Os servidores dos setores  administrativos das instituições federais de ensino, ainda não tiveram uma proposta do governo para tentar por fim ao movimento e segundo o técnico da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Floriano, Diogo Bruno, a greve vai continuar por tempo indeterminado.
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De acordo com o servidor, dia 23 terá uma nova negociação do governo com os professores e a classe administrativa também vai participar do encontro, para saber se vai ter alguma proposta para eles, caso não haja o movimento será mantido.
 
 

O técnico administrativo ressalta que a proposta oferecida aos professores foi uma maneira do governo parar o movimento e disse, “o consenso nacional foi que se discutisse essa proposta, porque na realidade ela não é tão boa assim, é mais um ajuste do governo para tentar enfraquecer o movimento, já que outros órgãos do governo também estão entrando em greve e a nossa como foi o estopim, foi a base,  tá um movimento muito forte, porque estão docentes e técnicos juntos parados e praticamente todas as universidades, por isso o governo quer desarticular isso, negociar primeiro com os professores enfraquecendo o movimento para depois negociar com as outras classes”.
 
 
 

Sobre as matrículas que terão início no dia 18 o servidor foi enfático, “nossa categoria técnico administrativo está totalmente parada nós não temos nenhuma previsão de voltar a funcionar e essas matrículas podem ocorrer porque existem os coordenadores de cursos que eles podem efetuar as matrículas se quiserem, só que alguns coordenadores também estão em greve e não estão aceitando fazer essas matrículas e não tem nada previsto para serem feitas no Campus Floriano, mas os alunos podem fazer via internet, finaliza.
 
 
 
Da redação
IMAGEM: piauinoticias.com

Os candidatos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do  Ministério da Educação têm até esta quarta-feira, 18, para fazer sua matrícula junto à instituição para a qual foi selecionado. A segunda chamada foi divulgada na sexta-feira, 13. Neste processo seletivo são oferecidas 30.548 vagas em 56 instituições de ensino superior, entre federais e estaduais. A seleção é feita com base no desempenho dos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

 

Os estudantes não aprovados nas duas primeiras chamadas poderão declarar interesse na lista de espera até a próxima quinta-feira, 19. A convocação dos candidatos em lista de espera será realizada pelas instituições a partir do dia 24 de julho.

 

Números do Sisu

O Sisu registrou 642.878 estudantes inscritos, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Educação no dia 23 de junho. As inscrições terminaram no dia 22. Como cada candidato pode optar por até dois cursos, foram registradas 1.245.437 inscrições.

 

Os estados com o maior número de inscrições recebidas são, respectivamente, Rio de Janeiro (245.716), Minas Gerais (166.162), Ceará (156.343), Maranhão (105.782) e Bahia (92.120).As instituições que mais receberam inscrições foram a Universidade Federal do Rio de Janeiro (152.196), a Universidade Federal do Ceará (108.574), a Universidade Federal do Maranhão (103.829), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (80.483) e a Universidade Federal de Ouro Preto (60.136).


G1

Aloizio Mercadante, Ministro da Educação, afirmou nessa terça-feira, 17, que “não há margem fiscal para ir além” da proposta demercadante1872012 aumento que o governo ofereceu aos professores federais em greve. Na semana passada, o governo apresentou novo plano de carreira e reajuste de até 45%, mas parte da categoria é contra.

 

“O valor da proposta [tem impacto] de R$ 4 bilhões. Não há margem fiscal para ir além”, afirmou o ministro, após participar, em Brasília, de reunião com 42 reitores de universidades em greve. Mercadante enfatizou a dificuldade que o governo tem de conceder aumento em um momento como o atual, de crise financeira no mundo.

 

“O governo tem priorizado enfrentar a crise e preservar o emprego de quem não tem estabilidade. [...] Os professores têm de entender o momento pelo qual o país passa e que outros servidores não tiveram aumento”, disse Mercadante.

 

De  acordo com o ministro, na reunião ele ouviu dos reitores o pedido de antecipação, por parte do governo, do reajuste dos professores, previsto para vigorar a partir de 2013. “Não tenho, da área econômica, resposta sobre antecipação dos salários”, respondeu o ministro.

 

Mercadante afirmou que um grupo de trabalho, formado pelos reitores das federais, vai ser criado para apresentar propostas sobre pontos da carreira para os quais o governo está “aberto a consultas”, segundo o ministro. Um deles diz respeito às 12 horas-aula que o docente deve cumprir por semana. Alguns dos reitores presentes à reunião argumentaram que professores envolvidos em projetos de pesquisa deveriam cumprir carga horária menor em sala. O grupo tem até 90 dias para apresentar suas propostas.

