Treinador novo, vida nova. O retorno de Luiz Felipe Scolari à seleção brasileira reabre a luta por lugar nas convocações e dá esperança a jogadores esquecidos por Mano Menezes. A menos de dois anos da Copa do Mundo, o novo treinador admite que jogadores experientes podem ser resgatados para dar auxílio a um elenco naturalmente jovem - fruto da renovação capitaneada pelo antecessor de Felipão.

É o renascimento, pelo menos em teoria, para jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Maicone Julio César - pouco ou jamais chamados por Mano. Mas Felipão avisa: existe uma base montada, e as mudanças não devem ser muito radicais.

- Vamos examinar alguns nomes. Cada técnico tem um pensamento, uma forma de jogar, um nome que goste mais ou menos. Um ou outro nome deverá ser mudado. Vamos pegar essa base e implementar uma ou outra coisa - disse o treinador.

Um nome ganhou força naturalmente com o retorno de Felipão. Ronaldinho Gaúcho foi campeão do mundo com Scolari em 2002 e agora teve rendimento sólido no Brasileirão pelo Atlético-MG. Mas o treinador, pelo menos por enquanto, não dá pistas sobre o retorno dele.

- Só vamos começar a discutir nomes a partir de agora. Sobre quem não estiver convocado, não falo. Ronaldinho, Pedrinho, João... Só quando convocarmos.

Com base nas características de jogo de Luiz Felipe Scolari e nas preferências manifestadas pelo treinador em entrevistas, comentaristas do SporTV opinaram sobre jogadores que podem ganhar espaço com Felipão. Além de Ronaldinho, foram citados nomes como os do goleiro Julio César, do lateral-direito Maicon, dos meias Elano e Hernanes e do atacante Robinho.

Lédio Carmona aposta especialmente em quatro nomes: nos retornos de Ronaldinho, Elano e Maicon e na manutenção de Kaká. Mas também cita atletas como Arouca, Ralf e Jean, com características do agrado de Felipão - o primeiro foi muito elogiado por ele em entrevista ao Arena SporTV.

- O Ronaldinho Gaúcho é sempre uma incógnita. Não descarto, mas não acho que seja essencial. Outro jogador que eu não descartaria é o Elano. Ele fez um bom Brasileiro pelo Grêmio, pode ter múltiplas funções, tem versatilidade. Ele foi apagado da memória das pessoas. Tem também o Kaká, que é um jogador dele. Ele gostava do Kaká. E o Maicon é um jogador com as características de que ele gosta. Tem pulmão, tem altura de zagueiro, defende bem...

- Imagino que jogadores que tenham trabalhado com o Felipão e que tenham experiência possam ser beneficiados. É o caso do Kaká e do Ronaldinho Gaúcho, que fez um bom campeonato pelo Atlético-MG. Ele vai tentar buscar um comprometimento desses jogadores. Outros que tinham portas fechadas com o Mano passam a ter oportunidades. Isso zera. O Fred, embora o Felipão tenha elogiado muito o Damião, pode receber mais chances. O Hernanes também. E existem outros jogadores que o Felipão elogiou abertamente. Um deles é o Arouca.

Wagner Vilaron opina que dois titulares da última Copa do Mundo podem voltar a ser chamados. Ele lembra do goleiro Julio César e do atacante Robinho.

- O gol, uma posição onde o Mano não conseguiu uma escolha muito clara, é onde o Felipão vai ter uma atenção especial. Tem o Julio César, que está longe do ideal dele, mas tem experiência, tem rodagem em Copa, e acaba se equiparando aos que estão aí, até pela indefinição do momento. O Ronaldinho Gaúcho, embora tenha tido chance com Mano, eu considerava descartado, mas volta a ter chance. O Felipão gosta de apostar em caras desacreditados, como aconteceu com o Ronaldo em 2002. Outro nome no qual eu apostaria é o Robinho. O Felipão nunca escondeu que gosta dele.

Fica para o ano que vem a primeira convocação de Scolari. Em 6 de fevereiro, o Brasil enfrenta a Inglaterra, em Londres.

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SÃO PAULO - Deu tudo certo para o São Paulo. Como Ney Franco e Lucas expressaram que queriam, será o Tigre, da Argentina, o adversário na final da Copa Sul-Americana. Nesta quinta-feira, o time argentino foi completamente dominado, mas achou um gol para empatar com o Millonarios, por 1 a 1, em Bogotá, garantindo uma decisão inédita em torneios continentais. No jogo de ida havia sido 0 a 0.

A classificação do Tigre era tudo que Lucas queria porque o avanço do time argentino garante que o São Paulo vai decidir em casa a Sul-Americana. Assim, o jogo do dia 12 de dezembro, no Morumbi, será o último do meia-atacante com a camisa do São Paulo antes de ele se apresentar ao Paris Saint-Germain, da França. Antes, na quarta que vem, a partida de ida acontece na Argentina.

