A brasileira Rafaela Silva precisou de mais de uma hora para se recompor após sua polêmica desclassificação contra a húngara rafaelasilva3072012Hedvig Karakas, nas oitavas de final da categoria peso-leve (até 57kg) do judô nas Olimpíadas de Londres 2012, nesta segunda-feira. Quando enfim saiu do vestiário para falar com a imprensa internacional, ainda mostrava olhos vermelhos. A valentia e tranquilidade, porém, desmoronaram novamente quando a carioca falou dos amigos e familiares que assistiram às suas lutas no Rio de Janeiro, no Instituto Reação, onde ela foi revelada para o esporte.

 

- Queria agradecer o carinho de todos. Infelizmente, eu não consegui, mas é página virada - disse Rafaela Silva, antes de se retirar novamente aos prantos.

 

A judoca admitiu que cometeu um erro ao tentar o kata-otochi, técnica cuja forma clássica foi banida do esporte em 2010, quando a Federação Internacional de Judô (FIJ) mudou as regras para resgatar o judô tradicional e evitar que a modalidade se assemelhasse à luta livre e greco-romana. Segundo Ney Wilson, coordenador-técnico da Confederação Brasileira de Judô, o golpe foi adaptado para ser aplicado sem as mãos após a alteração no regulamento.

 

 - Senti que ela estava descendo e meti a mão. Se eu meti a mão, o erro é meu. Infelizmente, cometi um erro. Agora é levantar a cabeça e pensar em 2016. Estou muito triste, estava treinando muito, mas essa é minha primeira participação em Olimpíadas e vou usar como experiência - afirmou Rafaela.

 

O desespero de Rafaela Silva era tamanho após sua eliminação, que a jovem de 19 anos, aposta para os Jogos do Rio de Janeiro em 2016, precisou do apoio de todos para sair do vestiário. Ney Wilson deixou de acompanhar a luta de Bruno Mendonça contra o holandês Dex Elmont para ajudar e recebeu a companhia de Geraldo Bernardes, que revelou a atleta carioca.

 

- A dor maior é porque a derrota é exclusivamente dela. Ela está sofrendo muito. Ela sabe que errou - lamentou Ney Wilson.

 

 No Rio de Janeiro, choro e orgulho

Na Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a família de Rafaela acompanhou à campanha inteira no Instituto Reação, projeto social do ex-judoca Flávio Canto que revelou a atleta. Sua irmã, Raquel, também não conteve as lágrimas ao comentar a desclassificação contra a húngara.

 

- Foi um azar. Acho que ela foi afobada, tinha que esperar desequilibrar antes de ter catado a perna. Eu estou triste porque ela não trouxe a medalha, mas só de estar lá é um orgulho para nossa família - afirmou Raquel, em entrevista.

Quando saiu do Brasil rumo a Londres, a pequena Sarah Menezes carregava expectativas desproporcionais para seu tamanho. sarahouro2872012Lutadora mais leve da seleção de judô, a peso-ligeiro, de apenas 1,52m e 48kg, era a grande esperança de primeira final olímpica do Brasil entre mulheres na história da modalidade. A piauiense, porém, foi além: com a vitória neste sábado sobre a romena Alina Dumitru, campeã dos Jogos de Pequim 2008, Sarah entrou para a história como a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro no judô nas Olimpíadas.

 

A luta começou com muito estudo. As duas mediam a distância na briga por pegada. Sarah foi a primeira a tentar uma entrada, bem defendida por Dumitru, que aparentava sentir o braço direito. A romena começou a girar mais para tentar evitar que a brasileira a atacasse. Com pouco menos de quatro minutos restando, Sarah quase conseguiu uma queda. Dumitru defendeu, mas a brasileira atacou no solo, chegando perto de encaixar uma chave de braço. Uma vez que percebeu que o caminho era por ali, a piauiense atacou novamente o braço, e conseguiu um shido (advertência) contra a romena.

 

Ciente que poderia perder a luta com nova advertência, Dumitru passou a ser mais incisiva e foi com tudo para um golpe de quadril, que quase entrou. A romena assustou com uma técnica de pé, mas Sarah contragolpeou e conseguiu um yuko, abrindo 1 a 0 de vantagem. Os últimos 18s pareciam que seriam de tensão, mas Sarah atacou e conseguiu um wazari para assegurar o ouro. Ela ainda foi para o estrangulamento antes de o cronômetro zerar. Um wazari e um yuko a zero para Sarah Menezes, primeira judoca campeã olímpica do Brasil.

 

Ouro carregado de significados especiais

O ouro de Sarah foi carregado de significados diversos. Foi o primeiro ouro do Brasil em Londres 2012, logo no primeiro dia oficial de disputas; o primeiro ouro do judô em 20 anos, desde que Rogério Sampaio, atleta peso-meio-leve, foi campeão olímpico em Barcelona 1992; e a 16ª medalha do judô em Olimpíadas, tornando a modalidade, provisoriamente, na mais vencedora entre todas as do Brasil na história dos Jogos, superando a vela, que acumula 15 medalhas.

