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cafemanhaUm estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e afiliado a pesquisadores europeus mostrou que um hábito muito comum entre os adolescentes pode ser uma das principais causas de obesidade entre os jovens de 14 a 18 anos: não tomar o café da manhã.

O estudo foi desenvolvido pela epidemiologista do Departamento de Medicina Preventiva da FM-USP, Elsie Costa de Oliveira Forkert e envolveu 991 adolescentes com idades entre 14 e 18 anos, que foram divididos por idade, sexo, região e condição socioeconômica.

Os pesquisadores utilizaram esses dados para avaliar comportamentos que levam ao ganho de peso entre os adolescentes e a principal descoberta foi que o hábito de pular a primeira refeição do dia associa-se diretamente ao aumento da circunferência da cintura e do índice de massa corporal nessa faixa etária.

"Ignorando o café da manhã, milhões de crianças e adolescentes provavelmente estão substituindo uma refeição caseira saudável por fast food em um local a caminho da escola, ou na própria escola. Isso significa consumir alimentos hipercalóricos e industrializados, como salgadinhos fritos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas, que estão associadas ao desenvolvimento da obesidade", explica a epidemiologista do Departamento de Medicina Preventiva da FM-USP, Elsie Costa de Oliveira Forkert.

Diferença entre os sexos

A pesquisa mostrou ainda que os adolescentes do sexo masculino eram, em média, mais pesados, mais altos e tinham circunferências de cintura maiores que as do sexo feminino, porém as meninas eram as mais sedentárias.

Segundo o estudo, para os meninos que pularam o café da manhã, a circunferência da cintura média foi 2,13 cm maior do que os meninos que geralmente tomavam café da manhã. E o comportamento sedentário das meninas (mais de duas horas por dia) resultou em um aumento da circunferência da cintura 1,20 cm em média.

Obesidade na adolescência

Segundo a hebiatra Andrea Hercowitz, a maioria dos adolescentes obesos apresentam obesidade desde a infância, mais especificamente desde antes dos cinco anos de idade. A manutenção da obesidade está relacionada com diversos fatores, entre eles a idade de início (quanto mais precoce maior o risco) e o grau de obesidade (quanto mais obeso, maior o risco). E a grande maioria dos adolescentes obesos se tornam adultos obesos, sendo maior a relação quanto maior a severidade de obesidade.

 

minhavida

Foto: Pixabay

disfunçaoeretilA disfunção erétil afeta praticamente metade dos homens entre 40 e 70 anos em alguma escala. Com o aumento da expectativa de vida, a comunidade científica tenta garantir que no futuro os tratamentos sejam capazes de reverter ou pelo menos atenuar esse tipo de problema.

Alguns estudos em andamento já dão hoje uma perspectiva do que se pode esperar quando se fala em terapias restaurativas.

A mais recente delas, que pode ser testada por pacientes no Brasil, é a de ondas de choque, que consiste na aplicação de pulsos eletromagnéticos diretamente no pênis do paciente.

"Essa energia estimula a liberação de fatores facilitadores de uma neovascularização, o aumento do suprimento sanguíneo do pênis, que é um dos fundamentos da ereção", explica o médico urologista Giuliano Aita, coordenador da Área de Saúde Sexual da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia).

A Associação Europeia de Urologia recomenda que a terapia por ondas de choque seja feita em pacientes com disfunção erétil orgânica leve ou que não tenham resposta aos medicamentos do tipo Viagra e Cialis.

Segundo Aita, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já liberou os equipamentos para a terapia por ondas de choque, mas eles são disponibilizados em poucos locais da rede privada e a um custo ainda inacessível a boa parte da população.

A eficácia também é alvo de questionamentos, tanto que alguns profissionais restringem a prática ao ambiente acadêmico, sem cobrar dos pacientes, como é o caso do médico Georgios Hatzichristodoulou, da Universidade de Würzburg, na Alemanha, segundo o periódico Urology Times.

Estudos de outros tipos de terapias para a disfunção erétil estão em fase menos avançada, como o uso de células-tronco e de PRP (plasma rico em plaquetas).

As células-tronco são vistas por alguns estudiosos como uma possibilidade de, no futuro, reverter casos de impotência causada por cirurgias para a remoção de tumores na próstata.


