Os efeitos colaterais da covid-19 ainda estão sendo estudados. Uma das linhas de investigação é a relação entre doença e a perda auditiva. Diversas pessoas já relataram o sintoma após contrair a doença. Essa sensação agora está sendo confirmada por uma análise do Manchester Biomedical Research Centre (BRC).

De acordo com o Olhar Digital, o estudo mostra que o coronavírus pode piorar o acufeno (zumbido no ouvido) e a sensação de vertigem. Foram analisados 24 estudos que apresentavam relação entre a covid-19 e problemas de audição e os pesquisadores concluíram que, no geral, 7,6% dos pacientes pesquisados relataram terem sofrido de perda de audição após contraírem o coronavírus, 14,8% tiveram acufeno e 7,2% sintomas relacionados a vertigem.

É importante destacar, como ressalta a própria equipe, boa parte dos estudos considerou os relatos dos pacientes e relatórios médicos. Não foram feitos novos exames nos grupos para detectar os sintomas. Diante disso, os cientistas consideram que a qualidade geral das pesquisas é razoável.

Kevin Munro, professor da Universidade de Manchester, que participou da pesquisa, disse, segundo o Olhar Digital, que há uma necessidade urgente de um estudo clínico e diagnóstico cuidadosamente conduzido para compreender os efeitos de longo prazo da covid no sistema auditivo.

IstoÉDinheiro

 

O Instituto Butantan liberou nesta segunda-feira (22) mais 1 milhão de doses da vacina CoronaVac ao Ministério da Saúde.

É a quarta remessa enviada ao governo federal nos últimos dez dias. Veja mais abaixo as datas e quantidades de doses já entregues.

Os caminhões com carregamento da vacina deixaram a sede do Instituto por volta das 8h20. O governador João Doria (PSDB) esteve no local e acompanhou a liberação.

Com o novo carregamento, o total de vacinas oferecida por São Paulo ao PNI (Plano Nacional de Imunizações) chega a 25,6 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Até o fim de abril, o total de vacinas garantidas pelo Butantan ao país somará 46 milhões.

O Butantan realiza uma força-tarefa para seguir envasando, em ritmo acelerado, doses para a entrega ao Programa Nacional de Imunizações. Para dar conta da demanda, o instituto dobrou o quadro de funcionários na linha de envase.

Próximas doses Até o final deste mês, o Butantan entregará ao país o total de 22,7 milhões de doses. Todas as doses previstas para março já estão fabricadas é só aguardam a aprovação do controle de qualidade.

No final de abril, o número de vacinas garantidas por São Paulo ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) somará 46 milhões. As doses de abril já estão em produção.

O Butantan trabalha para enviar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros até 30 de agosto, totalizando 100 milhões de unidades.

Insumos No dia 4 de março, o instituto recebeu uma remessa de 8,2 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), correspondente a cerca de 14 milhões de doses, desembarcou em São Paulo para serem envasados, rotulados e embalados no instituto.

Um novo carregamento com 6 mil litros de insumos deve chegar entre o final de março e o começo de abril. Com eles será possível produzir 8 milhões de doses.

Que vacina é essa? Coronavac

Doses da Coronavac entregues ao Ministério da Saúde em 2021 17 de janeiro: 6 milhões de doses 22 de janeiro: 900 mil doses 29 de janeiro: 1,8 milhão de doses 5 de fevereiro: 1,1 milhão de doses 23 de fevereiro: 1,2 milhão de doses 24 de fevereiro: 900 mil doses 25 de fevereiro: 453 mil doses 26 de fevereiro: 600 mil doses 28 de fevereiro: 600 mil doses 3 de março: 900 mil doses 8 de março: 1,7 milhão 10 de março: 1,2 milhão 15 de março: 3,3 milhões 17 de março: 2 milhões 19 de março: 2 milhões 22 de março: 1 milhão

 

Fonte: Instituto Butantan e Governo de SP

 

 

A entrevista da profissional em saúde foi dada ao Ivan Nunes. A Dra. Bianca Dourado Coelho esclarecer outros pontos em relação aos sintomas do novo coronavírus.

bianca

Ele faz um alerta sobre os cuidados e afirma que os adultos contribuem para s crianças serem infectadas. 

Da redação

Dor, sofrimento, angústia e, o pior de tudo, a espera. São cerca de 90 pessoas na fila de espera por uma vaga de leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Piauno, nesta sexta-feira (18), e a demora pode chegar a até quatro dias. Tempo que, infelizmente, para muitos, não dá para esperar.

