O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais neste domingom 12, para contar que, em 2019, se recusou a receber o ex-procurador da República e ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato Deltan Dallagnol para uma audiência.
Na ocasião, segundo o presidente, Dallagnol estava sendo cotado “nas mídias sociais” como pessoa certa para ir para a Procuradoria Geral da República (PGR), assim como o ex-ministro Sérgio Moro era para ir ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro disse que o jurista o acusaria de parcialidade por não indicá-lo à Procuradoria-Geral da República. O vídeo foi postado em um momento em que o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (Podemos) ganha terreno nas pesquisas eleitorais para o ano que vem.
A gravação foi postada pelo presidente em sua conta no Twitter e Facebook. Nela, ele pede aos seguidores que assistam a outro vídeo, do youtuber conservador Kim Paim, que, segundo ele, mostra o “jogo do poder de forma documentada”. “Uma das passagens que não está ali: estava em 2019, faltava (sic) poucas semanas para eu indicar o PGR para o Senado. Um ajudante de ordens trouxe o telefone e falou: Deltan Dallagnol quer falar contigo. Eu falei: ‘não vou falar com ele'”, afirma Bolsonaro na gravação.
Bolsonaro disse que não o indicaria para a PGR e que o então procurador o acusaria de parcialidade. “Se eu tivesse uma audiência com ele, com toda a certeza, eu não iria indicá-lo para PGR, mas ele iria sair com uma história pronta, como eles faziam por ocasião de alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato, escreviam o depoimento e chamavam o cara para assinar”, afirmou. “E ia falar o quê: que eu teria feito uma proposta indecorosa pra ele, para salvar algum parente. Como ele não aceitou, o Deltan Dallagnol, iria me acusar do quê? De parcial.”
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