A Polícia Civil do Piauí deflagrou na manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Beldevere, onde cumpriu dois mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão na cidade de Picos, a 310 quilômetros de Teresina. A operação contou com o apoio, também, da Polícia Militar.
Nela foi presa uma quadrilha identificada como R. P. D. S. / I. J. D. N. e I. J. D. S, acusados de quatro homicídios apenas em 2012, tráfico de drogas, além de receptação e roubos na região.
Segundo o delegado titular do 1º DP de Picos, Adolpho Henrique Soares, a característica principal daquadrilha eram os roubos a hospitais e clínicas. Nas buscas foram apreendidas munições e produtos utilizados no preparo de entorpecentes para comercialização e muitos produtos de roubo.
"Vítimas já reconheceram os acusados, produtos de roubo já foram inclusive restituídos às vítimas. Foram apreendidos televisores de última geração e objetos de valor com os acusados", explica Aldopho Cardoso.
O Delegado frisa que as atividades criminosas dos três envolvidos estavam, também, enraizadas no tráfico de drogas e os homicídios praticados aterrorizavam a população de Picos. Participaram da Operação Belvedere dez agentes de polícia civil lotados naquela unidade policial. A Polícia Militar também foi acionada para dar suporte à operação.
O funcionário aposentado do Banco do Nordeste do Brasil, identificado como José Antonio de Sousa, invadiu por volta das 18:30h da noite dessa terça-feira, 28, a unidade escolar Gurilândia na cidade de Parnaíba, que é localizada em frente a residência do acusado.
Após entrar na escola, ele teria agredido fisicamente com um tapa, a educadora Neusa Maria Oliveira, que na ocasião orava um terço com a presença de familiares e amigos pelo 4º dia de falecimento de Vanda Maria de Oliveira Escócio, que era a proprietária daquela unidade educacional.
A polícia foi acionada e o agressor mobilizado pelo segurança do estabelecimento. Os policiais civis Marcio e George que fazem o plantão da central de flagrantes chegaram ao local minutos depois e deram a ordem de prisão ao invasor.
O local da ocorrência fica a 200m daquela distrital. A delegada plantonista Valéria Cristina está apurando o caso, enquanto isso, o acusado ficará preso.
Keila Moreno e Fabiano Neves, conhecidos como o Casal Styllos, devem ficar em presídios aguardando os trâmites da justiça. Os dois foram presos na última quarta-feira (22) na cidade de Goiânia e chegaram a Teresina na sexta-feira (24).
O casal esteve até o momento na Delegacia do Silêncio. Keila Moreno deve ficar na Penitenciária Feminina e Fabiano Neves no Presídio Irmão Guido. Exames de corpo e delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística foram realizados.
Eles são acusados de aplicar golpes em quase mil estudantes. Somente em Teresina, o casal que gerenciava a empresa Styllos Eventos, deu um golpe avaliado em mais de R$ 2 milhões. O casal que fugiu em setembro de 2011, alegou que não conseguiu manter mais a empresa e que por isso resolveu fugir.
A polícia investigou e descobriu que o casal chegava a gastar mais de R$ 5 mil por noite, em farras, baladas, além de viagens. Em depoimento, o casal deixou claro que não tem condição financeira de repor o prejuízo aos clientes, já que quando foram encontrados, Keila trabalhava vendendo planos funerários e vivia com um salário mínimo e Fabiano estava desempregado.
Um jovem motociclista foi ao Ministério Público Florianense nessa manhã de terça-feira para uma denúncia contra uma ação policial militar que teria ocorrido nas proximidades da ponte sobre o rio Parnaíba nessa segunda-feira. Segundo o denunciante homens da Polícia Militar lotados no 3º BPM teriam lhe abordado por volta do meio dia e lhe dirigido vários xingamentos, agressão física e lhe algemado sem motivos.
“Estava voltando do meu trabalho por volta das 12:00h quando fui abordado por uma blitz, mandaram parar e parei em seguida a minha moto, eles apontaram armas para mim, fizeram diversos xingamentos, depois de terem apreendido a moto eles usaram de abusos e falaram palavras de baixo calão, me agrediram, algemaram e me levaram para a Delegacia como se eu fosse um bandido, coisa que não sou”, disse o Railton Almeida (foto) acrescentando que se o intuito da Polícia Militar é proteger dando segurança, os procedimentos estão errados.
O jovem afirma que a PM está aterrorizando as pessoas e certamente inúmeras já se tornaram vítimas desse tipo de situação e não tem a capacidade de denunciar este tipo de ocorrido. Frisou ainda que passou por um constrangimento, pois se trata de uma pessoa que não tem passagem.
O tenente coronel Lisandro Honório, comandante do 3ºBPM , teria afirmado que o Railton teria ameaçado os policiais, situação que e negado pelo motociclista. “Eu não ameacei até mesmo porque tinha várias armas apontadas para mim, mas falei, 'a única coisa que me faz respeitar o senhor nesse momento é a farda que o senhor está vestido, porque se o senhor não tivesse com essa farda o senhor não seria homem para fazer o que está fazendo'”, falei essas palavras e acredito que isso tenha incitado ele, disse o Railton Almeida afirmando que não lhe faltou com respeito.
O tenente coronel PM Lisandro Honório disse que o rapaz deveria falar a verdade sobre o que ele fez na barreira e não ficar inventando histórias e acrescentou, “Ele tem o direito de falar o que quiser, a defesa dele ele a sua maneira e muitas pessoas presenciaram o que ele fez. Ele refugou a barreira que estava sendo feita na divisa do Estado nos Pontões. Nosso objetivo não era multar ninguém e nem apreender se a pessoa tivesse sem a documentação, o nosso propósito era drogas, carros roubados, armas e pessoas foragidas da justiça e acão foi feita em todo o estado ontem. Quando ele foi abordado houve a constatação que ele estava sem a habilitação e ele afirmando que luta artes marciais, ameaçou o policial por ser grandão e disse que iria quebrar o PM de pau, iria quebrar os braços do PM. Não estou preocupado com essa denúncia, certamente os fatos serão apurados e muitas pessoas presenciaram o seu comportamento lá no local, ele ameaçando todo mundo como se fosse soberano e dono da razão. Ele não foi agredido, pelo contrário, ele agrediu a guarnição em pleno meio dia e foi o único a criar problemas, pois muitas pessoas foram abordadas e todas as pessoas compreenderam o nosso trabalho”.
O promotor Edimar Piauílino, representante do Ministério Público, já está investigando o caso e afirmou que assim que teve conhecimento da denúncia entrou em contato com o delegado e orientou que o mesmo tomasse todas as providências, inclusive, fazendo os exames de corpo de delito, fotografando os hematomas e escoriações eventuais que fossem constatadas no corpo da suposta vítima.
O promotor afirmou ainda que recebeu denúncia anônima confirmando que um policial de forma exaltada estava dando socos na vítima. “houve excesso, houve abuso de autoridade e nós vamos investigar essa situação e a Polícia Militar tem todo apoio do MP nas suas operações, mas desde que não haja abuso, truculência” disse o promotor Edfimar Piauilino.