Relatório divulgado pela Unesco nesta quarta-feira, 29, aponta que o Brasil aparece em 8º lugar entre os países com mais adultos analfabetos. No total há 774 milhões de adultos analfabetos no mundo (dos quais 64% são mulheres), 72% deles estão em dez países, entre eles o Brasil. Os dados estão no 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos.

 

O estudo mapeou os principais desafios da educação no mundo. A crise na aprendizagem não é só no Brasil, é mundial. O problema está relacionado com a qualidade da educação e faltam atrativos suficientes nas aulas e treinamento adequado para os professores, de acordo com a Unesco.

 

No Brasil atualmente menos de 10% estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação.

 

Entre os países analisados, um terço tem menos de 75% dos professores de ensino primário treinados. Quanto ao investimento, dos 150 países analisados, apenas 41 atingiram a meta, ou seja, aplicaram em educação 6% ou mais do PIB, que é a soma de todas as riquezas. O Brasil é um deles, mas o gasto anual por aluno da educação básica é de cerca de R$ 5 mil. Em países ricos, o valor é três vezes maior.

 

Meta até 2015

No Fórum Mundial de Educação realizado em 2000, 164 países, entre eles o Brasil, 35 instituições internacionais e 127 organizações não-governamentais adotaram o Marco de Ação de Dacar, comprometendo-se a dedicar os recursos e esforços necessários para melhorar a educação até 2015.

 

Seis objetivos foram traçados: os países devem expandir cuidados na primeira infância e educação; universalizar o ensino primário; promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos; reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero e melhorar a qualidade da educação.

 

Segundo o relatório, o compromisso não será atingido globalmente, apesar de alguns países terem apresentado avanços.

 

 

A taxa global de alfabetização de adultos passou de 76% para 82% entre os períodos de 1985-1994 e 1995-2004. Porém, em termos globais, as taxas de alfabetização de adultos permanecem bem abaixo da média na Ásia Meridional e Ocidental e na África ao sul do Saara (aproximadamente 60%), assim como nos Estados Árabes e no Caribe (aproximadamente 70%).

 

 

 

G1

indioIndígenas, professores e pesquisadores de universidades e de instituições públicas e o Ministério da Educação começam a discutir, em março, a criação de instituição de educação superior intercultural indígena. Para tratar desse tema, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, constituiu um grupo de trabalho com seis representantes indígenas, seis de instituições e quatro do MEC.

 

 

Macaé Evaristo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, que vai coordenar o grupo de trabalho, explica que a tarefa da equipe será gerar o melhor desenho de como trabalhar os saberes indígenas, e não simplesmente levar o índio para dentro de uma universidade. “O grupo não vai pensar em uma universidade, mas como construir no país, dentro das universidades públicas, uma rede que dê conta de tratar das questões indígenas nas diferentes áreas.”

 

O desenho proposto pela coordenadora do grupo deve levar em conta as diferenças étnicas dos povos, o acúmulo de conhecimentos e as distâncias de um país com 8,5 milhões de quilômetros quadrados. O censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, contou 896.917 pessoas que se declararam indígenas, 305 etnias e 274 línguas faladas.

 

De acordo com Macaé, os povos indígenas do Brasil querem mais que a formação específica de professores, que já é oferecida por 20 universidades públicas; eles querem cursos de saúde, gestão territorial, de direito. A criação de territórios etnoeducacionais, por exemplo, gerou a necessidade de qualificação em gestão, que é reivindicada por diversos povos. “Eles querem se preparar para coordenar a gestão dessas áreas”, diz Macaé.

 

Agenda – A reunião de março vai definir a agenda e um calendário de atividades do grupo de trabalho. A coordenadora vai sugerir encontros com pesquisadores da temática indígena e com lideranças dos povos que compõem o mapa da diversidade brasileira.

 

 

A universidade indígena, segundo Macaé Evaristo, é ainda um tema novo no país, mas outras nações do continente americano têm uma longa trajetória de diálogo com os diferentes conhecimentos gerados por esses povos antes e depois da chegada dos europeus. Ela vai sugerir a realização de um seminário internacional para ouvir experiências de países como a Bolívia, que tem cinco universidades de povos indígenas e 22 cursos; a Nicarágua, que tem duas universidades e 10 cursos; o México, que conta com oito universidades e 49 cursos, e os Estados Unidos, onde há duas universidades.

 

Ascom/Mec

Após o embarque dos primeiros estudantes selecionados para cursar um período letivo em uma escola de Orlando (EUA), uma nova remessa de estudantescanadaintercambistas, totalizando 59 alunos, segue para o Canadá a partir da madrugada da próxima quarta-feira (29). Ao todo, o Programa de Intercâmbio Aprender é uma Viagem, realizado pelo Governo do Estado e a Secretaria de Educação do Estado, contemplará 120 alunos da rede pública estadual, dando a eles a possibilidade de conhecer novas culturas, ampliar seus conhecimentos, bem como ganhar fluência em outro idioma.

 


Além do Canadá, os alunos aprovados estudarão nos Estados Unidos, Nova Zelândia, Espanha, Chile e Argentina. Os intercambistas contarão com toda a assistência de empresa especializada em intercâmbios estudantis e terão bolsa no valor de U$300,00.

 


Cerca de 1.500 alunos inscreveram-se nos cursos intensivos em inglês e espanhol oferecidos nas 21 Gerências Regionais de Educação de todo o estado. Os alunos não classificados passarão por um projeto de imersão na língua estudada, pois ficarão hospedados durante dez dias com outros alunos e professores do curso falando apenas inglês ou espanhol.

 

 

SEDUC