"Os estudos clínicos com células-tronco foram feitos em pacientes que haviam sido submetidos a cirurgia de próstata, em que os nervos são danificados. As células-tronco têm capacidade de regenerar tecidos. A própria existência de estudos, embora limitados, já sinaliza alguns resultados positivos e que realmente pode representar um tratamento para esse problema", explica o Giuliano Aita.

Em março deste ano, a Associação Europeia de Urologia divulgou que novos testes clínicos, embora em fase inicial, tiveram resultados positivos na restauração da função erétil. Os pesquisadores dinamarqueses conseguiram devolver a ereção espontânea pelo período de um ano. a oito dos 21 pacientes estudados.

No caso de pacientes com incontinência urinária (um dos riscos da cirurgia de próstata), nenhum deles teve sucesso na terapia com células-tronco.

Plasma rico em plaquetas
O PRP é também apontado como uma alternativa na tentativa de reverter casos de disfunção erétil. Trata-se de sangue retirado do próprio paciente e centrifugado para obtenção de uma maior concentração de plaquetas.

Essa técnica, inicialmente, tem como alvo homens com disfunção provocada por "alguma alteração no tecido erétil peniano", ressalta o médico da SBU.

"O plasma rico em plaquetas quando aplicado no corpo cavernoso tem potencial de recuperar a função erétil."

O uso do PRP no Brasil ainda é considerado experimental pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), que afirma não haver "evidências científicas suficientes para a sua utilização e nem de sua eficácia, podendo trazer riscos à saúde do paciente".

Terapias atuais
Apesar de ainda não serem consolidadas, essas técnicas podem ser um divisor de águas em relação ao que se usa atualmente como terapia para disfunção erétil.

Aita ressalta que os medicamentos orais são a primeira opção para os pacientes, seguido da injeção aplicada diretamente no pênis e de prótese peniana. Todas elas, acrescenta, "tratam apenas os sintomas".

O urologista alerta que "o estado de saúde do pênis depende do estado de saúde geral do homem", ponderando que é preciso controlar a pressão arterial, diabetes, praticar exercícios físicos, evitar o fumo e beber com moderação.

 

R7

 

cigarroOs cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, são proibidos no Brasil, mas podem ser facilmente comprados em lojas online nacionais. Muitas das substâncias usadas nesses dispositivos têm um teor de nicotina que pode ser fatal.

O médico pneumologista Francisco Mazon explica que, enquanto um cigarro comum tem entre 1 mg e 2 mg de nicotina, o cigarro eletrônico costuma ter de 3 mg até 5 mg.

"Para fumar um cigarro comum, gasta-se de 1 a 5 minutos. Mas quem fuma um cigarro eletrônico fuma por muito mais tempo. Em 10 minutos, são 30 mg de nicotina, ou seja, o equivalente a um maço e meio de cigarro comum, em um cálculo conservador."

A nicotina é um estimulante, assim como a cocaína, e seu excesso em um curto espaço de tempo pode provocar reações adversas perigosas no corpo, explica o médico.

"A nicotina age sobre o cérebro, aumentando a dopamina e a serotonina. Mas ela também contrai os vasos e aumenta a pressão sanguínea, acelera o coração e pode provocar infarto e derrame. Também pode causar um 'curto-circuito' no cérebro, que é a convulsão, ou no coração, que é a arritmia", acrescenta o médico, ressaltando que episódios como infarto e derrame podem ser fatais.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (agência responsável por regular substâncias como o tabaco) está investigando mais de 120 relatos de convulsões e sintomas neurológicos relacionados ao uso de vapes.

"As convulsões são efeitos colaterais potenciais conhecidos da toxicidade da nicotina e foram relatados na literatura científica em relação à deglutição intencional ou acidental de e-líquido [refil dos cigarros eletrônicos]. No entanto, um aumento recente em relatos voluntários de experiências adversas com produtos de tabaco que mencionaram convulsões ocorrendo com o uso de cigarros eletrônicos (por exemplo, vaping) sinalizam um potencial problema emergente de segurança", informou a agência em nota.

Além disso, explica Mazon, as cápsulas usadas nos vaporizadores são feitas de um derivado de petróleo, o que pode contribuir para problemas respiratórios como bronquite e bronquiolite.

No documento Cigarros eletrônicos: o que sabemos, a Anvisa listou 21 elementos, além da nicotina, que estão presentes no vapor dos cigarros eletrônicos e seus efeitos no organismo.

