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Cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, avaliam é provável que as candidatas a vacina contra a covid-19 em testes hoje no mundo tenham de ser submetidas ao uso massivo para que tenham, finalmente, sua eficácia comprovada.

Em um artigo opinativo, publicado nesta terça-feira (27) na revista científica The Lancet, Susanne Hodgson e Kate Emary falam sobre a importância de estudos contínuos de longo prazo após qualquer candidata a vacina ser licenciada e incluída em programas de imunização.
"Para determinar se uma vacina protege contra a covid-19 grave, um ensaio clínico precisa mostrar que há significativamente menos casos de doença grave em indivíduos vacinados com uma vacina contra covid-19, em comparação com indivíduos que não foram", explica Kate.

Por outro lado, a médica, que faz parte do Grupo de Vacinas de Oxford, acrescenta que não é tão simples identificar estes casos nos testes clínicos envolvendo o novo coronavírus (SARS-CoV-2).

"Apenas uma pequena proporção de indivíduos infectados com SARS-CoV-2 desenvolve doença grave, o que significa que um número extremamente grande de voluntários é necessário em um ensaio clínico para que haja casos suficientes para obter uma medida confiável da eficácia da vacina. Isso significa que é provável que só saberemos se uma vacina protege contra a doença [covid-19] grave, uma vez que tenha sido implantada e administrada a uma grande população."

O governo da Rússia decidiu neste sentido: aprovou, em agosto, a vacina para uso emergencial após a fase 2 de ensaios clínicos, com apenas 76 pessoas.

A partir disso, a Sputnik V começou a ser aplicada em um número maior de pessoas, paralelamente à fase 3, que incluirá 40 mil voluntários.

Na China, a situação é um pouco diferente. Embora as vacinas ainda não estejam aprovadas, milhares de pessoas estão recebendo doses de três candidatas.

Desde julho, o governo chinês permite que indivíduos de grupos com alto risco de contraírem a doença sejam vacinados.

Foi criado um programa em que as pessoas assinam formulários de consentimento e podem fazer uso emergencial, segundo o chefe da força-tarefa para o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19, Zheng Zhongwei.

Atualmente, 44 vacinas para covid-19 estão sendo testadas em humanos (fase clínica). Outras 154 estão em desenvolvimento pré-clínico.

Susanne observa que "é improvável que vejamos um único vencedor na corrida da vacina contra a covid-19".

"Diferentes tecnologias trarão vantagens distintas que são relevantes em diferentes situações, Além disso, provavelmente haverá desafios com a fabricação e fornecimento de uma única vacina na escala necessária, pelo menos inicialmente."

 

R7

vacescolhidaCoronavac, Oxford, Pfizer: será possível escolher vacina da covid-19? Não. Essa decisão é do Ministério da Saúde. "Essas vacinas não vão estar disponíveis no sistema privado, para que você possa fazer uma escolha. Elas farão parte de um programa que o ministério vai definir", afirma Flávia. Essa deliberação, de acordo com ela depende de inúmero fatores, como disponibilidade, facilidade de distribuição e quando elas estarão prontas. "Em termos de vacinação pública, temos que fazer uma logística bastante detalhada e complexa. O ministério vai ter que pensar qual a melhor forma de vacinar", completa. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já afirmou que a vacina contra a covid-19 vai ser acrescentada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), que faz parte do SUS (Sistema Único de Saúde). Ainda de acordo com ele, 30 milhões de doses do imunizante produzido pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZenca estarão disponíveis no país até janeiro.


Cada Estado vai ter sua vacina? Ainda não se sabe. Mas cada Estado deve ter vacinas diferentes disponíveis depois que elas forem aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso vai acontecer porque, de acordo com Flávia, um único imunizante não será capaz de suprir a demanda de toda a população brasileira. "Mesmo quando você escolhe grupos alvos, são muitas pessoas", observa. Ela cita como exemplo a vacina meningocócia ACWY, que protege contra a meningite provocada por esses quatro tipos de menigococo. Ela foi incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde) no início deste mês, para adolescentes de 11 e 12 anos. "Temos três marcas diferentes no Brasil".


