Lucas Moura acompanhou de longe a eliminação do Paris Saint-Germain da Liga dos Campeões. Sem ter sido escalado por um minuto sequer na competição pelo time francês, o brasileiro tenta nesta quarta-feira chegar às quartas de final da competição com a camisa do Tottenham, que encara a Juventus em Londres. Pouco mais de um mês após deixar o PSG, o meia ainda não compreende a falta de oportunidades nesta temporada em Paris.
- Eu não entendi. Até hoje eu não entendo. (...) Eu tive minha melhor temporada no ano anterior, fui o segundo maior artilheiro, muitas assistências, o jogador mais utilizado, e de repente, a temporada começou sem que eu jogasse. Eu estava em casa. Ia treinar e nos jogos eu estava em casa. Eu não estava nem no grupo. Infelizmente, estas são coisas que acontecem no futebol - lamentou o jogador ao canal "France TV".
Lucas afirma que buscou um "novo desafio" em Londres para ter chance de mostrar que tem condições de ser convocado para a Seleção e disputar a Copa do Mundo na Rússia.
- Eu tive que embarcar em um novo desafio. A Copa do Mundo estava se aproximando e eu quero tentar mostrar minha capacidade para fazer parte da Seleção na Copa. Para isso, eu tenho que jogar. E em Paris, vi que não seria possível - resumiu.
No Tottenham, o brasileiro disputou cinco partidas, com um gol, mas ainda busca seu espaço no time titular.
“Espero que o Tite tenha visto a exibição. Mas estou tranquilo, fazendo o meu trabalho no Porto e o resto é consequência. Mas espero que tenha visto.”
A declaração confiante do zagueiro Felipe à emissora de televisão portuguesa RTP1 após o empate com o Liverpool por 0 a 0 não veio à toa. Ao se destacar na partida desta terça-feira, que não impediu a eliminação dos Dragões nas oitavas de final da Uefa Champions League, o ex-jogador do Corinthians só deu mais um argumento para quem defende sua convocação à seleção brasileira.
Aliás, por falar em seleção, o atleta de 28 anos tem apresentado números superiores a Miranda, da Inter de Milão, e Thiago Silva e Marquinhos, ambos do Paris Saint-Germain, que são nomes tidos como certos na Copa do Mundo de 2018.
Considerando sete estatísticas relevantes para zagueiros, Felipe ganha por 5 a 2 de Miranda e Marquinhos. Diante de Thiago Silva, a vantagem é ainda maior: 6 a 1. Os números – que são do TruMedia, departamento de estatística exclusivo da ESPN - só dizem respeito a confrontos dos campeonatos nacionais (Francês, Italiano e Português) e da Uefa Champions League.
Vale destacar que Miranda jogou menos vezes, já que a Internazionale não disputa competições europeias nesta temporada. Por isso, para que a comparação pudesse ser mais justa, foi tirada a média por jogo em cada quesito – menos nas duas estatísticas que envolvem aproveitamento.
Seja pelos números ou pelas atuações, Felipe tem motivos, sim, para sonhar em estar na Rússia no meio do ano.
Após 13 anos de sua última partida pelo clube, o goleiro Júlio César pode fazer sua reestreia e talvez a sua despedida do Flamengo e do futebol nesta quarta-feira, às 21h45, contra o Boavista, no estádio Raulino de Oliveira, pela quarta rodada da Taça Rio do Campeonato Carioca.
Com a vaga assegurada na semifinal do Estadual, o Flamengo aproveita para utilizar os jogadores que não vinham sendo aproveitados, além de dar uma oportunidade a um ídolo da torcida. O campeão da Taça Guanabara tem seis pontos, na vice-liderança do Grupo B, mesma pontuação do Vasco, o primeiro colocado.
Enquanto isso, o Boavista, grande surpresa da Taça Guanabara, segue sonhando com a classificação. Atualmente, está com seis pontos no Grupo C, a três do Fluminense, que tem 100% de aproveitamento na Taça Rio.
Apesar da derrota, por 4 a 3, para o Vasco no domingo, o Boavista deve repetir a escalação para encarar o Flamengo.
Como fez um jogo de igual para igual com um dos candidatos ao título, o técnico Eduardo Allax tem optado por manter a base para tentar surpreender novamente. Isso sem contar com três atletas que vêm desfalcando o clube nas últimas rodadas.
"A preparação é focada na recuperação dos atletas que após o jogo contra o Vasco em Cariacica. Já viajamos para Volta Redonda, onde esperamos realizar um grande jogo contra o Flamengo. Os desfalques são Felype Gabriel, Erik Flores e Kadu que ainda estão na transição do DM para o treinamento", afirmou o treinador.
O Flamengo viajou sem Trauco, lesionado, e Vinícius Júnior, expulso na última rodada. Além deles, Réver será poupado e Jonas dará lugar a Cuéllar. No sistema defensivo, Juan formará dupla com Rhodolfo, enquanto Rodinei e Renê jogarão nas laterais. A principal novidade, no entanto, fica por conta do retorno de Júlio Cesar.