A situação é frustrante para os profissionais da área da saúde. “A minha maior tristeza no momento não é que eu não consiga atender mais pacientes. O que me deixa mais preocupado e triste é saber que não sabemos quando isso vai passar. Estou envolvido com isso há um ano. Agora a pandemia piora e está tendo um resultado devastador, sem previsão de quando vai acabar”, explica Bruno Ribeiro, médico intensivista e conselheiro do Conselho Regional de Medicina (CRM). O médico atua há 16 anos como profissional da linha de frente em UTIs e disse que nunca viu uma situação de caos como existe hoje. “É desanimador não saber que momento as coisas vão acalmar e poderemos atender outras doenças. Quando percebemos que os casos, mortes e ocupação de UTI estão aumentando, parece que estamos enxugando gelo. Ver duas pessoas da mesma família internadas em estado grave no mesmo hospital, ou até mais, é frustrante. É claro que os casos de cura são animadores. Mas ver 90 pessoas numa fila esperando UTI dá uma sensação de que você não está conseguindo ajudar as pessoas como deveria”, acrescenta.

Bruno frisa que a capital, Teresina, não tem capacidade de receber todo mundo. “Antigamente, ano passado, as pessoas não passavam nem 24h na fila. Hoje elas passam até quatro ou cinco dias na fila. Se você reduzir o número de contaminação, também diminuiremos as filas. As medidas de isolamento social são muito necessárias nesse momento. Além de vacinar as pessoas, que é outra vantagem”, aponta.

Piauí precisaria dobrar o número de médicos intensivistas

Outro problema grave é a falta de médicos intensivistas no Brasil, o que não é diferente no Piauí. Para se ter ideia da dimensão do problema, existem apenas 50 profissionais com o diploma de intensivistas no Estado. “Esses profissionais são os que possuem diploma de especialista. Não é que todas as pessoas que trabalham com UTI no Piauí sejam esses 50 profissionais. Até porque, deste número, alguns não estão na ativa. Para se ter ideia, em São Raimundo Nonato e Bom Jesus não têm médicos intensivistas. Durante a pandemia, médicos de Teresina estão prestando atendimento para a equipe por mediação tecnológica. Mas o ideal era o profissional morando lá, acompanhando pessoalmente”, revela o médico intensivista Bruno Ribeiro.

O Piauí precisaria dobrar o número de profissionais especialistas. “O Piauí deveria ter, no mínimo, o dobro de especialistas para cuidar de todas as unidades que estão abrindo para a Covid-19. Deveríamos ter pelo menos 100 profissionais, para que o atendimento do interior tivesse a mesma capacidade do atendimento na capital. É praticamente como se nós tivéssemos que nos dividir em dois para dar conta do Estado. Por determinação da Anvisa, cada responsável dessa área só pode assinar por dois hospitais diferentes. Mas a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, já entendendo a dificuldade, emitiu um documento autorizando que o profissional cuidasse de mais de duas. É uma carência grande”, constata o médico.

O mercado precisa de novos profissionais. “É uma especialidade nova. Não faz muito tempo que existe essa especialidade. Além disso, exige muitos plantões e situações muito tristes. Não temos uma solução a curto prazo. Não dá para dizer que em abril teremos 10 médicos especializados nessa área. Mas essa especialização demora até quatro anos, então é algo que deve ser trabalhado a médio prazo. Agora temos duas especialidades no HGV e no Hospital Universitário. Por lei, a unidade deve ter um profissional especialista para cada 10 pacientes, para orientar os demais plantonistas. Ainda assim, esse número 50 é bem baixo”, considera.

Equipe atende homem no chão em UPA de Teresina

Um caso que chegou à imprensa chocou os piauienses. Um homem morreu de parada cardíaca no chão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Promorar, zona Sul de Teresina, por falta de estrutura. Poliana Santos, técnica de enfermagem que atendeu o senhor, faz um apelo: “se puder ficar em casa, fica em casa”.

A equipe trabalhou como pôde para tentar salvar a vida do homem. “Não tínhamos leito, não tínhamos monitor, não tínhamos ventilador. O que podíamos fazer, foi feito. A gente tá com essa falta de equipamentos não porque não tenha, mas é pela demanda alta. Consequentemente vai faltar, como está faltando. Fizemos mais de seis ciclos de reanimação cardiopulmonar e infelizmente não conseguimos trazer o paciente de volta”, afirma Poliana.

A profissional defende o isolamento social como medida preventiva. “A gente tá trabalhando assustado, com medo. Na verdade eu queria até fazer um pedido, do fundo do coração. Gente, se puder ficar em casa, fica em casa. Se não foi uma saída essencial, fica em casa. Por mim, que sou profissional de saúde; pelos meus amigos que estão sofrendo, com os pacientes e com a família. É difícil para quem está vivendo e acompanhando. É doloroso. Não vamos esperar chegar dentro da sua casa para você entender que não são números, são vidas. E vidas são sempre o amor de alguém. E a gente perder que a gente gosta dói. O sistema de saúde está colapsado. Eu faço um apelo a vocês. Evite sair pela sua mãe, pelo seu pai e vizinho. Não temos leitos. Nós profissionais da saúde estamos sofrendo. Esse apelo fica na esperança de ser atendido”, finaliza.

 

mn