Isso porque um sorteio prévio da Sul-Americana deu números a cada time. E sempre o mais baixo decide em casa. O São Paulo tem o número 2 e só decidiria fora de casa diante do número 1, exatamente o Millonarios. Mas o Tigre, dono do número 4, foi quem acabou avançando na final, garantindo ao São Paulo o mando de campo. Vale lembrar, porém, que na final da Sul-Americana (assim como da Libertadores), o gol fora não vale mais.

Ney Franco também comemora que o Tigre avançou porque o Millonarios é mais time. A equipe colombiana, que eliminou Palmeiras e Grêmio nas duas fases anteriores, provou isso nesta quinta-feira, quando foi amplamente superior ao Tigre.

Chances de gols não faltaram. Aos 11 minutos de jogo, por exemplo, Albil tentou repor a bola e acertou Cosme. A bola bateu no atacante e não entrou por muito pouco, tirando tinta da trave esquerda. O Tigre só assustou num chute lindo de Botta, que passou rente ao ângulo esquerdo. Mas era o Millonarios o mais perigoso, tanto que Candelo quase marcou de falta.

Na segunda etapa, o Millonarios se lançou ao ataque. Com um minuto, Candelo chutou e Donati tirou em cima da linha. A pressão continuou, mas o Tigre achou um gol aos 20 minutos. Días cobrou falta, Maggiolo desviou de cabeça e Echeverría tocou na frente do goleiro para fazer.

O resultado fazia o Millonarios precisar de dois gols. Por isso o time da casa passou a jogar exclusivamente no campo de ataque. O único gol saiu só aos 45, com Perlaza, num chute de longe. Mas já era tarde para virar a partida.

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A Fifa divulgou na tarde desta quinta-feira, 29, em São Paulo, durante evento com representantes das seleções participantes, o valor de premiação para a Copa das Confederações. No total, a entidade vai disponibilizar mais de R$ 43 milhões.

O campeão receberá US$ 4,1 milhões (R$ 8,6 milhões). O vice fica com US$ 3,6 milhões (R$ 7,55 milhões). Já o terceiro colocado ficará com US$ 3 milhões (R$ 6,29 milhões) e o quarto com US$ 2,5 (R$ 5,24 milhões). Os demais ficam cada um com US$ 1,7 milhão (R$ 3,57 milhões).

A Copa das Confederações será realizada no Brasil, de 15 a 30 de junho de 2013, nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. A abertura está marcada para a capital federal e a final para o estádio do Maracanã.

Já estão classificadas as seguintes seleções: Brasil, Espanha, Itália, Uruguai, México, Japão e Taiti. O último participante será do continente africano, mas será definido apenas nos primeiros meses do ano que vem, na Copa Africana de Nações.

Neste sábado, porém, no Anhembi, na zona norte de São Paulo, a Fifa realiza o sorteio dos grupos. São dois grupos de quatro seleções e classificam-se os dois melhores de cada um para as semifinais. Brasil e Espanha são os cabeças de chave.

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A atleta fundista, Cruz Nonata esteve afastada das competições por conta de uma inflamação na sola do pé (fascite) que é causada por sobrecarga, e só voltou a treinar há duas semanas. Como só falta pouco mais de um mês para a Corrida Internacional de São silvestre, ela anuncia que não vai participar da prova, pela primeira vez após sete anos.

"Não vai dar. Estou há dois meses sem competir", disse  a corredora, que competiu pela última vez na maratona de revezamento Pão de Açúcar, no dia 16 de setembro. Nesta época, ela já sentia o problema no pé esquerdo.

A inflamação pode ter sido provocada pelo esforço feito por Cruz Nonata no primeiro semestre. Depois de não conseguir índice para os Jogos Olímpicos de Londres na maratona, ela mudou seus treinamentos para tentar a vaga nos 5 e/ou 10 mil metros rasos, onde também não obteve êxito.

Cruz Nonata se tratou em São Paulo, no centro de treinamento do seu clube, o BM&F Bovespa. Fez várias sessões de fisioterapia e exames. "Estou na luta para ficar boa para o próximo ano. Para esse, não dá mais", lamenta a fundista, que se demonstra conformada. "Graças a Deus não foi tão grave. Já está dando para tratar. Estou bem feliz com o resultado".

A atleta ainda não definiu qual será sua primeira prova em 2013. Ela ainda estuda se virá a Teresina para passar as festas de fim de ano.

Cruz Nonata e São Silvestre

Foi nas ruas de São Paulo, no último dia do ano, que Cruz Nonata se notabilizou como uma das principais corredoras do País. Ela estreou em 2005 com o 28º lugar. Foi ao 14º no ano seguinte. Em 2007, já era a 11ª. Nas três edições, viajou após vencer a seletiva piauiense da São Silvestre, que era promovida na época pelo Governo do Estado.

Em 2008, já defendendo o BM&F Bovespa, Cruz Nonata subiu para o sexto lugar. No ano seguinte, se mudou para Brasília (DF) e terminou a prova em quinto. Seu melhor resultado foi em 2010, com a quarta posição. No ano passado, a piauiense repetiu o sexto lugar.

cidadeverde