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Já chegam a 21 as pessoas com suspeita de febre maculosa em Contagem (MG), uma doença que pode matar em até 60% dos casos. Neste domingo (2), a prefeitura da cidade confirmou duas mortes - outras duas estão em investigação. As quatro vítimas são da mesma família. Em Belo Horizonte, três pessoas estão internadas com suspeita da doença.

Mas quais são as causas da doença? Como ela é transmitida? O G1 traz as principais informações:

O que é a febre maculosa?
É uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Rickettsia. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, duas espécies estão associadas à febre maculosa:

Rickettsia rickettsii, mais registrada do norte do Paraná e nos estados da região Sudeste, como Minas Gerais;
Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, que é registrada em áreas silvestres e apresenta sintomas mais leves.


Como ela é transmitida?
A transmissão em seres humanos ocorre por meio da picada do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.

Como diminuir os riscos de infecção?
Quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupa em água fervente para a retirada dos insetos.

"Para transmitir a doença, o carrapato precisa ficar na nossa pele por quatro horas", explica a infectologista Rosana Richtmann.
Outras dicas do Ministério da Saúde:

Ao remover um carrapato da sua pele, use uma pinça para agarrá-lo e remova-o cuidadosamente.
Trate o carrapato como se estivesse contaminado: mergulhe-o em álcool ou jogue no vaso sanitário.
Limpe a área da mordida com antisséptico.

Lave bem as mãos.
Quanto tempo demora para os sintomas se manifestarem?
A doença pode demorar até duas semanas para se manifestar após o contato inicial com a bactéria.

Quais são os sintomas?
Os sintomas são parecidos com os de várias outras doenças, como a dengue. Febre alta, dor no corpo e dor no fundo dos olhos estão entre os principais, assim como dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, insônia, manchas na pele.

A doença causa uma inflamação nos vasos periféricos e pode gerar amputações, quadros neurológicos e matar em até 60% dos casos.
A progressão da doença varia. Nem todos os pacientes desenvolverão todos os sinais ou sintomas. Por isso, o mais importante é examinar o corpo após entrar em áreas silvestres.


Como é o tratamento da febre maculosa?
Quanto mais cedo o paciente buscar uma unidade de saúde após a manifestação dos sintomas, maior será a chance de melhoria no quadro. O tratamento é feito com antibióticos específicos e, em alguns casos, a pessoa precisará ser internada. Todo o processo dura cerca de 10 dias.

 

G1

 

vacinainfantilA SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) realizou algumas mudanças no calendário de vacinação infantil este ano.

Segundo o pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da SBP, as alterações na vacinação infantil se deram em relação às doses da vacina meningocócica C, que passaram de duas aplicações para três, sendo a primeira aos três meses de idade, a segunda aos cinco meses e o reforço no primeiro ano de vida.


Outra alteração foi feita quanto à vacina BCG, contra a tuberculose. O médico afirma que, anteriormente, quando a vacina não deixava marquinha no braço da criança, era necessário reaplicá-a. A medida foi mudada, não necessitando mais da segunda aplicação, mesmo que não haja a cicatriz no braço.

As oito vacinas obrigatórias na infância são BCG, tríplice viral, meningocócica C, pneumocócica, poliomielite, pentavalente, rotavírus e hepatite A.

Sete delas estão com cobertura abaixo da meta, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (3). Somente a vacina BCG apresentou 95% de imunização em 2018.

Segundo o Ministério da Saúde, todas as vacinas destinadas a crianças menores de 2 anos vem registrando queda desde 2011, com maior redução a partir de 2016. A pasta atribui a queda à disseminação de fake news e ao sucesso do Programa Nacional de Imunizações.

 

Em relação a essa baixa cobertura vacinal, Kfouri afirma que há uma imprecisão nos dados por conta da mudança nos registros de aplicações. "As informações mostram que a vacinação segue em queda principalmente desde 2015, justamente a época em que tivemos essa mudança no registro de doses", explica.
"Nós não temos uma excelente cobertura de vacinação, e essa cobertura não ideal teria várias explicações, como o desabastecimento de vacinas, horário de funcionamento de postos e a percepção de risco que os pais têm sobre determinadas doenças, como o coqueluche", afirma Kfouri.

Segundo o médico, o Ministério da Saúde está fazendo um estudo para tentar compreender os motivos que levam as pessoas a não vacinarem as crianças.

 

R7

Foto: Agência Brasil

Tem quem chame a cerveja de “pão líquido” e a comparação tem fundamento. Segundo a nutricionista Danielle Fontes, cada latinha de cerveja que bebemos tem o mesmo efeito de um pão francês no organismo. Por isso, se você tomar quatro latinhas de cerveja, é como se estivesse comendo a mesma quantidade de pães.

“A cerveja é uma bebida alcoólica e calórica. Ela tem muito carboidrato e a caloria do próprio álcool. A barriga é uma consequência do acúmulo de energia, que se transforma em gordura”, explica. A nutricionista lembra que a cervejinha nunca vem sozinha. Ela sempre tem a companhia de petiscos, por exemplo.

A nutricionista tirou essa e outras dúvidas dos telespectadores do Bem Estar:

Tomar água antes da refeição engorda? Danielle explica que o problema da bebida durante a refeição está no tipo. A recomendação para evitar a água na hora da alimentação, por exemplo, é para não atrapalhar a digestão.

