Na tarde desta sexta-feira, 17 através de nota, a Prefeitura de São José do Piauí divulgou a confirmação do primeiro caso de coronavírus no município. A cidade fica localizada a cerca de 28 quilômetros de Picos.
De acordo com o documento, o paciente é um idoso de 93 anos, que no dia 14 de abril foi atendido em uma Unidade Básica de Saúde, com o quadro de febre, tosse seca, mialgia e anosmia.
O mesmo foi orientado pelos profissionais de saúde a manter-se em isolamento domiciliar e que foi acompanhado com equipes de saúde, a cada 24 horas. O teste foi realizado nesta sexta-feira, 17, e segundo a Secretaria de Saúde do município, o mesmo encontra-se com quadro de saúde leve.
O paciente continua isolado. Em nota, a saúde do município pede para que a população mantenha o isolamento e as demais medidas sanitárias, com o objetivo de evitar a contaminação pelo Covid-19.
Este foi o primeiro caso da doença registrado no município.
A ação aconteceu na tarde de hoje(16) na cidade de Floriano/PI e atendeu a condutores de veículos de carga. A PRF deu apoio à Secretaria Municipal de Saúde do município e à Universidade Federal do Piauí na aplicação das vacinas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Piauí deu apoio à campanha de vacinação contra o H1N1 realizada em todo o país para os profissionais do volante em veículos de carga. Mais uma ação foi realizada na cidade de Floriano/PI às margens da rodovia BR 230 e começou às 16h00 e se estendeu até as 17h30. Enfermeiras e profissionais da imunologia realizaram a aplicação das vacinas.
Cerca de 20 caminhoneiros receberam as doses da vacina que previne contra o H1N1. A PRF realizou a segurança do local bem como controlou o tráfego que ficou lento no momento do estacionamento dos caminhões.
Essa nova missão da PRF objetiva apoiar a todas as secretarias de saúde do estado em promover a vacinação desses profissionais que, em tempos de pandemia de COVID-19, precisam continuar trabalhando para abastecer as cidades e municípios.
No Piauí as ações estão sendo gradativas e planejadas com as secretarias municipais e pretendem se estender por todo o estado.
Um novo estudo, desenvolvido por cientistas espanhóis, encontrou uma relação entre altas temperaturas e a menor propagação do novo coronavírus. No entanto, à semelhança de outros estudos já existentes, os especialistas afirmam que, apesar dessa relação, a aproximação do verão não será suficiente para travar a pandemia.
No momento em que são desconhecidas muitas das características do novo coronavírus, uma das esperanças para conseguir abrandar a sua propagação era o calor. Especulava-se que a aproximação do verão e aumento da temperatura fosse capaz de diminuir a resistência do vírus e travar a sua propagação.
Fernando Belda, da Organização Meteorológica Mundial e porta-voz da Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (Aemet), em conjunto com a sua equipe, diz ter encontrado os “primeiros indícios de correlação” entre o frio e a propagação da doença na Espanha.
“Estamos observando um padrão: quanto menor a temperatura, maior o dano”, afirmou Balda ao jornal espanhol El País.
No entanto, tendo em conta os antecedentes históricos e o que está ocorrendo no resto do mundo, os investigadores defendem que o verão não será suficiente para travar a pandemia.
Cientistas espanhóis da Agência Estatal de Meteorologia e do Instituto de Saúde Carlos III, analisaram a temperatura média de cada comunidade autônoma espanhola durante 14 dias e o número de novas infecções diárias por cada 100 mil habitante ao longo desse período. Belda disse que o padrão se repete ao longo do período estudado, desde o início do confinamento até agora.
Além disso, o estudo também indicou que a umidade do ar pode igualmente influenciar a transmissão da doença. “Altas temperaturas e a elevada umidade reduzem significativamente a transmissão da covid-19”, revela a pesquisa.
A epidemiologista Cristina Linares, uma das autoras do trabalho, alerta que “é preciso ter muito cuidado, porque as condições de umidade e temperatura variam muito de uma área geográfica para outra e, é claro, existem muitos outros fatores que influenciam a transmissão e disseminação do novo vírus”.
“Há uma correlação estatística”, admite a epidemiologista ao El País, acrescentando que poderá ser apenas uma ilusão.
“São resultados preliminares. Outros fatores que influenciam a possível sazonalidade da propagação devem ser levados em consideração, além das condições ambientais. A atividade humana, medidas de contenção, densidade populacional, entre outros, exercem influência decisiva”.
Outros estudos
Ao longo das últimas semanas têm sido publicados na Espanha outros estudos que chegaram à mesma conclusão: o verão não irá abrandar a pandemia.
No último dia 8, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos aconselhou a Casa Branca a não dar como garantida a capacidade de o calor travar a pandemia: “Existem evidências que sugerem que o vírus da covid-19 pode ser transmitido menos eficientemente em ambientes com temperatura e umidade mais altas. No entanto, dada a falta de imunidade ao vírus em todo o mundo, essa redução na eficiência da transmissão pode não levar a uma queda significativa na propagação da doença sem a adoção simultânea de intervenções na saúde pública”.
Para sustentar essa observação, o estudo menciona os casos da Austrália e do Irã, dois países que estão atualmente na época do verão e enfrentam uma rápida disseminação do vírus. “Além disso, os outros coronavírus que causam doenças humanas potencialmente graves, como Sars e Mers, não mostraram nenhum comportamento sazonal”, argumenta ainda o estudo.
“Não há provas até agora de que o novo coronavírus poderá mostrar uma sazonalidade de inverno”, anunciou o Centro Europeu para o Controle de Doenças no fim de março.
No início da pandemia, um estudo na China sugeriu que, por cada aumento de um grau na temperatura, o número diário de casos confirmados caía entre 36% e 57%, desde que a umidade relativa se mantivesse em cerca de 75%. Os próprios autores desse estudo reconheceram que essa correlação entre o vírus, a temperatura e a umidade não era consistente em diferentes províncias.
Diante das conclusões que reduzem a esperança de a aproximação do verão conter a pandemia, os estudos dão ênfase à importância das medidas de contenção e isolamento social.
Em todo o mundo, a covid-19 já fez mais de 133 mil mortos e infecou mais de 2 milhões de pessoas.
A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou 16 novos casos de infecção de Covid-19, no boletim divulgado na noite desta quarta-feira 15. Os municípios de Altos e Picos tiveram seus primeiros pacientes com teste positivo para o novo coronavírus.
São 11 mulheres e 5 homens infectados pelo novo coronavírus. O número total de casos confirmados chega a 91.
O primeiro caso de Picos é de uma profissional de saúde, de 39 anos, que mora no município, mas trabalha em Teresina. A secretaria municipal de saúde informou que ela está assintomática e ficará em isolamento.
Os casos confirmados são de Teresina (77), Piracuruca (4), São José do Divino (3), Parnaíba, Campo Maior, Caracol, Picos, Pimenteiras e Bonfim do Piauí (1) - ontem, a Sesapi chegou a anunciar o primeiro caso em São Raimundo Nonato, mas corrigiu a informação e informou que o paciente é de Bonfim do Piauí.
É o segundo dia consecutivo sem óbitos por Covid-19 no Piauí. Até agora, foram 8 mortes registradas, sendo 5 em Teresina e outras de pacientes de Parnaíba, São José do Divino e Piracuruca.
De ontem para hoje, o número de leitos clínicos ocupados por suspeitos internados subiu de 72 para 76. Já o número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com casos suspeitos caiu de 38 para 32. No momento, são 108 suspeitos internados.