O técnico Mano Menezes se mostrou decepcionado com o apagão no estádio Centenário, na cidade de Resistência, que causou o cancelamento do Superclássico entre Brasil e Argentina, na noite dessa quarta-feira, 03. O treinador da seleção lamentou principalmente o fato de não ter conseguido observar alguns jogadores como pretendia nesta partida.
"É óbvio que a gente queria jogar. O objetivo de criar dois jogos com um adversário tradicional, de peso, era disputar jogos como esse para dar rodagem aos jogadores, principalmente os mais novos. O prejuízo é proporcional a realização do jogo, sem falar na decepção. É frustrante, porque você faz toda uma preparação, é óbvio que sai prejudicado, mas acima de tudo fico triste pelo futebol", afirmou Mano, ainda nos vestiários do estádio argentino.
Mano explicou que tanto brasileiros quanto argentino fizeram o possível para que a partida fosse realizada. No entanto, com um dos refletores totalmente sem luz, os goleiros Jefferson e Ustari afirmaram que não havia condições boas de visão com o campo às escuras.
"Nós nos colocamos à disposição, os dois lados, de disputar a partida dentro de uma condição mínima, mas você precisa ter uma preocupação com a questão técnica do jogo. Principalmente para os dois goleiros, e eles manifestaram dificuldade de visão com a situação. Se estabeleceu um período para esperar, esse período foi ultrapassado e não houve solução", disse Mano, que ainda que um possível adiamento da partida prejudicaria os clubes brasileiros.
"Temos que ter uma preocupação com os times brasileiros, à medida que o jogo fosse atrasado, isso impossibilitaria de a gente voar hoje e os jogadores terem uma recuperação para jogarem no sábado".
Com o cancelamento da partida, há uma indefinição sobre quem ficará com a taça de campeão do Superclássico das Américas. No primeiro jogo, em Goiânia, o Brasil venceu por 2 a 1. Questionado sobre o assunto, Mano Menezes respondeu:
"Não é o mais importante, porque jogar é o mais importante. A gente obviamente não vai ficar com a felicidade que a gente gostaria de ficar com a conquista, porque ela ficou incompleta", disse o treinador brasileiro.
ESPN