O Piauí ocupa a terceira posição no ranking da vacinação infantil no Brasil, entre as unidades da Federação que divulgaram os dados de imunização desse público. Até às 8h05 desta terça-feira (22), 162.145 crianças do Piauí já tinham recebido a primeira dose da vacina contra a Covid. O número representa 48,92% do público de 5 a 11 anos de idade.
O levantamento é do Consórcio da Imprensa do dia 19/02/2022 que considera dados da vacinação de crianças entre 5 e 11 anos referentes aos estados e o Distrito Federal, com campanha de imunização iniciada este ano. Atualmente, o PI está vacinando crianças a partir dos 5 anos. O primeiro lugar do Brasil é São Paulo com 60% de crianças vacinadas e o segundo, o Distrito Federal, com 48,35%. No dia da divulgação dos dados o Piauí estava com 46% de cobertura vacinal deste público.
Segundo o secretário de saúde, Florentino Neto, a vacinação é uma das armas que temos para combater a Covid-19 e estamos conseguindo imunizar nossas crianças. “A batalha contra a Covid continua e devemos usar de todas as armas que dispomos para vencer essa guerra. Fazemos um apelo aos pais e responsáveis para que continuem nos ajudando a imunizar essa parcela da população e levem as crianças para serem vacinadas”, pede o gestor.
“Atualmente, já conseguimos proteger mais de 48% das crianças de 5 a 11 anos de idade do Piauí, o que representa uma segurança a mais e um grande passo para vencermos a pandemia”, afirma.
O câncer do endométrio está entre os tumores mais comuns nas mulheres. A boa notícia é que a maioria dos casos é curável, com cirurgia associada à radioterapia e quimioterapia.
"O tumor do endométrio acontece na parede do útero, que descama todo mês no ciclo menstrual. É mais comum em mulheres mais idosas. Pode acontecer nas mais jovens, mais aí está relacionado à obesidade. Idade e obesidade são os fatores de risco importantes para a doença", explica Amélia Borba, gerente médica de oncologia na MSD Brasil. O Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima que em cada ano do triênio 2020/2022 sejam diagnosticados no Brasil 6.540 novos casos de câncer do corpo do útero. O alto índice de cura está ligado à facilidade de detecção da doença.
"Esse tumor avisa que está chegando, porque mesmo nos estágios iniciais a mulher tem sangramento sem parar. Pensando que a maior incidência é nas mulheres acima da faixa dos 60 anos, que usualmente já está na menopausa", alerta a especialista.
Entre as mulheres jovens, o ciclo menstrual fica muito longo, o que causa estranhamento, e as mulheres procuram o ginecologista. Mas, em alguns casos, o útero não reage aos tratamentos descritos ou o tumor volta. E até agora, os médicos tinham poucas opções para cuidar dessas pacientes, já que há 40 anos não surgiam novos métodos.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, em dezembro do ano passado, o uso da combinação de duas substâncias, o pembrolizumabe, que é uma imunoterapia, com o lenvatinibe, que impede a proliferação livre das células tumorais, para o tratamento do câncer do endométrio.
O pedido da farmacêutica MSD foi baseado em estudos feitos no mundo que mostraram aumento da sobrevida de pacientes com essa combinação, conforme explica Amélia Borba.
"Em oncologia nós chamamos de ganho de sobrevida, que significa quanto um tratamento é capaz de aumentar a vida do paciente, associado com qualidade de vida. Queremos viver mais, mas viver bem. E, comparado à quimioterapia, tratamento disponível nessas últimas décadas, aumentou o tempo que as pacientes vivem e o tempo de controle da doença", afirma a biomédica.
O tratamento só é indicado para as mulheres que não têm mais opções de cura da doença, por isso a importância do ganho de sobrevida.
Os efeitos adversos da combinação de substâncias podem ser aumento da pressão arterial e hipotireoidismo, que é uma perda da função dos hormônios tiroidianos.
"Nos dois casos, é possível manejar os efeitos adversos com uso de medicamentos e, assim, permitir que a paciente tenha os benefícios", comemora Amélia.
O tratamento com imunoterapia associada ao lenvatinibe é de alto custo, não faz parte dos procedimentos autorizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e não está na relação da ANS (Agência Nacional de Saúde), o que faria os planos de saúde serem obrigados a pagar a nova terapia.
"Nosso sistema de saúde é bem diverso e isso impacta a utilização de medicamentos diferentes. Esse é o nosso desafio, enquanto comunidade médica e indústria farmacêutica. Não vai ser simples, porque a regulação da ANS tem um sistema e o SUS tem outro tipo de regulação. A boa notícia é que a primeira etapa foi concluída, que foi a aprovação do tratamento por parte da Anvisa. Os próximos passos vão depender do cenário da saúde pública", conclui Amélia Borba.
Um cansaço que não melhora nem mesmo após uma noite de sono, mal-estar depois de realizar esforços físicos ou mentais, dificuldade para organizar ideias e até para permanecer em pé. Esses sintomas, quando persistem por mais de seis meses, sugerem uma doença pouco conhecida, mas que tem sido experimentada por algumas pessoas após a Covid-19: a SFC (síndrome da fadiga crônica), também chamada de encefalomielite miálgica.
