O Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) decidiu em assembleia nesse domindo, 3, dar continuidade a greve nacional de professores de universidades federais. A paralisação dura mais de 110 dias e tem adesão de 48 universidades e 32 institutos tecnológicos.
Os professores universitários federais ligados ao sindicato não aceitaram a última proposta feita pelo MEC (Ministério da Educação) e pelo Ministério do Planejamento, que prevê reajustes entre 25% e 40%, nos próximos três anos e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13.
Representantes do Comando de greve devem fazer uma rodada de assembleias gerais entre esta segunda-feira, 3, e quinta-feira, 6. De acordo com o comunicado divulgado pelo sindicato, as reuniões tem como objetivo debater sobre a suspensão da greve.
Na última contraproposta, o Andes afirmou que abriria mão do aumento salarial para que fosse discutida a reestruturação da carreira. O MEC, porém, disso que não voltaria a negociar, alegando que o acordo firmado com outro sindicato, o Proifes (Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) atende a todos os professores, independente do sindicato.
Os docentes chegaram a entregar um documento para a presidente Dilma Rousseff, pedindo que fossem retomadas as negociações.
Enquanto isso, oito universidades aceitaram a proposta e começaram a estruturar o calendário de aulas, que foram comprometidas durante a paralisação.
R7