico, gastrectomia vertical (sleeve) e derivações biliopancreáticas. As cirurgias que envolvem desvio intestinal comprometem a absorção de cálcio dos alimentos e também a mistura de sais biliares com a gordura, prejudicando a absorção de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina D. Assim, muitas vezes esse grupo precisa repor os seguintes nutrientes: zinco, cálcio, ácido fólico, vitamina D, biotina, ferro, cobre, selênio e vitamina K.

A recomendação de suplementação vitamínica entre idosos se dá quando o consumo de nutrientes é inferior a 70% das recomendações diárias por alimentos. Entre as vitaminas que mais costumam ter ingestão baixa nessa faixa etária estão a vitamina A, a vitamina B6, o zinco e o cálcio, além da deficiência de proteínas e calorias devido a dietas mais restritivas — podendo haver a necessidade de tais suplementações.

As especialistas reforçam que não existe nenhum suplemento que seja necessário para todas as pessoas em algum momento da vida e que as vitaminas devem ser consumidas com orientação médica, de modo a evitar a intoxicação. Por fim, elas lembram que a suplementação não é indicada quando as quantidades vitamínicas são supridas na alimentação.

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Foto: Freepik