Se a Coronavac, por exemplo, ficar disponível antes das demais, é melhor garantir e tomar ou esperar por outras? É melhor tomar a primeira que estiver disponível. "É muito preconceito dizer que não vai tomar a vacina porque é chinesa", afirma Flávia. "A gente tem muitas vacinas com matéria-prima chinesa, indiana, e de outros países. Elas são de institutos de produção completamente confiáveis. Se a a Anvisa licenciou, é porque são seguras", enfatiza. A especialista lembra que a Coronavac é desenvolvida por uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantã, em São Paulo, com a tecnologia de inativação do vírus, já dominada em todo o mundo. "Essas tecnologias são internacionalizadas. Um ajuda o outro, o mundo científico troca informações", completa. Na semana passada, a Anvisa autorizou a importação de 6 milhões de doses do imunizante.


Uma única pessoa pode tomar mais de uma vacina contra a covid-19? Não. Ninguém deve fazer isso, pois corre o risco de ter eventos adversos graves. "Nenhuma vacina é testada quanto à intercambialidade. Então, a gente não sabe o que pode acontecer. Pode ter eventos adversos graves por incompatibilidade e uma pode atrapalhar o efeito da outra", explica a especialista.


Uma única pessoa pode tomar mais de uma vacina contra a covid-19? Não. Ninguém deve fazer isso, pois corre o risco de ter eventos adversos graves. "Nenhuma vacina é testada quanto à intercambialidade. Então, a gente não sabe o que pode acontecer. Pode ter eventos adversos graves por incompatibilidade e uma pode atrapalhar o efeito da outra", explica a especialista.

A vacina da Pfizer só deve entrar em clínicas particulares? Não se sabe. O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa, que informou apenas que "A Pfizer está em negociações com governos de todo o mundo".

 

R7

Foto: Bagus Indahono/EFE/EPA

A Secretaria de Saúde do Piauí (SESAPI), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA), tem recebido constantes questionamentos e dúvidas a respeito das condutas que deverão ser adotadas nos momentos de celebrações e visitações aos cemitérios públicos e privados de todo Estado, tendo em vista a aproximação do Dia dos Finados, feriado religioso que acontece no próximo dia 02 de novembro, onde há uma intensa movimentação nesses locais e uma grande parcela da população dedica suas orações e homenagens aos seus entes queridos falecidos.

Para que a data transcorra da maneira mais segura, diante o momento de enfrentamento da pandemia do novo Coronavírus, a DIVISA elaborou uma Recomendação Técnica Nº 022/2020, que regulamenta as medidas higienicossanitárias a serem adotadas pelos piauienses durante as celebrações ou rituais religiosos em memória às pessoas falecidas, visitas às sepulturas, limpeza e higienização de túmulos e cemitérios, cuidados com o manuseio de enfeites com flores e velas em sepulturas, entre outros aspectos relacionados ao momento.

O documento segue as medidas higienicossanitárias previstas no Protocolo Geral e acrescenta cuidados em geral, para funcionários, visitantes e empresários sobre a prevenção da Covid-19. Todas essas medidas visam frear a disseminação da Covid-19, uma vez que temos vivenciado um período de aumento no número de pessoas acometidas pela doença no Piauí.

Durante todo esses meses de pandemia, tem se falado constantemente sobre o incentivo do uso de álcool gel para realizar a higienização das mãos, uma das medidas mais eficazes de contenção da Covid-19, mas a DIVISA alerta sobre o risco do produto, caso seja utilizado nos cemitérios, próximos a velas com chamas acesas, por exemplo. Com isso, a DIVISA recomenda no documento, que a higienização das mãos seja feita com água e sabão/sabonete líquido, “pois o álcool é um produto inflamável, apresentando risco de incêndios e queimaduras quando em contato com fogo”.

O documento ressalta ainda que “caso necessite fazer uso de álcool a 70% para higienizar as mãos, dê preferência ao álcool em gel, utilizando pouca quantidade e esperando sua secagem completa, pois o álcool líquido é mais fácil de se dispersar no ambiente”.

