Iniciou nessa sexta-feira, 31, na U.E. Anísio Brito, no município de Piracuruca, a 2ª turma do curso de formação continuada em Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS I. A carga horária é de 120h/a, para professores da rede pública. O principal objetivo do curso é aperfeiçoar a prática docente, viabilizando o ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência auditiva, através da formação de libras para os educadores.
O município de Piracuruca foi um dos primeiros a ser contemplados e já conta no seu quadro docente com mais de 35 professores com qualificação em libras, pois receberam formação na 1ª turma que encerrou-se em junho desse ano.
A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) segue a política de inclusão escolar de alunos da educação especial, especificamente do alunado surdo, e por esta razão está expandido cursos de libras para vários municípios do Estado.
O Ministério da Educação (MEC) proibiu a realização de vestibulares nos polos de quatro municípios piauienses. Em dois deles - Avelino Lopes e Redenção do Gurgueia – as vagas dos cursos foram vetadas, devido à paralisação de obras da Universidade Aberta.
O coordenador da Universidade Aberta, Gildásio Guedes Fernandes, informou que além de Avelino Lopes e Redenção do Gurgueia, os polos que não vão realizar vestibulares são os municípios de Luzilândia e Campo Maior.
“São mais de 400 vagas que não serão ofertadas, devidos os campi não estarem aptos”, disse Gildásio Guedes.
Sem a conclusão das obras que vai abrigar a Universidade Aberta, o MEC não autorizou a realização de novos cursos. A empresa responsável pelos s polos de Avelino Lopes e Redenção do Gurgueia recebeu cerca de R$ 539 mil, com o prazo de conclusão de 120 dias, e até agora não foram entregues.
A licitação foi assinada em 14 de dezembro de 2011, conforme Diário Oficial do Estado. Uma no valor de R$ 268mil 078,64 para o polo educacional de Redenção do Gurgueia e R$ 271 mil 760,79 para construção do prédio em Avelino Lopes.
Nos dois municípios, o MEC realizou em 2009 o primeiro vestibular. Em Redenção foi ofertado os cursos de licenciatura em Pedagogia e Química com 85 vagas para o campus. De acordo com o Diário Oficial, a Secretaria Estadual de Educação já liberou mais R$ 67 mil para aquisição de equipamentos de laboratórios, no entanto a obra não sai do papel.
Gildásio Guedes ressaltou que o atraso é “preocupante” e inviabiliza a realização de novos vestibulares. Ele ressaltou que a CAPS (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do MEC classificou os polos como inaptos para receberem novos cursos.
“A Universidade Aberta está preocupada com seus alunos nesses dois polos. Não haverá possibilidades de abrir novos cursos se as providencias não forem tomadas até o final do ano. Vamos ter a responsabilidade de concluir os atuais cursos, mas infelizmente não podemos mais oferecer vestibular, como já fizemos anteriormente”, disse o coordenador Gildásio Guedes.
Ele ressaltou ainda que está mantendo contato com a Superintendência de Ensino Superior da Secretaria Estadual de Educação para viabilizar “urgentemente” a conclusão das obras dos polos de Avelino e Redenção do Gurgueia.
Após 108 dias, a greve de professores das universidades e institutos tecnológicos federais parece dar indícios de estar chegando ao fim. Durante este final de semana, representantes dos docentes estão reunidos na sede da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) definindo o rumo da paralisação, que ainda afeta 80 instituições. A decisão deve ser anunciada na noite de domingo, 2. Enquanto isso, oito universidades e três institutos tecnológicos aceitaram a proposta do governo federal, que prevê reajustes entre 25% e 40%, nos próximos três anos e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13, começaram a estruturar o calendário de aulas, que foram comprometidas durante a paralisação.
O caso mais grave é o da UnB (Universidade de Brasília), que tem previsão de normalizar o calendário letivo apenas em 2014. Neste tempo, os alunos farão reposição das aulas e terão apenas três semanas de férias entre os semestres.
