Coronavac, Oxford, Pfizer: será possível escolher vacina da covid-19? Não. Essa decisão é do Ministério da Saúde. "Essas vacinas não vão estar disponíveis no sistema privado, para que você possa fazer uma escolha. Elas farão parte de um programa que o ministério vai definir", afirma Flávia. Essa deliberação, de acordo com ela depende de inúmero fatores, como disponibilidade, facilidade de distribuição e quando elas estarão prontas. "Em termos de vacinação pública, temos que fazer uma logística bastante detalhada e complexa. O ministério vai ter que pensar qual a melhor forma de vacinar", completa. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já afirmou que a vacina contra a covid-19 vai ser acrescentada ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), que faz parte do SUS (Sistema Único de Saúde). Ainda de acordo com ele, 30 milhões de doses do imunizante produzido pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZenca estarão disponíveis no país até janeiro.
Cada Estado vai ter sua vacina? Ainda não se sabe. Mas cada Estado deve ter vacinas diferentes disponíveis depois que elas forem aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso vai acontecer porque, de acordo com Flávia, um único imunizante não será capaz de suprir a demanda de toda a população brasileira. "Mesmo quando você escolhe grupos alvos, são muitas pessoas", observa. Ela cita como exemplo a vacina meningocócia ACWY, que protege contra a meningite provocada por esses quatro tipos de menigococo. Ela foi incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde) no início deste mês, para adolescentes de 11 e 12 anos. "Temos três marcas diferentes no Brasil".
Se a Coronavac, por exemplo, ficar disponível antes das demais, é melhor garantir e tomar ou esperar por outras? É melhor tomar a primeira que estiver disponível. "É muito preconceito dizer que não vai tomar a vacina porque é chinesa", afirma Flávia. "A gente tem muitas vacinas com matéria-prima chinesa, indiana, e de outros países. Elas são de institutos de produção completamente confiáveis. Se a a Anvisa licenciou, é porque são seguras", enfatiza. A especialista lembra que a Coronavac é desenvolvida por uma parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantã, em São Paulo, com a tecnologia de inativação do vírus, já dominada em todo o mundo. "Essas tecnologias são internacionalizadas. Um ajuda o outro, o mundo científico troca informações", completa. Na semana passada, a Anvisa autorizou a importação de 6 milhões de doses do imunizante.
Uma única pessoa pode tomar mais de uma vacina contra a covid-19? Não. Ninguém deve fazer isso, pois corre o risco de ter eventos adversos graves. "Nenhuma vacina é testada quanto à intercambialidade. Então, a gente não sabe o que pode acontecer. Pode ter eventos adversos graves por incompatibilidade e uma pode atrapalhar o efeito da outra", explica a especialista.
Uma única pessoa pode tomar mais de uma vacina contra a covid-19? Não. Ninguém deve fazer isso, pois corre o risco de ter eventos adversos graves. "Nenhuma vacina é testada quanto à intercambialidade. Então, a gente não sabe o que pode acontecer. Pode ter eventos adversos graves por incompatibilidade e uma pode atrapalhar o efeito da outra", explica a especialista.
A vacina da Pfizer só deve entrar em clínicas particulares? Não se sabe. O R7 entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa, que informou apenas que "A Pfizer está em negociações com governos de todo o mundo".
R7
Foto: Bagus Indahono/EFE/EPA