"Encontrei um Flamengo completamente diferente, mais estruturado. Perdi a vontade de jogar no Benfica e resolvi retornar, mas por pouco tempo. Quero curtir minha família em Lisboa. Mas está sendo muito prazeroso voltar a esse clube e reencontrar amigos como Juan e Diego", disse o goleiro.
O Paris Saint-Germain foi brioso, mas não conseguiu se impor frente à tradição e a qualidade técnica do Real Madrid, acabou derrotado por 2 a 1 diante de sua torcida, nesta terça-feira, e está fora da Liga dos Campeões. Sem seu principal jogador, Neymar, mas com o Parque dos Príncipes lotado, a equipe de Daniel Alves, Marquinhos e Thiago Silva lutou, mas não teve inspiração para se impor, vazar a dupla de zaga madrilena e reverter a derrota de 3 a 1 sofrida em Madri.
Fora do principal campeonato europeu na fase de oitavas de final, resta à equipe de Unai Emery administrar a vantagem no Campeonato Francês e adiar para a próxima temporada o sonho do título. Já o Real segue firme e como um dos favoritos na busca pela 13.ª conquista.
Desfalcado do astro brasileiro, o PSG e seus torcedores sabiam que estavam diante de uma missão complicada contra atual bicampeão da Liga dos Campeões. Para tentar reverter a desvantagem e buscar o placar de 2 a 0 que lhe daria a classificação, Emery dessa vez não inventou. Escalou o time com Marquinhos e Thiago Silva - que voltou a ser o capitão do time - no miolo da zaga e devolveu o posto de volante a Thiago Motta, deixando o jovem Lo Celso no banco. Na frente, optou sem surpresas por Di María no lugar de Neymar.
Os parisiense confiavam em uma equipe não muito diferente tinha sido capaz de superar o Barcelona, com Messi, Neymar e Suárez, por 4 a 0, na edição 2016/2017 da Liga dos Campeões - antes de levar a virada na capital catalã. Mas a esperança logo se mostrou vã. Sem Modric e Kroos, ainda se recuperando de lesões, Zidane escalou um Real Madrid um pouco mais defensivo, em 4-4-2, optando por um meio de campo marcador, com Casemiro, Kovacic, Lucas Vázquez e Asensio.
PRIMEIRO TEMPO DE PRESSÃO
Com o meio de campo povoado, as duas equipes concentraram o jogo entre as intermediárias, sem conseguirem oportunidades claras de gol nos primeiros 15 minutos. E, mesmo que o PSG precisasse do resultado, a dupla Varane/Sergio Ramos soube anular Cavani e Mbappé. A primeira chance clara acabou sendo do Real, que aos 19 minutos quase marcou com Ramos, que chutou da entrada da pequena área, para grande defesa de Areola. Nesse momento, as duas equipes faziam um jogo parelho, com posse de bola equilibrada, mas quase sem oportunidades de gol.
Aos 38 minutos, Areola voltou a salvar o time de Emery, dessa vez após uma escapada de Benzema pela esquerda do ataque. Três minutos depois, o PSG teve sua primeira chance, com Mbappé, que, preciosista, preferiu chutar sem ângulo para defesa de Navas em lugar de servir Cavani.
Após um primeiro tempo tímido demais e um tanto inofensivo para quem precisava vencer por dois gols de vantagem, o PSG voltou tentando pressionar, mas teve como adversário sua própria torcida, que acendeu sinalizadores e provocou a interrupção do jogo. Logo a seguir, quem voltou a ameaçar com mais perigo foi o Real, em um cruzamento da esquerda que encontrou Cristiano Ronaldo. De cabeça, o craque português mandou à direita do gol de Areola, com perigo.
A jogada acabou sendo o ensaio do castigo que viria aos seis minutos: mais uma vez pela esquerda, Vasquez cruzou após troca de passes e encontrou Ronaldo na pequena área, dessa vez sem perdão: 1 a 0. Foi o terceiro gol do português nos dois confrontos com o clube parisiense.
CONTROLOU
A situação, que já era difícil, tornou-se dramática. Tendo de repetir o placar de Madri e fazer três gols em um único tempo, o PSG não teve organização para reagir e defrontou-se com toda a tradição e a experiência do Real na Liga dos Campeões.
À vontade em campo, o time de Zidane soube controlar o ímpeto dos parisienses, não se incomodou com o apoio ininterrupto da torcida e administrou o resultado. Aos 20 minutos, em uma reclamação infantil na intermediária de ataque, Verratti levou o segundo amarelo e acabou expulso.
O PSG, que não ameaçava com 11, encontrou forças para reagir e buscar o empate aos 26, com um gol de Cavani após confusão na pequena área. Mas, sem volantes em campo após a saída de Thiago Motta para a entrada de Pastore, o time de Emery virou presa fácil. Aos 35, o brasileiro Casemiro mandou para as redes após bate-rebate na área, consolidando a vitória do Real.