Longe de ser mera preguiça, a doença impõe uma limitação que pode ser severa, além de ter sintomas que podem facilmente ser confundidos com os de outras condições, como depressão, burnout, hipotireoidismo, anemia e deficiência de vitamina D, por exemplo. O médico Roberto Heymann, membro da Comissão de Fibromialgia da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), explica que há somente teorias acerca das causas da SFC, uma delas doenças infectocontagiosas.
"Uma época se viam muitos casos de mononucleose [doença causada pelo vírus Epstein-Barr] em que a pessoa desenvolvia depois fadiga crônica. Agora, com a Covid-19, tem a pós-Covid, que apresenta como sintomas a fadiga importante, distúrbio cognitivo..."
O citomegalovírus, a bactéria que causa a doença de Lyme e o fungo Candida albicans (que provoca candidíase) também já foram mencionados em estudos sobre SFC, segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, apesar de a relação não ser totalmente estabelecida. O especialista levanta uma dúvida: se a infecção por um patógeno é a causa por si só ou se é um gatilho em pessoas com predisposição para desenvolver fadiga crônica, algo que ainda precisa ser respondido pela ciência.
"A síndrome da fadiga crônica também é descrita após períodos longos de estresse no trabalho. No passado se falava muito de fadiga crônica em pessoas extremamente perfeccionistas, grandes trabalhadores, gente que ocupava cargo alto em corporações, com estresse importante. É como se fosse um burnout. Agora, se perguntarem: qual é a diferença da síndrome da fadiga crônica para o burnout? É algo difícil de dizer", exemplifica.
Outro fator para o qual Heymann chama a atenção é a sobreposição de doenças. Segundo ele, é comum que pacientes com SFC também estejam deprimidos, o que torna o diagnóstico ainda mais complexo.
"Uma pessoa extremamente ativa que de uma hora para outra começou a ter fadiga e desenvolveu um quadro de depressão, a gente poderia chamar [seu estado] de síndrome da fadiga crônica", argumenta, ao ressaltar a importância de tratar também o quadro depressivo.
Na depressão, existem o pensamento negativo, a falta de perspectivas e a desmotivação. Na síndrome da fadiga crônica, a pessoa pode até ter vontade, mas não consegue fazer as tarefas, já que há déficit de raciocínio e memória, o que é descrito como “nevoeiro cerebral”. Embora o diagnóstico de SFC seja por exclusão – o médico vai descartar uma série de outras doenças possíveis por meio de exames ou avaliação clínica –, alguns critérios são levados em conta quando se suspeita dessa síndrome. São os seguintes:
Cansaço importante que persiste por pelo menos seis meses em pessoa que não tinha essa queixa antes; • Estar cansado a maior parte do dia; • Fadiga que piora com atividade física ou esforço mental; • Dificuldade de concentração, aprendizado, raciocínio ou memória; • Tontura ao se manter em pé; • Problemas de sono e acordar se sentindo cansado (sono não restaurador).
"Embora até 25% das pessoas relatem sentir fadiga crônica, apenas 0,5% delas (1 em 200) apresenta a síndrome da fadiga crônica", acrescenta o Manual MSD, citando dados americanos.
Nos Estados Unidos, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) estima que entre 1 milhão e 2,5 milhões de pessoas sofram de SFC, mas ressalta que "muitas pessoas não foram diagnosticadas".
Entre as razões para isso, o órgão aponta o acesso limitado aos serviços de saúde e até mesmo a falta de conhecimento dos profissionais da área sobre a síndrome da fadiga crônica.
"A doença é muitas vezes malcompreendida e pode não ser levada a sério por alguns profissionais de saúde", diz o CDC em seu site. Tratamento
Por ser uma doença que afeta várias áreas do corpo, o tratamento da síndrome da fadiga crônica envolve também diversas especialidades. Não existem remédios específicos.
Um estudo de 2011 aponta a TCC (terapia cognitivo-comportamental) e a TEG (terapia de exercícios graduais) como benéficas para pacientes diagnosticados com a síndrome, na comparação com aqueles que receberam apenas cuidados médicos.
"O principal do tratamento é tentar colocar a pessoa em uma espécie de programa de exercício gradual, ou seja, em que a intensidade dos exercícios vá aumentando ao poucos. Não é uma coisa fácil para um indivíduo cuja doença tem como característica justamente o cansaço extremo", acrescenta Heymann.
Além disso, o médico vai tratar os demais sintomas individualmente, como as alterações no sono, eventualmente, a hipotensão ortostática, que causa tontura ao ficar em pé, entre outros.
O mais importante, segundo o especialista da SBR, é saber que existe possibilidade de retomar uma vida normal após o diagnóstico da síndrome da fadiga crônica, mas isso exige esforço e tempo.
"Às vezes, essa doença pode desaparecer do mesmo jeito que veio ou pode se manter para o resto da vida. O tratamento é difícil, muitas vezes, mas ela pode remitir. Em algumas pessoas, há períodos de melhora e de piora."
O Ronielton Oliveira que está na pasta da Saúde em Nazaré do Piauí, como secretário, numa entrevista ao Piauí Notícias esteve se manifestando sobre as ações que visam a combater o novo coronavírus – COVID 19.
Segundo ele, o prefeito Nonato de Abílio tem procurado acompanhar a situação da pandemia na cidade e, tem cobrado ações que visem a barrar os casos.
O processo de vacinação, ainda de acordo com o secretário Ronielton, está avançado, no entanto há muita gente se infectando com o coronavírus.