A auxiliar de saúde Andrea Gervásio tinha dúvidas sobre carboidratos após às 18h. Pode comer arroz e feijão à noite? Segundo a nutricionista, não tem problema. “O que precisamos é avaliar a quantidade ingerida ao longo do dia em relação ao que foi gasto”.
Ovo: vilão ou mocinho? Antigamente, diziam que o ovo era vilão. “A gente evitava comer a gema por causa da gordura saturada e o colesterol”, diz a nutricionista. Entretanto, hoje sabemos que não é isso que vai fazer mal. Comer de dois a três ovos por dia não tem problema. Mas a quantidade depende também do gasto calórico.

E o abacate? Ele é calórico, mas em uma dieta balanceada não engorda. A fruta também é super versátil. Vai bem na salada, na sobremesa, na vitamina, como guacamole. A questão está em como consumir.

 

G1

sorveteQuem não gosta de chocolate, sorvete, refrigerante e cereal matinal? Esses deliciosos alimentos podem aumentar o risco de morte prematura, é o que indica dois estudos recentes. As descobertas reforçam evidências divulgadas anteriormente sobre como os alimentos ultraprocessados podem estar associados a uma série de problemas de saúde, como câncer, obesidade e hipertensão.

O primeiro estudo, realizado na Espanha, revelou que pessoas que consomem mais de quatro porções por dia de alimentos industrializados, como salsicha, bacon e comida pronta, por exemplo, apresentam um risco 62% maior de morrer se comparado a quem come menos de duas porções por dia. Além disso, para cada refeição adicional de ultraprocessados o risco de morte aumenta em 18%. Já o segundo estudo, feito por pesquisadores franceses, apontou que pessoas que comem estes alimentos estão mais propensos a sofrer acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e outros problemas cardiovasculares.

Por causa disso, especialistas ressaltam a necessidade de orientar a população sobre os riscos da alimentação baseada em ultraprocessados. “Os governos devem fazer mais para reduzir de forma abrangente a disponibilidade, acessibilidade e apelo de alimentos processados, que são ricos em gorduras, açúcares e sal”, comentou Corinna Hawkes, da City University London, na Inglaterra, no Reino Unido, ao The Guardian.

Estudo francês
Para chegar a esta conclusão, a equipe da Universidade de Paris, na França, reuniu detalhes sobre as dietas e a saúde de mais de 105.000 pessoas. Depois de acompanhá-las por mais de cinco anos, os pesquisadores perceberam que os participantes que que consumiram os alimentos ultraprocessados estavam em maior risco de doenças cardiovasculares. As observações mostraram também que se o nível de consumo cresceu ao longo do estudo, por exemplo de 10% para 20%, o risco de desenvolver esses problemas doenças aumentou 12%.


A pesquisa, publicada no British Medical Journal , destacou que a descoberta não prova que esses alimentos são a causa direta dessas doenças uma vez que os resultados encontrados sugerem que 277 casos de doenças cardiovasculares surgiriam a cada ano em 100.000 consumidores de alimentos ultraprocessados, contra 242 casos no mesmo número de indivíduos cujo consumo era menor.

Apesar disso, os cientistas ressaltaram que há evidências suficientes para que autoridades de saúde pública alertem a população para os riscos. “O público deve evitar esses alimentos o máximo possível. Precisamos voltar a dietas mais básicas”, Mathilde Touvier, co-autora do estudo, ao The Guardian.

Estudo espanhol
Já na Espanha, a equipe da Universidade de Navarra, ​​monitorou os hábitos alimentares e a saúde de quase 20.000 pessoas entre 1999 a 2014. Ao longo do estudo, 335 participantes morreram. Após excluir efeitos causados por fatores como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC) e tabagismo, os pesquisadores notaram que os riscos permaneciam altos para quem consumia mais de quatro porções por dia de alimentos ultraprocessados, o risco de morte, por exemplo, aumentou em 18%.


De acordo com a equipe, o fato de a taxa de mortalidade elevar em decorrência do aumento do consumo é um forte indicativo de que os ultraprocessados ​​são os responsáveis por esse resultado. Apesar disso, os pesquisadores não conseguiram determinar de que forma esses alimentos podem prejudicar a saúde. O estudo também foi publicado no BMJ.

Alimentos ultraprocessados
Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por maior processamento industrial, no qual são adicionados outros ingredientes, como conservantes, edulcorantes ou intensificadores de cor. “Dizemos que se um produto contém mais de cinco ingredientes, provavelmente é considerado ultraprocessado”, explicou Maira Bes-Rastrollo, da Universidade de Navarra, na Espanha, à BBC News.

Veja a lista:

Carne processada, como salsicha, bacon e hambúrgeres;
Barras de cereal ou cereal matinal;
Refeições prontas, como lasanha e pizza;
Sopas instantâneas;
Sorvete;
Chocolate;
Pão produzido em larga escola, como o de forma ou sovado;
shakes para substituir refeições; bebidas açúcaradas, como sucos de caixa e refrigerantes; e
Bolo.


Por esse motivo, especialista ressaltam a necessidade de conscientizar a população a respeito dos riscos. “O aconselhamento dietético é relativamente simples: comer menos alimentos ultraprocessados ​​e mais alimentos não processados ​​ou minimamente processados”, concluiu Mark Lawrence e Phillip Baker, da Universidade Deakin, na Austrália, em comunicado.

 

Veja

Foto: Ligia Skowronski/VEJA

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