 

Não foi uma surpresa e sim o resultado de um processo de crescimento em público. Aos 18 anos, Sarah Menezes foi campeã mundial júnior, em Amsterdã, na Holanda, e se tornou automaticamente a grande esperança da modalidade. Naquele mesmo ano, estreou em Olimpíadas, em Pequim 2008, e caiu logo na primeira luta. Em 2009, conquistou o bicampeonato júnior, foi eleita Atleta do Ano pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e iniciou sua escalada entre os adultos. Em 2010, foi medalha de bronze no Mundial de Tóquio; dois anos depois, chegou à prata no Mundial de Paris. Durante os quatro anos do ciclo olímpico, colecionou ouros em etapas de Grand Slam, Grand Prix e Copa do Mundo, sem jamais deixar os treinamentos em Teresina, no Piauí, sua casa, onde serve de ídolo para milhares de crianças e é tema até de forró.

 

Em Londres, a adversária mais temida era a japonesa Tomoko Fukumi, primeira colocada do ranking mundial, a qual jamais havia derrotado em quatro combates. A algoz, todavia, caiu pelo caminho para a romena Alina Dumitru. Campeã em Pequim 2008, Dumitru merecia respeito, mas era um confronto mais favorável: de cinco duelos entre as duas, Sarah havia vencido três, justamente os três mais recentes. A superioridade da piauiense ficou clara no tatame de Londres.


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Após vencer a vietnamita Ngoc Tu Van com tranquilidade na estreia, Sarah Menezes teve um combate difícil, decidido a 18s do fim, judocasarahmenezes2872012com um yuko. A vitória sobre a francesa Laetitia Payet classificou a judoca brasileira às quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres na categoria ligeiro (até 48kg). A piauiense agora enfrentará entre a chinesa Shugen Wu. Caso perca, ainda terá chance na repescagem, a partir das 10:00h.

 

Da beirada da área de competição, Sarah viu a romena Alina Dumitru, atual campeã olímpica, eliminar a cubana Dayaris Alvarez. Apesar de tecnicamente mais fraca, a cubana sempre dá trabalho.

 

Novamente de quimono branco, Sarah foi para o segundo combate. Payet tentou a primeira entrada da luta, com uma técnica de ombro, mas a brasileira defendeu bem. Com a francesa bastante ativa e se movimentando bastante, a piauiense arriscou uma técnica de sacrifício, sem sucesso a brasileira.

 

Na metade do combate, ainda não havia pontuação, e as duas judocas exibiam boa defesa de queda. A brasileira reclamava da falta de combatividade da adversária. A cerca de dois minutos, Payet recebeu seu primeiro shido (punição) por isso. Em seguida, a piauiense conseguiu jogar a francesa ao solo e tentou desenvolver o jogo de chão, mas, sem progresso, o árbitro mandou as duas voltarem de pé.

 

Com 21s, Sarah enfim conseguiu um yuko, que lhe garantiu a vitória e a passagem às quartas. Saiu do tatame, deu as mãos à técnica Rosicléia Campos e, abraçadas, as duplas deixaram a área de competição. Ainda caminhavam quando Felipe Kitadai entrava para o combate que deu a ele também uma vaga nas quartas.


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ligaO Piauí será sede da Liga do Desporto Universitário de Quadras regional Norte/Nordeste 2013. A confirmação foi feita na manhã dessa quinta-feira, 26, pelo presidente da Confederação Brasileira do  Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral.

 

"Temos acompanhado o trabalho da Federação Acadêmica de Esportes do Piauí (FAEP) e temos plena confiança que faremos uma grande competição no Piauí. A liga de quadras tem se consolidado como uma importante competição nacional a cada ano e a parceria com a FAEP com certeza vai nos ajudar a manter o trabalho forte e positivo que desenvolvemos". Declarou o presidente da CBDU, Luciano Cabral.

 

 

A liga de quadras 2013 vai reunir as melhores Instituições de Ensino Superior do norte e nordeste, que irão disputar vaga para fase nacional da competição nas modalidades de Basquete, Futsal, Handebol e Voleibol, nos naipes (Masculino e Feminino). 

 

 

"Será um desafio para o esporte universitário do Piauí. Sabemos do nosso potencial e vamos nos preparar para receber os estados do norte e nordeste e garantir uma competição organizada, onde todos possam se sentir em casa". Garantiu o presidente da FAEP, Jânio Silva.

 

 

Luciano Cabral, presidente CBDU, assegurou sua visita ao Piauí no próximo mês de agosto, onde junto com a equipe da FAEP irão visitar alguns locais de competição, instituições de ensino superior e também as secretarias de esporte do estado (FUNDESPI) e do município (SEMEL).

 

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