Na tarde desse domingo, 16, parte do teto do prédio onde funcionam o 1º e o 2º Distritos Policiais (DP) de Campo Maior desabou por causa das chuvas. O estrondo causado pelo desabamento assustou quem estava no local e aconteceu momentos antes do delegado Igor Gadelha colher depoimentos em uma sala ao lado da qual desabou parte do teto.
O chefe do cartório do 1º DP, Baker Martins, disse que na hora em que o teto caiu estavam no local, além dele, o delegado Igor Gadelha e um advogado e que ninguém ficou ferido por conta do incidente. Três presos aguardam transferência da delegacia.
De acordo com o chefe do cartório, os presos precisam ser transferidos para unidades prisionais até porque a edificação encontra-se bastante danificada e não há como realizar reformas. “Não tem como reformar o prédio, antigo, e há três presos aguardando transferência. O problema é que a casa de detenção iniciada no governo passado está com obras paradas, a Casa de Custódia está cheia e as cidades de Castelo e São Miguel precisam da construção de casas detenção”, afirmou.
Ainda segundo Baker Martins, está previsto para ser entregue em março deste ano uma nova unidade prisional em Campo Maior, um Complexo Policial.
A PI- 459 não resistiu as fortes chuvas que caíram nos últimos dois dias e foi cortada pela força das águas. Desde ontem, 16, os moradores do município de Betânia do Piauí, estão ilhados e até o início do ano letivo na cidade foi suspenso.
O prefeito José Evangelista da Rocha conta que cerca de 40 metros da estrada ficaram danificados pela força da água e obras de reparos só poderão ser realizadas após o período chuvoso.
"A estrada foi construída recentemente por uma construtora de Pernambuco. Já entramos em contato com os responsáveis que acionaram o Governo do Estado. De toda forma, somente quando as águas baixarem poderão ser feitos os reparos necessários. Nem ambulância passa pelo local", explica José Evangelista.
Como medida paliativa, máquinas da prefeitura abriram um desvio para possibilitar o tráfego de veículos entre os municípios de Betânia do Piauí e Paulistana, mas segundo o prefeito, o acesso está sendo apenas para carros pequenos.
Outra rota entre os dois municípios seria entre as cidades de Dormentes e Afrânio, no estado do Pernambuco, mas as estradas nestes locais também estariam inundadas pelas águas da chuva.
A psiquiatra Maria da Conceição Krause, do Distrito Federal, apresentou na manhã desta segunda-feira, 17, o resultado da autopsia psicológica da estudante Fernanda Lages, que morreu no dia 25 de agosto de 2011. Em sua conclusão, Krause confirmou que a estudante cometeu suicídio.
Ela narrou todos os últimos meses de vida da Fernanda, através das 27 pessoas que foram entrevistadas, entre amigos, testemunhas e familiares, sendo que sete pessoas passaram por um teste de credibilidade para verificar se as declarações eram verídicas. A especialista elogiou o trabalho das Polícias Civil e Federal.
Suicídio
Após explanação do trabalho realizado, a especialista concluiu que a estudante Fernanda Lages cometeu suicídio, por apresentar um quadro de transtorno bipolar, transtornos mentais e comportamentais decorrente do uso de álcool.
“O quadro que a Fernanda apresentava nos últimos seis meses antes da morte. Houve um declínio do seu humor, a partir do namoro, mas o divisor de águas foi quando ela quis sair da casa da tia para morar com amigos. Houve exacerbação do libido, aumento do fluxo de ideias, uma elevação na variação do humor e de comportamentos autodestrutivos diretos”, destacou a psiquiatra.
Ela citou como exemplo o fato de Fernanda sair para beber praticamente todos os dias, um grande consumo de álcool, relacionamentos amorosos com vários homens e muitos deles desconhecidos, e relação com amigos que tinham envolvimento com drogas e com a polícia.
“A Fernanda tinha transtorno mental de humor, que já se apresentava aos 13 anos de idade, mas o divisor de águas aconteceu nos últimos seis meses quando os sintomas de bipolaridade aumentaram. Às vezes as pessoas confundem com fatores da adolescência, mas se o caso dela tivesse sido descoberto e tratado, o suicídio poderia ter sido evitado”, afirmou a psiquiatra.
