Os professores da Universidade Federal do Piauí - UFPI - decidiram nessa quarta-feira, 19, encerrar a greve da categoria, a maior da história da instituição. Foram 129 dias de paralisação em busca de melhores salários, o que prejudicou o ano letivo. A UFPI agora começa a definir o novo calendário, mas já é certo que as aulas serão reiniciadas no dia 24 de setembro, segunda-feira.

 

O novo calendário deve reservar 50 dias para conclusão do primeiro semestre letivo. Apesar dos dias parados, haverá férias, mas por um período reduzido. A Associação dos Docentes da UFPI garante que todas as aulas serão repostas.

 

Durante a greve, foram 25 mil alunos sem aulas. Mais da metade dos professores cruzaram os braços. A proposta acertada foi de 25% a 40% de reajuste salarial até 2015.

 

Nessa quarta-feira também terminou o prazo para a confirmação presencial dos candidatos que estavam na lista de espera do Sisu.

 

Cidadeverde

Policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) abordaram dois rapazes em uma bicicleta e encontraram com um deles 20 papelotes de maconha, no Bairro São João, Zona Leste, na noite dessa quarta-feira, 19. A droga estava escondida na cueca do jovem. O que chamou atenção dos policiais, foi o fato de os estudantes estarem retornando da escola.

 

Os policiais informaram que a quantidade de droga encontrada caracteriza tráfico e tudo indica que a escola é ponto para comercialização da droga. Os dois jovens, um de menor e o outro maior de idade, foram encaminhados para a Central de Flagrantes.

 

 

Meio norte

O mistério que ronda as causas da morte da estudante Fernanda Lages Veras deve ser revelado pela Polícia Federal, nesta quinta-feira, 20. O laudo será apresentado à imprensa às 9:30h, direto do auditório desta Superintendência Regional. Foram mais de 10 meses de investigação, mas, até o momento, somente uma pessoa foi informada oficialmente sobre esse relatório.

 

Nessa terça-feira, 18, o documento foi levado pelos delegados federais ao juiz do Tribunal do Júri, Antônio Noleto. Em entrevista, o magistrado revelou que o relatório é extenso e baseado em provas científicas. “Do ponto de vista científico, eu não sei se estaria autorizado a dizer isso, mas achei bastante científico. São muitos laudos e muitas imagens sobre o corpo. É um relatório extenso e bem municiado e com as respostas. Ele aponta o fato e esclarece o fato”, disse.

 

A família da estudante prefere agora adotar o silêncio e afirmou que só falará após o resultado da Polícia Federal. Já os promotores de justiça, Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha, disseram hoje que não participarão do anuncio que será feito durante a coletiva.

 

Em entrevista, Eliardo Cabral afirmou que mesmo com o resultado da PF vai continuar com sua tese de homicídio. “Antes eu sabia e hoje sei muito mais. Querem colocar na sociedade que foi acidente, mas tenho detalhes para confirmar minha tese. Não quero que o dinheiro compre tudo”, ressalta.

 

O promotor confirmou ainda que, em breve, vai dar mais detalhes sobre o crime e os autores. “Se vão ser presos eu não sei, mas vou apresentá-los à sociedade. Essas pessoas vivem no ‘submundo’ da ilegalidade e tenho provas testemunhais. Esses não querem se manifestar, ainda, por receio. Acredito que quando os ânimos acalmarem, será questão de tempo para se revelarem”, concluiu.

 

No próximo dia 25 de setembro, a morte da estudante completa um ano e um mês. Fernanda Lages cursava direito e tinha 19 anos. O corpo dela foi encontrado nas obras do Ministério Público Federal (MPF), localizada na Av.João XXIII, zona Leste de Teresina.

 

Portal da clube

Policiais Federais do Piauí, em greve há 45 dias, estiveram realizando na tarde desta quarta-feira, 19, um ato de protesto na ponte Estaiada. Na lateral da via foi afixada uma faixa com a mensagem: “Presidenta Dilma, policiais federais esperam respeito e reconhecimento. Reestruturação já”.

 

Os profissionais estão vestindo camisas pretas, subiram a ponte, deram as mãos e enquanto gritavam: “Polícia Federal está parada”. O movimento de paralisação atinge o âmbito nacional. “Queremos mostrar que nossa situação é caótica”, disse o presidente do sindicato da categoria, Luiz Alberto José da Silva.

 

O representante da classe informou, ainda, que cerca de 200 investigações estão paradas. Os inquéritos incluem processos eleitorais, mas que o caso Fernanda Lages não foi prejudicado por ser considerado prioritário para a Polícia.


“Estamos aqui na ponte Estaiada porque é um símbolo da cidade, tem uma grande movimentação e porque queríamos chamar a atenção da sociedade para a intransigência da presidente Dilma para acabar com a greve”, informa Luiz Alberto José da Silva.