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Dos 199 médicos brasileiros inscritos no Mais Médicos, apenas 12 iniciaram as atividades no Piauí. Os profissionais já começaram os trabalhos nos municípios de Altos, Avelino Lopes e União, cada um com um profissional; Campo Maior, com dois; Cocal, com três; e Pio IX, com quatro. Os dados foram apresentados hoje, 3, pela Coordenação Estadual do programa, da Secretaria de Estado da Saúde.

Além daqueles, outros 21 médicos validaram suas inscrições. Ou seja, o profissional foi ao município, apresentou os documentos, teve a inscrição validada no sistema, mas não iniciou as atividades. De acordo com Idvani Braga, coordenadora do Programa, a validação não significa o início das atividades. “O profissional agenda com a equipe municipal quando iniciar, que pode ocorrer até o dia 14 de dezembro”.

Os profissionais validaram as inscrições, sem iniciar ainda os trabalhos, para os municípios de Altos(1), Campo Maior(3), Jaicós(2), Luis Correia(2), Miguel Alves(3), Monsenhor Gil(3), Monte Alegre(1), Nossa Senhora de Nazaré(1), Pedro II(2), Pimenteiras(2) e Prata(1).

Pelo edital de contratação de profissionais que vão atuar no Mais Médicos, o Piauí deve receber 199 médicos, para atuar em 100 municípios. Na primeira semana após a publicação dos resultados, apenas 16 municípios tiveram a validação ou início das atividades dos profissionais.

 

Sesapi

O I "Seminário sobre estigma no estado do Piauí - Estigma e Hanseníase: ainda uma realidade?", está sendo realizado no auditório da Universidade Federal do Piauí - campus de Floriano. Promovido pela NHR Brasil (Netherlands Hanseniasis Relief - Brasil), em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde e de Educação. O evento busca refletir acerca do preconceito sofrido por quem é vítima da doença. 

francis

A NHR Brasil é o escritório no Brasil, da ONG holandesa NLR, que tem como objetivo erradicar a hanseníase. Segundo a diretora da NHR Brasil Solange Paiva, o Brasil é o segundo no mundo em incidência da doença. 

antonio9reis

A secretária de Saúde Thais Braglia fez um breve histórico da luta contra a hanseníase no estado e ressaltou a importância deste evento para Floriano. O vice - prefeito, Antônio Reis, que representou o prefeito Joel Rodrigues no evento, garantiu o apoio do município na luta contra os estigmas que envolvem o assunto.  

francisco

Diversas instituições que lutam contra a hanseníase, estiveram presentes.  O deputado eleito Dr. Francisco Costa, secretários municipais, médicos e demais membros da Saúde, poder legislativo, profissionais da UFPI, acadêmicos de cursos da Saúde  e a comunidade de modo em geral, estiveram presentes neste evento.

Da redação

ortorexiaDezembro chegou. Logo depois do pisca-pisca das luzes do Natal e dos fogos do Ano Novo vêm as férias e as viagens para as nossas praias. Todo mundo já está se preparando para estar com o corpo “em dia” para os biquínis, sungas, shorts, vestidos e bermudas que lotam nossa paisagem brasileira. Tudo certo.

Só que muitas pessoas podem demonstrar uma preocupação excessiva com a alimentação saudável e com o corpo sarado e cheio de músculos. Quando esta preocupação se torna quase que uma “obsessão” com a alimentação e/ou com o corpo e ultrapassa os limites do bom senso, impedindo a convivência social normal, podemos estar diante de um quadro de ortorexia ou vigorexia. Vamos entender a diferença e os riscos para a saúde destas duas condições.

A ortorexia trata-se de uma condição em que a pessoa fica obcecada por uma alimentação que considera “pura e saudável”. Os nutrientes escolhidos como apropriados pelos ortoréxicos não tem, necessariamente, relação com as calorias neles contidas. Trata-se mais de uma preocupação com a qualidade dos mesmos. Devem ser isentos de quaisquer produtos considerados “impuros” ou tóxicos. Dentro desta perspectiva, as escolhas podem ser feitas com base em critérios de cunho cultural, filosófico ou religioso.

O grande problema é que as pessoas com ortorexia privam-se, muitas vezes, de nutrientes essenciais necessários ao bem estar e qualidade de vida. Além disso, tendem a se isolar socialmente pois adquirem uma série de restrições alimentares impeditivas do convívio social rotineiro. Algumas vezes preferem ficar sem comer, caso não haja alimentos que consideram apropriados. Não se trata de comer saudável. Trata-se de uma situação extrema e obsessiva em que a alimentação passa a dominar os pensamentos e condutas.