Dentre eles estão chumbo, cromo e ferro, que são apontados como agentes cancerígenos para o pulmão. O chumbo também pode provocar danos ao sistema nervoso central e aos rins.

O informativo também cita um estudo recente que concluiu que "as células epiteliais normais de glândulas, órgãos, e cavidades de todo o corpo, incluindo a boca e os pulmões, que foram expostas ao extrato do vapor, apresentaram vários tipos de danos, entre eles o aumento da ruptura das cadeias de DNA que compromete o processo de reparação celular sendo, portanto, um risco para o surgimento do câncer".

"As células afetadas pelo vapor também foram mais propensas a apresentar apoptose e necrose levando a morte celular, independentemente da presença ou não de nicotina no cigarro eletrônico. Os autores acreditam que deve haver outros componentes nos cigarros eletrônicos responsáveis pelos danos celulares."

 

R7

Foto: Pixabay

apneiaO ronco atrapalha o sono de muita gente. Tanto de quem está roncando quanto de quem está dormindo. Entretanto, para quem ronca, o problema pode ser pior, porque durante o ronco, a pessoa pode parar de respirar – é a famosa apneia do sono.

O Brasil está entre os três países com maior número de casos de apneia. De acordo com um estudo publicado pela revista The Lancet, existem no mundo quase 1 bilhão de pessoas com apneia do sono.


Nem toda pessoa que ronca tem apneia, mas toda pessoa que tem apneia ronca. A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono é a causa mais grave do ronco. É caracterizada por ronco alto e persistente na grande maioria das noites (que pode durar de 10 segundos a um minuto) e sonolência excessiva durante o dia.


Os exames para diagnosticar a apneia
“O ronco é um sinal de que tem uma obstrução na via aérea durante o sono e a gente precisa investigar”, explica o otorrinolaringologista, especialista em medicina do sono, George do Lago Pinheiro.

O Bem Estar levou o motorista de caminhão Luan Sanches de Giuli para fazer os testes da apneia. A qualidade do sono dele piorou quando começou a engordar. “Sinto que falta a respiração e isso me faz acordar. Tem dias que acordo 15 vezes na noite”, conta.

Entre os exames usados para diagnosticar a apneia do sono está a polissonografia. Nesse exame, o paciente dorme uma noite conectado a eletrodos, que monitoram as fases do sono, os batimentos cardíacos e a respiração. “Infelizmente muita gente não tem acesso a esse exame. Ele não tem em todas as cidades e o custo é elevado”, fala o otorrinolaringologista.

Um outro método é o oxímetro. Ele é colocado no dedo e se conecta a um aplicativo instalado no celular. O oxímetro consegue medir a quantidade de oxigênio no sangue do paciente a cada momento. Esse foi o usado pelo Luan.

Durante toda a noite de sono, o oxigênio no sangue do motorista de caminhão diminuiu 81 vezes. Foram os momentos em que ele parou de respirar. Isso significa que o Luan tem uma apneia do sono moderada. “A pessoa que fica se expondo a essa queda de oxigenação do sangue pode ter risco maior para eventos cardiovasculares, como hipertensão, infarto, arritmias, entre outros. Então tratar é fundamental para a gente pensar numa saúde com qualidade de vida a longo prazo”.


Riscos da apneia
Além do sono de má qualidade, a apneia também impacta o coração. Isso porque há queda da oxigenação do sangue, o que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. Um coração trabalhando mais e com menos oxigênio é um grande estresse para o corpo e pode ser gatilho para doenças cardiovasculares como hipertensão, arritmia cardíaca, infarto e AVC.

A apneia também provoca a perda de produtividade, perda de qualidade de vida, cansaço, diminuição da concentração e memória, queda da libido e piora a diabetes.

Apneia e sufocamento
Uma dúvida comum: a apneia pode causar morte por sufocamento? O cardiologista Luciano Drager explica que não. “Ninguém morre com falta de ar durante o sono porque os despertares são um mecanismo de defesa”.

Medicas simples que melhoram a apneia
Dormir de lado
Perder peso (quem perde 10% do peso melhora em 30% a apneia)
Exercícios que tonificam a musculatura da faringe e da língua
Evitar álcool
Evitar sedativos
Desobstruir o nariz

 

G1

Foto: Arte/TV Globo