Grupo de Risco

Ainda de acordo com a Recomendação Técnica, a Vigilância Sanitária adverte que pessoas do grupo de risco, como crianças, idosos, grávidas e pessoas com imunossupressão ou com doença crônica, não participem das visitas às sepulturas, assim como pessoas com sinais ou sintomas de síndromes gripais (coriza, tosse seca, dor de garganta), mialgia, diarreia, cefaleia, perda parcial ou total de olfato ou paladar, entre outros. “Mas caso essas pessoas optem por marcar presença em visitas a túmulos e sepulturas, a recomendação é para que escolham, preferencialmente, horários de menor de fluxo, como início da manhã ou final da tarde”, destacou a diretora da DIVISA, Tatiana Chaves.

Uso Obrigatório de Máscaras

Durante toda a permanência nos cemitérios ou locais de sepultamento, trabalhadores e visitantes devem fazer uso obrigatório de máscaras de proteção facial, como medida adicional de saúde pública, de acordo com Decretos Estaduais Nº 18.947, de 22 de abril de 2020 e Nº 19.055, de 25 de junho de 2020.

A Recomendação Técnica Nº 022/2020 completa, com as orientações para celebrações religiosas e visitas às sepulturas no dia de finados visando conter a disseminação da COVID-19, poderá ser acessada no site da SESAPI e Vigilância Sanitária do Piauí.

Confira a lista

 

Sesapi

Um estudo europeu concluiu que a exposição prolongada à poluição do ar foi responsável pelo acréscimo de 15% das mortes por covid-19 em todo o mundo.

Os resultados foram publicados na noite de segunda-feira (26) no jornal da Sociedade Europeia de Cardiologia.
Esta é a primeira vez que cientistas estimam a proporção de mortes que podem ser atribuídas à baixa qualidade do ar em todo o mundo.

Os resultados são baseados em dados epidemiológicos coletados até a terceira semana de junho de 2020 e os pesquisadores dizem que uma avaliação abrangente precisará ser feita depois que a pandemia diminuir.

No Brasil, o artigo aponta que esse índice foi de 12%, o que significa que das 49.976 mortes até o fim da terceira semana de junho, cerca de 6.000 podem ter sido de pessoas que viviam em cidades com altos níveis de poluição.

Na China, um dos países do mundo com os mais altos índices de poluição, 27% dos óbitos de pessoas infectadas pelo coronavírus estão associados ao ar impuro.

Em nível regional, na Europa, 19% das mortes por covid-19 podem ter relação com a poluição a longo prazo; na América do Norte, 17%; e no leste asiático, 27%.

Segundo o artigo, esses percentuais são "frações de mortes por covid-19 que poderiam ser evitadas se a população fosse exposta a níveis contrafactuais mais baixos de poluição do ar, sem emissões de combustíveis fósseis e outros antropogênicos [causados por humanos]".

O grupo observa que esta "fração atribuível não implica em uma relação direta de causa-efeito entre a poluição do ar e a mortalidade por covid-19" (embora seja possível).

A pesquisa aponta a poluição como desencadeadora ou agravante de doenças respiratórias. Com isso, pessoas que já sofrem com o ar ruim das grandes cidades podem ter complicações desses quadros quando infectadas pelo coronavírus.

"Quando as pessoas inalam o ar poluído, as partículas muito pequenas, as PM2.5, migram dos pulmões para o sangue e vasos sanguíneos, causando inflamação e estresse oxidativo severo, um desequilíbrio entre radicais livres e oxidantes no corpo que normalmente repara os danos às células. Isso causa danos ao revestimento interno das artérias, o endotélio, e leva ao estreitamento e enrijecimento das artérias. O vírus da covid-19 também entra no corpo através dos pulmões, causando danos semelhantes aos vasos sanguíneos", explica um dos autores do estudo, o professor Thomas Münzel, da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha.

Münzel acrescenta que o material particulado "parece aumentar a atividade de um receptor na superfície das células, chamado ACE-2, que é conhecido por estar envolvido na maneira como o SARS-CoV-2 infecta as células".

"Portanto, temos um 'duplo golpe': a poluição do ar danifica os pulmões e aumenta a atividade da ACE-2, o que, por sua vez, aumenta a absorção do vírus pelos pulmões e provavelmente pelos vasos sanguíneos e pelo coração."

 

R7