A vigorexia, por sua vez, consiste em uma situação onde há preocupação excessiva com a imagem corporal. É classificada como um distúrbio psíquico pois ocorre uma distorção da própria imagem, semelhante ao que ocorre nos casos de anorexia. Os vigoréxicos – em sua maioria homens- tendem a passar horas e horas malhando na academia, olham-se no espelho e se enxergam com poucos músculos. Aí voltam compulsivamente a malhar mais e mais. O uso de anabolizantes é comum. Os prejuízos para a saúde são vários: desde fadiga, lesões, irritabilidade, distúrbios na esfera sexual, ou hipertrofia do músculo cardíaco, predispondo a distúrbios cardiovasculares graves, por exemplo.

Alimentação saudável e exercícios fazem bem para a saúde física e emocional. Porém, o segredo da vida com qualidade, muitas vezes, está no equilíbrio e bom senso.

 

G1

Foto: divulgação

superfungosAs infecções hospitalares causadas por fungos multirresistentes devem se tornar cada vez mais comuns, segundo o pesquisador do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo João Nóbrega de Almeida Jr. “Se existe a superbactéria, existe o superfungo também”, disse o especialista que atua também no Hospital da Clínica de São Paulo ao comparar os fungos resistentes à superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).

Recentemente, Almeida publicou um artigo no jornal científico Transplant Infectious Disease sobre o primeiro caso de um paciente contaminado pelo fungo Lomentospora prolificans na América do Sul. O rapaz havia feito transplante de medula há cerca de um mês quando foi infectado pelo fungo e acabou morrendo em decorrência da contaminação.

Segundo o pesquisador, o fungo só é capaz de afetar pessoas com o sistema imunológico comprometido. No entanto, caso a contaminação aconteça, a letalidade é de mais de 80%. Como ainda existem poucos laboratórios preparados para identificar esse tipo de infecção, Almeida acredita que possa haver casos não registrados. “Esse fungo não deve ter em grande quantidade no ambiente, como em outros países, mas também porque os nossos laboratórios não são habilitados para fazer o diagnóstico”, afirma.

Existem, entretanto, outros fungos que apresentam uma ameaça maior por poderem infectar não só pacientes com o sistema imunológico fragilizado, mas em situação delicada de internação, como em unidades de tratamento intensivo. Esse é o caso do Cândida auris.

Surtos na América do Sul

Em março de 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um comunicado de risco para o fungo, responsável por surtos em diversas partes do mundo. Foram registradas ocorrências no Japão, na Coreia do Sul, na Índia, no Paquistão, na África do Sul, no Quênia, no Kuwait, em Israel, na Venezuela, Colômbia, no Reino Unido, nos Estados Unidos e no Canadá. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos tem emitido alertas para o fungo.

As ocorrências em países da América do Sul indicam, de acordo com o pesquisador, que em algum momento o Brasil terá de lidar com o Cândida auris. “A gente está se preparando com uma força-tarefa nacional com vários pesquisadores para quando chegar esse fungo no país a gente fazer o diagnóstico correto”, ressalta.

Agrotóxicos e mudanças climáticas

As infecções hospitalares por fungos têm se tornado mais comuns devido ao aumento da resistências de algumas variedades desses organismos. Segundo Almeida, há indícios que o surgimento dos fungos multirresistentes está ligado ao uso de defensivos agrícolas. “A gente acredita [que o surgimento dos fungos multirresistentes acontece] principalmente pelo uso de antifúngicos fora do ambiente hospitalar. Na agricultura, por exemplo, nas plantações, os fungos são os principais biodecompositores, vão destruir verduras, plantas”, destaca.

As mudanças climáticas também parecem ter, de acordo com o pesquisador, uma contribuição para o aparecimento de espécies que não são afetadas pela medicação existente. “O aquecimento global. As alterações climáticas vão favorecer o aparecimento de fungos que crescem em temperaturas maiores. E os fungo que crescem em temperaturas maiores são os potencialmente patogênicos, porque o nosso corpo tem temperatura de 36 graus”, acrescentou.

Apesar da expansão do problema, Almeida enfatiza que não há risco para a população em geral. São os sistemas de saúde que precisam se preparar para lidar com as novas possibilidades de infecção dentro dos hospitais.