Álcool
A especialista confirmou que Fernanda estava alcoolizada e que isso causou uma instabilidade e prejuízo de julgamento, comprometeu a percepção de memória, prejudicou o equilíbrio e alterou o humor que ficou instável.
“A Fernanda tinha tolerância ao álcool e pode não ter tido problemas físicos, mas estava com os fatores psicológicos alterados”, afirmou Maria da Conceição.
Vida noturna agitada
A especialista disse que Fernanda mudou seu humor e atitudes em seis meses, após perder a virgindade por volta do dia 24 de agosto de 2010. Fernanda teria passado de uma pessoa, calma e caseira para uma jovem que tinha uma vida noturna muito agitada e bebia muito. Krause disse ainda que dois dias antes da morte, ela estava depressiva.
Não se prostituía
Apesar da vida agitada de Fernanda, a perita afirma que em nenhum momento encontrou indícios de que havia se prostituído. “A Fernanda tinha um comportamento de caso ela visse um homem passando de carro que lhe interessasse, ela ia até ele e entregava um telefone. Não importando se ela conhecia ou não e se ele era casado ou não”, declarou Krause.
De acordo com ela, os relatos revelaram que Fernanda tinha o hábito de sair com vários homens, mesmo que fosse com aqueles que ela tivesse conhecido naquela noite e dormir na casa dele, mesmo sem ter tido maiores intimidades.
Declaração comovente
A declaração do pai da Fernanda, Paulo Lages, foi o relato que mais emocionou durante todos os seus anos de trabalho com perícia psicológica. Segundo ela, a fala do pai de que não poderia ter mais filhos e dele ter uma ligação muito forte a filha foi muito comovente.
“A maioria das pessoas, parentes de suicidas, que não deixaram bilhetes não consegue acreditar no suicídio porque dizem que a pessoa que morreu nunca cometeria o ato sem avisar. Mas, acontece que essa pessoa já está psicologicamente morta e para deixar um bilhete ela ainda iria ter que apresentar algum contato com a vida. Não é que ela não amava a família, ela amava tanto que pediu para falar com o irmão na tarde anterior à sua morte e tinha como senha do computador o nome do pai, da mãe e do irmão, mas naquele momento tinha desaparecido tudo que era vida na Fernanda”, justificou a psiquiatra.
Histórico escolar
Os peritos fizeram uma análise do histórico escolar desde a infância até a faculdade de Direito que estava cursando. Segundo as avaliações, no semestre anterior à sua morte, Fernanda começou a chegar tarde e sair cedo, ela havia pego seis disciplinas, sendo que três reprovou por falta e em duas por nota, passando somente em uma.
Não foi homicídio
“A maior dor de quem sobrevive é ter ligação com quem se matou. Eu gostaria de vir aqui dizer que era homicídio, porque vi a dor da família e sei que a população não acredita que foi suicídio. Isso acontece porque há um instinto de sentimento e emoção e de proteção à vítima. A população queria Justiça, eu sei que é impossível convencer, porque é um sentimento natural do ser humano, ainda mais no Brasil onde as pessoas clamam por Justiça”, finalizou a perita.
Uma mulher identificada como Ana Célia Fontenele Pereira, 39 anos, morreu após dar entrada no Pronto Socorro do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) depois de sofrer um acidente de trânsito por volta das 14:00h desse domingo, 16, na avenida João Silva Filho, no bairro Planalto, em Parnaíba.
Ela vinha da Lagoa do Portinho em direção ao bairro Planalto Tremembés. Ana Célia estava na garupa de uma moto Fan CG 150 de cor preta, conduzida por seu filho Rafael Pereira de Oliveira, quando outra motocicleta bateu no guidão do veículo e os dois foram ao chão.
O capacete sacou da cabeça da vítima que bateu no calçamento. Houve perda de massa encefálica. Mesmo sendo atendida com rapidez no hospital da cidade, a mulher não resistiu e veio a falecer.