O secretário estadual de educação, deputado Átila Lira disse no começo da tarde desta segunda-feira, 02, que o governo está enviando à Assembléia um novo projeto de reajuste para os professores a partir de maio, retroativo a janeiro. Ele aproveitou para afirmar que as faltas dos professores em greve de sala de aula serão descontadas no contracheque.
“Nós já estamos com 30 dias de greve, estamos apelando para todos os professores para que voltem ao ano letivo de 2012. A ausência em sala de aula já está vindo incorporado no desconto do mês de abril. É necessário ser descontado, não posso deixar de descontar. A ausência de qualquer servidor, a secretaria tem que registrar o desconto. A questão da ilegalidade da greve é outro ato jurídico. O servidor agora vai receber o contracheque descontado e pode até receber ele zerado. Aí nós temos o caso da Fazenda e de outras repartições que insistiram em não comparecer. Eu sou obrigado como gestor público, é considerado crime você deixar de agir dentro daquilo que a lei determina. O governador disse que voltaria a conversar em maio, aliás em todo o tempo a gente está procurando dialogar, debater, mostrar que a área pública não pode fazer essa paralisação”.
“O projeto - que está na Assembléia e foi substituído por outro - é um avanço. O primeiro projeto incorporava a regência e praticamente não tinha um ganho real. O segundo projeto obedece ao que o Governo Federal encaminhou à Câmara e ao Senado. Primeiro vai reajustar o piso salarial para todos os professores que estejam abaixo dos R$ 1.451,00 que é estabelecido pelo Ministério da Educação. Segundo, o governo de Estado seguindo o Governo Federal reajusta os salários das demais classes de acordo com o INPC, ou seja, 6,8% a partir de maio. O governo fez um projeto novo, mais abrangente, atingindo todos os professores, ativos ou inativos. O reajuste será em cima das remunerações. A questão da regência é tratada de uma forma diferente do reajuste, ela é agregada depois do reajuste, também seguindo a uma tendência de todos os planos de carreira que estão sendo implantados em outros estados do Brasil".
"O governo não decreta a ilegalidade da greve porque primeiro ele está seguindo o que o Governo Federal está propondo. Segundo, o estado está fazendo dentro do limite de sua capacidade financeira e mostrando as contas fiscais da Secretaria de Fazenda. Inclusive colocamos na mesa de negociação os números para que o sindicato pudesse apreciar. Quanto à questão da ilegalidade da greve, o projeto está na Assembléia e vai hoje à tarde o novo projeto com essas mudanças que nós acreditamos que poderão melhorar o projeto e sensibilizar todos os professores ativos e inativos".
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