A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) também retomou atividades, porém, reestruturou sua grade curricular em dois calendários. Os alunos do campus Sorocaba estão desde o dia 13 de agosto até a próxima quinta-feira, 6, repondo as aulas do primeiro semestre e retornaram para o segundo semestre no dia 2 de outubro.
Os campi Araras e São Carlos, já encerraram as atividades do primeiro semestre entre os dias 13 a 29 de agosto. As aulas do segundo semestre começarão no dia 24 de setembro. Nos dois calendários, a universidade colocou um espaço de um mês de recesso para organizar o segundo semestre. Na última segunda-feira, 27, a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) retomou as aulas. De acordo com o calendário, as aulas se encerrarão apenas no dia 18 de janeiro.
Já a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) recomeça o período letivo na próxima segunda-feira, 3. O calendário acadêmico prevê que as aulas terminem no dia 28 de fevereiro de 2013. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) encerrou a greve na sexta-feira, 31. Ainda sem calendário oficial, os estudantes devem voltar para as salas de aula no dia 10 de setembro.
No Ceará, UFC (Universidade Federal do Ceará) e a Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira) encerraram a greve na última semana, porém ainda não oficializaram um calendário acadêmico e os alunos continuam sem aulas.
Em São Paulo, o campus Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) também encerrou a greve, porém, os docentes ainda estão discutindo o calendário acadêmico. De acordo com a nota oficial da instituição, as aulas voltam a partir de setembro.
Institutos tecnológicos federais
Os professores do Instituto Federal de Rondônia encerraram a greve na quarta-feira, 29, e as atividades serão retomadas também na segunda-feira, 3. A reestruturação do calendário letivo será feita por uma comissão que discutirá sobre das atividades e reposição das aulas. O IFG (Instituto Federal de Goiás) encerrou a greve sexta-feira, 31, e a previsão é que os alunos retornem para as salas de aula no dia 10 de setembro, ainda sem calendário acadêmico oficial.
No sul do País, o IF-SC (Instituto Federal de Santa Catarina) encerrou a greve na última quarta-feira, 29, porém ainda não definiu a data de volta as aulas e o calendário acadêmico.
Os professores da Universidade Federal do Piauí decidiram, na tarde desta sexta-feira, 31, manter a greve da categoria. O resultado da assembléia de hoje será somado aos das demais universidades do país. Na próxima quarta-feira, 5, às 19:00h, haverá uma reunião com representante dos ministérios do planejamento e da Educação, onde será apresentado os relatório de todas as assembleias realizada nas 52 instituições federais, que até o momento, continuam com o movimento grevista.
Junto ao relatório, seguiram sugestões a serem levadas aos ministérios do Planejamento e Educação, além de encaminhamentos para fortalecer o movimento grevista.
Durante a assembleia na Ufpi, os docentes exigiram dignidade e respeito aos direitos dos trabalhadores da educação tanto por parte do governo como da reitoria da instituição. Os docentes querem a retomada das negociações dialogando diretamente com a pauta do ANDES-SN. A disposição dos docentes é manter a greve e prosseguir com as negociações sobre a concepção de carreira e os princípios de valorização profissional na universidade pública.
Segundo o presidente da Adufpi, Mário Ângelo, a tendência é que a paralisação se estenda. “A greve se encontra forte, oferecendo condições para que superemos o limite de hoje e foquemos o Legislativo como novo campo de negociações. Deste modo, propomos ao Comando Nacional de Greve que encaminhe aos parlamentares um acordo que garanta os pontos mais importantes de nossa carreira docente, construindo, assim, condições para estabelecermos, posteriormente, o final de nossa greve”, destacou Mário Ângelo.
Para os docentes, o governo ignora as principais reivindicações da categoria. “Mais que a busca por melhores salários, os professores lutam pela reestruturação da carreira, além da melhoria nas condições de trabalho e ensino. Acontece que o governo não tem levado em conta a proposta da categoria e ainda tem contribuído para confundir a sociedade apresentando números absolutos. Em vez de apresentar uma proposta que reestruture direitos conceituados, o governo apresenta valores nominais e omite a corrosão inflacionária”, finalizou o presidente da Adufpi.