A ex-miss Dirceu, ex-miss Renascença e ex-garota SEMEL (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer,), Luísa Jainara Pereira da Silva, de 27 anos, foi libertada na tarde desta quarta-feira, 25, da penitenciária feminina por força de mandado de soltura emitido pela juíza da segunda vara criminal de Campo Maior (84 km de Teresina) Elvânia Pereira Sousa Frota Gomes.

Luísa Jainara estava presa desde o dia 6 de abril, sexta-feira santa, quando foi acusada de participação em um roubo contra uma mulher na praça da cidade. O assalto foi, na verdade, praticado pelo acusado de assalto Ricardo.

O advogado de Luísa Jainara, Irineu Bezerra do Nascimento, presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Piauí, afirmou que conseguiu provar que sua cliente não participou do assalto, que apenas Ricardo correu para o lado dela durante o roubo.

 “Eu estava na rua por que sou dependente de crack há três anos, e fiquei tão amedrontada quanto à mulher que foi assaltada. Me acusaram de ser namorada de Ricardo, mas não é verdade. Ele correu para o meu lado e eu fiquei com muito medo, pois ele estava armado”, declarou Luísa Jainara. Ela conta que vivia bem com a família, participando de concursos de beleza, vencendo o Miss Dirceu, Miss Renascença e Garota SENEL, e fazendo comerciais para o SETUT (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano). Luísa tem duas filhas, uma de 10 anos e outra de 15, que presente se candidatar a Miss Campo Maior. Já foi casada, mas divorciou-se.

 “Há três anos comecei a fumar crack, nunca tinha me envolvido com droga nenhuma, mas essa pega rápido e eu fiquei viciada, sem ter forças para sair. Agora estou a 19 dias sem consumir o crack, e vou me internar, pois como minha psicóloga diz, isso é uma ‘doença de cabeça’. É o vício que impõe que a gente continue usando, mas vou superar isso com a ajuda da minha família e dos médicos” falou Luísa Jainara.

O advogado Irineu Bezerra disse que Luísa Jainara vai ser internada na tarde de hoje no CAPS (centro de apoio psico-social) , onde fará o tratamento contra o crack.

Piauí Hoje

Uma força tarefa composta de seis delegados, cerca de 20 agentes e pelo menos três escrivães foi criada hoje pelo governo do Maranhão para levantar os nomes de todos os pistoleiros em atividade no Estado e descobrir quem executou e quem encomendou o assassinato do jornalista Aldenísio Décio Leite de Sá, de 42 anos, ocorrido às 22:40h de segunda-feira, dia 23, no bar Estrela do Mar, na avenida Lutorânea, o principal local de lazer da população de São Luis. A força tarefa já descobriu que o pistoleiro tinha a cobertura de homens que estavam dentro de um carro que estava parado mais distante do bar. Imagens de câmeras de segurança de toda a avenida foram conseguidas rapidamente.

Décio, um dos mais populares jornalistas do Maranhão, havia chegado ao bar minutos antes para se encontrar com o assessor da Secretaria de Saúde do Estado, Fábio Câmara, seu candidato a vereador na capital. O profissional foi abatido com seis tiros, sendo dois na cabeça e quatro no tórax. Ele não teve a menor chance de defesa.

"Vamos descobrir"

Ao anunciar a criação da força tarefa com a missão específica de esclarecer o assassinato do jornalista, o Secretário de Segurança do Maranhão, Luis Mendes, garantiu que "vamos descobrir" quem matou Décio Sá e desmantelar de uma vez por todas a pistolagem no Maranhão. Deputados estão defendendo a realização de uma audiência pública para discutir a pistolagem.

Os jornalistas de São Luis, inconformados com a brutalidade sofrida pelo companheiro, não se conformam e querem a montagem de uma CPI -Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a pistolagem em todo o Estado do Maranhão. Entendem que existe gente poderosa acobertando os matadores de aluguel.

Durante o sepultamento do jornalista, que ocorreu no final da tarde desta terça-feira, no Cemitério Jardim da Paz, localizado na estrada de São José de Ribamar, houve brados de revolta e ataque à pistolagem.

Muito conhecidos pelo seu destemor e solidariedade com os companheiros ameaçados, os jornalistas de São Luis iniciaram também suas investigações. Todos os passos dados pelo colega assassinado nos últimos dez dias estão sendo reconstituídos e já existem nomes de pessoas que teriam interesse no desaparecimento do bravo profissional.

Empresários arrecadaram 100 mil reais para dar de recompensa a quem fornecer uma pista dos assassinos.

GP1

O Disque Denúncia do Maranhão divulgou, nessa terça-feira, 24, informações sobre o principal suspeito de assassinar o jornalista Décio Sá. De acordo com o retrato falado, o homem possui características indígenas e teria fugido em uma motocicleta.

Além disso, uma campanha para a identificação e localização do assassino do jornalista também foi lançada pelo Instituto Brasileiro de Combate ao Crime (IBCC), responsável pelo gerenciamento da Central Disque Denúncia no Brasil. A entidade está oferecendo R$ 100 mil por qualquer informação que leve a polícia a elucidar o crime. O valor em dinheiro foi conseguido a partir de doações de dois empresários.

O crime aconteceu na noite da última segunda-feira, 23, em um bar localizado na Praia de São Marcos, avenida Litorânea, na capital maranhense. Décio Sá foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas, de uma pistola calibre .40.

Todas as denúncias recebidas pelo estão sendo encaminhadas à Delegacia de Homicídios, que está à frente das investigações do caso.

O Disque Denúncia informa que quem tiver informações que possam ajudar a polícia no esclarecimento da morte do jornalista, pode ligar para os números: (98) 3223 5800 – capital (MA) e 0300 313 5800 – interior (MA), ou ainda 0300 253 1177 – custo de uma ligação local para todo o Brasil. O serviço garante o total anonimato no momento da ligação e funciona 24 horas.

O imparcial