 

Outro tema que ainda está em debate, de acordo com Mercadante, é a formulação de um método para avaliar individualmente o professor.

 

O ministro ressaltou, no entanto, que o governo não vai abrir mão da titulação como mecanismo de ascenção na carreira. Titulação é a exigência de títulos, como mestrado e doutorado, para ascensão na carreira. Alguns sindicatos de professores têm reclamado do critério. ” Não vamos recuar em tirar a titulação para fazer acordo sindical”, afirmou o ministro. Para Mercadante, a titulação é garantia de “universidade de excelência”.

 

Dois meses de greve

A greve de professores das universidades e institutos federais completou dois meses nesta terça com a maior adesão já registrada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Até a segunda-feira, 16, 57 das 59 universidades estavam paradas, além dos 37 institutos e centros de educação tecnológica, que incluem o Colégio Pedro II.

 

De acordo com a primeira-secretária da entidade, Marina Barbosa, a categoria já esteve paralisada por mais tempo no passado, mas nunca com esse alcance. O movimento teve início em 17 de maio com a adesão de 20 universidades, como forma de pressionar o governo a definir as mudanças na carreira e no salário antes do envio do Orçamento 2013 ao Congresso Nacional, em 31 de agosto.

 

Um mês depois, uma negociação marcada para 19 de junho com o governo federal foi adiada sem nova data. Após 57 dias de protestos e a adesão de quase 100% das instituições, os ministérios do Planejamento e da Educação se reuniram com diversas entidades sindicais na sexta para propor um novo plano de carreira.


G1

 

Apenas 35% das pessoas com ensino médio completo podem ser consideradas plenamente alfabetizadas e 38% dos brasileiros com formação superior têm nível insuficiente em leitura e escrita. É o que apontam os resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa produzida pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa.


A pesquisa avalia, de forma amostral, por meio de entrevistas e um teste cognitivo, a capacidade de leitura e compreensão de textos e outras tarefas básicas que dependem do domínio da leitura e escrita. A partir dos resultados, a população é dividida em quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados.

 

Os resultados da última edição do Inaf mostram que apenas 26% da população podem ser consideradas plenamente alfabetizadas – mesmo patamar verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% e a maior parte (47%) da população apresenta um nível de alfabetização básico.

 

“Os resultados evidenciam que o Brasil já avançou, principalmente nos níveis iniciais do alfabetismo, mas não conseguiu progressos visíveis no alcance do pleno domínio de habilidades que são hoje condição imprescindível para a inserção plena na sociedade letrada”, aponta o relatório do Inaf 2011-2012.

 

O estudo também indica que há uma relação entre o nível de alfabetização e a renda das famílias: à medida que a renda cresce, a proporção de alfabetizados em nível rudimentar diminui. Na população com renda familiar superior a cinco salários mínimos, 52% são considerados plenamente alfabetizados. Na outra ponta, entre as famílias que recebem até um salário por mês, apenas 8% atingem o nível pleno de alfabetização.

 

De acordo com o estudo, a chegada dos mais pobres ao sistema de ensino não foi acompanhada dos devidos investimentos para garantir as condições adequadas de aprendizagem. Com isso, apesar da escolaridade média do brasileiro ter melhorado nos últimos anos, a inclusão no sistema de ensino não representou melhora significativa nos níveis gerais de alfabetização da população.

 

“O esforço despendido pelos governos e também pela população de se manter por mais tempo na escola básica e buscar o ensino superior não resulta nos ganhos de aprendizagem esperados. Novos estratos sociais chegam às etapas educacionais mais elevadas, mas provavelmente não gozam de condições adequadas para alcançarem os níveis mais altos de alfabetismo, que eram garantidos quando esse nível de ensino era mais elitizado. A busca de uma nova qualidade para a educação escolar em especial nos sistemas públicos de ensino deve ser concomitante ao esforço de ampliação de escala no atendimento para que a escola garanta efetivamente o direito à aprendizagem ”, resume o relatório.

 

Veja quais são os quatro níveis de alfabetização identificados pelo Inaf 2011-2012:

 

Analfabetos: não conseguem realizar nem mesmo tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases ainda que uma parcela destes consiga ler números familiares.

 

Alfabetizados em nível rudimentar: localizam uma informação explícita em textos curtos, leem e escrevem números usuais e realizam operações simples, como manusear dinheiro para o pagamento de pequenas quantias.

 

Alfabetizados em nível básico: leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo com pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade.

 

Alfabetizados em nível pleno: leem textos mais longos, analisam e relacionam suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas, mapas e gráficos.

 

Agência Brasil